NA BACIA DO ITAJAí - SANTA CATARINA. Hélio dos Santos Silva Beate Frank Palmira R. Rizzo Dirceu Severo R E S U M O



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Transcrição:

11.89 ESTUDO CLIMATOLÓGICO DA PRECIPITAÇÃO NA BACIA DO ITAJAí - SANTA CATARINA Hélio dos Santos Silva Beate Frank Palmira R. Rizzo Dirceu Severo PROJETO CRISE UNIVERSIDADE REGIONAL DE R E S U M O BLUMENAU-FURB Este trabalho visa mostrar os resultados do estudo climatológi co de precipitação para a Bacia do Itajaí. Apresenta-se, inicialmen~ te, uma análise estatística da precipitação, ou seja, chuva anual, mensal, variabilidade, caracterização espacial, e sua relação com efeitos topográficos. Num segundo momento, apresenta-se uma caracterização sinótica dos eventos de enchentes e análise regional correspondente. 1. INTRODUÇÃO A Região Sul do Brasil é privilegiada pela altura e pelo regime anual da precipitação pluviométrica. A distribuição espacial no fim de cada ano se faz de forma bem uniforme. Dessa maneira, ao longo de quase todo o varia de 1250 a seu território, a altura média da precipitação anual 2000mm. Portanto, não há no Sul do País nenhum local cuja precipitação acumulada seja excessiva ou carente (Nimer, 1972). Todavia, períodos de estiagem e períodos relativamente chuvosos ocorrem dentro da Região mas não chegam a mudar a característica quase homogênea da precipitação. Certas áreas, eventualmente, sofrem por causa das cheias de seus rios principais. O Vale do Itajaí é uma dessas regiões cujos eventos de cheia do rio Itajaí provocam muitos danos, tanto materiais como, de vez' em quando, em vidas humanas. Este estudo climatológico referenciado apenas à grandeza precipitação pluviométrica foi desenvolvido na Universidade Regional de Blumenau (FURB), com o apoio da Fundação Banco do Brasil, através do seu Fundo de Incentivo à Pesquisa Técnico Científica (FIPEC). A análise da precipitação foi feita sob vários pontos de vista, são: distribuição espacial e temporal (valores médios mensais que e anuais), variabilidade, comportamento regional devido às influências da topografia, da proximidade com o mar e dos sistemas sinóticos de grande escala. Geralmente, os eventos de cheia na bacia do Itajaí estão associados com a presença de sistemas frontais semi-estacionários sobre a região. Identificar as situações sinóticas anteriores à formação de um sistema estacionário sobre a região é de fundamental importâg cia na diminuição dos prejuízos.

11.90 Neste trabalho são apresentados alguns resultados relevantes à climatologia da precipitação no Vale do Itajaí, sob o ponto de vista de valores médios e ainda, sob a visão sinótica de eventos extr~ mos. 2. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA PRECIPITAÇÃO ANUAL E MENSAL E SUAS VARIABILIDADES A análise da variabilidade anual e mensal da precipitação numa dada região é de extrema importância, pois fornece subsídios à compreensão da distribuição da precipitação média em toda a área de es tudo. Tal análise dá condições de se inferir acerca da evolução da distribuição espacial da chuva, em curtos e médios intervalos de tempo. No caso da análise das isoietas anuais (FIPEC-3, 1986), observª se para a maioria dos postos, na linha sudoeste-nordeste que a região da bacia compreendida pelas isoietas de MAIOR valor apresenta uma MENOR variabilidade na chuva, o que representa uma uniformidade espacial na precipitação nesta direção (Figura 1). Na direção sude~ te-noroeste, esta uniformidade não ocorre. Nos mapas de isoietas mensais, acompanhado da distribuição espª cial do Coeficiente de Vari3ção (CV%), pode-se destacar (Tabela 1) que para a maioria dos postos, a maior variabilidade mensal ocorre no mês de julho (CV% = 85%), enquanto que a menor se dá nos meses de janeiro, março e outubro (CV% ~ 45%). Tabela 1 - Valor Mensal e Desvio-Padrão do Coeficiente de Variação do Vale do Itajaí MÊS Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro CV% 44.6 47.0 44.6 58.9 71.4 56.8 85.3 69.9 51. 9 45.6 57.7 49.0 DESVIO 5.75 5.47 4.90 6.40 6.70 5.20 14.01 6.80 5.70 5.20 6.60 4.70

11.91 \ _Ia::o,,17,4 ';.",,<:":=:">==r".:::::;-,,~,..----...,,,'...,...',~!l'~"\,,, \ 149:> \ \ '. J6CX) LEGENDA - I.iOIETAS VARIABILIDADE (CV 'Y.) --- DIVISOR DE ÁGUAS DA BACIA Figura 1 - Mapa das isoietas anuais e sua variabilidade, para a bacia do Itajaí (SC. 3. DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DA PRECIPITAÇÃO MENSAL E VARIABILIDADE As curvas utilizadas para determinar a marcha anual da precipitação mensal para cada posto demonstram uma certa indefinição na r~ gião quanto à existência de uma "estação chuvosa", ou seja, um certo período do ano em que as chuvas são mais abundantes, e por cons~ qüência, mostram também a inexistência de uma "estação seca" para o Vale do Itajaí. Uma vez que períodos chuvosos e secos refletem "valores extremos" com relação à média em um determinado posto, e tais períodos não ficaram bem visíveis a partir dos dados, pode-se estimar com certa tolerância (usando o desvio-padrão), os períodos secos e os chuvosos, dentro do ano civil. Devido à referida quase homogeneidade temporal da variabilidade entre os postos, optou-se por apresentar uma marcha anual média da p~ecipitação pluviométrica para todos os postos (Ver figura 2). Para ~ grande maioria dos postos, percebe-se que os meses que x ultrapassa x+~ são os de janeiro e fevereiro. Por outro lado, usando o mesmo recurso estatístico, nota-se que os meses secos (x < x -<r ), para a maioria dos postos, são abril e maio.

1T.92 _. T '_I. I---t----:..---~f_-~f_--i X.125... Ç".28_ -------------X-f J~-~~---=----=----:---;--_- '-,.. Figura 2 - Marcha anual precipitação pluviométrica média para 46 postos pluviométricos da bacia do Itajaí (SC). 4. ANÁLISE SINÓTICA E REGIONAL DOS EVENTOS Foram objetos de estudo 13 eventos que provocaram enchentes na cidade de Blumenau (SC) entre os anos de 1957 e 1984. Em todos eles observam-se catacterísticas semelhantes. A estagnaçao de,sistemas frontais tanto de origem polar como tropical sobre a região, parece ter sido, na maioria das vezes, a causa principal da ocorrência de precipitação abundante (ver Quadro 1). É claro que a estacionaridade de um sistema sobre uma dada região irá provocar danos ou não, depndendo das características físicas. O Vale do Itajaí, por sua orografia própria, está propício a isto. nurro: PDWIlll I ClbCIm5IltR5 PRDCD'A1S 1I lveictll I PDUlIXI I CIJIIVIRlmClS PRIllClPlU5 1--1 1 1--1 1 " 01 IUr-191Ol1m1o 51st.. innal tci_...1 1ft I2'l-W1ft18010 SII1_ f"oilhl SB.-uei... I.. et... di Iit 15.: I... lgln o.ort. do 15 st. I I.1 I OU08I8O I OZ 130-WI0/1ol11 Frete fria s.t-uet_ta I : I. : 1~11udI"".. fttidts di II 08 118-%3/\.%180:0 5i_t_ F...t~ SM.,.toc... :OI~/ll"ll SltcIKtI. Qll do "uu.: 1..il coa r.. queoto _obro t I I f ; : ",111 Sul. OJ 121r-30/OIm:1 I'lftta f..i. &toei_il lllq- I I : I I lizada lgln.. fttidts di 11' I, 09 lzo-2~/12i81:1 5il1_ Fro.ttl SMi,.toci.nr I I RJ I oehlslo lobri " "t"'l 1 I..lo coa r_ frio _obro o 1ito- I di se PR. I I 1...1 do PR f Sudr.ih. f r.. : 1 I 1 I qllftt. sotn st 15. o.. :01~/l0mll 6111_ fj'olrtal )ts1ucit... I' I H..ttdol do RS se f_te 10 117-23/05183:1 Si_t_ Fronhl SftI"'"tlclOno- I f..l,...15iad_il toelli- I rio lgln t "'luo Sul.~.. I u,~ lobri H fttidts do SI'.U I ruo ~t. sobro sr.. : 'is. o 05 lz3-z7ll2178:o Fl"fllta fru s -..I1aciOIllriI 1 louliua. sob o 0I11do do I PR. oel_o tolin o fttado di : st I...t> do..tido do 15. o 07-10/05/7'110 Fl"fllt. fril _i_tacionaril : louhrtdt _obro OI..tldot di : se. P~. 11 105-13/07/83:1 Sist_ Frontll Estlci."... 1 sob... os fttlclos do RS, st. 12 13 lzz-zv09i83:o Si_to.. Fronttl SaI-:tttC'on. : rio ItO,. I J"'!aU) &.11. coe : ruo fria 10 51.11 ~.: 51'. Quad.c'o 1 - Características sinc:l;ic~s dc.s EV'en-!;os 1 a 13 ( Va1e do Itaj~().

11.93 A nível de mesoescala, as situações aqui estudadas indicam um limite inferior na quantidade de precipitação, da ordem de 80-100mm e estes valores foram alcançados, quase sempre, em dois dias consecutivos, dentro do período do evento. Além disso, cada um dos eventos mostra uma certa característica própria, que evidencia a aleatq riedade da posição dos centros de maior precipitação. À primeira vista, o fato de ocorrerem isolinhas fechadas de pr~ cipitação acumulada na região de estudo dá uma certa indicação de que pode haver predominância maior dos efeitos de escala menores que a sinótica, uma vez que os eventos de 83 e 84 apresentam isolinhas abertas. Para estes últimos, foi comprovado (Moura, 1986) que ocorreram com grande participação dos efeitos de grande escala. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Estudos probabilísticos de períodos secos e chuvosos conforme Marouelli (1987) estão sendo inicializados, pois parecem merecer Lmla atençao especial com vistas a subsidiar a monitoração da chuva na bacia do 1tajaí. Outra observação interessante é que, para a maioria dos postos, o mês de novembro apresenta um valor de precipitação abaixo da média. Esta anomalia não está ainda bem explicada e será também o objeto de estudos futuros. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. FIPEC - 3, 1986. Estudo Climatológico da Bacia do Itajaí e Implantação de Análise Objetiva do Tempo para o Estado de Santa Catarina. Relatório Parcial n 2 3. Blumenau, mai/86. 2. MAROUELLI, W., Probabilidade de Dias Secos. Dissertação de Mestrado em Agrometeorologia. Universidade Federal de viçosa (UFV), Viçosa (MG), 1987. 3. MOURA, A.D. Meteoroloqia: é possível resgatar o tempo perdido? Revista Brasileira de Tecnologia, vol.17(1), jan/fev. Brasília (DF), 1986. 4. NIMER, E., Climatoloqia da Região Sul do Brasil. Revista Brasi leira de Geografia, IBGE/CNG, 65 p., Rio de Janeiro (RJ), 1972.