25 FÓRUM DE DEBATES BRASILIANAS.ORG AS INDÚSTRIAS CRIATIVAS A EXPERIÊNCIA NO FOMENTO À ECONOMIA CRIATIVA NA DESENBAHIA

Documentos relacionados
EDITAL/ INFORMAÇÕES ÓRGÃO FINANCIADOR DATA LIMITE DE ENVIO QUEM PODE PROPOR

Economia Criativa conceito

EIXO I - IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA

ECONOMIA DA CULTURA. Paula Porta Assessora especial do Ministro da Cultura e Coordenadora do Prodec MINISTÉRIO DA CULTURA

FUNDO NACIONAL DE CULTURA. INVESTIMENTOS 2012 (1 a reunião)

apresentam Guia Completo do que jáfaz parte Economia Criativa Brasileira há muito tempo

GT de Economia Criativa

Fomento a Projetos Culturais na Área do Livro e da Leitura

Fundação Seade Sistema Estadual de Análise de Dados. Dados da organização

Uso Sustentável dos Recursos Naturais e Culturais

Rio Grande do Sul Cria/vo. Agosto 2012

Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá - INCIT PLANO ANUAL DE TREINAMENTO

PROGRAMA : Educação Superior no Século XXI ÓRGÃOS PARTICIPANTES

COMISSÃO DIRETORA PARECER Nº 522, DE 2014

O marco mundial da nova ordem ambiental é minimizar o lixo. Desde 1992, os 170 países presentes na conferência da ONU sobre Meio Ambiente e

O QUE FAZEMOS? Mais do que financiar empresas ajudamos a transformar grandes ideias em negócios ainda mais rentáveis, oferecendo crédito sustentável.

ESTADO DO TOCANTINS PREFEITURA MUNICIPAL DE WANDERLÂNDIA GABINETE DO PREFEITO. LEI Nº 490/2013 Wanderlândia, 29 de Novembro 2013.

Em sintonia com o movimento de incubadoras de empresas e parques tecnológicos ao redor do mundo, o Brasil também corre atrás de sua independência

FÓRUM PERMANENTE DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

Inovações em Serviços de Saúde e as Fundações Estatais como Estratégia para Modelos Empreendedores de Gestão Hospitalar Pública

PLANILHA DE OBJETIVOS E AÇÕES VIABILIZADORAS FT DE CULTURA - "A SANTA MARIA QUE QUEREMOS"

PLANO ESTADUAL DE CULTURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PLANO SETORIAL DO LIVRO E LEITURA

SECRETARIA DA ECONOMIA CRIATIVA SEC. 6ª Conferência Brasileira de APLs Brasília, 3 de dezembro de 2014

Demonstrativo de Programas Temáticos Conferência Por Orgão - PPA Total. Rio Grande do Norte

Área Industrial Dezembro/2013 nº 31. O BNDES e a economia da cultura

ÓRGÃO: SECRETARIA MUNICIPAL DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO E TURISMO PROGRAMA DE TRABALHO

II ENCONTRO NACIONAL DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

PROCESSO DE SELEÇÃO DE EMPRESAS PARA INCUBAÇÃO

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Diretrizes da Agenda Setorial do Setor de Energias Renováveis: Biocombustíveis

SECRETARIA DA ECONOMIA CRIATIVA

REDES DE COOPERAÇÃO SOLIDÁRIA: estratégias emancipatórias de desenvolvimento

Título da Apresentação

Programa de Formação Cultural Fundo para a Infância e Adolescência

Recursos subsidiados disponíveis hoje. empresas. para investimentos, giro e inovação nas. Palestrante: Antônio Carlos Rocha

RELATÓRIO FINAL DE AVALIAÇÃO DOS PROJETOS DE EXTENSÃO

O Prefeito do Município de João Pessoa, Estado da Paraíba, faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Título da Apresentação

PERUINCUBA 2008 Semana del Emprendimiento y la Incubacion "De la Idea a la Realidad

Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores ANPROTEC

Planejamento Estratégico da UNICAMP PLANES/UNICAMP

EIXO1: PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL

Indústria Audiovisual Como investir? 28/05/2013

GESTÃO ESTRATÉGICA DO MAPA

O que é? Porque foi criado? Quais sãos os objetivos? O que terá de novo?

PROPOSTAS PRIORITÁRIAS

Ministério da Cultura Secretaria da Economia Criativa TÍTULO. / Oportunidades /

Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo

Documento a ser encaminhado à 1ª Câmara Interministerial de Educação e Cultura

MANUAL OPERACIONAL PLANO DE DESENVOLVIMENTO PRELIMINAR PDP

Ações Estruturantes da SECTI

PLANO OPERATIVO DA POLÍTICA

Secretaria Nacional da Juventude da Força Sindical BRASIL BRASIL MERCADO DE TRABALHO DESEMPREGO POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O PRIMEIRO EMPREGO

MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL SINTESE DA LEI 13204/2015

ANEXO DAS PRIORIDADES E METAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

EIXO I GESTÃO CULTURAL DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

MOVE CULTURA FUNDO MUNICIPAL DO IDOSO

Fórum Estadual de Educação PR Plano Nacional de Educação PNE 2011/2020

Breve descrição. Público-alvo

Painel 3: Finanças Solidárias e Desenvolvimento Territorial. Síntese das discussões

CURSO DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO

PRINCIPAIS LINHAS DE FINANCIAMENTO E FOMENTO PARA INOVAÇÃO

MANIFESTO DA IFLA PARA BIBLIOTECAS DIGITAIS

Reunião do Fórum das Entidades Empresariais de Santa Maria

Apresentação Institucional Porto Digital

Transversalidades da Cultura e Gestão de Projetos Culturais: Articulações e Possibilidades. 1

PROJETO CIRANDA DAS ARTES

CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE IDF - INCUBADORA DE DESIGN DA FEEVALE ITEF INCUBADORA TECNOLÓGICA DA FEEVALE INICIAR - INCUBADORA Á DISTÂNCIA

< > MODELO DE DESENVOLVIMENTO PARA O RS

Digital para a Redução das

Pólo TI Viçosa Cooperação, Inovação e Empreendedorismo em Tecnologia da Informação 9/10/2008 5:32 PM 1

Capacitação de Recursos Humanos em Pesquisa e Desenvolvimento para o Setor de Tecnologia da Informação (CT-Info)

Abril/2016. Perspectivas para o setor de infraestrutura no Estado do Rio de Janeiro

Ações cooperativas no âmbito da Rede História e Patrimônio Cultural da Saúde: agenda e desafios

MULTIPLICAÇÃO DOS MECANISMOS

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE Bahia EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO PARA CAPTAÇÃO DE PATROCÍNIO

DINAMIZAR O TURISMO E SERVIÇOS SUPERIORES GERADORES DE EMPREGO E RENDA

Atuação Tribanco. Presente em todos Estados Brasileiros; Presente em 60% dos Municípios Brasileiros; Quantidade de Clientes Varejo: 36.

PARÁ Fomento à exploração mineral

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro. Plano de Trabalho. Gestão Rodrigo Leitão Diretor

POLÍTICAS PÚBLICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

AÇÕES DO PLANO NACIONAL DE CULTURA. Número da ação

Estratégias para atuação do Instituto de Ciência e Tecnologia da UFF no município de Rio das Ostras

Padrões de Qualidade para Cursos de Comunicação Social

Termo de Referência INTRODUÇÃO E CONTEXTO

A DESENVOLVE SP é a instituição financeira do Governo do Estado

Tabela para classificação de ações de extensão

EMISSOR: Presidência do Conselho de Ministros e Ministério da Economia e do Emprego

TERMO DE REFERÊNCIA CONTRATAÇÃO CONSULTOR

BNDES. Atuação no Microcrédito Produtivo Orientado PMC PDI. Programa de Microcrédito. Programa de Desenvolvimento Institucional

Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro

Sessão de Divulgação do Subprograma 3 do PRODER

Plenária: Conferência Estadual de Cultura,Vitória da Conquista, 30/11/2011 a 3/12/2011. Propostas Consensuais Para o Eixo: V.

Design Gráfico e Digital - Curso de Graduação

POLíTICA DE PATROCíNIOS E DOAÇÕES GRUPO VOLVO América latina

FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS CULTURAIS 2012

cpfl cultura investimento cultural e aferição de resultados

P R O D E T U R C O N S U L T O R I A D E P R O J E T O S

Transcrição:

25 FÓRUM DE DEBATES BRASILIANAS.ORG AS INDÚSTRIAS CRIATIVAS A EXPERIÊNCIA NO FOMENTO À ECONOMIA CRIATIVA NA DESENBAHIA João Paulo Rodrigues Matta (DESENBAHIA / CULT-UFBA) São Paulo-SP 13 / 06 / 2012

O que é SOBRE A DESENBAHIA Agência de fomento estadual: sociedade de economia mista de capital fechado, do Estado da Bahia. Missão Oferecer soluções financeiras e técnicas para melhorar a vida da população baiana. Articulação institucional Atua em articulação com as secretarias de governo e a política de fomento estadual. Foco no fomento a MPEs e na inclusão sócio-econômica. Fonte de recursos FUNDESE Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico. BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Repasses do Banco do Nordeste/FNE. Recursos Próprios (RP).

2003 ANTECEDENTES MINC trabalha a dimensão econômica da cultura e a cultura como fator de desenvolvimento sustentável. 2004 Experiência da DESENBAHIA com o APLs e com o segmento de Moda na Região Metropolitana de Salvador exercita a relação entre cultura e inovação. 2005/2006 Doutorado em Cultura e Desenvolvimento, disciplina Economia da Cultura no PÓS-CULTURA/UFBA e vinculação ao CULT-UFBA. SEPLAN promove Seminário sobre Indústrias Criativas em Salvador, com apoio da Desenbahia. - Salvador foi indicada para sediar o Centro Internacional Transdisciplinar da Economia Criativa (CITEC), em articulação da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do MINC. BNDES cria Departamento de Economia da Cultura.

PARCERIA SECULT-DESENBAHIA 2007 É Criada a SECULT e firmada parceria com a DESENBAHIA, com a criação do Credibahia Cultura na RMS. Programa Credifácil da DESENBAHIA é oferecido ao setor de serviços (inclusive para a cultura). Estratégia de redes produtivas e iniciada com foco no setor audiovisual. 2008/2009 Estratégia de redes produtivas é aplicada nos segmentos audiovisual, editorial e musical, com a criação de GTs. Conselho do FUNDESE aprova a criação de Programa com foco na economia criativa e a estratégia de rede produtiva. 2010 Desenbahia-Secult firmam Convênio para fortalecer e profissionalizar o setor cultural e criam o Programa Credifácil Cultura com foco na economia criativa.

CONVÊNIO DESENBAHIA/SECULT + ORIENTAÇÃO INTEGRADA + DIVULGAÇÃO INTEGRADA + FINANCIAMENTO REEMBOLSÁVEL DA DESENBAHIA (apoio da SECULT) + ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL + CRIAÇÃO E/OU MELHORIA DE MECANISMOS DE FOMENTO + APOIO NÃO REEMBOLSÁVEL DA SECULT = FORTALECIMENTO E PROFISSIONALIZAÇÃO DO SETOR CULTURAL Fonte: SECULT-DESENBAHIA (2010).

MIX DE FOMENTO SECULT-DESENBAHIA MECANISMO TIPO PÚBLICO ALVO COMO FUNDO DE CULTURA Apoio não reembolsável Atividades não lucrativas com menor apelo para patrocínio Investimento direto (total ou parcial) FAZCULTURA Renúncia fiscal Atividades não lucrativas com maior apelo para patrocínio Isenção fiscal em até 80% CREDIBAHIA CULTURA Financiamento reembolsável Pessoa física - atividades lucrativas Empréstimo em condições diferenciadas CREDIFÁCIL CULTURA Financiamento reembolsável Pessoa jurídica/empresas - atividades lucrativas Empréstimo em condições diferenciadas CREDITO PARA MUNICÍPIOS Financiamento reembolsável Prefeituras Empréstimo em condições diferenciadas Fonte: SECULT-DESENBAHIA (2010).

CREDIFÁCIL CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA ATIVIDADES CULTURAIS Patrimônio Cultural (museus e equipamentos culturais, parques temáticos e comércio especializado em antiguidades); Apresentações artísticas (música, artes cênicas); Artes visuais (fotografia, edição gráfica especializada, vídeos de festas e eventos, lapidação, ourivesaria e joalheria, e comércio especializado); Editorial (editoras, livrarias e comércio especializado de outras publicações culturais, bibliotecas e arquivos); Audiovisual e mídias interativas (empresas de desenvolvimento de softwares e plataformas digitais especializadas - games e hipermídia -, produção, distribuição audiovisual, salas de exibição, locação e comércio especializado); Formação especializada (empresas de ensino, capacitação, treinamento); ATIVIDADES CRIATIVAS Design e serviços criativos (empresas de design de imóveis, moda, decoração, serviços de arquitetura e publicidade).

CREDIFÁCIL CULTURA: CONDIÇÕES Características\ Linha Credifácil Cultura Fixo Credifácil Cultura Giro* O que financia Investimento fixo/misto Capital de giro Nível de participação Até 90% 100% Limite de financiamento Até R$ 1 milhão 20% da ROB, até R$ 500 mil Prazo Até 96 meses Até 18 meses Carência Até 24 meses Até 3 meses Encargos De 6% a 8% a.a. De 1,25% a.m. a 1,4% a.m. * Com bônus: de 0,94% a.a. a 1,19% a.a. * Com bônus de adimplência, txs e prazos podem ser reduzidos

2011 PARCERIA SECULT-DESENBAHIA Oficinas DESENBAHIA-SECULT estimulam o desenvolvimento da cultura creditícia em segmentos da economia criativa (música, audiovisual, moda e design, Feira do Empreendedor 2011). Institucionalização da Secretaria de Economia Criativa no MINC. Aprovação da Lei Orgânica da Cultura e existência de programa no PPA 2012/2015. 2012 Preparação interna DESENBAHIA-SECULT para o fomento à economia criativa. Formulação de Programa de Fomento à Economia Criativa no Estado, em aderência com o Plano Brasil Criativo do MINC, envolvendo SABRAE-BA e outros parceiros. Oficinas continuarão sendo oferecidas no contexto do Programa QUALICULTURA, parceria SECULT-SEBRAE para capacitar os agentes da economia criativa. PERSPECTIVAS Aprimoramento do Credifácil Cultura e estudo para criação de novos instrumentos financeiros de apoio.

NÚMEROS DA ECONOMIA CRIATIVA NA BAHIA Fonte: SECULT, * RAIS, ** FIRJAN, *** IBGE

DESENBAHIA: Evolução das Aprovações (R$ mil) 626.197 Copa 2014 60% - 373.623 Hospital do Subúrbio 4,8% - 30.000 71.177 79.710 99.787 103.301 133.105 169.805 222.574 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

REFLEXÕES A economia criativa precisa ser melhor reconhecida pelas instituições e pelos agentes produtivos. Apesar dos avanços (BNDES PROCULT), persistem as dificuldades do setor cultural e de serviços no acesso ao crédito (ex: garantias, faturamentos declarados). É preciso envolver mais o poder municipal na agenda da economia criativa. A lógica interinstitucional necessária para o fomento à economia criativa é um estímulo à eficiência na administração pública.

SECULT E A BASE CONCEITUAL DA ECONOMIA CRIATIVA

Economia Criativa: Conceito Economia Criativa compreende as dinâmicas culturais, sociais e econômicas construídas a partir do ciclo de criação, produção, difusão e consumo/ fruição de bens e serviços oriundos dos setores criativos, caracterizados pela prevalência de sua dimensão simbólica.

Economia Criativa dinâmica de funcionamentos dos elos do ciclo cultural

Economia Criativa ampliando o olhar do ciclo cultural Rede Cultural formação memória/ preservação fomento pesquisa e informação política e regulação atividades de apoio

Setores criativos: Conceito Setores criativos - São todos aqueles cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de valor simbólico, elemento central da formação do preço, e que resulta em produção de riqueza cultural e econômica.

Escopo dos Setores Criativos UNESCO 2009

Atividades associadas aos Setores Criativos

Obrigado. Contato:jpmatta@terra.com.br