Diretor de Planejamento e Pesquisa José Florentino Caixeta. Coordenador Geral de Planejamento e Programação de Investimentos Adailton Cardoso Dias



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Transcrição:

Relatório dos Levantamentos Funcionais das Rodovias Federais CEARÁ 2013 Página 1

Diretor Geral do DNIT Jorge Ernesto Pinto Fraxe Diretor de Planejamento e Pesquisa José Florentino Caixeta Coordenador Geral de Planejamento e Programação de Investimentos Adailton Cardoso Dias Coordenador de Planejamento Olímpio Luiz Pacheco de Moraes Equipe Técnica: Carlos Alberto Abramides Carlos Eduardo de Almeida Mattos Claudiana dos Reis Santana Oliveira Frederico Keller Marcelo Matos Laender Paulo Afonso Junqueira Júnior Pedro Rodrigues Luís Coelho Sandro Scarpelini Vieira Sérgio Rolim Barbosa Página 2

Equipe Técnica de Apoio das Superintendências: Portaria de Nomeação N 856 de 21 de Agosto de 2012. UF Representante Suplente CE José Abner de Oliveira Filho Nelson Wargha Filho ES Frederico Araújo Faustini Ulysses Gusman Junior MG Danilo de Sá Viana Resende Kennia Carolina Nunes dos Santos MS Edilson Ronni Insaurralde Deodoro Barbosa Resente MT Marcelo Resende dos Santos Fábio Rony Tavares de Menezes PB Leonardo Marinho Monte Silva Reginaldo Maia Leite PE Emerson Valgueiro de Morais Normando Vasconcelos ferreira PI Laércio de Aguiar Coqueiro Liliane Pereira Rebelo Fernandes PR Neimar Akira Miquitera Lincoln Santos de Andrade AM- Washington Luiz Pinto Filho Aelene Maria Lâmego da S. Campos RR AL Theonelly Nascimento Teodizio Rogério Alves da Silva AP- Fábio Augusto Silva Machado Wankes Solony de Carvalho C. PA Júnior BA João Félix de Almeida Mora Vanessa Christine Ramos Green GO- Lezzir Ferreira Rodrigues Ruiter da Silva Souza DF MA José Orlando Sá de Araujo Sylvio barbosa cardoso Junior RO- Alan Oliveira de Lacerda José Frankeneto da Silva Cordeiro AC RJ Homero Renato Silva Brantes Luiz Alberto Paixão RN Thatiana Monique O. Queiroga de Eliana de medeiros Bezerra Tavares Morais RS Terezinha Maria Barth dos Santos José Luiz da Costa Borba SC Huri Alexandre Raimundo Ugo Mourão SE Zenóbio Amaro de Santana Junior Airton Teles de Mendonça SP Gilmar Soler Simões João Batista Fonseca TO Eduardo Suassuna Nóbrega André Massaru Murakami Sugestões e contato: planejamento@dnit.gov.br Este relatório está disponível no site: http://www.dnit.gov.br/planejamento-e-pesquisa/planejamento/planejamentorodoviario. Página 3

Sumário 1. Histórico 6 2. Rede Rodoviária Nacional 6 2.1. Rede Rodoviária Nacional Por Tipo de Superfície 6 2.2. Rede Rodoviária Nacional não Pavimentada Por Jurisdição 7 2.3. Rede Rodoviária Federal Por Tipo de Superfície 8 2.4. Evolução da Malha Rodoviária Federal entre 1999 e 2013 9 3. Contexto Institucional 11 3.1 Informações e Especificações Sobre os Levantamentos de Campo 13 4. Metodologia e Aferições 17 4.1. Pista para Aferição dos Equipamentos 17 4.2. Algumas Definições 18 4.2.1. Irregularidade 18 4.2.2. Alinhamentos 18 4.2.3. Pessoal 18 4.2.4. Aparelhagem 18 4.3. Execução 18 4.3.1. Trilhas 18 4.3.2. Estaqueamento 19 4.3.3. Nivelamento 19 4.3.4. Resultados 19 4.4. Calibração dos Veículos e Equipamentos 21 5. Os Levantamentos dos Dados de Campo 22 6. O Estado do Ceará 23 6.1.Rede Rodoviária do Estado do Ceará 25 6.1.1. Rede Rodoviária do CE Por Tipo de Superfície 25 6.1.2. Rede Rodoviária não Pavimentada do CE Por Jurisdição 26 6.1.3. Rede Rodoviária Federal do CE Por Tipo de Superfície 27 6.2. Índice de Irregularidade Internacional (IRI) Resultados do CE 27 6.3. Índice de Condição da Superfície (ICS) Resultados do CE 29 7. Conclusão 32 Página 4

Apresentação O presente trabalho foi elaborado pela equipe técnica da Coordenação de Planejamento COPLAN/CGPLAN/DPP/DNIT, e tem por objetivo apresentar a situação funcional da malha rodoviária federal pavimentada no Estado do Ceará com base nos levantamentos realizados em campo. A Gerência de Pavimentos constitui-se atualmente em uma importante ferramenta de administração, objetivando determinar a forma mais eficaz da aplicação dos recursos públicos disponíveis, em diversos níveis de intervenção, de sorte a responder às necessidades dos usuários dentro de um plano estratégico que garanta a melhor relação Custo x Benefício. Desta forma, a Gerência de Pavimentos permite ao DNIT uma aplicação mais eficaz dos recursos, elevando desta forma o conforto e a segurança dos usuários das rodovias federais e mantendo os pavimentos rodoviários preservados. Por oportuno, deve-se dizer que nos países desenvolvidos, de notória competência na manutenção e operação de rodovias, a Gerência de Pavimentos é peça chave nas decisões de governo, possibilitando um plano de obras com diversos níveis de intervenções, ensejando ao poder público, a possibilidade de optar pela solução que mais convenha aos interesses nacionais, preservando-se obviamente, as condições do atendimento dentro dos mínimos padrões de desempenho das rodovias e expectativas dos usuários. Brasília, dezembro de 2013 José Florentino Caixeta Diretor de Planejamento e Pesquisa Página 5

1. Histórico O setor rodoviário brasileiro é o mais expressivo modal de transporte de cargas do país, atingindo praticamente todos os pontos do território nacional e possuindo uma grande relevância na atividade econômica nacional. Em função disso, o monitoramento constante das condições da malha rodoviária torna-se essencial para um planejamento estratégico e efetivo, possibilitando o acompanhamento das soluções técnicas adotadas em cada segmento rodoviário ao longo do tempo. 2. Rede Rodoviária Nacional 2.1. Rede Rodoviária Nacional Por Tipo de Superfície Gráfico 1 Rede Rodoviária Nacional por Tipo de Superfície (Fonte: SNV 2013) Página 6

Tabela 1 Rede Rodoviária Nacional - por Tipo de Superfície Superfície Porcentagem Extensão (km) Pavimentada 12,0% 202.988,10 Não Pavimentada 80,4% 1.358.913,70 Planejada 7,6% 129.262,00 Total 100,0% 1.691.163,80 2.2. Rede Rodoviária Nacional não Pavimentada Por Jurisdição Gráfico 2 Rede Rodoviária Nacional não Pavimentada por Jurisdição (Fonte: SNV 2013) Página 7

Tabela 2 Rede Rodoviária Nacional não Pavimentada - por Jurisdição Superfície Porcentagem Extensão (km) Federal 0,9% 12.661,70 Estadual 8,2% 111.333,70 Municipal 90,9% 1.234.918,30 Total 100,0% 1.358.913,70 2.3. Rede Rodoviária Federal Por Tipo de Superfície Gráfico 3 Rede Rodoviária Federal por Tipo de Superfície (Fonte: SNV 2013) Tabela 3 Rede Rodoviária Federal - por Tipo de Superfície Superfície Porcentagem Extensão (km) Pavimentada 54,5% 65.319,60 Não Pavimentada 10,6% 12.661,70 Planejada 34,9% 41.825,80 Total 100,0% 119.807,10 Página 8

2.4. Evolução da Malha Rodoviária Federal entre 1999 e 2013 Ano Pavimentada (km) Não Pavimentada (km) 1999 55.905 14.843 2000 56.097 14.522 2001 55.998 14.551 2002 57.211 13.575 2003 57.723 13.594 2004 57.933 14.777 2005 58.149 14.651 2006 58.152 14.857 2007 60.351 13.605 2008 60.304 13.636 2009 61.920 13.775 2010 62.351 13.844 2011 63.966 12.975 2012 64.921 12.541 2013 65.320 12.662 Gráfico 4 Evolução da Malha Rodoviária Federal entre 1999 e 2013 (Fonte: SNV 2013) Página 9

Página 10 REGIÃO Norte Nordeste Sudeste Sul LEITO NATURAL EM OBRAS IMPLANT. IMPLANT. EM OBRAS PAVIMENT. SUB-TOTAL PISTA SIMPLES EM OBRAS DUPLIC. PISTA DUPLA SUB-TOTAL RO RONDÔNIA 445,6 0,0 0,0 80,7 320,0 400,7 1.379,5 0,0 50,4 1.429,9 2.276,2 AC ACRE 443,7 0,0 0,0 4,5 231,4 235,9 933,6 0,0 11,9 945,5 1.625,1 AM AMAZONAS 3.673,3 0,0 0,0 1.667,7 174,7 1.842,4 636,6 0,0 2,8 639,4 6.155,1 RR RORAIMA 165,3 55,1 0,0 653,8 0,0 708,9 1.002,2 0,0 1,8 1.004,0 1.878,2 PA PARÁ 2.525,8 109,0 0,0 1.523,5 1.264,1 2.896,6 2.068,4 0,0 70,6 2.139,0 7.561,4 AP AMAPÁ 193,4 0,0 0,0 597,1 13,4 610,5 410,5 0,0 0,0 410,5 1.214,4 TO TOCANTINS 336,4 328,2 56,6 67,4 267,9 720,1 1.621,6 6,9 37,8 1.666,3 2.722,8 SUB-TOTAL 7.783,5 492,3 56,6 4.594,7 2.271,5 7.415,1 8.052,4 6,9 175,3 8.234,6 23.433,2 MA MARANHÃO 1.053,9 0,0 0,0 99,4 0,0 99,4 3.129,7 0,0 32,7 3.162,4 4.315,7 PI PIAUÍ 1.694,1 18,0 0,0 61,0 190,8 269,8 2.517,8 0,0 26,6 2.544,4 4.508,3 CE CEARÁ 1.060,4 96,0 80,9 154,0 46,4 377,3 2.119,2 0,0 71,9 2.191,1 3.628,8 RN RIO GRANDE DO NORTE 258,1 38,8 12,1 99,8 0,0 150,7 1.253,2 23,5 119,4 1.396,1 1.804,9 PB PARAÍBA 383,2 15,0 0,0 0,0 26,0 41,0 979,7 2,9 274,3 1.256,9 1.681,1 PE PERNAMBUCO 219,3 7,0 0,0 95,4 0,0 102,4 2.048,6 130,2 325,0 2.503,8 2.825,5 AL ALAGOAS 93,3 49,0 0,0 0,0 28,0 77,0 567,2 151,5 26,3 745,0 915,3 SE SERGIPE 76,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 161,5 135,4 21,9 318,8 395,5 BA BAHIA 4.812,1 383,3 39,0 557,6 106,9 1.086,8 5.367,1 0,0 108,6 5.475,7 11.374,6 SUB-TOTAL 9.651,1 607,1 132,0 1.067,2 398,1 2.204,4 18.144,0 443,5 1.006,7 19.594,2 31.449,7 MG MINAS GERAIS 6.206,4 235,1 0,0 334,0 333,9 903,0 9.514,8 211,9 1.013,3 10.740,0 17.849,4 ES ESPÍRITO SANTO 503,9 50,9 0,0 0,0 74,3 125,2 1.018,8 0,0 34,6 1.053,4 1.682,5 RJ RIO DE JANEIRO 899,7 9,3 0,0 11,6 9,3 30,2 1.112,6 0,0 509,5 1.622,1 2.552,0 SP SÃO PAULO 5.362,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 514,0 0,0 602,5 1.116,5 6.478,7 SUB-TOTAL REDE PAVIMENTADA 12.972,2 295,3 0,0 345,6 417,5 1.058,4 12.160,2 211,9 2.159,9 14.532,0 28.562,6 PR PARANÁ 2.300,1 69,7 0,0 0,0 148,7 218,4 3.083,0 0,0 662,5 3.745,5 6.264,0 SC SANTA CATARINA 1.301,9 0,0 0,0 0,0 9,2 9,2 1.807,5 148,7 313,4 2.269,6 3.580,7 RS RIO GRANDE DO SUL 2.767,9 0,0 0,0 125,1 22,3 147,4 5.426,5 0,0 325,6 5.752,1 8.667,4 SUB-TOTAL 6.369,9 69,7 0,0 125,1 180,2 375,0 10.317,0 148,7 1.301,5 11.767,2 18.512,1 MT MATO GROSSO 1.755,1 464,9 0,0 419,8 331,1 1.215,8 3.592,7 46,8 60,5 3.700,0 6.670,9 MS MATO GROSSO DO SUL 682,2 42,8 0,0 0,6 36,2 79,6 3.755,8 0,0 66,3 3.822,1 4.583,9 Centro-Oeste GO GOIÁS 2.459,3 73,0 0,0 0,0 240,4 313,4 2.604,8 428,1 433,3 3.466,2 6.238,9 DF DISTRITO FEDERAL 152,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 82,5 0,0 120,8 203,3 355,8 SUB-TOTAL BRASIL UF PLANEJADA (+ ESTADUAL COINCIDENTE) TABELA 4 - REDE DO SNV - JURISDIÇÃO FEDERAL REDE NÃO PAVIMENTADA 5.049,1 580,7 0,0 420,4 607,7 1.608,8 10.035,8 474,9 680,9 11.191,6 17.849,5 41.825,8 2.045,1 188,6 6.553,0 3.875,0 12.661,7 58.709,4 1.285,9 5.324,3 65.319,6 119.807,1 TOTAL

3. Contexto Institucional Os pavimentos rodoviários representam um valioso patrimônio cuja conservação e restauração oportunas são essenciais para a sua preservação. Qualquer interrupção ou redução na intensidade ou na frequência dos serviços necessários à manutenção desse patrimônio implicará em aumentos substanciais nos custos de operação dos veículos e na necessidade de investimentos cada vez mais vultosos para recuperação da malha rodoviária. O objetivo principal de um sistema gerencial de pavimentos é alcançar a melhor aplicação possível para os recursos públicos disponíveis e oferecer um transporte rodoviário seguro, compatível e econômico. Um sistema de gerência de pavimentos compreende, portanto, o planejamento, a programação dos investimentos, o projeto, as obras de manutenção e a avaliação periódica dos pavimentos. A Gerência de Pavimentos vem sendo desenvolvida e implementada desde 1983. Em 1992 foi implantado um sistema de Gerência de Pavimentos - SGP, com base em uma campanha de levantamentos em toda a Rede Rodoviária Federal. Em 1996, o SGP foi totalmente reestruturado, e sofreu uma remodelagem em 2001, e em 2007 integrado com o HDM-4. O SGP foi idealizado visando à obtenção de um Banco de Dados que, ao ser periodicamente atualizado, permita a análise das condições da rede e a alimentação do HDM-4 (sistema informatizado para a definição de prioridades e de soluções para a restauração e manutenção da rede dentro de um programa plurianual, visando a melhor relação custo/benefício para diversos níveis de investimento). O Banco de Dados do SGP é alimentado com os dados de tráfego, estrutura, deflexão, irregularidade e defeitos do pavimento. O levantamento é realizado por segmentos, respeitando-se os limites da divisão em trechos do atual Sistema Nacional de Viação SNV. No banco de dados do SGP a situação atual da malha rodoviária federal está caracterizada pelos seguintes levantamento de campo: Levantamento Visual Contínuo (LVC) tem a finalidade de avaliar e quantificar o nível de defeitos numa pista. A avaliação da superfície de pavimentos flexíveis e semirrígidos é feita Página 11

através da observação de vídeos e fotos dos defeitos existentes no pavimento da rodovia em análise. Esta avaliação é feita por profissionais treinados na sede do DNIT em Brasília; Índice de Irregularidade Internacional (IRI) - é o somatório por quilômetro das irregularidades do pavimento em relação a um plano de referência ou, simplificando, é um dado que tem como objetivo representar o conforto do usuário ao trafegar por uma rodovia. No levantamento do IRI são aferidos os desvios da superfície da rodovia em relação a um plano de referência. Esses desvios afetam a dinâmica dos veículos, a qualidade de rolamento e as cargas dinâmicas sobre as vias. Esse levantamento também é feito por meio de deflectômetros a laser, acoplados no veículo, que fornecem leituras correspondentes à irregularidade do pavimento; Levantamento deflectométrico com o uso do Falling Weight Deflectometer FWD: dados levantados em 2012; Dados deflectométricos a partir dos contratos de Projetos de CREMA 2ª Etapa. Outro dado que alimenta o banco de dados do SGP é o Índice de Condição da Superfície (ICS). Ele é um índice representativo da condição geral da superfície do pavimento e é obtido considerando a pior situação entre o IRI e o Índice de Gravidade Global dos defeitos (IGG). Finalizando, podemos dizer que o fortalecimento do setor de planejamento do DNIT, com a atualização constante dos dados de levantamento de campo e a aplicação de técnicas avançadas de controle e monitoramento da infraestrutura do sistema de transporte, torna-se peça fundamental no sucesso dos diversos programas de intervenções. Encontra-se atualmente em andamento, com início em setembro de 2012 e duração de três anos, novos contratos de LVC e IRI, totalizando três ciclos de levantamentos de toda a malha rodoviária federal, provendo o DNIT de informações atualizadas da condição funcional até 2015. A pesquisa de campo tem como objetivo conhecer as reais condições da malha rodoviária federal em relação aos aspectos de conservação da Página 12

via e conforto dos usuários. Conforme mencionado anteriormente, os resultados desses levantamentos subsidiam o Sistema de Gerência de Pavimentos permitindo: Avaliação das condições da superfície dos pavimentos; Identificação dos segmentos críticos da malha rodoviária federal; Elaboração do programa de manutenção da Malha Rodoviária Federal; 3.1. Informações e Especificações Sobre os Levantamentos de Campo O DNIT contratou empresas por meio de Pregão Eletrônico n 057/2012 para a execução de serviços técnicos para a caracterização funcional das rodovias, abrangendo: i) pesquisas de campo com levantamento do Índice de Irregularidade Internacional (IRI) e registro por imagens; ii) serviços em escritório com auxílio de imagens para o levantamento visual contínuo de defeitos (LVC), do cadastro da sinalização, dos dispositivos de segurança, da faixa de domínio, do perímetro urbano e da atualização do sistema de gerenciamento SGP. Os levantamentos serão feitos em 03 ciclos consecutivos, divididos em 4 (quatro) lotes a serem realizados concomitantemente, a saber: Lote 1 com 16.664,00 Km abrangendo 9 Estados: AC, AM, AP, MA, MT, PA, PI, RO e RR; Lote 2 com 17.114,00 Km abrangendo 9 Estados: AL, BA, CE, ES, PB, PE, RJ, RN e SE; Lote 3 com 17.702,00 Km abrangendo 4 Estados e o DF: DF, GO, MG, SP e TO; Lote 4 com 16.092,00 Km abrangendo 4 Estados: MS, PR, SC e RS. Página 13

A Figura 1 mostra abrangência geográfica de cada lote. Figura 1 Extensão de Cada Lote dos Levantamentos de IRI e LVC Os veículos utilizados nos levantamentos de campo são equipados com os dispositivos necessários devidamente integrados conforme descrição mínima a seguir: Hodômetro de precisão com erro máximo admissível de 1 m/km; GPS de navegação que permite correção por triangulação instantânea com erro máximo admissível de 10 m; Barômetro digital com erro máximo admissível de 1m; Uma câmera de alta resolução, que atende os seguintes requisitos: câmera que captura imagens (fotografias) de resolução mínima de 4 Mb pixel, de 5 em 5 m, sincronizada pelo hodômetro do veículo; a câmera está instalada na parte mais alta do veículo com direcionamento frontal e inclinação próxima da ortogonalidade que garante visibilidade de 15 metros do pavimento de toda pista (crescente e decrescente), obtida a uma distância máxima de três metros do veículo; Duas câmeras para filmagens instaladas no veículo, uma na parte frontal e outra na parte traseira, afixadas de modo que atende as características de imagens exigidas e detalhadas anteriormente. Página 14

As câmeras capturam uma sequência contínua de imagens (vídeo) a taxa mínima de 30 quadros por segundo. A resolução das imagens tem, no mínimo, padrão HD 720 (1280 por 720 pixels); Sistema de Rastreamento Via Satélite (GPS) para acompanhamento dos serviços de campo em todo território nacional; Perfilômetro composto por sensores a laser com 3 unidades integradas a dispositivos acelerômetros devidamente calibrados que são utilizados no serviço de levantamento da irregularidade longitudinal (IRI) e na medida do afundamento de trilhas de roda (ATR). Os levantamentos foram desenvolvidos conforme procedimento da Classe II (sem contato) e de acordo com a classificação do HPMS Field Manual. A Figura 2 mostra ilustra o veículo e os equipamentos utilizados nos levantamentos de campo. Figura 2 Veículo e Equipamentos Utilizados nos Levantamentos de Campo Os dados recebidos de campo são analisados e os resultados gerados no Edifício Sede do DNIT, em Brasília. O Programa utilizado para realizar o Levantamento Visual Contínuo (LVC) é mostrado nas Figuras 3, 4 e 5. Página 15

Figura 3 Programa Utilizado para Realizar o Levantamento Visual Contínuo (LVC) - Câmera de Frente. Figura 4 Programa Utilizado para Realizar o Levantamento Visual Contínuo (LVC) - Câmera de Ré. Página 16

Figura 5 Programa Utilizado para Realizar o Levantamento Visual Contínuo (LVC) - Câmera Fotográfica. 4. Metodologia e Aferições 4.1. Pista para Aferição dos Equipamentos Antes do início dos levantamentos de campo foram definidos e caracterizados trechos-teste contendo parâmetros controlados para a realização da aferição dos equipamentos utilizados. Os trechos-teste foram identificados, em conjunto com os membros da equipe técnica da CGPLAN, na BR 251 nas proximidades da SEDE do DNIT em Brasília, facilitando assim o acompanhamento dos procedimentos adotados pelos técnicos do Órgão. Esta aferição foi dividida em dois grupos: a) aferição e calibração do Hodômetro, Barômetro e GPS e b) aferição e calibração dos sensores a laser. Para a aferição e calibração dos sensores a laser foram identificados três trechos-teste (Bom, Regular e Ruim), onde os procedimentos para a implantação foram norteados pela Especificação de Serviço DNER- ES 173/86. Página 17

O trechos-teste foram estaqueados a cada 20m com marcação legível no bordo da rodovia e foram obtidas, para cada estaca, a medida das flechas na trilha de roda (interna e externa) com a utilização de treliça, conforme especificado na norma DNIT 006/2003 PRO. 4.2. Algumas Definições 4.2.1. Irregularidade Desvio da superfície da rodovia em relação a um plano de referência, que afeta a dinâmica dos veículos, a qualidade de rolamento e as cargas dinâmicas sobre a via. A escala padrão de irregularidade adotada é o quociente de irregularidade, QI, expresso em contagens/km. 4.2.2. Alinhamentos No alinhamento dos segmentos aplicados, adota-se que o externo deve ser coincidente com a trilha externa direita ou a 0,90m da borda e o interno deve ser paralelo a uma distância de 1,40m do externo. 4.2.3. Pessoal Para a execução do levantamento conforme a norma DNER ES 173/86, a equipe deve ser composta de dois topógrafos, um porta-mira e um anotador de leituras. 4.2.4. Aparelhagem Para o método nível e mira deve ser utilizado Nível Ótico com luneta de focalização interna e traços estadimétricos, com precisão de 1,5 mm/km, mira para nivelamento com 2,0 a 4,0 m de comprimento, com nível de bolhas graduado em divisões de pelo menos meio centímetro permitindo a leitura em milímetros por interpolação e Trena de aço graduada em centímetros. 4.3. Execução 4.3.1. Trilhas As trilhas de roda foram localizadas e marcadas a uma distância da borda do revestimento da pista de rolamento conforme segue: Página 18

BR 251 Largura 3,50m cada faixa Distancia da borda (Lado externo) = 0,90m Distância da borda (Lado interno) = 2,30m Obs.: Para o caso das trilhas de roda externas, já definidas pelo tráfego, considerou-se a posição da mesma. 4.3.2. Estaqueamento Realizado em sentido longitudinal sobre os alinhamentos externo e interno, com comprimento de 320,00m cada trecho com marcações a cada 0,50m em ciclos de 5,00m. 4.3.3. Nivelamento Implantada uma Referência de Nível (RN), executado com nível ótico sobre o alinhamento e leitura com precisão milimétrica. 4.3.4. Resultados Os dados levantados em campo por meio do nivelamento topográfico foram armazenados em planilha específica, onde após o devido tratamento obtivemos as diferenças de nível que foram aplicados no VAROD (Tabela 5), um sistema desenvolvido para gerar valores de IRI referentes a um determinado segmento de trecho levantado. Q I = VA SB i = k = Ν k b = i= k+ 1 b S Y Tabela 5 Rede Rodoviária Federal 8,54 6,17V A 19,38V A 1,0 2,5 + + 1 2 2 ( SΒ ) i Ν 2k i + k 2Y i + ( ks ) 2 Y i k S 0,50 0,50 b 1,00 2,50 k 2 5 VA b 2,63 0,58 Página 19

Por definição adotamos uma classificação para representar as condições do pavimento, assim dividida: (Boa) Com IRI variando de 0,00 até 3,00 (Regular) Com IRI variando de 3,00 até 4,50 (Ruim) Com IRI acima de 4,50 As Figuras 6, 7, 8, e 9 mostram a preparação da pista de calibração. Figura 6 Preparação da Pista de Calibração Figura 7 Preparação da Pista de Calibração Página 20

Figura 8 Preparação da Pista de Calibração Figura 9 Marco IBGE 4.4. Calibração dos Veículos e Equipamentos Após a conclusão dos levantamentos topográficos e de posse dos resultados obtidos no aplicativo VAROD, aferimos os equipamentos dos veículos destinados à execução dos levantamentos, por comparação entre os valores obtidos em seus sistemas e os resultados do levantamento. Com a ocorrência de três (3) passagens realizadas pelos veículos sobre cada trecho, obtivemos para cada uma delas um grupo de valores de IRI correspondente aos pontos de leitura a laser dos equipamentos instalados na parte frontal dos veículos. Os resultados obtidos nesses veículos foram armazenados em planilhas Excel para posterior comparação com outro método utilizado para obtenção dos valores de IRI no local. As Figuras 10 e 11 mostram a calibração dos veículos e equipamentos. Página 21

Figura 10 Calibração dos Veículos e Equipamentos Figura 11 Calibração dos Veículos e Equipamentos 5. Os Levantamentos dos Dados de Campo A classificação das rodovias quanto às suas condições foi feita de forma a apresentar os índices de IRI e ICS para o ano de 2013 encontrados em cada trecho da malha rodoviária, divididos nos intervalos determinados no Sistema Nacional de Viação SNV, onde estes podem ser consultados no site do DNIT (http://www.dnit.gov.br). Os índices de ICS deste ano foram analisados após o levantamento e tratamento das imagens dos vídeos. A coleta de dados foi realizada em toda a Malha Rodoviária Federal no período Agosto/12 a Agosto/13 dividido em quatro lotes de levantamentos (conforme mostrado anteriormente na Figura 1). Página 22

As Figuras 12 e 13 mostram um dos veículos utilizados para o trabalho do levantamento de campo que é equipado com os dispositivos de leitura da irregularidade longitudinal e dispositivos de registros de imagens. Figura 12 Veículo Utilizado para o Levantamentos dos Dados do IRI Figura 13 Veículo Utilizado para o Levantamentos dos Dados do IRI 6. O Estado do Ceará Situado na Região Nordeste do Brasil, o Ceará, uma das 27 das unidades federativas, tem a cidade de Fortaleza como sua capital. Com superfície de 148.825 km², limita-se ao norte e nordeste com o Oceano Atlântico, a leste com o Rio Grande do Norte e a Paraíba, ao sul com o Pernambuco e a oeste com o Piauí. A Tabela 6 a seguir apresenta os dados gerais do estado, retirados do site http://pt.wikipedia.org. Página 23

Tabela 6 Dados Gerais do Estado do Ceará REGIÃO NORDESTE PAÍSES E ESTADOS QUE FAZEM FRONTEIRA PI, RN, PA e PE MESORREGIÕES 7 MICRORREGIÕES 33 MUNICÍPIOS 184 CAPITAL FORTALEZA ÁREA 148.825,602 Km 2 POPULAÇÃO (Estimativa de 2013) 8.778.575 hab. DENSIDADE DEMOGRÁFICA 58,99 hab./km 2 PIB TOTAL (2011) R$ 87,892 Bilhões Em Fortaleza tem início a rodovia federal mais importante do Brasil, a BR-116, que liga a capital do Ceará às regiões Sudeste e Sul do país até o Rio Grande do Sul. Em Fortaleza também tem início a BR-222 que faz ligação com a região Norte indo até o Pará. A BR-020 faz a ligação de Brasília com Fortaleza. A rodovia BR-230 Transamazônica corta o estado na região sul e a BR-304 liga o Ceará ao Rio Grande do Norte. As rodovias estaduais somam um total de 11.309,4 km, sendo 5.625,1 km pavimentados e 4.705,4 não-pavimentados. A extensão total da malha rodoviária, incluindo rodovias municipais, estaduais e federais, é de 53.138,8 km. Todas as sedes dos municípios têm acesso por estradas pavimentadas. O Ceará é cercado por formações de relevo relativamente altas: chapadas e cuestas: a oeste é delimitado pela Serra da Ibiapaba; a leste, parcialmente; pela Chapada do Apodi; ao sul pela Chapada do Araripe; e ao Norte pelo Oceano Atlântico. Daí o nome de Depressão Sertaneja à área central. O estado está no domínio da caatinga, com período chuvoso restrito a cerca de quatro meses do ano e alta biodiversidade adaptada. A sazonalidade característica desse bioma se reflete em uma fauna e flora adaptadas às condições semiáridas. Consequentemente, há grande número de espécies endêmicas, sobretudo nos brejos e serras, isolados pela caatinga e refúgios da flora e fauna de matas tropicais úmidas. O clima é predominantemente semiárido, com pluviosidades que, em trechos da região dos Inhamuns, podem ser menor que 500 mm, mas também podem se aproximar de 1.000 mm em outras áreas caracterizadas pelo clima semiárido brando (presente, por exemplo, na área semiárida do Cariri e nas cidades relativamente próximas à faixa litorânea). A temperatura média é alta, com pequena amplitude anual Página 24

de aproximadamente 5 C, girando entre meados de 20 C no topo das serras a até 28 C nos sertões mais quentes. No interior, a amplitude térmica diária pode ser relativamente grande devido à menor umidade. Nas áreas serranas, onde impera o clima tropical semi-úmido e, em altitudes mais elevadas, úmido, as temperaturas são mais baixas, com média de 20 C a 25 C,74 podendo ter mínimas anuais entre 12 C e 16 C. Surgem aí vegetações de cerradão e floresta tropical, e as pluviosidades são mais altas, superando os 1.000 mm. Essas áreas contêm mananciais que banham os sopés dessas regiões, tornando-os propícios à atividade agrícola. No litoral, o clima tropical subúmido possui pluviosidades normalmente entre 1.000mm e 1.500mm. As temperaturas são bastante elevadas, com médias de 26 C a 28 C, mas a amplitude térmica é bastante pequena. No geral, as temperaturas variam, durante o dia, de mínimas de 23 C - 24 C até máximas de 30º - 31 C. É raro as temperaturas ultrapassarem os 35 C na região litorânea, ao contrário do que ocorre no Sertão cearense. 6.1. Rede Rodoviária do Estado do Ceará 6.1.1. Rede Rodoviária do CE Por Tipo de Superfície Gráfico 5 Rede Rodoviária do CE por Tipo de Superfície (Fonte: SNV 2013) Página 25

Tabela 7 Rede Rodoviária do CE Por Tipo de Superfície Superfície Porcentagem Extensão (km) Pavimentada 15,5% 8.216,80 Não Pavimentada 81,4% 43.254,70 Planejada 3,1% 1.667,30 Total 100,0% 53.138,80 6.1.2. Rede Rodoviária não Pavimentada do CE Por Jurisdição Gráfico 6 Rede Rodoviária não Pavimentada do CE por Jurisdição (Fonte: SNV 2013) Tabela 8 Rede Rodoviária não Pavimentada do CE Por Jurisdição Superfície Porcentagem Extensão (km) Federal 0,9% 377,30 Estadual 10,9% 4.705,40 Municipal 88,2% 38.172,00 Total 100,0% 43.254,70 Página 26

6.1.3. Rede Rodoviária Federal do CE Por Tipo de Superfície Gráfico 7 Rede Rodoviária Federal do CE por Tipo de Superfície (Fonte: SNV 2013) Tabela 9 Rede Rodoviária Federal do CE Por Tipo de Superfície Superfície Porcentagem Extensão (km) Pavimentada 60,4% 2.191,10 Não Pavimentada 10,4% 377,30 Planejada 29,2% 1.060,40 Total 100,0% 3.628,80 6.2. Índice de Irregularidade Internacional (IRI) Resultados do CE Representa a situação da malha segundo critérios internacionais de Irregularidade IRI (International Roughness Index), é usado para comparação com outros países e também como parâmetro de evolução das condições da malha para empréstimos internacionais BIRD / BID e outros. Os valores representativos do IRI e o conceito das condições dos pavimentos são mostrados na Tabela 10. Página 27

Tabela 10 Dados de Referência do IRI Descrição Conceito 0 < IRI 3,0 Bom 3,0 < IRI 4,5 Regular IRI > 4,5 Ruim Os dados de IRI foram agrupados de acordo com as condições do pavimento e são mostrados no Gráfico 8. Gráfico 8 Índice da Irregularidade Internacional (IRI) da Malha Pavimentada do CE Tabela 11 Condição da Malha Pavimentada do CE (IRI) Superfície Porcentagem Extensão (km) Bom 71,5% 1.610,5 Regular 17,2% 387,1 Ruim 11,3% 255,6 TOTAL 100,0% 2.253,2 Página 28

Gráfico 9 Índice da Irregularidade Internacional (IRI) da Malha Pavimentada do CE (Por BR) 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% BR-020 BR-116 BR-122 BR-222 BR-226 Bom Regular Ruim BR-020 BR-116 BR-122 BR-222 BR-226 Bom 391,3 556,5 114,7 226,1 79,5 Regular 38,2 34,9 23,3 76,4 104,7 Ruim 15,8 21,4 11,4 61,9 67,2 TOTAL (Km) 445,3 612,9 149,5 364,3 251,4 Gráfico 10 Índice da Irregularidade Internacional (IRI) da Malha Pavimentada do CE (Por BR) 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% BR-230 BR-304 BR-402 BR-403 BR-404 Bom Regular Ruim BR-230 BR-304 BR-402 BR-403 BR-404 Bom 44,2 99,9 61,2 26,0 11,0 Regular 26,3 0,3 46,4 20,6 16,0 Ruim 33,5 1,0 22,7 14,4 6,5 TOTAL (Km) 104,0 101,3 130,3 60,9 33,5 6.3. Índice de Condição da Superfície (ICS) Resultados do CE Para apresentação do levantamento e pela importância tanto do IRI como do LVC, após o devido tratamento, os mesmos são agrupados em Página 29

um índice representativo da condição geral da superfície dos pavimentos intitulados Índice de Condição da Superfície ICS. Tabela 12 Dados de Referência do ICS Índice da condição da superfície ICS = 1 e 2 Ruim ICS = 3 Regular ICS = 4 e 5 Bom Gráfico 11 Índice da Condição da Superfície (ICS) da Malha Pavimentada do CE Tabela 13 Condição da Malha Pavimentada do CE (ICS) Superfície Porcentagem Extensão (km) Bom 54,9% 1.237,6 Regular 22,8% 513,7 Ruim 22,3% 502,0 TOTAL 100,0% 2.253,2 Página 30

Gráfico 12 Índice de Condição da Superfície (ICS) da Malha Pavimentada do CE (Por BR) 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% BR-020 BR-116 BR-122 BR-222 BR-226 Bom Regular Ruim BR-020 BR-116 BR-122 BR-222 BR-226 Bom 327,9 424,1 91,0 149,1 58,6 Regular 70,7 113,6 25,1 65,0 107,8 Ruim 46,8 75,2 33,4 150,2 84,9 TOTAL (Km) 445,3 612,9 149,5 364,3 251,4 Gráfico 13 Índice de Condição da Superfície (ICS) da Malha Pavimentada do CE (Por BR) 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0% BR-230 BR-304 BR-402 BR-403 BR-404 Bom Regular Ruim BR-230 BR-304 BR-402 BR-403 BR-404 Bom 41,2 99,9 23,8 16,0 6,0 Regular 25,8 0,3 62,9 24,6 18,0 Ruim 37,0 1,0 43,6 20,4 9,5 TOTAL (Km) 104,0 101,3 130,3 60,9 33,5 Página 31

7. Conclusão O presente trabalho teve como principais objetivos os seguintes tópicos: explicar e detalhar como foram feitas as pesquisas de campo para o levantamento do Índice da Irregularidade Internacional (IRI); mostrar o novo sistema de registro por imagens acoplado ao levantamento do IRI; mostrar como as imagens coletas em campo são utilizadas na sede do DNIT para a realização do levantamento visual contínuo (LVC), o cadastro de sinalização, dispositivos de segurança, faixa de domínio e perímetro urbano; explicar um pouco da importância do Sistema de Gerência de Pavimento (SGP) para o órgão; apresentar os resultados do Índice da Irregularidade Internacional (IRI) e do Índice de Condição da Superfície (ICS) de cada estado. Vale apenas ressaltar que os resultados do IRI e do ICS apresentados são referentes ao primeiro ciclo do contrato restando ainda mais dois ciclos a serem levantados e apresentados. Outro ponto importante a ser considerado é que esta é a primeira vez em que os levantamentos do IRI e das filmagens do pavimento foram realizados ao mesmo tempo, ou seja, integrados. Com este novo processo é possível obter uma melhor relação de confiabilidade entre os resultados. Nos levantamentos anteriores eram feitos separadamente. Por fim, a próxima etapa deste trabalho será a realização dos levantamentos em campo do segundo ciclo e a finalização da integralização dos dados obtidos com o SGP. Página 32