Figura 1. O reporter Zeca Camargo, a estudante Camila e os astrônomos Rodrigo Carrasco e Tina Armond.



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E se, de repente, lhe oferececem a viagem dos seus sonhos? Camila, 14 anos, aluna do 9º. ano de uma escola pública do Rio de Janeiro, não pensou duas vezes: ela quer ser astrônoma, e a viagem-surpresa aos Andes chilenos oferecida pelo programa Fantástico da TV Globo foi uma chance única na vida que ela não deixou passar. O programa produziu uma série de reportagens especiais com adolescentes que logo terão que decidir seu futuro profissional. São jovens de famílias pobres e humildes, que vivem em comunidades carentes., diz a jornalista Teresa Cristina Nunuca Vieira. Nosso objetivo é acompanhar quatro desses adolescentes., completa ela. Após algumas semanas de conversações entre a Globo, o LNA, o pessoal de divulgação do Observatório Gemini, do Telescópio SOAR e do CTIO/NOAO/AURA, finalmente concretizaram-se as visitas de Camila, Nunuca, o jornalista Zeca Camargo e o cinegrafista Lucas. O objetivo principal foi possibilitar que Camila conhecesse os modernos observatórios brasileiros de grande porte e importância internacional, e interagisse com os astrônomos da casa para conhecer melhor os detalhes da profissão que deseja ter. A comunicação não foi problema: a astrônoma brasileira Cristina Armond (Telescópio SOAR) e o astrônomo chileno com doutorado no Brasil Rodrigo Carrasco (Observatório Gemini) foram os cicerones. Sempre presente, Manuel Paredes do Gemini Sul também interagiu bastante com Camila e proporcionou as fotografias desta matéria. Viagem... 1 SOAR Chamada... 2 Gemini Figura 1. O reporter Zeca Camargo, a estudante Camila e os astrônomos Rodrigo Carrasco e Tina Armond. As visitas aconteceram na quinta-feira, 23 de setembro de 2010. Filmagens foram feitas nos escritórios do Gemini e SOAR na parte da manhã; Rodrigo e Cristina foram entrevistados na Sala de Controle do Gemini. A equipe visitou os telescópios durante a tarde e acompanhou o começo das observações, quando Camila teve a chance de acompanhar de perto o trabalho dos pesquisadores e técnicos. Semestre 2011A... Chamada GS... Chamada GN... Op. Científicas... Visita... OPD Chamada... Regra para LP... Estratégias... Detector... Portas Abertas... 3 4 4 5 9 10 11 12 12 16 Antes da meia-noite, hora local, os veículos desceram pela estrada seca levando Camila de volta a La Serena. Figura 2. A equipe da TV Globo com os astrônomos residentes do SOAR e do Gemini. Mariângela de Oliveira-Abans é pesquisadora do LNA e responsável pela divulgação da instituição.

DATA LIMITE - 15 de Outubro de 2010 às 23h59min de Brasília A Comissão de Programas do SOAR informa da abertura da chamada para o envio de propostas para observações a serem realizadas com o Telescópio SOAR durante o semestre 2011A. A previsão é de que até 80% do tempo disponível seja dedicado a observações de ciência, o que equivale a até 43 noites para o Brasil. Quatro instrumentos serão oferecidos durante 2011A: o imageador óptico do SOAR (SOI), o espectrógrafo e imageador infravermelho OSIRIS, o espectrógrafo e imageador óptico Goodman e o imageador infravermelho Spartan, este último em modo de risco compartilhado. Poderão ser solicitadas observações no modo serviço ou remoto para os quatro instrumentos. O formulário para a elaboração dos pedidos e as instruções para seu preenchimento está disponível desde 23 de Setembro de 2010, na página web do LNA. Ainda, até um máximo de cinco noites de observação durante o semestre serão oferecidas no telescópio Blanco do CTIO através do tempo brasileiro no SOAR. Essas observações somente poderão ser realizadas no modo clássico. Os instrumentos disponíveis nesse telescópio são: as câmeras MOSAIC (ótico, campo de visão de 36' x 36'), ISPI (infravermelho-próximo, campo de visão de 10.25' x 10.25'), NEWFIRM (NOAO Extremely Wide-Field Infrared Imager, campo de visão de 28' x 28") e os espectrógrafos de fenda longa RC (Cassegrain) e multi-objeto HYDRA. Detalhes sobre o desempenho e configuração desses instrumentos podem ser obtidos diretamente na página do CTIO. Alertamos aos usuários do MOSAIC que 2011A será o ÚLTIMO semestre em que este instrumento será oferecido. Alberto Rodríguez Ardila é pesquisador do LNA e o Gerente Nacional do Telescópio SOAR. Luciano Fraga deixou de exercer a função de astrônomo residente Brasileiro no SOAR no início de Setembro de 2010. A partir dessa data, o Dr. Fraga assumiu a posição de astrônomo de suporte do Observatório. O Escritório Nacional do SOAR agradece ao Dr. Fraga pelo empenho e profissionalismo demonstrado na suas atividades ao longo desses últimos três anos e lhe deseja sucesso na sua nova posição.

O dia 30 de setembro foi a data limite para submissão de propostas para o semestre de 2011A dos Telescópios Gemini. Foram enviadas 23 propostas, distribuídas para o Gemi- ni Norte, para o Gemini Sul, para o Keck e para o Subaru. O fator de pressão e as demais estatísticas para esse semestre podem ser vistas nos quadros abaixo. Figura 1. Mostra por instrumento a quantidade de horas pedias para o Gemini Norte. Figura 2. Mostra por instrumento a quantidade de horas pedias para o Gemini Sul. SECOP - Secretaria das Comissões de Programas do LNA é gerenciada por Giuliana Capistrano e por Patrícia Aline de Oliveira.

A pesar do grande número de pedidos recebidos pela Comissão Nacional de Programas Gemini (NTAC) na chamada para propostas de 2001A, não obtivemos o número suficiente de pedidos para completar a nossa parte da fila no Gemini Sul. Um total de 28.8* horas foi pedido dentro do total de 51 horas que temos disponível. Por essa razão, a NTAC está estendendo o prazo para o envio de propostas, exclusivamente brasileiras, para o Gemini Sul até o dia 15 de outubro de 2010. As propostas devem ser submetidas normalmente através do PIT de 2011A. Os instrumentos disponíveis são GMOS (imageamento e espectroscopia ópticas), NICI (imageamento no infravermelho próximo e médio com óptica adaptativa e opção coronográfica) e T-ReCs (imageamento e espectroscopia no infravermelho médio). As propostas enviadas ao Gemini Sul dentro do prazo regular, que não forem reprovadas por razões científicas e/ou técnicas, terão seu lugar garantido na fila, sem a obrigatoriedade de aprovação de tempo total, entretanto. A NTAC está segura que a comunidade não deixará passar essa nova oportunidade de obter valioso tempo no telescópio Gemini Sul. * Esse número pode variar de acordo com a avaliação técnica e científica das propostas e eventuais remanejamentos de projetos GMOS do norte para o sul. O para a redução de dados e demonstrar para a comunidade, através de programas de astronomia interessantes e desafiadores, o potencial do GNIRS. Observatório Gemini tem o prazer de convidar a comunidade Gemini a apresentar propostas para observações de Verificação de Sistema ( System Verification, SV) do Gemini Near Infrared Spectrograph (GNIRS) com o Telescópio Gemini Norte. Doze noites estão disponíveis para a SV durante o período de 1 de dezembro de 2010 a 31 de março de 2011. O objetivo da SV é testar completamente não só os recursos do GNIRS, mas também testar todo o sistema de definição de observação O prazo para apresentação de propostas é 25 de outubro de 2010, a meianoite, horário do Havaí, EUA. Use o PIT 2011A para apresentar uma proposta e não se esqueça de clicar no botão SV na aba "Submit" do PIT.

Este convite é independente da chamada à apresentação de propostas normal para o semestre 2011A, encerrada dia 30 de setembro, e também da chamada extra para o Gemini Sul, somente do Brasil, cujo prazo é 15 de outubro. Informações detalhadas sobre a SV do GNIRS e instruções para a aplicação de tempo SV estão disponíveis na chamada para SV (http://www.gemini.edu/sciops/instruments/gnirs/system-v A presentamos aqui um resumo das operações científicas do semestre passado (2010A), do atual (2010B, iniciado em 01 de agosto) e do próximo semestre (2011A), baseado nas informações obtidas na XVII reunião do Grupo de Trabalho das Operações Científicas ( Operations Working Group ) do Observatório Gemini. Este grupo reúnese a cada seis meses para discutir diversos tópicos relacionados às operações científicas e dele fazem parte os representantes dos escritórios nacionais ( National Gemini Office - NGO) dos países membros do consórcio e os diretores de operações científicas do Gemini. A XVII reunião foi realizada em Hilo e La Serena, com conexão por videoconferência entre os dois escritórios, nos dias 11 e 12 de agosto deste ano. erification). As páginas web do GNIRS (http://www.gemini.edu/sciops/instruments/gnirs) contêm informações detalhadas sobre os recursos do instrumento. Perguntas para os cientistas do instrumento GNIRS, Tom Geballe (tgeballe @ gemini.edu) e Rachel Mason (rmason @ gemini.edu), sobre o instrumento e o processo de SV são bem-vindas. RI+Altair (intercâmbio com Keck), 4 GMOS-N (incluindo intercâmbio com Subaru), 1 Michelle (intercâmbio com Subaru), 1 NIFS+Altair Programas em rollover para 2010B: 11 h (2010A). Programas poor weather : 27 h executadas em fila (tempo não creditado aos parceiros). Programas de intercâmbio: 2 HIRES/Keck, 2 SuprimeCam/Subaru: 47 h creditadas. Todos os programas brasileiros no GN foram completados em 2010A. Não é a primeira vez que isso acontece e naturalmente está acima da média de execução de programas dos demais parceiros. Gemini Sul 1) Semestre 2010A Gemini Norte Utilização efetiva do tempo (até 26/07/2010): 73% ciência, 3% engenharia+comissionamento, 6% falhas, 13% clima, 5% paralisação. Programas em fila: 90 de 2010A com algum dado (46 GMOS-N, 26 NIRI & NIRI+Altair, 12 NIFS+Altair, 2 Michelle, 6 compostos). Dos programas NIRI+Altair e NIFS+Altair, 10 usaram LGS ( Laser Guide Star ). Programas clássicos: 2 NIRI, 1 NI- Utilização efetiva do tempo (até 26/07/2010): 57% ciência, 5% engenharia+comissionamento, 2% falhas, 31% clima, 5% paralisação. Programas em fila: 71 de 2010A com algum dado (48 GMOS, 13 Phoenix, 5 T-ReCS, 5 NICI + programas da campanha do NICI). Programas clássicos: 9, sendo 1 com GMOS-S, 4 Phoenix, 3 T-ReCS (incluindo os de intercâmbio), 1 NICI. Programas em rollover para 2010B: 47 h (2009B) + 5 h (2010A). Programas poor weather : 130 h executadas em fila, incluindo programas de 2009A e 2009B executados em 2010A (tempo não creditado aos parceiros).

Dos programas brasileiros no GS só não foi completado um programa de Banda 3, correspondente a metade do previsto para esta banda. Como haviam sido alocadas 24 horas, observamos cerca de 87% do tempo inicialmente disponível. máscaras de imagens parou de responder na noite de 19/06/2010; está operando somente no modo imageador desde então. Como os resultados obtidos em 2010A, naturalmente o desequilíbrio de tempo do Brasil voltou a subir: em 2009B chegou a 16,2 horas mas agora está em 23,9 horas. Gemini Sul Gemini Norte - Tempo de LGS em fila: 191 horas imputadas aos programas usando LGS o maior uso desde que o LGS entrou em operação 93% do tempo em fila programado com LGS foi executado. - Michelle foi utilizado somente em fevereiro de 2010. - Problemas técnicos com NIRI: a unidade de plano focal, que detém as diversas fendas espectroscópicas e - O comissionamento do GNIRS iniciou em julho de 2010. - O clima foi o fator dominante em 2010A: 31% de perda por clima, incluindo mais de 120 horas de observações de programas de tempo ruim. O clima piorou antes do usual e o verão teve uma qualidade de imagem extraordinariamente ruim. - Este clima ruim afetou especialmente os programas em fila com NICI, entretanto a campanha do NICI não ficou prejudicada, tendo observado 69 horas (contra 43 horas em 2009B). - O tempo usado para engenharia foi de ~12%, incluindo 3 noites de comissionamento do laser no final de julho significativamente menos do que o planejado por não ter havido comissionamento do Flamingos-2. Figura 1. Calendário do semestre 2010B para o Gemini Norte, indicando quando os diversos instrumentos estarão sendo usados.

2) Semestre 2010B Gemini Norte Veja a programação do GN na figura 1. - Michelle está programado para ser utilizado semente na segunda metade de fevereiro de 2011. - GNIRS: o comissionamento continuou em agosto e setembro de 2010. Uma chamada para verificação científica (SV) deve ser feita para observações em dezembro. Veja Status and Availability do GNIRS em http://www.gemini.edu/sciops/observing-with-gemini/201 1a-call-for-proposals?q=node/10506 - NIRI: a espectroscopia ficará indisponível até que o NIRI possa ser aquecido e levado ao laboratório para reparos. Até podemos desmontar NIRI para avaliar a gravidade do problema,não é conhecido quanto tempo será necessário para retornar NIRI para um estado totalmente operacional. Veja Status and Availability do NIRI em http://www.gemini.edu/sciops/observingwith-gemini/2011a-call-for-proposals?q=node/10048 - Como em semestres anteriores, o tempo usando LGS está programado em blocos. As datas-alvo para a apresentação de listas estão listadas na web (OT Special Instructions 2010B http://www.gemini.edu/sciops/observingwith-gemini/phase-ii-and-s/w-tools/observing-tool/instructions-completingphase-ii?q=node/11477). Figura 2. Calendário do semestre 2010B para o Gemini Sul, indicando quando os diversos instrumentos estarão sendo usados.

Gemini Sul Veja a programação do GS na figura 2. - Paralisação: 22 a 29 noites estão programadas para revestimento do espelho primário e manutenção geral. - NICI e T-ReCS: poucos programas NICI 1 clássico e 4 em fila; mais programas T-ReCS 3 clássicos e 13 em fila. Espera-se que ambos estejam disponíveis durante todo o semestre, mas se um precisar ser removido para substituição pelo GSAOI, a decisão vai depender do estado da fila. - Campanha do NICI: as noites específicas serão programadas de acordo com a evolução das observações da fila a cada mês. 3) Semestre 2011A A chamada para propostas para 2011A foi anunciada em 01 de setembro, tendo sido dia 30 de setembro, às 24h de Brasília, a data limite para a submissão de propostas. Aplicando a correção normal para o desequilíbrio de tempo entre os parceiros, o tempo disponível para 2011A seria de 59 horas no GN e 57 horas no GS. Contudo, tendo em vista a recomendação do Board de eliminar o desequilíbrio de tempo do Reino Unido até 2012, o Gemini propôs que fosse aplicada uma corre- ção maior para acelerar o processo de eliminação do desequilíbrio. Os parceiros concordaram que um fator de 1,25 seria razoável para todos. Assim, vamos ter em 2011A 53h no GN e 51h no GS. Se por um lado não parece interessante para os usuários ter essa correção maior, mas diante da situação do Reino Unido e da instrumentação atual, é preferível estar com o balanço de tempo mais equilibrado quando os novos instrumentos, por exemplo, GSAOI e Flamingos-2, entrarem em operação. Gemini Norte Estão programadas 161 noites para ciência (89% do tempo) e 20 noites para engenharia. O uso provável das noites de engenharia, além das manutenções regulares, será apenas o comissionamento dos CCDs sensíveis no vermelho do GMOS. Gemini Sul Estão programadas 141 noites para ciência (78% do tempo) e 40 noites para engenharia. O uso provável das noites de engenharia, além das manutenções regulares, será o comissionamento dos instrumentos MCAO (Multi-Conjugate Adaptive Optics system), GSAOI (Gemini South Adaptive Optics Imager) e Flamingos-2. Marília J. Sartori é Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini.

A maioria dos telescópios de grande porte opera no chamado 'modo fila', no qual um astrônomo residente observa sequencialmente projetos de acordo com uma escala de prioridades ajustadas às condições do céu naquele momento. Dessa maneira, otimiza-se o aproveitamento do tempo de observação bem como a qualidade dos dados. Por outro lado, isso implica em um distanciamento dos astrônomos dos problemas e das técnicas observacionais, embora tal conhecimento possa ser proveitoso na hora de análise de resultados. Visando atenuar esse fator negativo, o Gemini Sul oferece a oportunidade de estágio no telescópio para alunos que tivessem um projeto em andamento, permitindo um interessante contato com as observações e com o staff do observatório. Com auxílio do LNA* e do IAG, me foi possível participar do programa ao longo de 20 dias, que se revelou uma experiência de grande valor acadêmico e também pessoal. A visita consistiu em 16 dias na base de operações do Gemini, em La Serena e em três noites de observação em Cerro Pachon, onde está localizado o telescópio. A estadia em La Serena destacouse pelo contato com outros astrônomos, resultando em discussões e sugestões muito interessantes para o desenvolvimento do meu trabalho. Também participei, todos os dias, de reuniões com a equipe situada no telescópio através de videoconferência, onde eram discutidas as observações a serem feitas; havia sempre diversas possibilidades para a fila de observações, de acordo com as condições climáticas esperadas, conforme mencionado acima. O primeiro contato de fato com as dificuldades observacionais deu-se com a mu- Ana Cecília Soja é mestranda no IAG-USP, sob orientação de Laerte Sodré dança da data de observação devido a uma nevasca inesperada, que manteve o telescópio inoperante por três dias; eu apenas observei uma semana depois da data previamente combinada. Nesse meio tempo, aproveitei para conhecer um pouco mais do SOAR, visitando a base em La Serena e conversando com os astrônomos residentes brasileiros. Infelizmente, devido a esse atraso não foi possível compartilhar as impressões pessoalmente com as pessoas que me auxiliaram durante o período de observações, visto que logo após retornar a La Serena, eu embarquei de volta ao Brasil. Na visita ao telescópio estive acompanhada por Millicent Maier nas três noites, Erich Wenderoth nas duas primeiras e Eric Christensen na última. Como faz parte do suporto técnico, Erich foi bastante atencioso em me mostrar todas as instalações, não só o telescópio em si, mas os sistemas de manutenção e antigos laboratórios, explicando sua funcionalidade. Millicent me explicou todo o funcionamento da interface que realiza as observações, de acordo com as condições climáticas, o alinhamento da máscara (no caso de espectroscopia) e a obtenção das préimagens. Dessa maneira, as três noites foram de muito aprendizado, tanto do ponto de vista técnico como científico, e acredito que essa tenha sido uma das experiências de maior valor na minha pós-graduação. * Por razões legais, o LNA está impedido de financiar passagens aéreas para estágios de estudantes no Observatório Gemini Sul, conforme anúncio feito no Boletim Eletrônico da SAB N. 529 de 15/07/2010 e LNA em dia N.14.

Semestre 2011A 1º de março a 31 de agosto Data limite para a apresentação de propostas: 31 de outubro de 2010, às 24h de Brasília. D esde o dia 1º de outubro, encontrase aberta a chamada para o envio de pedidos de tempo nos telescópios do Observatório do Pico dos Dias para o semestre 2011A. As solicitações são aceitas apenas através do formulário on line, disponibilizado nas páginas do ob- servatório. Os usuários podem solicitar projetos em duas modalidades: os normais e os de Longo Prazo. Esse último caso contempla casos científicos que necessitam de vários anos de observação para gerar resultados, geralmente levantamentos e monitorias. O tempo pode ser concedido por até quatro anos (posteriormente renováveis), mas é necessário justificar adequadamente para a Comissão de Programas a relevância de classificar um dado projeto como sendo de Longo Prazo. Os solicitantes devem se assegurar de que suas publicações recentes, baseadas em dados obtidos no OPD, estão devidamente comunicadas, através do formulário eletrônico disponível na página: Maiores informações sobre a chamada podem ser encontradas no endereço: http://www.lna.br/opd/info_obs/prazos_form.html Os instrumentos e configurações disponibilizadas para o semestre podem ser consultados em: Tânia Pereira Dominici é pesquisadora do LNA e gerente do Observatório do Pico dos Dias. http://www.lna.br/opd/instrum/instrumentos.html A tabela indica o número aproximado de noites disponíveis por mês, em cada telescópio. Estão ali consideradas as noites pré-alocadas para projetos de Longo Prazo, manutenção, engenharia e comissionamento. http://www.lna.br/opd/info_obs/form_public/form_public.html. As publicações são utilizadas no cálculo das notas finais dos projetos, durante a reunião da CP. Em caso de dúvidas gerais sobre a submissão dos projetos, os usuários podem contactar a SECOP (opd.secop@lna.br). Em relação aos aspectos técnicos e operacionais, o corpo técnico do OPD está à disposição para oferecer o suporte necessário na preparação das propostas (rodrigo@lna.br e tdominici@lna.br).

N este momento, o OPD possui nove projetos de longo prazo em andamento (além de um que foi recentemente encerrado). Nos semestres A, são 25 noites pré-alocadas no telescópio PE e 44 a serem distribuídas no B&C. Os projetos de LP são uma oportunidade para a realização de projetos científicos que exigem muitas noites de observação antes de gerar resultados. Nessa situação são incluídos principalmente levantamentos e monitorias. O mérito científico do projeto é julgado uma única vez pela Comissão de Programas (CP) e podem ser concedidas noites de observação por até quatro anos. A regulamentação desses projetos tem sido aprimorada ao longo do tempo. Uma questão importante era como realizar o acompanhamento. Embora as propostas não possam voltar a ser julgadas por mérito científico, é necessário tomar ciência do andamento dos projetos, inclusive para discutir a readequação em face de mudanças que podem ocorrer nas escalas de tempo em questão como, por exemplo, a necessidade de descomissionar uma opção instrumental. Tendo esse fato em vista, a regulamentação foi recentemente modificada. A partir de agora, o preenchimento do formulário de avaliação de dados é manda- tório para projetos LP. Baseado neles, a CP tomará conhecimento do andamento dos projetos uma vez ao ano, durante a reunião para julgamento dos projetos para o semestre B. A não submissão do formulário implicará na suspensão do projeto, até a regularização do envio das informações. O formulário de avaliação de dados para projetos LP é encontrado no endereço: http://www.lna.br/formopd/dados_opd_lp.html. O regulamento atual completo para essa modalidade de projetos pode ser encontrado em: http://www.lna.br/opd/info_obs/ri_opd.html#anexo%20ii. Para os projetos comuns, o formulário de avaliação de dados deve ser preenchido partir da página: http://www.lna.br/opd/form_dados.html. Nesse caso, o preenchimento é optativo, mas ressaltamos a importância de colaborar comunicando ao observatório sobre o andamento dos projetos mesmo após a obtenção dos dados, oferecendo, assim, subsídios para o aprimoramento dos serviços prestados à comunidade astronômica. Tânia Pereira Dominici é pesquisadora do LNA e gerente do Observatório do Pico dos Dias.

O LNA está trabalhando em um plano para nortear as atividades no OPD durante os próximos anos. Para tanto, conta com a colaboração de quatro grupos de trabalho constituídos por membros de diversas instituições brasileiras com pesquisa e ensino em astronomia. Os grupos são temáticos: Nichos Científicos, Instrumentação, Operações e Educação. das estatísticas diversas como subsídios à conversa. Alguns dos presentes solicitaram que essas informações fossem disponibilizadas para a comunidade, antes mesmo do término da redação do documento que será o resultado dos grupos de trabalho. Em atenção ao pedido, tais estatísticas podem agora ser encontradas no endereço: Na última reunião da Sociedade Astronômica Brasileira, em setembro, foi concedido ao LNA um espaço de discussão sobre o andamento do trabalho dos grupos e as estratégias para o futuro do OPD. Naquela ocasião, foram apresenta- http://www.lna.br/opd/estrategias_para_o_futuro_do_opd_pagina.pdf Comentários, dúvidas e sugestões de toda a comunidade são bem-vindos e podem ser enviados a qualquer momento para tdominici@lna.br. Tânia Pereira Dominici é pesquisadora do LNA e gerente do Observatório do Pico dos Dias. O clima no OPD pode sofrer grandes variações em curto espaço de tempo. Uma grande preocupação, principalmente durante o trabalho noturno, tanto para os astrônomos quanto para o corpo técnico, é com relação a essas variações. Em alguns casos as condições climáticas podem variar tão repentinamente que uma chuva pode lavar o espelho do telescópio antes que o observador perceba. Alguns tipos de observação requerem céu perfeitamente limpo, sem nenhuma espécie de perturbação atmosférica que possa interferir na uniformidade dos dados a serem obtidos. São as chamadas noites fotométricas. Alguns tipos de nuvens, muito finas e pouco densas, são difíceis de serem percebidas visualmente numa noite sem lua. Esse tipo de nuvem pode prejudicar drasticamente, por exemplo, a curva de luz que se quer obter de um objeto no céu e introduzir erros nas medidas sem que o obser- vador se dê conta da presença dessas nuvens. Além disso, com a perspectiva da implementação das observações remotas no OPD, se faz necessário fornecer, ao operador remoto, todas as ferramentas para que ele tenha uma visão mais realista das condições atmosféricas do sítio onde está situado o telescópio. Instrumentos tais como estações meteorológicas fornecendo dados como temperatura ambiente externa e interna, umidade relativa do ar, pressão atmosférica, ou uma câmera de todo o céu, monitor da qualidade de imagem nos telescópios, sensores de temperatura nos telescópios e espelhos, sensores de chuva e nuvens, já estão funcionando ou estão sendo instalados no OPD para, de maneira integrada com o novo sistema de controle dos telescópios, disponibilizar esses dados em tempo real ao pesquisador.

Um desses instrumentos que foi adquirido para o OPD e está em fase de testes é o detector de nuvens CloudWatcher Model 2 da empresa Technical Innovations (www.clouddetection.com). Espera-se que esse instrumento permita o reconhecimento de mudanças bem tênues nas condições da atmosfera que possibilitem ao observador identificar eventuais variações em suas medidas e propiciar mais segurança na operação remota dos telescópios. O equipamento adquirido é o mostrado na figura 1. Ele foi conectado no computador da câmera AllSky do OPD, visto que o mesmo possuía uma porta serial disponível e o software principal do sistema já instalado. Figura 1: hardware do sistema 1 Fonte de alimentação; 2 Caixa dos sensores e eletrônica; 3 Cabo serial e de alimentação do sensor, com 10 metros;4 Conector RS-232 / DB9, para conexão ao computador de controle e 5 Base inclinada do sensor (para escoamento de água de chuva) - Sensor de chuva e temperatura figura 1 B Este sensor possui 3 funções: - Sensor de intensidade luminosa figura 1 A Trata-se de um LDR (Light Dependent Resistor), cuja resistência varia conforme a intensidade luminosa 1- Verificar a presença de água na superfície do sensor através do efeito capacitivo, ou seja, quanto mais molhado estiver maior a capacitância (varia de 100 pf quando seco até 360 pf quando totalmente molhado)

2 Medir a temperatura ambiente através de um termistor NTC (Negative Temperature Coefficient) 3 Também possui um aquecedor elétrico na parte inferior que é ativado automaticamente quando a placa está molhada, a fim de evaporar a água da superfície do sensor e evitar leituras erradas. O gráfico apresentado na figura 2 mostra um chuvisco de alguns segundos (marcados com a letra R). A rápida evaporação pelo aquecimento evitou que o software continuasse mostrando como chuva, já que o restante do equipamento continuou bastante molhado por um bom intervalo de tempo. A letra N indica passagem de neblina. Figura 2: Gráfico da precipitação - Sensor de nuvens figura 1 C Funciona verificando a temperatura do céu num ângulo de 72 graus. Basicamente trata-se de um sensor que mede a radiação infravermelha emitida pelas nuvens (principalmente), na faixa de 8 a 15 mm, determinando assim a sua temperatura. O software analisa a diferença entre a temperatura das nuvens e a temperatura ambiente. Quanto menor a diferença entre elas, mais nuvens estão presentes no céu. A figura 3 mostra a eficácia do sistema na detecção do surgimento de nuvens vindo de WSW. A parte horizontal do gráfico, por estar abaixo do limite superior do nível clear, indica que o céu continha uma névoa, o que pode ser comprovado no lado superior esquerdo e direito da imagem da allsky poucas estrelas visíveis. A parte inclinada está aumentando à medida que mais nuvens são formadas.

Figura 3: Gráfico da cobertura de nuvens As condições de insegurança de cada sensor podem ser programadas, pois o sistema possui uma saída de acionamento de dispositivo externo, baseada em um SCR (Retificador Controlado de Silício), que pode ser utilizado para: acionar uma sirene, acionar um relé, acionar um controlador para fechamento da cúpula, etc. Este dispositivo funciona independente do software do micro ao qual o sistema está ligado. Embora os valores default das variáveis de calibração do instrumento e software de aquisição tenham sido empiricamen- Marcos Fernando Pereira Rosa é técnico do Observatório do Pico dos Dias e Rodrigo Prates Campos é o coordenador do Observatório do Pico dos Dias. te determinados na região de Algarve (sul de Portugal), eles se mostraram bastantes precisos no site do OPD. Em caso de necessidade, por fatores diversos (diferença de temperatura das estações do ano, grande quantidade de partículas suspensas no ar, etc.), podem ser feitos ajustes nestes parâmetros para maior precisão das leituras. Em uma próxima oportunidade, após uma fase inicial de testes e coleta de dados, pretendemos apresentar dados mais consistentes sobre a sensibilidade e o impacto da implantação do sensor de nuvens e chuva nas observações e coleta de dados no OPD.

R ealizado no sábado, 18 de setembro de 2010, contou com a presença de 1.720 visitantes. Foi o maior público de todos os tempos! Os portões foram abertos às 15:00h, e fechados às 20:00h; quem havia entrado no campus do OPD, uma reserva ambiental, pôde permanecer até as 23:00h. Várias atividades foram oferecidas e, para satisfação do LNA, despertaram grande interesse por parte tanto dos adultos como das crianças. Devido à grande procura, filas se formaram já às 15:30 em todos os telescópios e auditórios. Quem chegou à tarde pôde observar o Sol com toda a segurança através de dois telescópios portáteis munidos de filtros especiais para observação do Sol, sem nenhum perigo para a retina. Todos se maravilharam com a visão avermelhada das explosões na superfície solar, claramente evidentes na borda da imagem do Sol contra o fundo escuro do céu nessa cor. O terceiro telescópio portátil apontou para a Pedra do Baú em Campos do Jordão e para as cidades vizinhas, a pedido dos visitantes dessas localidades. Antes do por-do-sol, houve visitas guiadas a todos os telescópios fixos profissionais, apresentação de duas palestras ( Poluição Luminosa, por Saulo Gargaglioni, e Tem Água no Sol?, por Mariângela de Oliveira-Abans, ambos do corpo técnico-científico do LNA), vídeos sobre ciência no Brasil e o papel do Figura 1:Imagem dos telescópios no dia da visitação. LNA na astronomia mundial, bem como distribuição de material didático e de divulgação. As palestras foram repetidas mais tarde. Ao anoitecer, apesar do céu estar com muita fumaça por causa das queimadas, não havia nuvens grandes. O pessoal do LNA começou, então, a preparar todos os telescópios e equipamentos para dar início às observações noturnas do céu a atividade mais esperada pelo público. Neste ano, com o objetivo de dar mais realismo às observações a fim de que as pessoas saibam como os astrônomos trabalham hoje, o telescópio de 1,6m de diâmetro o maior do gênero o Brasil começou operando basicamente através dos computadores de controle e aquisição de dados. Os resultados, que normalmente aparecem apenas nos monitores da sala de comando, foram projetados na parede interna da cúpula, sem que houvesse a necessidade de se acompanhar através de oculares. O que inicialmente parecia uma decepção para os visitantes, revelou-se uma chance de aprender o que os modernos equipamentos são capazes de fazer, com vantagens insuperáveis em relação aos antigos métodos de observação celeste. Os outros telescópios continuaram oferecendo a oportunidade de observação a olho.

A Lua, Vênus em Quarto Crescente, Júpiter e suas maiores Luas, aglomerados globulares de estrelas e até nebulosas puderam ser apreciados ao longo da noite. Durante todo o evento, as crianças pequenas (e as nem tão pequenas assim também!) divertiram-se desenhando, colorindo e assistindo desenhos animados. Quem assim quis, ganhou um simpático coraçãozinho pintado na mão ou no rosto com tinta não tóxica. As exposições FETTU (v. texto acima) e Origens do Universo foram abrigadas em uma grande tenda-auditório, juntamente com vários painéis sobre o trabalho desenvolvido pelos cientistas e técnicos do LNA. Mais trabalhos estiveram expostos na tenda-recepção. cipação da Associação Grupo de Escoteiros de Itajubá, cuja parceria com o LNA proporcionou aos visitantes a oportunidade de contribuir à causa escoteira através da aquisição de salgados, doces e bebidas não-alcoólicas. O evento contou, ainda, com a presença de policiais do 7o. Pelotão da Polícia Militar de Minas Gerais, sediado em Brazópolis, e de ambulância-uti da Humanity de Itajubá. Como sempre, a presença desses profissionais garantiu aos visitantes a segurança e tranqüilidade necessárias, sem que nenhum incidente tenha ocorrido. Assim sendo, também eles puderam apreciar as belezas do nosso céu e, a exemplo dos demais, aproveitar o contato direto com os cientistas e técnicos do LNA. Neste ano, o evento contou com a parti- Figura 2: Visitantes conhecendo os telescópios e no centro de vistantes. Exposição "Paisagens Cósmicas" - FETTU O LNA recebeu os direitos de expor as imagens de objetos celestes que compõem a exposição FETTU - From Earth To The Universe. Trata-se de uma coleção de dezenas de imagens astronômicas de alta qualidade e que tem sido exibidas em mais de 250 locais no mundo desde janeiro de 2009, o Ano Internacional da Astronomia. Mais de 60 países apresentam a FETTU. O conjunto de 20 imagens mais um banner de 5m de comprimento sobre a Evolução do Universo começou a percorrer escolas de Itajubá no fim das aulas de 2009 e agora faz parte das atividades da VII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que o Fórum das Instituições de Ensino Superior e Pesquisa de Itajubá FIESPI -- oferecem ao longo do Sambódromo de Itajubá. Mariângela de Oliveira-Abans é pesquisadora do LNA e responsável pela divulgação da instituição.