A importância do comprometimento com a Responsabilidade Social e o com a preservação do Meio Ambiente 1 Fernanda Dias Franco 2 Resumo: O presente artigo busca discutir a importância do comprometimento das empresas como os seus funcionários, clientes e sociedade. Além disso, a importância do comprometimento com a preservação do meio ambiente. Palavras-chaves: Comunicação organizacional; comprometimento; meio ambiente Introdução A Responsabilidade Social é peça chave para o sucesso da empresa e sua continuação no mercado. No mundo atual, onde é cada vez maior a concorrência, só iram sobressair-se às empresas que, além de oferecerem os melhores produtos e serviço, também mantenham um bom relacionamento com seu público externo e interno. Mediar as relações das empresas com seus públicos, aumentando assim a credibilidade e confiança nelas creditadas, esse é o papel desempenhado pela responsabilidade social em uma organização. A responsabilidade social é peça chave para o sucesso da empresa e sua continuação no mercado. Será preciso oferecer mais que produtos e serviços de qualidade, também far-se-á necessário mantenhar um bom relacionamento com seu público externo e interno. Mediar as relações da instituição com seus públicos, aumentando assim a credibilidade e confiança nela creditada, esse é o papel desempenhado pela responsabilidade social. 1 Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Comunicação Organizacional - Profª Margareth Michel, do currículo do Curso de Comunicação Social Habilitação Jornalismo, da Universidade Católica de Pelotas. 2 Aluna graduanda da Comunidade Social pela Universidade Católica de Pelotas
Responsabilidade social Com a crescente queda das barreiras comerciais e a integração dos mercados, as empresas são obrigadas a criar maneiras cada vez mais eficazes para derrubar a concorrência. As melhores estratégias são capazes de garantir o sucesso da instituição. Por isso, é preciso investir na qualidade de produtos e/ou serviços. Entretanto, apenas isto não é suficiente. É preciso buscar a qualificação de seus profissionais, atentar para as necessidades e interesses de seus consumidores, da comunidade que a cerceia, além de ter uma atitude mais responsável e correta no que se refere ao uso dos recursos naturais. Na década de 90, o assunto responsabilidade social tomou força no Brasil através de entidades não organizacionais, empresas e institutos de pesquisa. A responsabilidade social da empresa está associada ao seu desempenho e ao consumo de recursos que pertencem à sociedade (NETO & FROES, 1999, p.81). Uma vez que as organizações fazem uso dos recursos naturais, contraem uma dívida para com a sociedade e, por este motivo, precisam ter atitudes que compensem suas práticas. A responsabilidade social é um comprometimento real que, em conjunto com as demais ações comerciais da empresa, está previsto para realmente subsidiar uma questão social emergente (MEIRELES, 2003, p. 36) em outras palavras é uma ação da empresa em favor da sociedade que demonstra respeito aos cidadãos que nela creditaram a sua confiança. No entanto, faz-se necessário observar que responsabilidade social nada tem a ver com filantropia. Ao contrário da responsabilidade social a filantropia compõe práticas individuais, que baseiam-se no assistencialismo (MEIRELES, 2003, p.34). A filantropia é caracterizada pela doação de produtos, dinheiro, além da concessão de bolsas e prêmios para entidades beneficentes e/ou pessoas carentes. Por outro lado, à responsabilidade social está ligada a consciência social e o dever cívico (NETO & FROES apud MEIRELES, 2003, p.34) e jamais é realizada de maneira individual.
A responsabilidade social tem como principais objetivos: apoiar o desenvolvimento da comunidade que a rodeia, preservar o meio ambiente, investir no bem-estar dos funcionários e seus dependentes, manter uma comunicação transparente, satisfazer seus clientes e consumidores, dar retorno aos seus acionistas e manter uma sinergia com seus parceiros (NETO & FROES, 1999, p.78). A responsabilidade social interna e externa Para que se faça um trabalho eficiente no que se refere à responsabilidade social é preciso desenvolver com competência seus dois segmentos possíveis, são eles: a responsabilidade social interna e externa. A responsabilidade social interna está ligada ao público interno, empregados e seus dependentes e prima pela educação, salário e benefícios, bem como assistência médica, social e odontológica (NETO & FROES, 1999, p.86). Busca criar um bom ambiente de trabalho, proporcionar bem-estar aos funcionários e incentivá-los a realizar um bom trabalho. Com isso, a empresa ganha a sua dedicação, empenho e lealdade (NETO & FROES, 1999, p.83), aumentando assim seus ganhos com produtividade. A responsabilidade externa tem como público-alvo a comunidade que se localiza no torno da empresa ou instituição. Prioriza as áreas da educação, saúde, assistência social e ecologia. Visa um retorno social, de imagem, publicitário e para os acionistas (NETO E FROES, 1999, p.86) Se a organização falhar com suas obrigações sociais ela acaba por ficar desacreditada na sociedade sua imagem é prejudicada e sua reputação, ameaçada (NETO & FORES, 1999, p.92). Quando a falha acontece na responsabilidade social interna os funcionários ficam desmotivados, começam a faltar e atrasar-se, surgem conflitos, os melhores funcionários migram para outras instituições, além de haver queda na produtividade. Quando a dificuldade encontra-se na responsabilidade social externa o problema é ainda maior. Podem acontecer perda de clientes, reclamações de
fornecedores e revendedores, queda nas vendas, gastos extras com passivo ambiental, ações na justiça, riscos de invasões e até mesmo risco de falência (NETO & FROES, 1999, p.92) A importância de pensar a preservação ambiental A preocupação com a degradação do meio ambiente teve início com a revolução ambiental norte-americana que ocorreu na década de 60. No Brasil, o movimento teve início em 70. O discurso defendido na época já referia-se ao fato de que as causas da crise ecológica estariam relacionadas ao padrão de consumo, que gera comportamento inadequado à sustentabilidade da vida na terra (ARANALDE, 2006, p..30). Em função do posicionamento da sociedade, cada vez mais exigente no que se refere à preocupação ecológica, tem-se cobrado das organizações que assumam sistemas de gestão que assegurem a não contribuição com a exploração predatória e ilegal das florestas, projetos que compense o uso dos recursos naturais e que minimizem o impacto causado pelas atividades desenvolvidas pela empresa, o consumo consciente e responsável, priorizando o uso de insumos, produtos e embalagens recicláveis ou biodegradáveis. Por isso, o novo contexto econômico caracteriza-se por uma rígida postura dos clientes, voltada à expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável (TACHIZAWA, 2002, p.23). Com este posicionamento concordam Neto e Froes quando colocam que Seus produtos, serviços e, sobretudo, sua marca ganharão maior visibilidade, aceitação e potencialidade. (NETO & FROES, 1999, pag. 93) Dessa maneira, as instituições que atentarem à questão ambiental e ecológica obterão uma maior inserção no mercado, cada vez mais vantagem sobre a concorrência, além da redução de custos e aumento nos lucros a médio e longo prazo.
Conclusão Na atualidade, com o grande fluxo de comunicação e a nova forma de fazer economia, muito mais agressivo e competitivo, é crescente a preocupação com o a sociedade pensa e espera das organizações. As empresas que mantiverem seus interesses centrados nos lucros terão uma ínfima probabilidade de vencer no mercado. Serão valorizadas e reconhecidas as organizações que primarem pela qualidade na relação com seus públicos, a sustentabilidade econômica, o respeito para com a sociedade e o uso consciente dos recursos naturais. 6. Referência bibliográfica ARANALDE, Fabiana Carneiro da Rosa. Comunicação Social Aplicada a Políticas Públicas de Meio Ambiente Educação Ambiental em Pelotas. Pelotas, 2006. Tese (Graduação em Comunicação Social) Universidade Católica de Pelotas. MEIRELES, Daiane Pinheiro. GREENPEACE: Uma análise responsável sobre responsabilidade social. Pelotas, 2003. Tese (Graduação em Comunicação Social) Universidade Católica de Pelotas. NETO, Francisco Paulo de Melo; FROES, César. Responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração no Terceiro Setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. TACHIZAWA, Takesky. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa: estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2002. http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/default.asp 15/04/08. acesso