A angariação de fundos para as organizações sem fins lucrativos tornou-se um tema fundamental na sociedade atual.

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Transcrição:

A angariação de fundos para as organizações sem fins lucrativos tornou-se um tema fundamental na sociedade atual. Pela constatação deste facto e, ainda, pelos pedidos concretos de instituições acerca do como fazer esta angariação, surgiu, há mais de 7 anos, a procura dos locais, pessoas, conferências e publicações, que pudessem ajudar a responder capazmente a este assunto. E é assim que nasce um estudo desenvolvido nos últimos anos maioritariamente em Portugal, tendo dado origem a uma tese de doutoramento 1. Logo à partida, um conjunto de perguntas inquietantes estiveram presentes: Os portugueses são generosos? Quem dá mais? Os donativos dos particulares são importantes para a sustentabilidade das organizações de solidariedade social? Em que medida? O que fazem as organizações para captar donativos? Quer isto dizer que este conjunto de inquietações tornou-se premente também no contexto português: as organizações sem fins lucrativos, incluindo as religiosas, têm crescentes desafios na obtenção de donativos particulares. As mudanças que terão originado este estado de coisas, são, entre outras, uma maior variedade de escolha para os doadores potenciais, a diminuição do apoio do público, o aumento da concorrência para doações, ou a complexidade na gestão destas fontes de receitas. Como já referido, as organizações religiosas também sentem estes crescentes desafios na obtenção de doações e, a adicionar às razões agora mesmo expostas, a sua diminuição de donativos de particulares surge diretamente ligado ao declínio na frequência da igreja. E por causa destas considerações, o grande objetivo do presente estudo é propor recomendações às organizações sem fins lucrativos para angariarem fundos, sendo colocado um maior ênfase nas organizações religiosas. Também é objetivo medir as práticas de donativos das pessoas religiosas, religiosas mas que não vão à igreja, e seculares. Por último, pretende-se questionar pressupostos debatidos em torno do altruísmo e da ação prosocial, sendo estes temas imensamente debatidos e as respostas dadas variando consoante as situações de estudo. Então, qual foi a grande questão de investigação à qual se procurou responder? De forma sumária, procurou responder-se à seguinte pergunta: como é que a motivação, o comportamento prosocial, a afiliação religiosa, e a religiosidade influenciam as práticas de donativos. As práticas de donativos dizem respeito à frequência e ao montante do donativo de um indivíduo a uma organização sem fins lucrativos, e também ao tipo da organização religiosa ou secular que o doador apoia. A motivação do doador é aferida através do binário altruísmo-egoísmo. O comportamento prosocial do doador é identificado pelos atos de voluntarismo e compaixão. A afiliação religiosa do doador especifica a adesão de um indivíduo 1 Tese de doutoramento: Abreu, Madalena Eça de. 2012. DRIVERS OF DONATIONS PRACTICES: ALTRUISM AND RELIGIOSITY REVISITED (OS DETERMINANTES DAS PRÁTICAS DE DONATIVOS: REVISITANDO O ALTRUÍSMO E A RELIGIOSIDADE), PhD in Management, Specialization in Marketing, ISCTE-IUL, Department of Marketing Página 1

a um grupo religioso em particular. A religiosidade do doador trata de aspetos psicológicos das atividades religiosas. Estando identificadas as grandes variáveis a serem trabalhadas, o estudo foi desenvolvido em duas grandes fases. A primeira, entre Agosto de 2007 a Setembro de 2008, foi dedicada a entrevistas em profundidade, entre Portugal (Fátima, Lisboa e Coimbra) e Inglaterra (Bristol e Londres e arredores). Foram entrevistadas 34 pessoas, entre peregrinos, voluntários e empregados de organizações sem fins lucrativos, alunos universitários, e professores do ensino secundário e universitário. Numa segunda fase, procedeu-se a um survey: e foi assim que durante o ano de 2010, 1,697 instituições portuguesas de solidariedade foram contactadas, tendo 612 doadores respondido ao questionário disponibilizado online. E qual o perfil destes doadores? 34% dos participantes eram do sexo masculino, a idade variou de 15 a 77 anos e a média de idade foi de 37 (36,7) anos. Através das seguintes imagens conseguimos obter uma breve descrição destas pessoas. Já em jeito de conclusão, este estudo sustenta que o altruísmo é a base das práticas de donativos, e que a religiosidade é uma variável subjacente que parcialmente determina as práticas de donativos. Alias, os resultados mostram que, nas práticas de donativos, o altruísmo está mais enraizado nas pessoas religiosas. E ainda que o voluntarismo é um forte determinante de quem é doador. Considerando o contributo para o marketing e angariação de fundos das organizações de solidariedade, quer religiosas quer seculares: parece ser crucial que o doador pertença a uma denominação religiosa e/ou ter um elevado nível de religiosidade; pode também ser um doador Página 2

aquele que apresenta um elevado grau de voluntarismo. E ainda, há que ter em conta que a a idade é fator determinante nos donativos (as pessoas mais velhas dão mais donativos e também dão para todo o tipo de organizações). Mas vejamos estes resultados com algum detalhe. Quem são os doadores? O doador regular é aquele que é religioso, com mais de 29 anos, e tem um elevado nível de voluntarismo. O doador que faz donativos só para as organizações seculares, é secular, apresenta um nível médio de religiosidade e a sua idade é superior 39 anos. O doador que faz donativos para ambos os tipos de organizações, é o religioso que não vai à igreja, e que apresenta um elevado nível de altruísmo. Quando as organizações procuram donativos de montante elevado, podem dirigir-se a doadores seculares ou religiosos, e que detêm um elevado nível de religiosidade. O estudo demonstrou também que o altruísmo é uma motivação muito maior para dar do que o altruísmo: numa escala de 1 a 5, o valor do altruísmo é maior (3.4) do que o egoísmo (1.7). Por conseguinte, pode afirmar-se que o egoísmo é um fraco determinante das práticas de donativos, além de que os doadores que dão motivados pelo egoísmo tendem a dar donativos de montante baixo. Ao contrário, o altruísmo influencia os doadores a serem mais regulares nos seus donativos, e ainda a darem donativos de montante mais elevados. No respeitante aos tipos de comportamento prosocial medidos neste estudo, a compaixão apresenta valores bastante mais elevados do que o voluntarismo (a média da compaixão é de 4 e a do voluntarismo é de 2.5). No entanto, o nível de compaixão apenas determina positivamente a tendência para um doador ser regular. Da forma diferente, os doadores com elevado nível de voluntarismo: são doadores regulares; dão donativos de montante mais elevados; e dão para ambos os tipos de organizações. Atendendo agora às relações entre afiliação religiosa que o doador afirma ter e as suas práticas de donativos, os resultados foram os seguintes. Sobre os doadores religiosos, sabe-se que: 81.3%: os que dão mais vezes um donativo de montante elevado 86%: os que dão mais regularmente 60.5%: dão para todos os tipos de organizações (quer religiosas quer seculares) De forma distinta, os doadores seculares: 78.9%: os que dão mais regularmente a organizações seculares Página 3

4.2%: raramente escolhem uma organização religiosa para as suas doações E qual a influencia da idade nas práticas de donativos? Sem dúvida, os doadores mais velhos são os mais interessantes para estas organizações. Senão, vejamos: 93% com idades entre 55-64 são doadores regulares 92% com mais de 65 dão donativos de montante mais elevados 78% com idades entre 55-64 dão para ambos os tipos de organizações Este estudo não mostrou existirem grandes diferenças entre homens e mulheres no que toca a práticas de donativos. No entanto, as mulheres tendem a escolher, ou uma organização religiosa ou um secular, em oposição aos homens, já que estes dão indiferentemente para qualquer tipo de organização. Os homens são ligeiramente mais regulares nos seus donativos do que as mulheres. Relativamente às práticas de donativos, estes 612 doadores atuam da forma como a seguir se expressa nas seguintes imagens: Página 4

Ainda no que concerne ao montante de donativos, chegou-se à seguinte conclusão: O donativo de 51 a 200 euros é o valor máximo dado por um doador que só dá para uma organização religiosa. O donativo de 21 a 50 euros foi o maior que é dado quando o doador só dá para uma organização secular. O donativo de mais de 200 euros é o maior que é dado quando o doador dá a ambos os tipos de organizações. Particularmente para as organizações religiosas, quer direta ou indiretamente, ficam as seguintes ideias: Na gestão das atividades de angariação de fundos deve-se atender à importância do fator religiosidade, já que forte relação entre as diferentes dimensões de uma pessoa, enquanto vivendo e experimentando a sua religião e sua disposição para práticas de donativos. Os doadores religiosos, e também aqueles para quem a religiosidade desempenha um papel importante, são os que tendem a ser doadores regulares e a dar a doação de valor mais elevado. Existe uma forte relação entre religiosidade e voluntarismo nas organizações: as pessoas que estão envolvidas nas atividades da igreja tendem a dar mais. Fato importante a considerar na estratégia de angariação de fundos de uma organização: podem desenvolver formas para que os seus membros sejam envolvidos na angariação de fundos, obtendo mais donativos e um compromisso dos doadores em campanhas futuras. Estes grupos de doadores religiosos podem ser abordados quer por organizações religiosas quer pelas seculares, e assim aconselhamos estas organizações a fortalecer os seus laços e esforços e trabalhar mais em sinergia. Página 5

Por último, deixam-se as grandes conclusões deste estudo, tendo em conta as questões de partida. Existência de altruísmo como um forte determinante das práticas de donativos. O altruísmo tem um efeito totalmente oposto do que o egoísmo como motivação para a doação: o altruísmo influencia positivamente as práticas de donativos, enquanto o egoísmo influencia negativamente as práticas de donativos. O voluntarismo influencia positivamente a frequência de donativos e o nível dos donativos. Os doadores religiosos são diferentes dos doadores não-religiosos. A religião, quer medida pela afiliação religiosa, prática, crenças ou pela forma como é experienciada, tem um grande impacto sobre as práticas de donativos. As pessoas mais velhas tendem a dar mais, a serem mais regulares nas suas doações, e a escolher mais tipos de organizações. Aqueles que dão o seu tempo e dinheiro para as organizações religiosas são mais propensos a dar a instituições seculares. Os doadores religiosos são os mais generosos (quer pelo montante doado quer pelo fato de serem mais regulares), e para ambos os tipos de organizações. Breve glossário para este estudo: DONATIVO: A dádiva monetária de um doador individual para uma instituição de solidariedade, sendo um subtipo de comportamento pró-social. O QUE LEVA UMA PESSOA A FAZER UM DONATIVO? Normas morais e sociais, preocupar-se com os outros, crenças religiosas ou políticas, código de ética, reconhecimento social, ou altruísmo. ALTRUÍSMO: A motivação quando o objetivo é beneficiar os outros. COMPORTAMENTO PROSOCIAL: Comportamento intencional e voluntário valorizado pela sociedade referindo-se a ações que beneficiam outras pessoas, como ajudar, partilhar, o altruísmo, a solidariedade, a cooperação, doar, ser sensível e recetivo, o voluntariado ou a compaixão. COMPAIXÃO: Desejo de aliviar o sofrimento do outro podendo originar ações pro-sociais como compartilhar, cuidar, dar, amar, servir e apoiar. VOLUNTARIADO: Comportamento que envolve uma ação pró-social no contexto organizacional, que está prevista e que continua durante um período prolongado. Página 6

RELIGIOSIDADE: Mede a experiência pessoal da religião e a intensidade de comportamentos religiosos de um indivíduo em dimensões como a prática, a crença, o ritual, a experiência, e as consequências para a vida, sendo determinante dos donativos particulares. AFILIAÇÃO RELIGIOSA: Adesão dos indivíduos a um determinado grupo religioso, podendo-se subdividir no contexto da sociedade portuguesa em: religioso, religioso que não vai à igreja, secular. PRÁTICAS DE DONATIVOS: subdivide-se em: Frequência de doações doador regular (pelo menos 1 vez ano) doador não regular Tipo de organização organização religiosa organização secular Ambos os tipos de organizações Nível de doações Valor alto (21-200 euros ou mais) Baixo valor (20 euros ou menos 5 GRUPOS DE ORGANIZAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS: (a) Fundações; (b) Santas Casas de Misericórdia; (c) Organizações Não-governamentais de Cooperação para o Desenvolvimento; (d) Associações + Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS); (e) Museus Página 7