INTERDISCIPLINARIDADE E LETRAMENTO, O LÚDICO, COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO PEDAGÓGICO



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Transcrição:

INTERDISCIPLINARIDADE E LETRAMENTO, O LÚDICO, COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO PEDAGÓGICO Ana Patrícia da Silva Xavier¹ E-mail: anapx@gmail.com Emanuelle Almeida da Costa² E-mail: manu.biologia@live.com Yanna Luise de Lima Moura³ E-mail: yannalmoura@gmail.com RESUMO As Escolas do ensino básico estão cada vez mais incorporando a interdisciplinaridade em seus processos de ensino e aprendizagem. E uma das maneiras mais significativas e apropriadas dessa incorporação é o desenvolvimento das atividades pedagógicas relacionadas à utilização dos jogos lúdicos, estes, como ferramenta de apoio, nos processos educacionais. Os professores exercem um papel fundamental e importante no uso da interdisciplinaridade, pois, o docente é o único que pode detectar o melhor caminho para tornar este processo educacional mais eficaz e consequentemente, desenvolver o potencial de cada aluno. Diante desse cenário, torna-se necessário investir na formação interdisciplinar desses professores para que os mesmos estejam aptos para atuar nessa sociedade modernizada e informatizada cada vez mais exigente. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência -PIBID- surge para incentivar e melhorar as práticas docentes, visando também o desenvolvimento e aprendizado dos discentes. Para comprovar tais argumentos serão realizados estudos bibliográficos. PALAVRAS CHAVE: Letramento. Interdisciplinaridade. Lúdico. PIBID. 1

1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo observar, analisar e fundamentar alguns dos requisitos que se completam na busca de um resultado comum, que é a transmissão, assimilação e compreensão dos conhecimentos, visando à formação dos alunos do ensino básico fundamental. Entretanto, todo esse processo didático pedagógico está inserido dentro do universo educacional que é delimitado e estabelecido dentro da normatividade, ora estruturado pelo nosso sistema de ensino. Muito embora seja factível de se perceber distorções e ambiguidades, vivemos numa sociedade e num Estado que a todo custo deseja sair da incomoda chaga que representa o analfabetismo. Mas quando se passa a entender e a compreender os contextos aos quais estamos intrinsecamente inseridos é possível perceber o quanto ainda está longe de sermos e termos verdadeiros leitores e conhecedores do que está sendo colocado em nossa frente. Essa realidade implica mudanças de postura dos professores. Programas institucionais tal qual é o PIBID, reforça a ideia de que o Governo de fato está investindo em capacitação e numa futura mão de obra mais capacitada para enfim idealizarmos uma sociedade mais rica do ponto de vista intelectual e social. Quanto aos procedimentos metodológicos, num primeiro momento foi feito um levantamento parcial, coerente das informações, através de documentos bibliográficos e de observações. Posteriormente foram feitas análises e interpretações levantadas com o objetivo de identifica a eficácia da utilização dos jogos lúdicos como processo de aprendizagem. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Importância da Interdisciplinaridade e o Letramento no Desenvolvimento Educacional. A interdisciplinaridade surge para reorganizar e estruturar o conhecimento em si, pois o conhecimento é algo polarizado de diversas formas e sentidos, ele é adquirido através de várias disciplinas dissociadas das demais. Daí a importância da interdisciplinaridade está inclusa dentro do contexto educacional, pois diante de uma 2

sociedade cada vez mais exigente, torna-se necessário ter base em conhecimentos sólidos e produtivos, tanto em sentido intelectual como social. Nas palavras de LUCK, é possível sintetizar e entender a amplitude que possui a interdisciplinaridade: O objetivo da interdisciplinaridade é, portanto, o de promover a superação da visão restrita de mundo e a compreensão da complexidade da realidade, ao mesmo tempo resgatando a centralidade do homem na realidade e na produção do conhecimento, de modo a permitir, ao mesmo tempo, uma melhor compreensão da realidade e do homem como o ser determinante e determinado (LUCK, 1994, p.60). Todavia, a ideia central da interdisciplinaridade é a composição, interação e integração das mais diversas áreas do conhecimento é diálogo e troca de conteúdos, onde juntos possam transmitir à criança a confiança necessária para ela desenvolver suas potencialidades e acima de tudo sua interação social. Japiassú e Marcondes (apud, MARTINS, 2004, p.2) definem interdisciplinaridade da seguinte forma: Interdisciplinaridade é um método de pesquisa e de ensino suscetível de fazer com que duas ou mais disciplinas interajam entre si, esta interação pode ir da simples comunicação das ideias até a integração mútua dos conceitos, da epistemologia, da terminologia, da metodologia, dos procedimentos, dos dados e da organização da pesquisa. Ela torna possível a complementaridade dos métodos, dos conceitos, das estruturas e dos axiomas sobre os quais se fundam as diversas práticas científicas. Diante desses conceitos é necessário que busquemos a realidade a qual estamos em pensamento que é o desenvolvimento das crianças dos anos inicias do ensino fundamental, pois a criança em si possui peculiaridades para adquirir o seu desenvolvimento, ela, por exemplo, como destacam tanto Vygotsky como Wallon o desenvolvimento da criança como um processo pautado por conflitos, sendo vivenciado na totalidade e não isoladamente, no fortalecimento da inteligência. No processo de construção de conhecimentos, as crianças utilizam-se das mais variadas linguagens, a partir de interações que estabelecem com outras pessoas e com o seu meio. Cada faixa etária permite construções diferentes de aprendizagens significativas com conexões relevantes em relação aos conteúdos do cotidiano. 3

Nesse contexto surge então o letramento, mas antes de chegarmos à questão central do significado etimológico da palavra é preciso entender que o processo de leitura inicia-se muito antes do acesso ao ambiente escolar, pois as crianças estabelecem conexões com o seu meio e cada faixa etária adquire conhecimento de uma forma sendo impossível uma generalização sistemática de se utilizar a todo custo o mesmo ensinamento a todos. O que de fato ocorre é que as crianças vão ao longo do tempo se desenvolvendo e muitas delas tornam-se produto do seu meio. E esse meio deveria ao menos ser possível dela desenvolver-se de forma livre e expressando suas habilidades, juntamente como a interação social. Por letramento entende-se o produto da participação em atividades sociais que utilizam a escrita como sistema simbólico. Na escola, a leitura vem sendo objeto de estudo e para que seja significativo para o aluno precisa constituir-se também de objeto de aprendizagem. Para tanto, a escola deve ter práticas de leitura em diversidade textual, com portadores com informações relevantes para cada criança. Colocando em uma linguagem mais simbólica ler não é apenas possuir a capacidade de juntar os símbolos ou códigos e retransmiti-los. Ler é compreender, ler é questionar algo escrito como tal, a partir de uma expectativa real, numa verdadeira situação de vida. Questionar um texto é fazer hipóteses de sentido, a partir de indícios levantados e verificar essas hipóteses (JOLIBERT, 1994, p.15). Lê-se para: responder à necessidade de viver com os outros, na sala de aula e na escola. Para se comunicar com o exterior, para descobrir as informações das quais se necessita [...] para alimentar e estimular o imaginário (JOLIBERT, 1994, p.31). [...] o domínio da língua oral e escrita é fundamental para a participação social efetiva [...], pois é, por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento (PCNs, 1997, vol.2, p.23). A conquista da compreensão do esquema de escrita alfabética não dá garantia aos alunos de produção de textos ou ainda da capacidade de ler e de 4

interpretar. Essa aprendizagem necessita de um trabalho pedagógico sistemático e abrangente para ser eficaz. 2.2 Jogos lúdicos no Aprendizado do Ensino Básico A utilização do jogo lúdico em sala de aula é um recurso estimulante ao aprendizado. De acordo com Antunes O jogo em seu sentido integral é o mais eficiente meio estimulador das inteligências. (p.17). Observar-se, como uma atividade lúdica é capaz de atrair a atenção do aluno e ao mesmo tempo de um potencial extraordinário para estimular e exercitar seu senso de interação de gana em adquirir o conhecimento e tentar sua vitória ou da sua equipe. O efeito proporcionado do jogo lúdico chega a ser espantoso do ponto de vista positivo, pois, o estimulo exercido fora do contexto da aula tradicional é sem precedentes do ponto de vista didático. Em uma determinada atividade lúdica, tendo como base a interdisciplinaridade e o letramento é possível em um único momento trabalhar as habilidades, estratégias, comunicação, gramática, níveis de linguagens e os mais e abrangentes conteúdos inseridos e se entrelaçando como é a característica da interdisciplinaridade. Diante deste universo ora apresentado é possível perceber a magnitude da presença do jogo lúdico como figura intrínseca na busca do conhecimento. 2.3 O Papel Fundamental do Professor no aprendizado e na Utilização de Jogos Lúdicos. O professor atua como o instrumento necessário e fundamental entre os alunos e os objetos de propagação do conhecimento, é quem organiza e estabelece de forma articulada para usar todos os recursos, espaços e potencialidades disponíveis em seu ambiente. 5

Assim, o professor é mediador entre seus alunos e os objetos do conhecimento, que organiza e propicia espaços e situações de aprendizagem, em que são articulados os recursos afetivos, emocionais, sociais e cognitivos de cada criança aos conhecimentos prévios em cada área. É ao professor que cabe a tarefa de singularizar as situações de aprendizagem, considerando todas as suas capacidades e potencialidades e planejar as condições de desenvolvimento, com base em necessidades e ritmos individuais e características próprias. Os educadores precisam levar em conta o pensamento e a linguagem de seus alunos, bem como seus conhecimentos prévios e interesse naquele assunto, organizando situações de aprendizagem, nas quais novas experiências possam ser vivenciadas, acomodadas às já existentes. Essas experiências promoverão o crescimento e o equilíbrio necessários para que aconteça a aprendizagem. No processo de construção de conhecimentos, as crianças utilizam-se das mais variadas linguagens, a partir de interações que estabelecem com outras pessoas e com o seu meio. Cada faixa etária permite construções diferentes de aprendizagens significativas com conexões relevantes em relação aos conteúdos do cotidiano. A ação pedagógica precisa reconhecer que cada criança possui processos próprios e respeitá-los, trabalhando as dificuldades para que vençam as etapas em seu desenvolvimento. O professor facilitador ajuda e confronta seus alunos no processo de superação de conflitos. O professor atuante e engajado com o processo pedagógico de aprendizado é o único capaz de ter a perspicácia para realizar a integração entre os vários contextos apresentados dentro da heterogeneidade que seus alunos possuem e apresenta, ele é o único capaz de reavaliar e avaliar de forma objetiva e subjetiva e principalmente de que modo e forma deve ser apresentada a atividade lúdica que o mesmo poderá aplicar e consequentemente ter resultados satisfatórios na busca por seus objetivos didáticos. 6

Conforme Fialho: A prática pedagógica do professor compromissado com o processo implica: [...] na vivência do espírito de parceria, de integração entre teoria e prática, conteúdo e realidade, objetividade e subjetividade, ensino e avaliação, reflexão e ação, dentre muitos dos múltiplos fatores interagentes do processo pedagógico (LUCK, 1994, p.54). A exploração do aspecto lúdico, pode se tornar uma técnica facilitadora na elaboração de conceitos, no reforço de conteúdos, na sociabilidade entre os alunos, na criatividade e no espírito de competição e cooperação, tornando esse processo transparente, ao ponto que o domínio sobre os objetivos propostos na obra seja assegurado (FIALHO, 2007, p. 16). Portanto, sendo específico na questão dos jogos como ferramenta de apoio e ensino e aprendizagem e retomando sua importância no desenvolvimento de seus propósitos fica bem claro que o papel do professor é de inteira magnitude frente à transmissão do conhecimento e na exploração total que o mesmo possui em termos significativos e nos métodos a serem desenvolvidos. 2.4 PIBID, sua Contribuição no Processo Educativo. O PIDIB (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), da CAPES, trouxe a oportunidade dos discentes bolsistas e demais participantes terem um contato mais voltado ao desenvolvimento científico e intelectual. Tentando ao máximo a interligação entre todos que participam e interagem com o projeto, no entendimento de Libâneo (1994) ao colocar que se deve: Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e habilidades intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e de trabalho intelectual visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e independência de pensamento. (LIBÂNEO, 1994, p. 71). O PIBID permite aos seus bolsistas uma experiência fundamental em sua formação, pois, mesmo antes dos estágios, possuem acesso à realidade das salas de aulas da rede pública de ensino. Por meio do PIBID, toda base teórica vivenciada na universidade pode ser posta em prática. Aliando teoria e prática, o discente desenvolve-se no ensino de várias áreas das ciências aprendendo a lidar com as dificuldades do dia-a-dia escolar e, consequentemente, a desenvolver metodologias 7

que facilitem o ensino-aprendizagem, tornando-se um bom profissional no ensino da educação básica. De acordo com Lévy (1987, p.08): "a escola é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no falar-ditar do mestre". Neste contexto, pode-se dizer que novas perspectivas surgem com o avanço do processo pedagógico, uma nova metodologia de ensino os jogos lúdicos que tornam-se as aulas mais atrativa. Entretanto, desenvolver um trabalho usando essa metodologia não é fácil, pois não podemos simplesmente expor, temos que ter clareza em relação ao objetivo final do jogo, a aprendizagem. Outro ponto necessário é materializar o conteúdo numa síntese que possa ser visível para o aluno, tornando possível que o discente apreenda o assunto aplicado. Desse modo estaremos, [...] desmistificando a ideia de que, ao promover atividades com jogos, pode-se perder muito tempo ou, ainda, não garantir a aprendizagem, ideia comumente difundida e, de modo geral, fruto de desconhecimento sobre a potencialidade pedagógica do trabalho com jogos. (Ribeiro, 2008, p.17) O PIBID através de seus projetos e iniciativas está permitindo o desenvolvimento das potencialidades previstas dentro das áreas pedagógicas, o projeto é viável e comprovada sua eficácia no auxilio ao aprendizado. Com este apoio e com a possibilidade de engajamento por parte dos acadêmicos de licenciatura, poderemos, em mais algum tempo, termos docentes mais preparados para lidarem com a realidade da educação básica do nosso país, no geral ganham todos, pois alunos cada vez mais preparados têm muito mais possibilidades de deixarem cada vez mais gerações de alunos mais críticos e preparados para juntos construírem uma sociedade mais participativa no desenvolvimento social. 3.CONCLUSÃO Diante do exposto neste artigo, foi possível observar a importância do lúdico no processo de ensino/aprendizagem, pois, o mesmo permite não só o 8

desenvolvimento de forma individual, mas também que as crianças desenvolvam habilidades na atuação coletiva. É evidente o grande potencial do Lúdico como uma ferramenta de auxilio no processo pedagógico, uma vez que, através deste é possível estimular e motivar essas crianças na busca pelo conhecimento criando um mundo onde a aprendizagem se torna mais prazerosa, dinâmica e atrativa. Assim sendo, o papel do professor é essencial como estimulador do pensamento e das atitudes criativas em seus alunos, e como proporcionador de condições ambientais que tornem a sala de aula um espaço gerador de novas ideias (WESCHLER, 2001, p. 166). Desta forma o mesmo devera está consciente do seu papel e bem preparado para executa-lo. Daí a importância dos educadores estarem cada vez mais especializados e aprimorando suas práticas pedagógicas de forma que atenda as necessidades e ritmos individuais e características próprias de cada criança, organizando situações de aprendizagem que favoreçam a participação, a coletividade, criatividade e sociabilidade entre os alunos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências- Petrópolis, RJ: vozes,1998. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2002a. CÂMARA, Maria Lúcia Botêlho. Interdisciplinaridade e formação de professores na UCG: uma experiência em construção. Brasília, 1999. Dissertação (mestrado). Faculdade de Educação, Universidade de Brasília. DUTRA, L. A utilização do lúdico como ferramenta pedagógica para a alfabetização e letramento, 2013. Disponível em: 9

<http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/utilizacao-ludico-como-ferramentapedagogica-para-alfabetizacao-letramento.htm> Acesso em: 27 de fev. 2015. FIALHO, Neusa Nogueira. Jogos no Ensino de Química e Biologia. Curitiba: IBPEX, 2007. JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro, Imago:1976. JOLIBERT, Josette. Formando Crianças Produtoras de Textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, Cortez Editora, 1994. LUCK, Heloisa. Interdisciplinar: Fundamentos Teóricos e Metodológicos. Petrópolis: Vozes, 1999. MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. RIBEIRO, F. D. Jogos e Modelagem na Educação Matemática. 20º Edição. Curitiba: IBPEX, 2008. SILVEIRA, R. S; BARONE, D. A. C. Jogos Educativos computadorizados utilizando a abordagem de algoritmos genéticos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Informática. Curso de Pós-Graduação em Ciências da Computação. 1998. SOARES, M. O que é letramento. Diário do grande ABC, São Paulo, p.3, 29 ago. 2003. VYGOTSKY, Lévy. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes Editora, 1987. WECHSLER, Solange. Temas e textos em metodologia do ensino superior. 1. ed. Campinas: Papirus, 2001. 10