Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. IV Seminário Internacional Sociedade Inclusiva



Documentos relacionados
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. III Seminário Internacional Sociedade Inclusiva. Ações Inclusivas de Sucesso

TECNOLOGIA ASSISTIVA DE BAIXO CUSTO: ADAPTAÇÃO DE UM TRICICLO E SUA POSSIBILIDADE TERAPÊUTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

ACESSIBILIDADE E DIREITOS DOS CIDADÃOS: BREVE DISCUSSÃO

Educação Acessível para Todos

L A B O R A T Ó R I O A D A P T S E Escola de Arquitetura da UFMG. ROTEIRO DE INSPEÇÃO DA ACESSIBILIDADE Guia Acessível BH / RIZOMA CONSULTING14

Data: fevereiro/2012 AULA 4 - CÁLCULO DE ESCADAS

NOTA TÉCNICA 25/2015 REQUISITOS LEGAIS UNIDADE 1. Roberta Muriel

Programa Educativo Individual

TERAPIA OCUPACIONAL CONSTRUINDO POSSIBILIDADES PARA DIVERSÃO E SOCIALIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA EM PARQUES INFANTIS

ACESSIBILIDADE PÚBLICA. Uma estratégia para Transporte Público

INCLUSÃO SOCIAL NOS TRANSPORTES PÚBLICOS DA UE

SISTEMA DE ELEVAÇÃO AUTOMÁTICO DE UM VEÍCULO TIPO CADEIRA DE RODAS. Sergio Yoshinobu Araki Francisco José Grandinetti

Portadores de necessidades especiais: trabalhando com saúde. Lailah Vasconcelos de Oliveira Vilela

Ambientes acessíveis

Palavras chave: Formação de Professores, Tecnologias Assistivas, Deficiência.

POLÍTICAS INSTITUCIONAIS DE ACESSIBILIDADE. - Não seja portador de Preconceito -

Projeto de Lei n.º 1.291/2009 pág. 1 PROJETO DE LEI Nº 1.291/2009 SÚMULA: ESTABELECE NORMAS E CRITÉRIOS DE ADEQUAÇÃO PARA ACESSIBILIDADE ÀS PESSOAS

ADAPTAÇÃO DE MATERIAIS MANIPULATIVOS COMO ALTERNATIVA METODOLÓGICA NO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO REGULAR

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR PARECER TÉCNICO Nº CAT

ACESSIBILIDADE DOS VEÍCULOS DE TRANSPORTE PÚBLICO URBANO POR ÔNIBUS

QUESTIONÁRIO SOBRE ESTRUTURA DA UBS 1. Denise Silveira, Fernando Siqueira, Elaine Tomasi, Anaclaudia Gastal Fassa, Luiz Augusto Facchini

Viva Acessibilidade!

DELIBERAÇÃO CIB-SUS/MG Nº 593, DE 21 DE OUTUBRO DE 2009.

Lei , de 9 de dezembro de 1994

Normas e Leis para Ocupação de Auditórios e Locais de Reunião. LEI Nº , DE 25 DE JUNHO DE 1992 (São Paulo/SP)

Tarcia Paulino da Silva Universidade Estadual da Paraíba Roseane Albuquerque Ribeiro Universidade Estadual da Paraíba

ACESSIBILIDADES. boas práticas Boas práticas para auxiliar pessoas com necessidades especiais. 1. Deficiência visual

RELATOS DE EXPERIÊNCIA DE INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE PARACATU MG

Perfil comunicativo de crianças de 2 a 24 meses atendidas na atenção primária à saúde

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO - IX GRUPO DE ESTUDO DE OPERAÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - GOP

NORMA BRASILEIRA. Accessibility in highway transportation

ORIENTAÇÕES PARA A APLICAÇÃO DAS NOVAS MEDIDAS EDUCATIVAS DO REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA Nº 08/2010

Vivo Soluciona TI Manual de Autoinstalação

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COMITÊ DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE ORIENTAÇÕES PARA DOCENTES DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL

NORMA TÉCNICA N. O 004/2008

BPC NA ESCOLA: FREQUÊNCIA ESCOLAR POR CRIANÇAS E JOVENS BENEFICÁRIOS DO PROGRAMA EM PRESIDENTE PRUDENTE/SP

DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA

Sessão 4: Avaliação na perspectiva de diferentes tipos de organizações do setor sem fins lucrativos

Deus. Dr. Milton Bigucci. SECOVI e ACIGABC. Sr. João Alberto. Família. Noiva. Amigos. Equipe do escritório. A todos aqui presentes.

NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE:

NOME: Nº. ASSUNTO: Recuperação Final - 1a.lista de exercícios VALOR: 13,0 NOTA:

RESOLUÇÃO N 008/2015. A Diretora Geral da Faculdade Unilagos, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Legislação em vigor, RESOLVE

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

REGIMENTO INTERNO DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE

Computação Móvel para Contribuir à Educação e Sustentabilidade ESTUDO DE CASO

Anti-Slippery Mouraria. Relatório

ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA VISÃO HISTÓRICA

Adriana Oliveira Bernardes 1, Adriana Ferreira de Souza 2

Implantação de Núcleos de Ação Educativa em Museus 1/72

Fina Flor Cosméticos obtém grande melhoria nos processos e informações com suporte SAP Business One

CAPACITAÇÃO E EMPREGABILIDADE PARA DEFICIENTES VISUAIS

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

Título do trabalho: Acessibilidade do espaço físico da Biblioteca Dante Moreira Leite

REFLEXÕES INICIAIS DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA INCLUIR OS DEFICIENTES AUDITIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

I SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

O Index 1 como material de referência para a reflexão

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel

. CARTA DE JOINVILLE/SC SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SUAS E AS DIRETRIZES NORTEADORAS AO TERAPEUTA OCUPACIONAL

Considerações sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

Cotagem de elementos

Como vender a Gestão por Processos em sua organização?

Projecto Praia Sem Barreiras

FUMSOFT SOCIEDADE MINEIRA DE SOFTWARE

RESULTADOS RELATIVOS A GRÂNDOLA INDICADORES DO «CIDADES» (N = 306)

FACULDADE INTEGRADA DAS CATARATAS - FIC ESTÁGIO CURRICULAR NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Fonte: Universidade Federal do Paraná. Sistema de Bibliotecas. Biblioteca Central. Departamento de Bibliotecas e Documentação

Aprimoramento através da integração

O TRABALHO POR CONTA PRÓPRIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

METODOLOGIA: O FAZER NA EDUCAÇÃO INFANTIL (PLANO E PROCESSO DE PLANEJAMENTO)

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A LEGISLAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Atualizadas pela Lei Brasileira de Inclusão da PCD (Lei 13.

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO EMENTA. Inclusão, políticas inclusivas, necessidades especiais, ABNT e acessibilidade em eventos.

RESUMOS A BIDOCÊNCIA COMO CUIDADO COM OS SUJEITOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO COLÉGIO PEDRO II

A seguir é apresentada a sistemática de cada um desses itens de forma mais completa.

Avaliação do uso de técnicas de controle de qualidade no processo de abate de frangos no Instituto Federal de Minas Gerais, campus Bambuí

???? AUDITORIA OPERACIONAL. Aula 5 Auditoria Operacional: aspectos práticos OBJETIVOS DESTA AULA RELEMBRANDO... AUDITORIA OPERACIONAL?

Ofício de acessibilidade Rock in Rio

Projeto em Capacitação ao Atendimento de Educação Especial

Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia

A INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR: CONTRIBUIÇÕES DE LEV VIGOTSKI E A IMPLEMENTAÇÃO DO SUPORTE PEDAGÓGICO NO IM-UFRRJ

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA SOLICITAÇÃO DE SERVIÇOS E RECURSOS DE ACESSIBILIDADE POR CANDIDATOS COM DEFICIÊNCIA E OUTRAS CONDIÇÕES ESPECIAIS COMPERVE

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS VARIÁVEIS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. IV Seminário Internacional Sociedade Inclusiva

ENG 2332 CONSTRUÇÃO CIVIL I

A INCLUSÃO DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS EDUCATIVAS NAS SÉRIES INICIAIS SOB A VISÃO DO PROFESSOR.

Tópicos em Otimização Fundamentos de Modelagem de Sistemas

CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA PROFESSORES E OUTROS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO EM BELO HORIZONTE JANEIRO DE 2013

Ajustes no questionário de trabalho da PNAD Contínua

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Anais. IV Seminário Internacional Sociedade Inclusiva

Índice de Aferição de Acessibilidade Física

2 Sistema de Lajes com Forma de Aço Incorporado

Objeto: seleção de empresa com vistas a Elaboração de Projeto Executivo de Engenharia para

Todos nossos cursos são preparados por mestres e profissionais reconhecidos no mercado, com larga e comprovada experiência em suas áreas de atuação.

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO / NOTURNO PROGRAMA DE DISCIPLINA

ATO CONVOCATÓRIO OBJETO: Credenciamento de Examinadores

Considerando que é dever do Estado prover a concorrência justa no País, resolve baixar as seguintes disposições:

Transcrição:

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Anais IV Seminário Internacional Sociedade Inclusiva Propostas e ações inclusivas: impasses e avanços Belo Horizonte 17 a 20 de outubro de 2006 Sessões de Pôsteres Realização: Pró-reitoria de Extensão SOCIEDADE INCLUSIVA PUC MINAS

1 ANÁLISE DE ACESSIBILIDADE AOS BRINQUEDOS DO PARQUE MUNICIPAL Hayla Luciana Silva Acadêmica do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Cláudia Guimarães Rugani Acadêmica do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Márcia Bastos Rezende Docente Doutora do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Renata Carvalho Martins Lage Terapeuta Ocupacional. Rua Atlético, 1030, Bairro Novo Alvorada, Sabará MG. CEP 34650-260 3485-2542 / 9163-1001 hayladasilva@yahoo.com.br

2 INTRODUÇÃO Brincar é a principal atividade da criança. Através da brincadeira, o processo de autoconhecimento e desenvolvimento global da criança tem início. Em uma sociedade inclusiva, idealmente, qualquer criança teria acesso a todos os tipos de brinquedos, sem restrições sociais, financeiras ou físicas. A NBR (Norma Brasileira de Regulamentação) 14.350 tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos de segurança de brinquedos de instalação permanente ao ar livre, bem como estabelecer diretrizes para elaboração de contrato de aquisição/fornecimento de equipamentos de playground. A NBR 9.050 estabelece condições para a acessibilidade de todos os indivíduos a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Se essas normas fossem seguidas, a idealização de uma sociedade inclusiva não seria uma utopia tão grande. OBJETIVO O presente trabalho tem como objetivo analisar a segurança e a acessibilidade aos brinquedos estáticos do playground do Parque Municipal. METODOLOGIA Para a produção deste trabalho, realizou-se uma leitura e análise crítica das NBRs 9.050 e 14.350, bem como uma inspeção do playground público (brinquedos estáticos) e das entradas do Parque Municipal, nos dias 29 e 30/11/2005. Foram analisados os três brinquedos disponíveis. RESULTADOS E DISCUSSÃO A NBR 14.350 estabelece inúmeras normas para que as crianças tenham segurança ao explorarem brinquedos. Após observação e análise dos brinquedos do

3 Parque Municipal, verificou-se que algumas dessas normas não são atendidas, como, por exemplo, a prevenção de corrosões e a ausência de trincas nos brinquedos; a presença de pisos resistentes à derrapagem nas escadas dos brinquedos e a marcação nestes, de modo permanente e durável e, em lugar visível, da faixa etária e necessidade ou não de acompanhantes. A observação permitiu verificar, também, algumas das normas da NBR 14.350 a que os brinquedos do Parque Municipal atendem. Citam-se: as superfícies destinadas a entrar em contato com os pés das crianças devem ser horizontais e uniformes e os degraus da escada devem ser espaçados por igual. Algumas dessas normas são atendidas parcialmente ou apenas por um ou dois dos brinquedos do Parque Municipal, como, por exemplo, a altura máxima do brinquedo para desenvolver agilidade, que deve ser de 2,5 metros. A NBR 14.350 recomenda, ainda, se possível, o acesso do deficiente aos brinquedos. Pelo fato de os brinquedos estáticos do Parque Municipal serem destinados ao desenvolvimento de agilidade, não é possível que deficientes visuais, cadeirantes e crianças com mobilidade reduzida os explorem, mas apenas os deficientes auditivos poderão fazê-lo. A NBR 9.050 determina quais aspectos as edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos devem conter para que sejam acessíveis aos deficientes. As principais entradas do Parque Municipal foram analisadas, bem como o percurso até os brinquedos. Verificou-se que existe apenas um caminho acessível para se chegar ao playground e não há nenhum tipo de sinalização para deficientes. A problemática da não-acessibilidade aos brinquedos do Parque Municipal, tanto para crianças com deficiência quanto para crianças sem deficiência, poderia ser resolvida na prática com a aplicação das normas das NBRs 9.050 e 14.350. A construção de brinquedos estáticos, que não sejam destinados ao desenvolvimento de agilidades, e que sejam mantidos sempre em bom estado de conservação, possibilitará o acesso de todas as crianças aos brinquedos. Brinquedos adaptados poderiam ser construídos para todos os tipos de deficiência. Por exemplo, para crianças que não conseguem ficar sentadas, uma prancha horizontal com um cinto que as prendesse poderia funcionar como um balanço, ou ainda um carrossel.

4 Mas a resolução desta problemática vai muito além das questões práticas. A posição do deficiente na sociedade já melhorou muito, mas ainda se vive em um mundo excludente. É ignorado que crianças com necessidades especiais também precisam e querem brincar, e não só dentro de casa, na rua também. A consciência social é a maior barreira para a concretização: a) de uma sociedade inclusiva, com estrutura para atender a toda a diversidade humana; b) dos direitos dessas crianças de exercerem, sem restrições, um de seus grandes papéis sociais: o de brincante. CONCLUSÃO Os equipamentos observados, apesar de atenderem a vários itens da norma, não se mostram seguros para ser explorados pelas crianças. Os deficientes auditivos não são privados de brincarem nestes brinquedos. No entanto, deficientes visuais, cadeirantes e crianças com mobilidade reduzida se vêem privados de tal direito. Contribui para isto, além da falta de segurança e acessibilidade, o fato de a maioria dos equipamentos presentes serem feitos para desenvolver agilidade, restringindo o público-alvo do playground. A resolução do problema da nãoacessibilidade, contudo, vai muito além das questões práticas. A consciência social é, ainda, o maior empecilho para a efetivação de uma sociedade inclusiva. Figuras 1 e 2: Exemplos de brinquedos acessíveis Fonte: as autoras.

5 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. Coletânea de normas de segurança de brinquedos de playground: Norma Brasileira 14350. Rio de janeiro: ABNT, 1999.. Norma Brasileira 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2 ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2004 KUDO, Aide M. Fisioterapia, fonoaudiologia terapia ocupacional em pediatria. 2 ed. São Paulo: Sarvier, 1997. Expansão: Laboratório de tecnologia terapêutica. Disponível em: <http://www.expansão.com> Acesso em 01/09/2006.