DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS: DOENÇA DE PARKINSON E SÍNDROME DE PRADER WILLI



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Transcrição:

DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS: DOENÇA DE PARKINSON E SÍNDROME DE PRADER WILLI 2013 Elen Moraes Nascimento de Oliveira Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Jorge Amado de Salvador (Brasil) E-mail de contato: elen.m.n@hotmail.com RESUMO O presente artigo tem por objetivo elucidar o que são as doenças neurodegenerativas enfatizando a Doença de Parkinson e a Síndrome de Prader-Willi através de revisão bibliográfica. Pôde-se concluir que o tema é pertinente na contemporaneidade, porém carece de produção científica realizada por profissionais da área de Psicologia. Willi. Palavras-chave: Doenças neurodegenerativas, doença de Parkinson, síndrome de Prader- INTRODUÇÃO O presente artigo foi produzido com a finalidade de esclarecer o que são Doenças Neurodegenerativas (DNs), especificamente a Doença de Parkinson (DP) e a Síndrome de Prader-Wile (SPW). Doenças neurodegenerativas caracterizam-se por causarem morte das células do sistema nervoso (destruição de neurônios), afetando a substância cinzenta do cérebro, e secundariamente as funções ligadas à substância branca (DOENÇAS, 2004). Elen Moraes Nascimento de Oliveira 1 Siga-nos em

Os avanços nas pesquisas mostram que o envelhecimento é amplamente aceito como responsável pelo surgimento da maioria das DNs como explicam Tavares, Negrão e Lima (2011, p.1). Tais autores destacam que os três motivos decorrentes do envelhecimento que causam tal fenômeno são os danos causados ao DNA nuclear dos neurônios, o aumento do estresse oxidativo e a neuroinflamação crônica. Nesse sentido, Amorim e Napolitano (2013, p. 43), ressaltam que as recentes projeções da Organização das Nações Unidas demonstram que o número de indivíduos com mais de 65 anos crescerá de 9%, em 2010, para 20%, em 2050. Isso implica na necessidade de um olhar atento dos psicólogos sobre as DNs que geralmente afeta essa classe de pessoas, visto que o aumento da expectativa de vida é uma realidade. Porém, mesmo as DNs que não são relacionadas ao envelhecimento tendem a ser altamente impactantes na vida de seu portador. Assim, para expor essa realidade, a continuação desse trabalho fará uma elucidação da DP e da SPW, bem como das possibilidades de intervenções que resultem em uma melhor qualidade de vida para seus portadores. REFERENCIAL TEÓRICO O tópico a seguir consiste na exposição dos autores dos achados bibliográficos acerca da DP, da SPW e suas nuances. Doença de Parkinson A doença de Parkinson é caracterizada como uma doença degenerativa, crônica e progressiva, que ocorre geralmente em pessoas idosas. Provoca perda de neurônios do sistema nervoso central em uma região conhecida como substância negra. Nesta fase os neurônios dessa região sintetizam a neurotransmissora dopamina, alterações sintomáticas principalmente motores. Contudo, observamos sintomas como alterações que afetam o sistema nervoso autônomo, além de diminuição da memória, alterações do sono e depressão. Sintomas físicos se apresentam em forma de tremores, rigidez muscular, diminuição da velocidade dos movimentos e distúrbios do equilíbrio e da marcha. A doença de Parkinson afeta o sistema nervoso central e provoca a morte dos neurônios produtores de dopamina da substância cinzenta. Dentre os sintomas apresentados na doença de Elen Moraes Nascimento de Oliveira 2 Siga-nos em

Parkinson estão questões ambientais e genéticas influenciando na função motora do organismo e na execução de movimentos. A doença se manifesta de diversas formas entre essas a livedo reticularis (cutis marmorata), oleosidade, intolerância ao calor, sudorese excessiva, distúrbios vasomotores, hipotensão ortostática, hipotensão pós-prandial, dispnéia, disfagia, sialorréia, constipação intestinal, disfunção vesical e impotência sexual. O do sistema nervoso autônomo (SNA), encontra-se correlacionado a doença de Parkinson, pois este, encontra-se intimamente comprometido com fatores do envelhecimento. No entanto, sua causa ainda é desconhecida, surgindo hipóteses de vários fatores, entre estes a utilização de medicação. O processo de diagnóstico levanta inúmeras possibilidades para a presença de outras afecções independente da doença de Parkinson, como a síndrome de Shy-Drager, a degeneração estriato-nigral ou a atrofia de múltiplos sistemas. O sintoma relacionado ao sistema cardiovascular que mais causa prejuízo às atividades do paciente é a hipotensão ortostática. Nicaretta (1990 apud STOESSL, 1998, vol. 44). É comum a ocorrência de hipotensão após as refeições, apesar de que, nem sempre, o paciente esteja atento a estabelecer essa relação. A hipotensão pode ser precipitada pela ingesta oral de glicose. Micieli et al.(1987) demonstraram que os níveis basais de norepinefrina, bem como seus valores durante a posição ortostática, estavam aumentados. As drogas utilizadas no tratamento da doença de Parkinson, especialmente a levodopa, podem, por si sós, causar hipotensão ortostática ou mesmo agravá-la, quando preexistente, assim como a lisurida ou a bromocriptina, agonistas dopaminérgicos, podem ocasionar vasodilatação periférica. Meco et al. (1990), após avaliação de pacientes parkinsonianos com testes não invasivos (observação da variação da freqüência cardíaca durante a respiração espontânea, a manobra de Valsalva e a posição ortostática), sugeriram que as variações no controle da pressão arterial seriam agravadas pela medicação em uso, confirmando a presença de déficits cardiovasculares autonômicos subclínicos na doença de Parkinson. Os antidepressivos tricíclicos, comumente utilizados, também podem induzir à hipotensão. Os pacientes com doença de Parkinson apresentam baixo nível de eliminação de calor, sugerindo a existência de alteração no controle vasomotor por comprometimento do SNA. Elliott et al. (1974). Outro fator importante apresentado esta associado a alterações no apetite. Dentre as mudanças ocorridas podemos citar alterações corporais provocadas por drogas dopaminérgicas, disfagia, disfunção hipotalâmica e a depressão. Elen Moraes Nascimento de Oliveira 3 Siga-nos em

As alterações corporais podem estar correlacionada a funções do trato gastrointestinal, podemos citar a disfagia com alta prevalência entre estes pacientes,provocando dificuldade na movimentação da língua. A disfagia tem alta prevalência entre os pacientes com doença de Parkinson. Resulta de defeito da movimentação da língua, de falta de coordenação neuromuscular hipofaríngea e da própria disautonomia (mecanismo obscuro), que diminui, particularmente, a peristalse do terço inferior do esôfago, resultando em deglutição prejudicada. A constipação é freqüente, sendo, talvez, a manifestação gastrointestinal mais comum, principalmente quando se utilizam anticolinérgicos, amantadina e levodopa.. A falta de atividade física e a fraqueza da musculatura abdominal também parecem ter seu papel estabelecido. O diagnóstico da doença e Parkinson podem ocorrer a partir da avaliação do estado mental do indivíduo, através da utilização de testes rápidos ou de uma aplicação sucessiva de aplicação de testes neuropsicológicos. Dentre os testes utilizados podemos citar o Mini exame de aplicação rápida e o teste de estado mental (MEM). Porém deve ser associado a outros testes, considerando questões individuais do paciente a exemplo do grau de escolaridade do sujeito. Obesrvações referentes a detenção visual, agregação de palavras e orientação temporal e espacial, sensibilidade devem ser constantemente avaliadas. De acordo com Scorza (2009), a neuroplasticidade esta relacionada com produção de novos neurônios, proporcionando a adaptação das funções cerebrais. Devido à neuroplasticidade torna-se possível uma melhora significativa do paciente. Síndrome de Prader-Willi A Síndrome de Prader Willi (SPW), surgiu no campo científico pela primeira vez em 1956 através dos médicos A. Prader, H. Willi e A. Labhart, a Síndrome de Prader-Willi (PEREIRA et. al, 2009). A SPW refere-se a uma doença que está ligada a aspectos neurocomportamentais e atualmente é uma das mais constantes síndromes com microdeleções cromossômicas e paralelo a isso é uma das formas mais comuns de se detectar a obesidade com causa genética (FRIDMAN, KOK, KOIFFMANN, 2000, p. 2). Apesar da SDW ser resultado de uma deficiência hipotalâmica, ainda não houve nenhum achado sobre o defeito estrutural do hipotálamo em análises após a morte. Pode-se dizer que há uma funcionalidade da eficiência apesar de haver um desconhecimento sobre sua natureza. Seu diagnóstico clinico é bastante complexo e suas características, não todas podem se transformar de Elen Moraes Nascimento de Oliveira 4 Siga-nos em

acordo com a idade havendo também a possibilidade de estar presente em outras síndromes. Sua definição pode ser apresentada por duas fases de desenvolvimento distintas onde há diferentes graus de hipotonia no período neonatal e a primeira infância, na fase hipotonia não ocorre de forma progressiva e a criança começa a melhorar entre 8 e 11, a hipotermia ou hipertemia nesta fase não é possível visualizar uma causa aparente, hipogenitalismo, as crianças possuem dificuldade de sucção e suas mãos e pés são pequenos com pequenas anomalias faciais (2000, p. 2). Durante o período em que a hipotomia obtém um melhor resultado e a criança passa a ficar mais atenta, seu apetite aumenta e passam a ganhar peso. Já a segunda fase caracteriza-se por um retardo no desenvolvimento neuropsicomotor, nesta fase a criança sente dificuldade na aquisição da fala, retardo para sentar e andar. Outras características se fazem presentes nesta fase com a obesidade, baixa estatura, mãos e pés pequenos, hiperfagia, diminuição da sensibilidade a dor, hipopigmentação de cabelo, pele e retina, problemas de aprendizagem, olhos amendoados e estrabismo (2000, p. 2). Existe uma grande quantidade de crianças com idade precisamente entre 3 a 5 anos que passam a desenvolver depressão, irritação, eventos de violência, mudanças repentinas de humor, se relacionam muito pouco com outras pessoas, imaturidade e conduta social inapropriada (2000, p.2). Segundo Mesquita (2007 apud PEREIRA et. al, 2009, p. 3), algumas famílias por falta de informação ou conhecimento tendem a manter e reforçar comportamentos inadequados do tipo alimentar apresentado pelo portador da SDW, muitas vezes agem de maneira favorável nas aparições de hiperfagia, reforçando tais condutas. Para esta síndrome é preciso a realização de um diagnostico clínico e se possível a verificação por meio de testes citogenéticos e moleculares. Entretanto, a SDW muitas vezes só é identificada em decorrência do surgimento da obesidade por volta dos dois anos de idade. Considera-se que a SDW é uma doença de obesidade genética por ser uma das maiores causadoras de morbidade e mortalidade entre pacientes com esta síndrome (PEREIRA et. Al 2009, p. 1). Sua forma de tratamento se baseia em estratégias terapêuticas e educativas a fim de oferecer a criança o melhor progresso físico e mental possível. Para o sucesso da intervenção é imprescindível que a criança seja acompanhada por um pediatra e endocrinologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, pedagogo e psicólogo, acima de tudo o apoio familiar é Elen Moraes Nascimento de Oliveira 5 Siga-nos em

indispensável principalmente no que diz respeitos aos comportamentos da rotina diária como alimentação equilibrada e realização de atividade física (SÍNDROME, 2004). OBJETIVO GERAL Esclarecer o que são doenças neurodegenerativas, enfatizando a Doença de Parkinson e a Síndrome de Padre-Wille. Objetivos Específicos Realizar a revisão literária a fim de obter subsídios teóricos para a realização do artigo. Compreender as consequências das doenças degenerativas (DP e SPW) na vida de seus portadores. Demonstrar a relevância do estudo das Doenças Neurodegenerativas no contexto atual. METODOLOGIA A fim de compreender o que são doenças degenerativas, especialmente a Doença de Parkinson e a Síndrome de Padre-Willi, foi realizada uma revisão bibliográfica. CONSIDERAÇÕES É de grande relevância o estudo das DNs na atualidade, diante do fato de que o número de idosos aumentará consideravelmente e que são eles os mais propensos a sofrerem de tais afecções como a DP, por exemplo. E nesse sentido, a compreensão da SPW é tão relevante quanto, pois a obesidade é uma das doenças mais discutidas mundialmente na contemporaneidade, porém muitos profissionais desconhecem que ela pode estar ligada a essa síndrome. Para tanto, faz-se necessário um maior número de produção científica acerca da SPW no Brasil, bem como da DP sob a ótica da Psicologia. Face ao exposto, conclui-se que a pesquisa foi de suma importância para o desenvolvimento acadêmico podendo contribuir na implementação de práticas mais assertivas na atuação profissional futura com pacientes portadores de DNs. Elen Moraes Nascimento de Oliveira 6 Siga-nos em

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMORIM, Lucas; NAPOLITANO, Giuliana. No auge. E de saída. Exame, São Paulo, p. 36-43, mar. 2013. BRASIL. Fleury Medicina e Saúde. Síndrome de Prader-Willi. São Paulo, 2004. Disponível em: < http://www.fleury.com.br/medicos/exames-e-servicos/servicos/assessoria-amedicos/pages/default.aspx>. Acesso em: 15/05/2013. BRASIL. Liga Acadêmica de Neurociências. Universidade Federal de Santa Maria. Doenças Neurodegenerativas e Desmielinizantes. Santa Maria, 2004. Disponível em: <http://jararaca.ufsm.br/websites/lan/c14e61c462d18859f427404192c42223.htm>. Acesso em: 13/05/2013. FRIDMAN, Cintia; KOK, Fernando; KOIFFMANN, Célia P. Síndrome de Prader-Willi em lactantes hipotônicos In Jornal de Pediatria, 2000. Disponível em: <http://genoma.ib.usp.br/wordpress/wp-content/uploads/2011/04/2000-fridman-kokkoiffmann.pdf>. Acesso em 13/05/2013. NICARETTA, D. H; PEREIRA, J.S; PIMENTEL, M. L. V. Distúrbios autonômicos na doença de Parkinson In Revista da Associação Médica Brasileira, 1998. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ramb/v44n2/1990.pdf>. Acesso em: 15/05/2013. NITRINI, R. et. al. Testes neuropsicológicos de aplicação simples para o diagnóstico de demência In Arq. Neuropsiquiatria, 1994. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/anp/v52n4/01.pdf>. Acesso em: 15/05/2013. PEREIRA, Gabriela C. F. et. al. Síndrome de Prader-Wille nos gêneros feminino e masculino: relato de dois casos In Revista Ceciliana, 2009. Disponível em: <http://sites.unisanta.br/revistaceciliana/edicao_02/2-2009-71-75.pdf>. Acesso em: 13/05/2013. SOUZA, Cheylla F. M. et. al. A doença de Parkinson e o Processo de Envelhecimento Motor In Rev. Neurociências, 2011. Disponível em: < http://www.revistaneurociencias.com.br/inpress/570%20inpress.pdf>. Acesso em: 13/05/2013. Elen Moraes Nascimento de Oliveira 7 Siga-nos em

TAVARES, Patrycy A. N.; NEGRÃO, Igor P. R.; LIMA, Rafael R. Predisposição às doenças neurodegenerativas durante o envelhecimento In Revista Paranaense de Medicina, 2011. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/s/0101-5907/2011/v25n4/a3064.pdf>. Acesso em: 13/05/2013. Elen Moraes Nascimento de Oliveira 8 Siga-nos em