EFICIÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL EM SUCESSÃO DE CULTURAS NO SISTEMA DE SEMEADURA DIRETA



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Transcrição:

EFICIÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL EM SUCESSÃO DE CULTURAS NO SISTEMA DE SEMEADURA DIRETA Ricardo Demartini 2, Cristiano Reschke Lajús 1, Ernandes Manfroi 2, Edenilson Luiz David 2, Giovanni Echer 2, Guilherme Luiz Parize 3, Marcos Vanin 2, Camilla Weber Langhinotti 2, Matheus Collet Tambosi 2, Thiago Ranzan 2 Resumo: A utilização de plantas de cobertura, juntamente com o emprego de adubações orgânicas e inorgânicas são práticas que possibilitam o aumento qualitativo de produção. Essas práticas também são de fundamental importância para possibilitar melhorias dos atributos físicos, químicos e biológicos dos solos, além de possibilitar a diminuição dos impactos negativos decorrentes do emprego indiscriminado de dejetos suínos nas lavouras, o que leva a deterioração dos recursos ambientais. A partir do exposto foi realizado o experimento avaliando o potencial produtivo da cultura do milho sobre a cultura da aveia utilizando diferentes fontes de adubação (orgânica e fonte N-P-K inorgânicas). Este trabalho foi realizado em uma propriedade rural situada no interior do município de Quilombo-SC. O clima predominante na região é o mesotérmico úmido com verão quente (Cfa) e temperaturas oscilando de 18 a 30ºC, com solo caracterizado como LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência da adubação orgânica e mineral na cultura de aveia (Avena strigosa schreb) e posteriormente o rendimento do milho (Zea mays L). Para determinação da fitomassa, em cada parcela foi coletada uma amostra e em seguida inseridas a uma estufa, e para a produção de milho foram feitas contagens das espigas presentes em cada parcela, posteriormente debulhadas e pesadas. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, pelo software SISVAR e as diferenças entre medias foram comparadas pelo teste de Tukey (p 0,05). A adubação orgânica e mineral realizada na cultura de aveia (Avena strigosa schreb) sob sistema de semeadura direta em sucessão cultural com o milho proporcionou diferenças significativas na variável rendimento de grãos (kg.ha -1 ). As diferentes adubações influenciaram no aumento do número de grãos ardidos quando comparados com a testemunha. Palavras-Chave: Adubação orgânica. Plantas de cobertura. Produtividade. 1. Introdução A utilização de plantas de cobertura é uma prática que há muitos anos os agricultores utilizam em suas lavouras principalmente no inverno em que dificilmente são implantadas culturas de interesse econômico, aproveitando este recurso para a produção de palha. Para isso, os agricultores fazem uso principalmente de cereais de inverno para proteção do solo contra as intempéries do tempo nesse período de ociosidade da lavoura, contribuindo também com as melhorias das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, possibilitando assim melhores rendimentos nos cultivos posteriores (CBPA, 2000). Constantemente as técnicas são modificadas ou substituídas por modelos em que visam à sustentabilidade econômica, ambiental e social potencializando áreas 1 Doutor em Agronomia, Unochapecó, Av. Senador Atílio Fontana, 591 E, Caixa Postal: 1141, Chapecó/SC, CEP: 89809-000. 2 Acadêmico do Curso de Agronomia, Unochapecó, Av. Senador Atílio Fontana, 591 E, Caixa Postal: 1141, Chapecó/SC, CEP: 89809-000. 3 Engenheiro Agronômo, Unochapecó, Av. Senador Atílio Fontana, 591 E, Caixa Postal: 1141, Chapecó/SC, CEP: 89809-000.

produtivas e reduzindo assim impactos ambientais, e consequentemente adquirindo estabilidade do ecossistema do país, estado ou região. O emprego de plantas de cobertura isoladamente não é suficiente para assegurar o aumento da fertilidade do solo e da produtividade, sendo com isso necessário emprego de adubos (orgânicos ou minerais) que possam garantir aumento do nível de fertilidade, principalmente Nitrogênio, Fósforo e Potássio do solo, assegurando também um destino correto de dejetos, principalmente de suínos, reutilizando estes ao sistema de produção (SBCS,2004). Dejetos de suínos em adubações verdes pode ser um fator positivo na produtividade da cultura principal, devido à absorção destes pelas plantas em períodos críticos do ano. A fitomassa é um indicativo da baixa ou alta produtividade do solo que pode ser corrigida com emprego de adubos orgânicos ou minerais que disponibilizam nutrientes para a cultura de interesse, melhorando assim a eficácia da adubação e assegurando bons rendimentos de produtividade (ALMEIDA, CAMARA, FONTANETTI, 2007). Diante disso, realizaram-se estudos com o propósito de levantar informações sobre a produção de fitomassa de aveia preta (Avena strigosa scherb) perante a aplicação de adubos orgânicos (dejetos de suínos) e minerais (N-P-K) com posterior análise da produtividade de milho (Zea mays L.) na palhada da aveia preta, sendo observado o incremento de produtividade do milho sob as diferentes formas e doses de aplicação de adubos sobre a cultura de aveia. A partir do exposto, foram realizadas análises quantitativas de produtividade da fitomassa da aveia preta (kg.ms.ha -1 ), e análises de produtividade de milho sob a cobertura da aveia preta. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da adubação orgânica e mineral na cultura de aveia (Avena strigosa schreb) e posteriormente o desempenho produtivo do milho (Zea mays L.) sob o sistema de semeadura direta. 2. Materiais e Métodos O trabalho foi implantado no interior do município de Quilombo, meio Oeste de Santa Catarina, em uma altitude de 425m, latitude de 42º73 34 e longitude de 52º43 14. Segundo a classificação de Koeppen, o clima predominante na região é o mesotérmico úmido com verão quente (Cfa) e temperaturas oscilando de 18 à 30ºC

(ROCHA, 1991). O solo é do tipo LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico, de acordo com atual Sistema Brasileiro de Classificação do Solo (EMBRAPA, 2006). O experimento foi implantado em uma área cujo histórico agrícola dos últimos três anos de plantio confirma a implantação da cultura do milho no verão, e a utilização de espécies de adubações verde de cobertura do solo no inverno destacando-se a cultura da aveia (Avena strigosa schreb), Ervilhaca (Vicia sativa) e Nabo forrageiro (Raphanus sativus var. oleiferus), além da implantação da safrinha de soja no ano agrícola de 2007. Para a implantação do trabalho foi realizada a dessecação prévia das plantas invasoras presentes no local para a realização da semeadura da aveia, sendo efetuada no dia 30 de maio de 2008 através do sistema de semeadura a lanço com utilização de 350 sementes aptas por m 2, e posterior gradagem para incorporação das sementes ao solo. A cultivar utilizada foi a IAPAR 61 (Avena. strigosa Schreb. cv. IAPAR 61). As coletas de amostras de massa verde da aveia foram realizadas no dia 15 de agosto de 2008, sendo retirados 0,5 m 2 em cada parcela. As coletas foram realizadas em todas as parcelas do experimento, totalizando 21 amostras. O corte da fitomassa foi rente ao solo, e em seguida as amostras foram encaminhadas para a Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ), aonde foram pesadas e secas a uma temperatura de 65 o C 3º C em estufa, até atingir peso constante. A adubação de correção da área experimental foi realizada a partir dos resultados da análise de solo e recomendações da Rede Oficial de Laboratórios de Análise de Solos (SBCS, 2004). Procedeu-se com a aplicação do adubo em toda área experimental no dia 28 de maio de 2008, sendo este aplicado dois dias antes da semeadura da aveia utilizando-se as doses de correção de, 60 kg.ha -1 de nitrogênio, 45 kg.ha -1 de fósforo e 12 kg.ha -1 de potássio, posteriormente a realização de três tratamentos sob a cultura, sendo: Testemunha sem nenhuma aplicação de adubação, aplicação de adubação de manutenção utilizando-se dejetos de suínos com aplicação equivalente a 2,84 L.m -2, e adubação mineral de manutenção com 0 Kg.ha -1 de nitrogênio 15 Kg.ha -1 de fósforo; 20 Kg.ha -1 de potássio. A semeadura do milho (Zea mays) foi realizada após a dessecação da aveia na área experimental no dia 23 de agosto de 2008. O herbicida utilizado foi o

glifosato cuja dosagem aplicada foi de um litro por hectare, conduzido mecanicamente com trator e pulverizador. Procedeu-se com a semeadura do milho sendo este realizado no dia 19 de outubro de 2008, semeando o hibrido simples (Agroeste AS 1572) com espaçamento de 0,45 metros entre linhas e três sementes por metro linear, obtendo a densidade total de 67000 sementes aptas por hectare. A adubação de base foi realizada com 143 Kg de nitrogênio, 90 Kg de P 2 O 5 e 58 Kg de K 2 O por hectare. Após a emergência do milho, o mesmo foi submetido ao tratamento com pósemergente para controle de plantas infetantes. A aplicação de inseticidas e fungicidas para o controle de insetos e moléstias foram efetuadas na medida em que se fez necessário com igualdade entre cada parcela. A adubação de cobertura (nitrogenada) foi realizada na terceira e sétima folha expandida com 15 Kg de nitrogênio. ha -1 em cada uma das aplicações e a colheita da área experimental realizada de forma manual, sendo cada tratamento e repetição coletada separadamente e com posterior pesagem e avaliação de produtividade. Para a determinação de fitomassa em cada parcela foi coletada uma amostra equivalente á 0,5 m 2, cortadas rente ao solo, pesadas e levadas para estufa a uma temperatura de 65ºC até obtenção do peso constante da amostra (3 a 6 dias). A seguir, o material seco foi pesado para determinação da massa seca (MS), e estimado a produção de fitomassa total por área. Para avaliar o rendimento da cultura do milho foram feitas as contagens das espigas presentes em cada parcela, logo em seguida as espigas foram debulhadas e pesadas obtendo assim o rendimento da cultura. A precipitação pluviométrica, período compreendido desde a semeadura do milho realizado em outubro de 2008, até a colheita das parcelas experimentais realizada em março de 2009 foram registradas pela Estação Meteorológica do Epagri/Cepaf Chapecó SC. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, pelo software SISVAR e as diferenças entre medias foram comparadas pelo teste de Tukey (p 0,05). 3. Resultados e discussão

Precipitação (mm) Notam-se na figura 01 que as precipitações ocorridas foram muito irregulares durante o período experimental. Observa-se que nos meses de outubro e novembro ocorreram precipitações muito intensas na região. Esta intensa precipitação comprometeu o estádio inicial do desenvolvimento da cultura (Germinação e Emergência nos estádio V3, V6 e V9) devido a grande quantidade de chuvas que as plantas passaram, e pela incidência de uma chuva de granizo no local do experimento em que acabou danificando parcialmente as plântulas de milho. Já para o mês de dezembro a região passou por estiagens críticas, em que foi o inicio de uma estiagem mais prolongada em que ocorreu nos meses subsequentes. 350 300 319,00 250 200 150 100 126,70 170,30 159,90 197,00 50 0 43,70 36,00 17,10 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 Figura 01. Precipitação (mm) durante o experimento eficiência da adubação orgânica e mineral em sucessão de culturas no sistema de semeadura direta. Para os meses de janeiro e fevereiro ocorreram precipitações um pouco mais relevantes, porém devido à baixa regularidade destas houve um comprometimento da produtividade. O período compreendido entre a fase de emborrachamento/ pendoamento e grãos leitosos é a mais sensível ao estresse hídrico, resultando em perda significativa e irreversível de produção (EMBRAPA, 2008). Para Cunico (2005) a distribuição regular das chuvas é fator de grande importância para um bom desenvolvimento das gramíneas de verão, e para aproveitamento mais eficiente das adubações aplicadas. O mês de março foi caracterizado por uma estiagem prolongada e severa ocorrida na região. Os baixos índices de chuvas comprometeram a produtividade e em grandes áreas dizimou plantações inteiras, porém devido ao estádio bastante avançado do desenvolvimento do milho presente no experimento, em que estava em estádio de senescência, cujo seu potencial de produtividade já estava praticamente

Produtividade (kg.ms.ha -1 ) definido, o comprometimento da produtividade por esta estiagem não acarretou em perdas significativas de produtividade. Conforme o gráfico acima se pode observar que durante o desenvolvimento da cultura do milho a distribuição de chuvas ocorreu de forma irregular, sendo que no período que compreende entre a germinação e o florescimento o volume acumulado foi de aproximadamente 500 mm, suprindo as necessidades da cultura. Porém no período de maior demanda, que é do inicio do florescimento, o volume de chuva ficou muito abaixo do esperado. A análise de variância não revelou efeito significativo dos tratamentos em relação à variável produtividade de massa seca. Observa-se que houve um aumento da produtividade de massa seca da cultura de aveia sob diferentes fontes de adubação, entretanto esta produtividade não deferiu. A baixa diferença de produtividade entre os tratamentos testemunha, dose líquida de suínos e fontes inorgânicas de N-P-K, cuja produtividade é respectivamente 1707 Kg, 1902,28 kg e 1941,49 kg. ha -1 podem estar associados à baixa disponibilidade do nitrogênio, visto que este nutriente é o de maior importância para o desenvolvimento da aveia e que neste estudo não foram aplicadas fontes adicionais na cultura (Figura 02). 1950,00 1902,28 A 1941,49 A 1900,00 1850,00 1800,00 1750,00 1707,00 A 1700,00 1650,00 1600,00 1550,00 Testemunha DLS NPK Figura 02. Produtividade (kg.ms.ha -1 ) do experimento eficiência da adubação orgânica e mineral em sucessão de culturas no sistema de semeadura direta. Dose liquida de suínos (DLS) Adubação mineral (N-P-K) Médias não seguida da mesma letra maiúscula diferem entre si pelo teste de Tukey (p 0,05). Para Tiecher et al. (2008) o maior acúmulo diferencial de fitomassa em culturas de inverno se dá principalmente em adubações cujas fontes de nutrientes

sejam com maior abundância de nitrogênio. Para a adubação orgânica, sua eficiência na recomendação de aplicação esta ligada a composição do chorume, que muitas vezes diferem entre si, o que ocorre devido às variações na alimentação e idade dos animais, além de variações no manejo de água, nas instalações e diferentes formas de armazenamento dos dejetos, o que acaba dificultando a recomendação homogênea de doses à serem aplicadas. A baixa produtividade de massa seca observada neste trabalho esta relacionada à dessecação prévia da cultura para a implantação da cultura do milho. A cultura na época de sua dessecação apresentava-se em estádio de desenvolvimento vegetativo, ou seja, sua coleta se procedeu aos 75 dias após semeadura. Para Camargo e Piza, (2007) dessecações prévias, cujas plantas encontra-se em estádio vegetativo pouco desenvolvidos, não permitem a utilização de seu máximo potencial de produtividade. O reflexo deste tipo de manejo são as falhas de resíduos no solo e com cobertura menos duradoura, entretanto favorece na decomposição da palhada da aveia, resultando em uma decomposição mais rapidamente e nesta a reciclagem de nutriente seja disponibilizada antecipadamente, beneficiando assim a cultura subsequente. Entre os demais fatores comparados, a análise de altura de planta é um parâmetro importante a ser analisa devido à relação com os potenciais de rendimento da cultura. Este atributo na cultura do milho tem importância principalmente em lavouras em que o propósito principal é a produção de silagem para alimentação de bovinos. A análise de variância não revelou efeito significativo dos tratamentos em relação à variável altura de plantas (Figura 03).

Altura de Plantas (m) 2.54 2,53 A 2.52 2.50 2,48 A 2.48 2,46 A 2.46 2.44 2.42 DLS Testemunha NPK Figura 03. Altura de planta do experimento eficiência da adubação orgânica e mineral em sucessão de culturas no sistema de semeadura direta. Dose liquida de suínos (DLS) Adubação mineral (N-P-K) Médias não seguida da mesma letra maiúscula diferem entre si pelo teste de Tukey (p 0,05). Observou-se na figura 03 que as parcelas aonde foram distribuídas dejetos líquidos de suínos apresentou uma média de altura de plantas de 2,46m, testemunha com altura de 2,48m e com adubação mineral N-P-K proporcionaram altura media de 2,53m, não diferindo-se entre si pelo teste de Tukey (p 0,05). Dados semelhantes encontrados por Viola et al. (2005) em que encontrou diferença significativa de altura das plantas de milho apenas nos 38 dias após emergência, porém no estádio de pleno florescimento não observaram diferença estatísticas entre a altura das plantas. Para Trezzi et al. (2005), a menor estatura deve-se, principalmente, pela maior relação C/N presente na palhada de aveia em que afeta a disponibilidade de nitrogênio para as plantas subsequentes, devido principalmente a mobilização temporária pelos microrganismos decompositores desta palha, o que resulta em uma menor disponibilidade de nitrogênio no inicio do desenvolvimento da cultura e, consequentemente, uma menor produtividade. Entretanto, convém salientar que para a produção de grãos, plantas excessivamente grande podem perder eficiência dos fotoassimilados destinados aos grãos. Este fator esta diretamente relacionada à distribuição destes para as plantas em que gastam muita energia para seu crescimento e desenvolvimento e os deixam

Grãos Ardidos (%) de acumular nos grãos, o que por consequência acaba diminuindo a produtividade da lavoura (FLOSS, 2006). Fator determinante de comercialização da produção e sanidade dos grãos, a incidência de grãos ardidos revelou efeito significativo dos tratamentos quando comparados com a testemunha (Figura 04). 3,00 2,57 A 2,50 2,14 B 2,00 1,71 B 1,50 1,00 0,50 0,00 DLS NPK Testemunha Figura 04. Grãos ardidos do experimento eficiência da adubação orgânica e mineral em sucessão de culturas no sistema de semeadura direta. Dose liquida de suínos (DLS) Adubação mineral (N-P-K) Médias não seguida da mesma letra maiúscula diferem entre si pelo teste de Tukey (p 0,05). A maior incidência de grãos ardidos no tratamento testemunha (2,57%) expressa à tendência de uma maior sanidade dos tratamentos com dejetos líquidos de suínos e N-P-K cuja incidência de grãos ardidos foi respectivamente 1,71% e 2,14%. Estas maiores sanidades advindas de uma adubação mais equilibrada tornam as plantas mais resistente, e com maiores defesas contra as intempéries do tempo e pragas agrícolas, o que possibilita um ganho em produtividade e diminuição de problemas fitossanitários. Segundo Embrapa, (2005) a incidência de grãos ardidos no milho está ligada à má formação da palha da espiga, danificação promovida por insetos, elevada precipitação pluviométrica no final do desenvolvimento da cultura, principalmente em lavoura com cultivar com espigas que não dobram após a maturidade fisiológica dos grãos e elevadas temperaturas, o que ocasiona aumento da proliferação do fungo. Para Casa et al. (2007), o aumento da incidência de grãos ardidos está relacionada à maior densidade populacional das plantas, o que acarreta em maior

Peso de 1000 Grãos (g) incidência de podridões de colmo e por este atacar a espiga, pode ser um fator da maior incidência de grãos ardidos. O peso de 1000 grãos é um dos componentes determinantes do rendimento de grãos de milho, que apresenta relações complexas com várias características morfológicas da espiga. A análise de variância não revelou efeito significativo dos tratamentos em relação à variável peso de 1000 grãos. Na Figura 05 são apresentados os resultados da avaliação do peso de 1000 grãos. As diferenças observadas não alcançaram significância estatística para as fontes de adubação aplicadas. Entretanto ouve uma diferença de peso entre os tratamentos sobre este componente de rendimento, obtendo redução do peso de mil sementes sob o tratamento utilizando dejetos líquidos de suínos com 326 g/1000. Para os tratamentos com aplicação de adubação através de fontes N-P-K e testemunha são iguais obtendo 349 g/1000 sementes. Dados semelhantes aos encontrados por Flesch e Vieira (2004) avaliando a densidade e o espaçamento de milhos de diferentes ciclos. Para estes mesmos autores, a redução do peso dos grãos esta relacionada à maior competitividade das plantas por radiação, responsável direta pelo acúmulo de fotoassimilados nos grãos. 350,00 345,00 349,08 A 349,32 A 340,00 335,00 330,00 326,13 A 325,00 320,00 315,00 310,00 DLS NPK Testemunha Figura 05. Peso de 1000 Grãos do experimento eficiência da adubação orgânica e mineral em sucessão de culturas no sistema de semeadura direta. Dose liquida de suínos (DLS) Adubação mineral (N-P-K) Médias não seguida da mesma letra maiúscula diferem entre si pelo teste de Tukey (p 0,05). Para Floss (2006), o rendimento do milho é dependente dos drenos formados e da capacidade de suprimento de fotoassimilados produzidos nas áreas verdes das plantas. O enchimento de grãos esta relacionada com a quantidade de

Altura da Inserção da Espiga (m) fotoassimilados disponíveis e a capacidade da espiga em acomodar essas estruturas constituídas por açúcares, proteínas e lipídios. Não houve interação significativa entre adubação mineral e orgânica na cultura da aveia para a altura de inserção de espiga do milho. Na ausência de adubação de base (testemunha), observou-se uma tendência de diminuição da altura das espigas, já o efeito residual da adubação seja esta orgânica ou mineral possibilitou um pequeno aumento desta, porém este aumento não diferiu estatisticamente (Figura 06). Dados semelhantes encontrados por Camargo e Piza (2007) ao estudarem a produtividade de espécies de cobertura, obtendo maior produtividade de palhada na cultura de aveia, entretanto não houve reflexos desta sobre a produtividade de grãos da cultura do milho. 1,26 1,24 A 1,25 A 1,24 1,22 1,20 1,18 1,17 A 1,16 1,14 1,12 Testemunha DLS NPK Figura 06. Altura e inserção da espiga (m) do experimento eficiência da adubação orgânica e mineral em sucessão de culturas no sistema de semeadura direta. Dose liquida de suínos (DLS) Adubação mineral (N-P-K) Médias não seguida da mesma letra maiúscula diferem entre si pelo teste de Tukey (p 0,05). Para a variável rendimento houve diferença significativa entre a testemunha e os demais tratamentos (Figura 07). Os dados de produtividade demonstraram claramente haver interferência dos resíduos das culturas antecessoras sob o potencial produtivo da cultura do milho. A utilização de adubação mineral na cultura da aveia possibilitou uma produtividade de 10149 kg.ha -1 um pequeno acréscimo em relação a adubação orgânica, entretanto em comparação com a testemunha houve um aumento de 766 kg.ha-1 o que representa um acúmulo diferencial de 7,54% de rendimento da cultura.

Rendimento (kg.ha -1 ) As maiores produtividades obtidas no presente estudo 10149 kg.ms.ha -1 foram semelhantes aos encontrados por viola et al. (2005) em estudos realizados em Pato Branco-PR ao avaliar o rendimento do milho em sucessão de culturas de aveia sob diferentes densidades de semeadura, onde o mesmo obteve produtividade de 11056 kg.ha -1 entre as médias dos tratamentos. 10200,00 10148,00 A 10149,00 A 10000,00 9800,00 9600,00 9383,00 B 9400,00 9200,00 9000,00 Testemunha DLS NPK Figura 07. Rendimento (Kg.ha -1 ) do experimento eficiência da adubação orgânica e mineral em sucessão de culturas no sistema de semeadura direta. Dose liquida de suínos (DLS) Adubação mineral (N-P-K) Médias não seguida da mesma letra maiúscula diferem entre si pelo teste de Tukey (p 0,05). 4. Considerações A adubação orgânica e mineral realizada na cultura de aveia (Avena strigosa schreb) sob sistema de semeadura direta em sucessão de culturas com o milho proporcionou diferenças significativas na variável rendimento de grãos (kg.ha -1 ). As diferentes adubações influenciaram no aumento do número de grãos ardidos quando comparados com a testemunha. O crescimento da suinocultura no Oeste Catarinense necessita de novas técnicas de manejo para que dejetos de suínos sejam destinados em locais corretos, não atingindo bacias hidrográficas, poluindo o ambiente e tornando a agricultura uma atividade insustentável sob o ponto de vista ambiental, econômico e social. Por isso sugere-se que novos ensaios sejam realizados com outras espécies de adubação verde com o mesmo potencial produtivo, para com isso oportunizar ao produtor rural um banco de dados capaz de oferecer subsídios à eficiente

exploração do setor com informações para melhor uso, e aproveitamento dos mesmos. Pode-se sugerir também que sejam realizados ensaios com adubações orgânicas e mineral juntamente com espécies econômicas exploradas na região, como o feijão, soja e trigo. Sugere-se ensaios em diferentes classes taxonômicas de solos com maiores e menores potencial produtivo, principalmente considerando o teor de matéria orgânica do solo e as propriedades físicas, o que pode acarretar em melhores ou piores resultados. Aponta-se também a necessidade de que este trabalho seja conduzido por mais alguns anos para possível observação do efeito das doses de dejetos de suínos sobre o desempenho das espécies, o que pode acarretar em melhor estruturação do solo e melhores resultados. 5. Referências: ALMEIDA, K. D.; CÃMARA, F. L. D. A.; FONTANETTI, A. Produção De Fitomassa E Acúmulo De Nitrogênio Em Espécies De Adubos Verdes de Inverno. Revista Brasileira de Ciências de Solo, p 1224 1227 Vol. 02, out 2007. CAMARGO, R. D.; PIZA, R. J. Produção de Biomassa de Plantas de Cobertura e Efeitos na Cultura do Milho Sob Sistema Plantio Direto no Município de Passos, MG. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 3, p. 76-80, July./Sept. 2007. CASA, R. T.; MOREIRA, E. N.; BOGO, A.; SANGOI, L. Incidência de podridões do colmo, grãos ardidos e rendimento de grãos em híbridos de milho submetidos ao aumento na densidade de plantas. Summa Phytopathol., Botucatu, v. 33, n. 4, p. 353-357, 2007. CBPA (COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA). Recomendações Técnicas Para a Cultura da Aveia. Universidade Federal de Pelotas. Rio Grande Do Sul: UFP, 2000. CUNICO, M. Produtividade e Qualidade de Gramíneas Perenes de Verão dos Gêneros Cynodon, axonopus E Hemarthria sob Aplicação de Diferentes doses de Nitrogênio. 2005. 45 f. Trabalho de Conclusão de curso (Bacharel em Agronomia) Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Chapecó, 2005. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa Gado de Corte. Uso da aveia como planta forrageira. Campo Grande dez 2000, n. 45. Disponível em: http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/gcd45.html. Acesso em: 28 de set de 2008.

EMBRAPA. Grãos Ardidos de Milho. Sete Lagoas, MG: Circular Técnica 66, 2005. 6p. EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos: 2.ed. Rio de janeiro: Embrapa 2006.306p. FLESCH, R.; VIEIRA, L. C. Espaçamento e Densidade de Milho com Diferentes Ciclos no Oeste de Santa Catarina, Brasil. Ciência Rural. vol. 34, n. 001. UFSM, Santa Maria, RS, 2004. p. 25-31. FLOSS, E. L. Fisiologia das Plantas Cultivadas: O Estudo do que Esta por trás do que se vê. 3. ed. Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2006. 751p. ROCHA, G.L. Ecossistemas de Pastagens: Aspectos dinâmicos, 2v. Piracicaba- SP: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1991.391p. SBCS (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO). Comissão de Química e Fertilidade do Solo. Manual de Adubação e Calagem Para os Estados de Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 10º Ed. Porto Alegre, SBCS, 2004. 400 p. TIECHER, T. L.; CERETTA, C. A.; BRUNETTO, G.; GIROTTO, E.; VIEIRA, R. C.; LOURENZI, C. R.; LORENSINI, F, 2008. Produção de Grãos e Matéria Seca em Culturas com o Uso de Diferentes Doses e Fontes de Nutrientes. In: CONGRESSO FERTIBIO, 2008. Paraná. Anais... Paraná: SBCS. P. 4. TREZZI, M. CASSOL, L. C.; GUSTMANN. M. S.; MACHADO, A. B.; VIOLA, R.; COPPINI, M. FILIPPI, C. L.; GIORDANI, L.; MATTES, D.; SILVA, H. L. FERREIRA, A. J.; CARNIELETTO, C. Efeitos da Antecipação das operações de dessecações de azevem e do momento da adubação nitrogenada sobre o comportamento produtivo da planta de milho. In:V Reunião Técnica Catarinense de Milho e Feijão, Chapecó, SC. Resumos expandidos... Chapecó SC: Epagri/Cepaf, 2005. 336 p. VIOLA, R.; MACHADO, A. B.; GUSTMANN. M. S.; COPINI, M,; TREZZI, M. M.; CASSOL, L. C.; FILIPPI, C. L.; GIORDANI, L.; MATTES, D.; SILVA, H. L. FERREIRA, A. J.; PRATES, M.; BORTOLLI, M. A. Densidade de semeadura da aveia preta e sua relação com a incidência de plantas daninhas, altura de plantas e rendimento de grãos de milho cultivado em sucessão. In: V Reunião Técnica Catarinense de Milho e Feijão, Chapecó, SC. Resumos expandidos... Chapecó SC: Epagri/Cepaf, 2005. 336 p.