Nova Abordagem de Controle de Qualidade em Software



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Transcrição:

Nova Abordagem de Controle de Qualidade em Software Márcio J. L. Borges Gerente de Processos, CDSV / Xerox do Brasil Antônio Luiz M. S. Cardoso Gerente de Qualificação, CDSV / Xerox do Brasil 1 Agenda Introdução Características da Metodologia Fases da Metodologia Novo Cenário Novas Abordagens Free Allocation Intermediate Allocation Full Allocation Considerações Finais Referências 2

V Simpósio Internacional de Recife, PE - Brasil 3-5/11/2003 Introdução Qualificação foi estabelecida no CDSV em 1994 Metodologia trazida da Xerox Corporation: Testes de sistema ( Black Box ) Única organização não americana a homologar produtos para Xerox Corporation: Software (Web e Client-Server) Impressoras: DP75, X6180, 4700, 4135, 4635,... Aplicações: DocuImage & Scanner 620S 3 Introdução Tipos de Projetos: Remotos: Aplicação a ser testada em servidores localizados em outras localidades (países) Locais: Aplicação a ser testada em servidores localizados nos laboratórios de testes do CDSV Assignment: Engenheiros de testes enviados em missão para projetos de qualificação nos EUA, Europa e América Latina (100% da equipe) 4

Metodologia - Características Independência: equipe própria e acesso à gerência sênior; Autonomia: processos, labs e ferramentas próprias; Transparência: informa os resultados dos testes em reuniões periódicas e emite relatório final com resultado dos testes (IC, QRB); Capacitação: equipe é treinada em ferramentas e nos procedimentos exclusivos de testes, além das tecnologias aplicadas no desenvolvimento. (Certificação CSTE); Automação: utiliza diferentes ferramentas de software para automatizar as atividades durante todo o ciclo de teste. 5 Metodologia - Fases Concepção: os requisitos são analisados para elaboração de estimativas de prazo, esforço e custo com utilização de métricas. Definição dos tipos de testes: Funcionalidade, Robustez, Integridade, Interface, Carga, Desempenho, etc...); Planejamento: o plano de Testes é criado, os casos de teste são elaborados e o ambiente de testes é montado; Execução: os casos de teste são executados e os resultados obtidos são registrados (PVCS Tracker, Rational ClearQuest); Regressão: verificar se os defeitos estão efetivamente corrigidos, e finaliza com um core teste. 6

V Simpósio Internacional de Recife, PE - Brasil 3-5/11/2003 Novo Cenário Características dos projetos mudaram: Novas tecnologias; Novas ferramentas; Aumento de produtividade; Prazos menores; Equipes menores; Orçamentos restritos. 7 Novas abordagens Critério baseado no esforço (PM) da equipe de desenvolvimento. Este é também a sugestão para aplicar os processos de CMM em projetos de diferentes tamanhos [Paulk 1998] Free Allocation: até 07 PM; Intermediate Allocation: de 07 a 12 PM; Full Allocation: acima de 12 PM. 8

Abordagem Free Allocation Esforço de desenvolvimento até 07 PM; Engenheiro de teste cedido à equipe de desenvolvimento por tempo limitado (até 1 PM); Atividades de planejamento e coordenação dos testes realizadas pelo líder de desenvolvimento; Projetos menores contam com especialista de testes; Previsibilidade dos custos de teste. 9 Abordagem Intermediate Allocation Tecnologia empregada na solução é de domínio da equipe de Desenvolvimento; Escopo do teste é reduzido; Todas as fases de teste são realizadas: Concepção, Preparação, Execução e Regressão (duração 21 dias úteis). Atividades de planejamento e coordenação dos testes realizadas pelo líder de teste; Previsibilidade dos custos de teste (esforço de 02PM). 10

Abordagem Full Allocation Equipe de Teste participa integralmente do projeto, utilizando a metodologia de Qualificação sem restrições; A estimativa de prazo, custos e alocação de recursos é de responsabilidade da equipe de Testes; A solução e a documentação são integralmente testados; Atuação independente das equipes de Desenvolvimento e Testes. 11 Considerações finais CMM/3 facilitou a implantação das novas abordagens, devido a maturidade nos processos do CDSV e da qualidade dos artefatos produzidos; Redução de conflitos entre as equipes de engenharia; Maior precisão na definição e coleta das métricas da área de Qualificação; Maior benefício é a garantia de que todas as soluções possuem um mínimo de qualificação, independente do seu tamanho e esforço. 12

Referências Contatos: marcio.borges@bra.xerox.com gerente de Processos, CDSV antonio.cardoso@bra.xerox.com gerente de Qualificação, CDSV Links úteis: http://www.sei.cmu.edu/ (Capability Maturity Model) http://www.stqe.com/ (Quality Control magazine) http://www.qai.com/ (Quality Assurance Institute) 13