A única luta que se perde é aquela que se abandona



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Transcrição:

Seminário Nacional Saúde Mental, Trabalho e Assédio Moral A única luta que se perde é aquela que se abandona São Paulo Dias 14 e 15 de maio de 2004. Local: Sindicato dos Químicos 1

1. SÍNTESE DO SEMINÁRIO Data: 14 e 15 de maio de 2004 Número de participantes do Estado de São Paulo: 220 mulheres e 94 homens Número de participantes outros Estados: 18 mulheres e 29 homens Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará, Bahia e Brasília. Público Alvo: trabalhadores/as, dirigentes e lideranças do movimento sindical, movimento de mulheres, ONGs, profissionais da área da saúde e técnicoadministrativo, docentes, discentes e a sociedade interessada. Promoção: Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades CEERT; Secretaria Estadual de Saúde / Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do estado de São Paulo - CEREST; Secretaria Municipal de Saúde / Centro de Referência e Saúde do Trabalhador da Freguesia do Ó CRST-FÓ; Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo SINDQUIM; Violência Moral no Trabalho - VMT. Apoio: NEXIN/PUC; Diesat; Secretaria de Estado da Saúde - Centro de Vigilância Sanitária/Divisão de Saúde do Trabalhador; Ministério do Trabalho e Emprego Fundacentro; Central Única dos Trabalhadores - CUT; Ministério da Saúde; Museu da Pessoa. 2. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES: Data: 14/05/2004 Sexta-feira Abertura Oficial Horário: 19h Apresentação de Grupo de Dança Afro Raízes 2

Horário: 19h30 Conferência: Violência Moral e Direitos Humanos nas Relações de Trabalho Horário: 20h Palestrante: Margarida Barreto NEXIM/PUC Dra Lídia Guevara é Secretaria Geral da Associação Latino-americana de Advogados Trabalhistas Debatedora: Eleonora Menecucci DHESC Coquetel Horário: 21h30 Data: 15/05/2004 Sábado Tema: Violência Moral no Trabalho: um risco invisível. Horário: 10h Coordenação: Profa. Lucia Teodoro Vianna - CEFET RJ Palestrantes: Wagner Pereira Prado da Silva TRT/MG Carlos Augusto Lopes da Silva Núcleo de Assédio Moral SP André Luiz Souza Aguiar UNIFACS/BA Tema: Desafios e Tendências: trabalho digno e responsabilidade social Horário: 10h15 Coordenação: FUNDACENTRO - SP Palestrantes: Dr. Luiz Salvador - ABRAT/ALAL - PR Dr. Ricardo Andreucci Promotor de Justiça Criminal - SP Carlos Eduardo Gabas Superintendente do INSS - SP 3

Tema: Violência Moral como questão de saúde e fator de risco na relação de trabalho: um diálogo entre diferentes perspectivas regionais Horário: 14h Coordenação: SINDQUIM Relatoria: Chindalena Ferreira Barbosa CEERT/SP Palestrantes: Dra. Carmen Silvia Quadros - Núcleo Gaúcho de Estudos e Combate ao Assédio Moral RS Apresentou as atividades desenvolvidas pelo Núcleo Gaúcho de Estudos e Combate ao Assédio Moral no Rio Grande do Sul, no período de 2001 a 2003. Entrevistas, matérias e artigos realizados com objetivo de divulgar o tema e apresentar formas de intervenção. Comentou sobre o Prêmio Top Cidadania que jornalista do Jornal Zero Hora recebeu pelo seu trabalho sobre assédio moral no trabalho, publicado no Caderno de Empregos e Oportunidades do Jornal; e a assessoria que está realizando na Rádio Cultura FM. Pontuou o assessoramento do Grupo em seminários, conferências, palestras, Fórum Social Mundial e em Projetos de Lei, em específico na alteração do Estatuto do Servidor Municipal de Porto Alegre, que pune a prática do assédio moral no funcionalismo público municipal. Falou sobre a criação de uma Delegacia Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul e sobre uma pesquisa parcial sobre a realidade do ambiente de trabalho no Estado. Para finalizar, apresentou algumas perspectivas do Grupo, tais como: investir nos laços com as universidades; capacitar pessoas para o acolhimento e recolhimento pessoas que vivenciaram situações de humilhação no e implementar parceria com a Delegacia Regional de Trabalho e Emprego. Dr. Luis Saraiva Neves - CEST/PST PE 4

Iniciou com o resgate histórico da criação da organização não-governamental Instituto de Estudos em Saúde dos Trabalhadores INEST, uma instituição que conta com o apoio de sindicatos. Citou acompanhamento em um processo, em 2001, de funcionária bancária que por conta do assédio moral que vivia no trabalho, chegou a ir trabalhar somente com a presença da mãe. Pontuou alguns trabalhos do Instituto: 1. A Criação e implementação da Política de Assédio Moral; 2. Inauguração do Centro Especializado em Saúde dos Trabalhadores de Recife Apresentou os resultados das ações e as demandas. Drª. Maria Aparecida Silva Bento Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades CEERT/ SP Iniciou sua apresentação destacando três pontos: 1. Considerar o dano psíquico originário do assédio moral; 2. Considerar a maior vulnerabilidade em que vive a mulher, em especial a mulher negra e o homem negro; 3. Como nossa sociedade pode a prática do assédio e a formação do agressor. Abordou a dimensão psicológica do ser humano e a vivência diferenciada de impactos sociais que determinados grupos sofrem. Destacou o investimento em pesquisas com recorte de cor/raça, nos últimos dez anos, para identificar as conseqüências da evasão escolar de crianças negras; o lugar do negro no mercado de trabalho; a situação de desemprego diferenciada; na questão de gênero realizar o recorte de cor. A vida psíquica se constrói na relação como outro, assim somos constituídos na interação com o outro e o nosso eu. Quando existe um impacto nas relações ocorre um desequilíbrio em nosso psíquico. Os distúrbios, como a depressão, entre outras doenças mentais, ocorrem por este problema social. O impacto psíquico é maior na questão do gênero e na questão racial. Deve-se ressaltar que um corpo negado, um corpo humilhado, não oferece prazer e sim, ódio e dor à pessoa. Deve-se prestar 5

maior atenção ao Dano Psíquico. A saúde precisa incorporar o cuidado às vítimas de assédio moral, em especial às mulheres e os negros no acolhimento. Quando tratamos situações de assédio moral, é importante considerar as características do agressor, a linha da personalidade autoritária, o tipo de pessoa que busca a prática violência cotidianamente. Os grupos que sentem prazer em oprimir o outro. O assediador pode ser qualquer um de nós que assume poder, podendo prejudicar a vida do outro. O alvo de nossa preocupação deve ser o sujeito, pois ele está entre nós. Só assim, é possível lidar e enfrentar o tirano. Tema: Construindo políticas públicas a partir de experiências inovadoras e práticas coletivas Horário: 16h Coordenação: Dr. Jefferson Benedito Pires de Freitas Relatoria: Chindalena Ferreira Barbosa CEERT/SP Palestrantes: Prof. Oscar Gomes Silva - UNIRIO RJ Apresentou seu processo de vivência no movimento sindical e como se apropriou da discussão do assédio moral, uma experiência que resultou na organização de um Seminário sobre a temática no movimento sindical. Contextualizou a realidade da Universidade: localização, número de profissionais, alunos, etc. Na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO foi realizada uma pesquisa sobre o processo de Assédio Moral no Trabalho e as experiências desenvolvidas com objetivo de fornecer dados à Coordenação Geral de Seguridade Social, que tem a missão de contribuir para eficiência do Servidor Público. Este estudo resultou numa Ordem de Serviço que apresenta os procedimentos a serem adotados em casos de assédio moral, esta ordem coibiu a prática do assédio moral. Luís Pequeno - Tribunal Assédio Moral/Sexual SC 6

O representante do Tribunal Popular sobre Assédio Moral e Sexual no Ambiente de Trabalho iniciou destacando a importância em romper o silêncio, um mal que assola a nossa sociedade. Criticou a idéia do natural, pois historicamente no Brasil foram utilizadas práticas de violação dos direitos humanos. Uma forma de romper com o silêncio é investir no fortalecimento do movimento social. Os órgãos públicos e os parlamentares, comprometidos com a causa, devem contribuir. A solidariedade, a coletividade, a afetividade, a ética, o compromisso social e pessoal são fundamentais para esta luta. Assim, foi criado o Tribunal, que é um Fórum que reúne lideranças de vários movimentos e é financiado pelos grupos envolvidos. Ana Soraya V. Bomfim - FUNDACENTRO - BA Dr. Waldemar José Borges Filho - CRST FÓ-SP Andréia De Conto Garbin - CEREST SP Encaminhamentos para o Seminário Latino-americano Horário: 20h PROPOSTAS DO SEMINÁRIO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL, TRABALHO E ASSÉDIO MORAL - SP PARA O SEMINÁRIO LATINO AMERICANO - PE 1. Incluir nas N.R. Saúde Mental e Trabalho e Assédio Moral e Trabalho. 2. Debate interinstitucional nos casos de retorno ao trabalho. 3. Utilizar a RENAST como canal de pressão. 4. Aumentar as informações sobre Saúde Mental e Trabalho e Assédio Moral e Trabalho nos Ambulatórios de Saúde Mental. 5. Incluir na discussão o pessoal da Educação. 6. Romper com a questão do viés trabalhista indenizatório para a questão criminal. 7. Melhorar a formação e a informação dos dados dos órgãos governamentais. 7

8. Trabalhar todos os setores da sociedade, porque a relação de poder não acontece somente na relação de patrão e empregado. 9. Desconstrução da naturalização dos lugares 10. Trabalho com a Segurança Pública área mais afetada e cuidada da sociedade Trabalho com a Polícia. 11. Capacitação e sensibilização do tema nos diversos setores do mercado de trabalho. 12. Desconstruir o conceito de políticas universalistas. Trabalhar diferenças: negro/brancos e homens/mulheres. 13. Produzir material para os trabalhadores sobre a defesa de direitos, relações de trabalho. 14. Introduzir na educação pública o tema do assédio moral. 15. Pensar em disciplinas que abordem a violência sofrida pelos trabalhadores. 16. Introduzir disciplinas na formação da polícia. 17. Pensar em políticas públicas que abordem não só a tolerância, mas a aceitação, respeito e convivência com a diferença. 18. Propor parcerias com instituições e ONGs para ampliação do atendimento dos trabalhadores. 19. Pensar em material de referência Guia de recolhimento de provas com depoimento de pessoal, não permitindo que o advogado fale pelo assediado para não perder a riqueza. 20. Criação de um canal de denuncia nacional, como disque denuncia e também a divulgação na mídia de casos, ou melhor de exemplos por meio de comerciais. Pode ser um campanha com o apoio do governo (Sindicato dos Metalúrgicos de S. José dos Campos/SP e região 012-39465310). 21. Criação de uma rede de solidariedade. 22. Criação de uma política preventiva e humanizada de combate ao assédio moral no ambiente de trabalho e pela saúde plena do trabalhador. 23. Capacitação de técnicos da saúde, especialmente da área de psiquiatria, carente atualmente nos serviços públicos. 8

24. Sistematizar os grupos de atendimento de pessoas assediadas e criar uma metodologia para divulgar em outros serviços. 25. Informar e divulgar a população sobre assédio moral. 26. O especialista da área da saúde deve Ter um silêncio respeitoso, um olhar atento e uma escuta sem horário. 27. Considerar nos estudos de assédio moral o impacto dos grupos mais vulneráveis por conta da questão de gênero e racial e investir nos dados para saber o quanto atinge diferentes grupos. 28. Os sindicatos devem rever suas ações em relação ao trabalhador e tratar de seus problemas de base: aula de português, treino de oratória e envolvimento familiar. 29. Para combater o assédio moral deve-se fortalecer o movimento social e também incluir os órgãos públicos e os parlamentares comprometidos. 30. Dialogar com parlamentares para propor projetos de leis sobre assédio moral. 31. Pesquisas com dados concretos para identificar os profissionais que sofrem o impacto do assédio moral por município. 32. As pessoas devem falar sobre o assunto no ambiente de trabalho, a empresa deve investir para este dialogo. 33. Para tratar a questão social e de gênero deve-se incluir o quesito cor nos serviços de saúde. 34. Pensar em espaços para discutir com funcionários públicos a temática do assédio moral. 35. Divulgar o novo nas informações. Capacitar as informações no ambiente de trabalho. 36. Empresas que identificarem alto índice de determinadas doenças de saúde do trabalhador serão consideradas de risco por conta deste índice e sofrerão as devidas punições. 37. Criação e divulgação de materiais didático para os funcionários de saúde e para a população. 38. Trazer para o âmbito da multidisciplinaridade o debate na perspectiva de superar a naturalização que foi criada principalmente pelo nosso processo histórico. 9

39. Os Anais do Seminário Nacional deverão sair para divulgar aos órgãos/instituições públicas e universidades. Disponibilizar nos sites da Saúde, Trabalho, Previdência Social, ONGs, Sindicatos. 40. Divulgação dos meios de comunicação geral do país fazer um release. 41. Divulgação em Sites/Debates das medidas tomadas nos últimos tempos, como p. ex. a Portaria 777 que permite incluir doenças mentais relacionadas ao trabalho como de notificação compulsória. 42. Divulgação da lista de doenças relacionadas ao trabalho Ministério da Previdência e Assistência Social e Saúde Sites. 43. Resolução do FAP Fator Acidentário Previdenciário D.O.U. de 10/05/04. 44. Incluir por meio dos diferentes Fóruns a saúde mental/organização do trabalho/assédio moral nas pastas econômicas, ciência e tecnologia, educação, etc, além da Saúde, Previdência Social e Trabalho. 45. Participar dos conselhos de saúde e outros do controle social. 46. Utilizar de forma mais ativa e divulgar algumas normas do Ministério da Saúde. Ampliar para Ministério da Previdência Social e do Trabalho que possam auxiliar este trabalho (ex. da norma 10 do Ministério da Previdência). Encerramento - Atividade Cultural Horário: 20h30 10