A IMPORTANCIA DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA E CULTURA NA INSERÇÃO SOCIAL DOS PACIENTES COM TRANSTORNO MENTAL



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Transcrição:

A IMPORTANCIA DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA E CULTURA NA INSERÇÃO SOCIAL DOS PACIENTES COM TRANSTORNO MENTAL 1 SANTOS, Kassila Conceição Ferreira; SOUZA, Ana Lúcia Rezende; NOGUEIRA, Douglas José. Palavras-chave: Centro de Convivência, CAPS, Convivência e Cultura; Saúde Mental Introdução De acordo com a Portaria Nº 396 de 07 de julho de 2005 a implementação de um Centro de Convivência e Cultura deve ocorrer apenas em municípios que já tenham construído resposta pública efetiva para os transtornos mentais severos e persistentes. A rede SUS substitutiva destes municípios deve contar com cobertura adequada, especialmente de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Considerando que o Centro de Atenção Psicossocial de Jataí vem dando, nos últimos anos, uma resposta efetiva a sociedade em relação ao acolhimento e tratamento de usuário com sofrimento mental severos e persistentes, nosso apoio a esta proposta se justifica pela necessidade de darmos continuidade ao trabalho que vem sendo realizado. Outro motivo que justificou a implantação do projeto relaciona-se de forma direta com a demanda do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Atualmente o CAPS atende aproximadamente quatro mil usuários por mês, alguns continuam, após avaliação médica e da equipe multidisciplinar, utilizando os serviços da unidade, alguns são encaminhados para outros serviços e outros não comparecem mais unidade por diversos motivos. Mesmo não tendo o retorno de todos os usuários o CAPS trabalha hoje com uma demanda excessiva, não permitindo que as ações privativas da unidade sejam plenamente efetivadas. A criação do Centro de Convivência e Cultura quebrou parcialmente a institucionalização do paciente em relação ao Centro de Atenção Psicossocial. Há décadas estamos brigando pela desistitucionalização do usuário em relação aos hospitais psiquiátricos e/ou manicômios. * * Resumo revisado por: ( Douglas José Nogueira) : A importância do centro de convivência e cultura na inserção social dos pacientes com transtorno mental código CAJ 491, Prof. 1 Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí. kassilaenf@hotmail.com 2 Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí. rezendesouza@unb.br 3 Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí. dougdeni@yahoo.com.br

Há décadas estamos reivindicando que o usuário com sofrimento mental tenha seu direito de ir e vir respeitado. Não podemos permitir que esses indivíduos mais uma vez fiquem presos a uma instituição, eclipsados da convivência com as pessoas em comunidade. O objetivo geral do Centro de Convivência e Cultura junto ao Centro de Atenção Psicossocial II do município de Jataí - GO para a realização de ações que propiciem ao usuário portador de sofrimento mental uma maior interação com a comunidade, com diferentes grupos sociais através de atividades de lazer, artísticas e culturais. São também objetivos do projeto: desenvolver estratégias de sensibilização dos usuários para que sejam agentes multiplicadores das ações focadas no meio ambiente e uso racional de recursos naturais; acolher e possibilitar transformações das necessidades humanas afetivas, sociais, econômicas, culturais e espirituais em ações construtivas e participativas, diminuindo e integrando as diferenças; promover a prática de hábitos de higiene antes e após a realização das atividades planejadas; promover oficinas multidisciplinares para os usuários e a comunidade local, escolhidas em processo participativo; garantir a sustentabilidade do projeto e articular alianças entre comunidade, mercado e poder publico; orientálos sobre o auto cuidado; Tirar duvidas sobre doenças; descrever e comunicar os resultados obtidos através da construção de relatórios críticos, que identifiquem as necessidades de melhorias ou mudanças nas atividades trabalhadas; comunicar os resultados e monitorar e avaliar as atividades. Metodologia O atendimento aos usuários do Centro de Convivência e Cultura esta sendo realizado semanalmente, no turno vespertino, das 13:00 às 17:00h, de segunda á sexta-feira. São realizados artesanatos como tapetes, bordados, pinturas, produção de caixas decoradas, e futuramente tem-se a proposta de construir uma fabrica de fraudas no próprio centro de convivência para que os usuários possam ter mais uma fonte de renda. Após cada encontro é realizado uma avaliação oral com os participantes do projeto. Neste momento os envolvidos têm a oportunidade de sanar

dúvidas, dar sugestões e fazer critica para melhorar o desempenho da equipe. As atividades são realizadas por coordenadores, professores, técnicos administrativos e bolsistas do curso de educação física, fisioterapia e enfermagem. No local, os usuários são divididos em grupos, com critérios pré-estabelecidos, conforme a necessidade da oficina. As matérias utilizadas nas oficinas de construção de produtos (artesanato e outros) são patrocinadas pelo Centro de Convivência e Cultura que consegue através de festas beneficentes organizada pelo coordenador e colaboradores e renda das vendas dos artesanatos que e dividida entre os usuários e o Centro de Convivência Cultura. Atividades relacionadas a hábitos de higiene, hábitos alimentar saudável e verificação de sinais vitais estão sendo desenvolvidas por bolsistas e professores da área de saúde. Atividade física e danças estão sendo realizadas por acadêmicas de educação física sobre a orientação docente. Atividade de relaxamento como massoterapias e meditação estão sendo realizado por professor e acadêmicos de fisioterapias. A análise permanente das atividades tem permitido ao grupo realizar mudanças no processo de construção do projeto. Resultados e discussão Os usuários envolvidos no projeto realizaram diversas atividades que tem como principal objetivo melhorar a qualidade de vida e permitir sua interação com a comunidade e com o grupo. Com o trabalho em equipe destes usuários é realizado um almoço no final de cada mês, em que cada um se compromete a levar algum tipo de alimento, esta iniciativa foi bem vista pelo coordenador por ter sido realizado através da união desta comunidade. E também é realizado festas para arrecadar verba para comprar os materiais para os artesanatos, o objetivo e que 70% fique com o Centro de Convivência e Cultura e os 30% para a associação dos usuários, familiares e amigo do CAPS (AUFAC) que é composto por 6 pessoas sendo participantes do CAPS e do Centro de Convivência a associação e composto por diretoria executiva, conselho deliberativo,conselho fiscal. Os artesanatos produzidos estão sendo vendidos no próprio centro de convivência e recentemente com muita luta conseguiram um espaço em áreas publicas do município. Os usuários estão sendo atendidos por bolsistas e professores na realização de atividade física, melhorando a interação e o equilíbrio através da dança e exercícios. Acompanhamento dos usuários nas oficinas, cuidados básicos com a saúde através da verificação de sinais vitais e orientações sobre como melhorar a qualidade de vida estão sendo realizadas como rotina do projeto. A interação dos usuários com os

alunos do programa Qualivida, que fica no mesmo local, esta acontecendo de uma forma muito satisfatória. Outras pessoas da comunidade têm abraçado a proposta, senhoras idosas tem freqüentado o Centro de Convivência, contribuindo com novas idéias, novas propostas para a construção de produtos que estão sendo vendidos em diferentes locais da cidade. Com a verificação de sinais vitais foi observado que a saúde dos usuários melhorou devido a pratica de atividade física auxiliadas pelos professores e alunos de educação física. Foi observado também que as orientações feitas pelos profissionais de saúde convidados para realizar uma educação em saúde e alunos de enfermagem, vem sido aderida pelos usuários e com isso constatou uma melhora na pressão arterial sistólica e diastólica. Também teve relatos de diminuição de dores e estresse por causa das atividades físicas, como hidroginástica, danças e relaxamentos feitos toda semana. Conclusão O centro de convivência e cultura apresenta relevância social por contribuir com a inclusão social de um grupo de indivíduos que sofre diariamente perdas em relação a seus direitos como ser humano e como cidadão. E dispositivo público que compõe a rede de atenção substitutiva em saúde mental que oferecerem às pessoas com sofrimento mental espaços de sociabilidade, produção cultural e intervenção na cidade, acredita-se que esta proposta para o município de Jataí - GO veio num momento oportuno, permitindo que o usuário com transtorno mental tivesse um espaço de convivência e interação com outros grupos sociais. A melhora na saúde psicoemocional é constantemente relatada pelos usuários durante as reuniões realizadas como rotina no centro de convivência, com isso podemos observar o quanto é importante esse tipo de assistência a saúde mental. Pois melhorando o psicoemocional dos usuários podemos contribuir para uma melhor inserção destes na comunidade. E a implantação desse tipo de espaço contribui para uma desmistificação dos preconceitos com relação ao adoecimento mental, alem de prevenir uma ocorrência de novas crises.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Bandeira, M. (1993). Reinserção de doente mental na comunidade: fatores determinantes das re-hospitalizações. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 42(9), 491-498. 2. Delgado PG, Gomes MPC, Coutinho ESF. Novos rumos nas políticas de saúde mental no Brasil. Cad Saúde Publica. 2001;17(3):452-3. DOI: 10.1590/S0102-311X2001000300001. 3. Furtado JP, Onocko Campos R. A transposição das políticas de saúde mental no Brasil para a prática nos novos serviços. Rev Latinoam Psicopatol Fundam. 2005;8(1):109-22. 4. Lei nº 10216, de 06 de abril de 2001. (2001). Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Recuperado em 22 de abril de 2008, de http://www.planalto.gov.-. br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm. 5. Portaria Nº 396 de 07 de julho de 2005. Aprova as diretrizes gerais para o Programa de Centros de Convivência e Cultura na rede de atenção em saúde mental do SUS. http://dtr2001.saude.gov.br/sas/portarias/port2005/pt-396.htm