Lisbon Street Shopping. A afirmação do Comércio de Rua em Lisboa



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Transcrição:

Lisbon Street Shopping A afirmação do Comércio de Rua em Lisboa 2016

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Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Prefácio Se é bem verdade que Lisboa está na moda, também é verdade que o comércio de rua é uma tendência que veio para ficar. Devemo-lo não só ao crescente número de turistas que gostam de visitar e fazer compras na nossa cidade, mas também aos consumidores portugueses que, continuando a reconhecer a qualidade e conveniência dos centros comerciais, valorizam também a experiência de comprar em lojas de rua e descobrir conceitos novos, ao mesmo tempo que vivem e apreciam a sua cidade, cada vez mais moderna e cosmopolita. Devemo-lo também à alteração da lei do arrendamento ocorrida em 2012 e que pôs este mercado a funcionar, ao permitir que edifícios em mau estado de conservação fossem transacionados e alvo de reabilitação, surgindo lojas que satisfazem a procura e os requisitos de marcas que querem entrar ou expandir no mercado de retalho nacional. Basta passear por Lisboa para descobrir as diferenças em relação a alguns anos atrás. Novas marcas, novos conceitos, lojas renovadas, restaurantes e muitas esplanadas são a face mais visível de uma cidade em transformação. E não são apenas as marcas internacionais que escolhem as ruas de Lisboa para abrir lojas, são também vários os exemplos de empreendedorismo português que, um pouco por toda a cidade primam pelo desenvolvimento de conceitos inovadores, bem posicionados, com um design atrativo, um marketing diferenciador e que muitas vezes vendem criação nacional, divulgando e exportando o que de melhor se faz por cá. É também muito interessante notar que cada segmento encontrou o seu lugar e o seu target ao ponto de termos, hoje em dia e cada vez mais, zonas comerciais consolidadas e bem demarcadas no mapa da cidade. O luxo, por exemplo, encontrou a sua morada de eleição na Avenida da Liberdade, onde a presença de reconhecidas cadeias internacionais é cada vez maior, motivada em parte pela crescente procura por estrangeiros de origem brasileira, chinesa, russa e angolana. Quase que como extensão da Avenida da Liberdade, surge a Rua Castilho, onde predominam as marcas premium, sobretudo de moda feminina. O sucesso desta zona é fruto da união dos principais lojistas agrupados no conceito Castilho Fashion Street, que promove o comércio através de diversas iniciativas. O Chiado é a zona mais trendy, fashion e cosmopolita da capital, onde convivem a tradição e a modernidade, as marcas nacionais e as internacionais, as lojas premium e as mass-market, os turistas e os lisboetas. A procura tem superado em muito a oferta e quem quiser ter aqui uma loja terá de pagar a renda mais elevada do mercado. Na vizinhança do Chiado, encontramos a Baixa, outrora o epicentro do comércio em Lisboa e que aos poucos ganha vida, não só devido aos inúmeros turistas que calcorreiam a Rua Augusta, o principal eixo desta zona, mas também pela afluência de um número crescente de consumidores portugueses. Quanto mais não seja porque os restaurantes e esplanadas do renovado Terreiro do Paço são agora um excelente ponto de atração. O Príncipe Real representa hoje a inovação e diferença no que diz respeito à oferta de espaços e conceitos comerciais. Os Palacetes Embaixada e Entre Tanto, locais onde a originalidade e empreendedorismo se conjugam num espaço surpreendente, vieram consolidar ainda mais o Príncipe Real como um destino de compras com um charme único na cidade de Lisboa. Não posso acabar este tour sem fazer menção à mais surpreendente zona que vai emergindo em Lisboa. Falo do Cais do Sodré/São Paulo, para onde alguém, um dia, teve uma ideia peregrina: reabilitar com poucos recursos um bar noturno que, sem renegar o seu passado, pode ser frequentado por gente de todas as idades, a qualquer hora da noite a conhecida Pensão Amor. A revitalização desta zona ganhou nova vida com o recém inaugurado Mercado da Ribeira e ganhará novo fôlego com a inauguração da nova sede da EDP. Muito mais há a dizer sobre o comércio de rua em Lisboa, o otimismo e a dinâmica que o caracteriza. É disso que falamos nas páginas desta publicação, que convido, desde já, a ler com toda a atenção. Patrícia Araújo Head of Retail 3

Destinos de Retalho na Europa Top 10 Mercados Europeus (presença dos 250 retalhistas analisados) Mass Market Premium Luxo Os planos de expansão das grandes cadeias, que passam por uma maior internacionalização e diversificação de mercados, estão cada vez mais focados nos centros das cidades. Em simultâneo, há uma crescente pressão para o aumento da rentabilidade e da margem do negócio e há mudanças estruturais decorrentes do aumento dos canais de vendas, nomeadamente o e-commerce. Todos estes fatores têm contribuído para estratégias expansionistas cada vez mais cuidadosas, seletivas e racionais. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º Londres Paris Moscovo Milão Madrid 234 218 197 174 150 A atratividade das cidades é baseada numa complexa combinação de vários fatores: dimensão, maturidade, capacidade de recuperação e perspetivas de crescimento, familiaridade, concorrência, transparência e risco de cada mercado, são analisados ao pormenor pelos retalhistas internacionais. Apresentamos as principais conclusões do estudo Destination Europe 2015 realizado pela JLL equipa EMEA, o qual analisa a presença das 250 maiores cadeias internacionais nos principais mercados Europeus (57 cidades). 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º Roma Istambul Munique Berlim Barcelona 149 148 145 139 135 Top 3 Rendas Prime (para uma área de 200 m 2 ) 1.198 / m 2 / mês 1.500 / m 2 / mês 720 / m 2 / mês 4 Londres Oxford Street Paris Avenue des Champs Élysées Zurique Banhnhofstrasse

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Londres mantém-se a cidade mais atrativa para os retalhistas internacionais, diferenciando-se não só pela dimensão e maturidade do mercado como também pelo seu elevado grau de transparência. Moscovo e Istambul tornaram-se histórias de sucesso, nenhuma outra cidade europeia atraiu tantas novas entradas como estas duas cidades nos últimos dois anos. Lisboa encontra-se em 23.º lugar na lista das cidades com mais presença de marcas internacionais, à frente de outras capitais europeias como Dublin, Estocolmo e Budapeste. Paris, Londres e Zurique são as cidades da Europa com as rendas mais elevadas. A maturidade dos mercados tem uma grande influência nos níveis de renda praticados. Mas é a Bond Street em Londres quem lidera a tabela das rendas pagas por lojistas de bens de luxo, seguindo-se então Paris e Moscovo. Lisboa 23.º no ranking com maior presença de cadeias internacionais. A procura pelo melhor espaço nas principais localizações mantém-se forte e muito resiliente face aos ciclos económicos. Muitos retalhistas não prescindem de ter a sua flagship store em localizações emblemáticas. 5

Top 10 Maiores Retalhistas (por cobertura dos mercados analisados) H&M Zara Mango The Body Shop Benetton Lush Hugo Boss Diesel Tommy Hilfiger Timberland 100% 100% 95% 93% 91% 91% 90% 87% 87% 85% A Zara e a H&M são as marcas com presença em mais mercados na Europa. Os retalhistas americanos Michael Kors e 7 For All Mankind mostram-se com expansões mais activas, bem como os europeus Superdry, Cos, Ecco e Hugo Boss. Os E.U.A. são o maior exportador de marcas internacionais, ultrapassando a Itália que se destacava com exportações principalmente de marcas de luxo. 6 Legenda: Premium Mass Market Maiores Exportadores (de insígnias nos principais mercados europeus) 1.º E.U.A. Tommy Hilfiger Timberland Foot Locker Claires s Starbucks Reino Unido The Body Shop Lush Karen Millen Superdry Burberry 3.º 5.º 6.º Espanha Zara Mango Massimo Dutti Desigual Pull & Bear França Louis Vuitton Hermès Petit Bateau Escada Tally Weijl 4.º 2.º Itália Benetton Diesel Max Mara Geox Calzedonia Alemanha Hugo Boss Adidas New Yorker Puma Bijou Brigitte As marcas The Body Shop e Lush também integram os primeiros 10 lugares do ranking. O modelo de franchising utilizado por ambas, proporciona uma expansão mais rápida e com menos risco. Além disso, a necessidade de espaços de pequena dimensão, em conjunto com uma oferta de produtos com preços acessíveis, facilita o sucesso da sua expansão. O grupo Inditex conta atualmente com 6.390 lojas espalhadas por todo o mundo.

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Top 5 Destinos de Luxo 1.º Londres 2.º Paris 3.º Moscovo Londres lidera o ranking em termos de presença de lojas de bens de luxo, pouco acima de Paris. Moscovo, um mercado em franco crescimento encontra-se na 3ª posição, seguido por Milão, Roma e Istambul. Nas marcas de luxo, a Max Mara e a Louis Vuitton contam com o maior número de lojas nas principais cidades europeias. Lisboa 22.º cidade europeia com mais marcas de luxo. Top 10 Maiores Retalhistas de Luxo (por cobertura dos mercados analisados) Louis Vuitton Max Mara Emporio Armani Gucci Montblanc Hermès Burberry Cartier Longchamp Bulgari Ermenegildo Zegna 61% 58% 58% 56% 51% 51% 45% 43% 43% 4.º Milão 75% 75% 5.º Roma As marcas de luxo em expansão incluem a Rolex, BCBG Max Azria, bem como La Perla, Longchamp e Prada, que se mantiveram em expansão nos últimos dois anos. Os principais grupos de luxo, mantêm-se ativos na procura por oportunidades de expansão, nomeadamente os Grupos LVMH, Kering e Richmont, que procuram a loja certa na localização certa. Apesar do mercado de luxo estar a crescer gradualmente, os retalhistas tiveram de se adaptar estruturalmente, nomeadamente no mundo virtual. Isto implicou uma nova complexidade, no que respeita a novos tipos de comportamento de compra, novos mercados e novos modelos de negócio. 7

Destino Lisboa Num mundo global e altamente competitivo, cada cidade e cada região tem que se afirmar, necessariamente, pela diferença, pelo que a torna especial. É essa diferença que a torna mais atrativa, para quem tem que escolher um destino de férias, de shopping, de estudo, de trabalho, de investimento ou para qualquer outro objetivo. O comércio de uma cidade pode, e deve, ser um dos elementos distintivos e diferenciadores entre cidades. O comércio teve, sempre, ao longo da nossa história um papel muito relevante e, continua a ter um lugar de destaque na vida económica, social e cultural da cidade. Posicionar o comércio como marca diferenciadora de cidade e, simultaneamente, actividade económica geradora de emprego, exige a articulação de diferentes e complementares medidas. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) tem vindo a apoiar um conjunto muito amplo de iniciativas ao nível do comércio local, algumas dinamizadas pela própria Câmara, outras que são organizadas pelas várias Associações de Comerciantes existentes na cidade, e outras por Instituições Públicas ou Privadas. Estes apoios são muito diversificados em função do evento ou iniciativa e podem ir desde o apoio institucional do Município, à emissão em tempo útil de licenças ou autorizações para a ocupação de espaço público ou alterações no tráfego, até a divulgação e promoção nos meios que a autarquia dispõe para divulgar atividades relevantes para a cidade. A promoção internacional da cidade como destino de compras constitui um eixo estratégico da atuação do Município, considerando a particular relevância que o sector do comércio tem na nossa economia sendo da maior pertinência o apoio a projetos que tenham o potencial para atrair novos públicos e novos consumidores. Neste âmbito, gostaria de salientar alguns projetos que estamos já a desenvolver e que pensamos que serão importantes para o futuro do comércio local em Lisboa. Lisbon Shopping Destination tem como principal objetivo o posicionamento de Lisboa como um destino internacional de compras (faz a ligação do potencial turístico de Lisboa com o comércio e economia local) e a organização das zonas de comércio da cidade, através da dinamização de zonas e bairros de comércio com perfil e identidades diferenciados, complementando estas zonas com as atrações de natureza cultural, gastronómica e económica. Disponibiliza aos turistas que chegam a Lisboa, informação sobre itinerários comerciais, lojas de excelência e divulgação das diversas zonas/bairros consolidados da cidade, em várias vertentes, assim como tendências económicas/comerciais. Face aos desafios que o comércio tradicional se tem vindo a debater, importa também destacar a aposta da CML na promoção do empreendedorismo ao nível do sector do comércio através da abertura da Startup Lisboa Commerce incubadora de empresas na área do comércio, turismo e serviços, apoio ao desenvolvimento de novas ideias e tendências - tem alojadas cerca de 30 startups (com mais de 80 postos de trabalho criados), é um projeto em crescimento, com uma rede de parcerias e apoios para o acompanhamento e desenvolvimento de novos projetos, com vista a minimizar os riscos e a otimizar as condições de sucesso. Outro projeto de apoio direto ao pequeno comércio é o Lisboa Empreende parceria com a CASES, entidade que gere o Programa Nacional de Microcrédito, cujo objetivo é dinamizar a economia da Cidade apoiando as pessoas a criar os seus negócios. Promove o acesso a técnicos especializados, que acompanham o projeto durante todo o processo de criação de negócio (ideia, plano negócios, financiamento e implementação), e a uma rede de parceiros que facilitam todo este processo. Poderá ainda beneficiar de apoios ou isenções de taxas no primeiro ano de atividade. A promoção internacional da cidade como destino de compras constitui um eixo estratégico da atuação do Município. 8

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências É também nosso objetivo a reabilitação urbana de espaços e equipamentos comerciais e industriais, abandonados/devolutos permitindo a sua utilização para atividades económicas (ex: Mercado da Ribeira, Mercado Campo Ourique, Mercado Forno Tijolo, Hospital do Desterro). O comércio da cidade de Lisboa está já a posicionar-se como um comércio de grande qualidade e diversidade em várias vertentes (esta imagem de marca de qualidade e diversidade está a crescer internacionalmente), nomeadamente, no nicho de luxo, nos produtos gastronómicos gourmet, no vinho da região Lisboa, em produtos de design, produtos de manufatura com a utilização de materiais diferentes, como é o caso da malha de cortiça para vestuário, sabonetes, etc. É preciso encorajar e apelar á criatividade e ao empreendedorismo dos promotores, e, no atual contexto económico ter presente o mercado global. Temos bons exemplos de boas ideias que geraram negócios com grande potencial de internacionalização. As dinâmicas que podemos observar na cidade de Lisboa permitem-nos ser bastante otimistas quanto ao futuro do comércio local, porque nos demonstram como os nossos empresários estão a ser capazes de enfrentar os desafios atuais. Vereadora Graça Fonseca Câmara Municipal de Lisboa O comércio de Lisboa está, portanto, a diversificar-se, a incorporar inovação e design, a entrar em novas áreas de negócio, a especializar-se. 9

Turismo Portugal está definitivamente na moda e Lisboa na mira do turismo mundial. História, tradição, modernidade, beleza, praia, clima, gastronomia, simpatia, formam um destino único na Europa e a preços muito acessíveis. Em 2015, Portugal conquista 29 prémios nos World Travel Award. Portugal foi considerado o melhor destino do mundo para viajar pela Condé Nast Traveller, sendo Lisboa eleita como o melhor destino da Europa para City Break, pela Word Travel Awards e pela Amadeus & WTM Travel Experience Awards. Subiu ainda à 9ª posição do ranking de melhor destino para congressos elaborado pela ICCA (International Congress & Convention Association). Também o Porto foi distinguido pela Lonely Planet como o melhor dos 10 destinos de férias de eleição na Europa. Dormidas (Cidade de Lisboa 2014) 8,4 milhões 2014 vs. 2013 16% 80% são estrangeiros, representando um crescimento de 16%. Fonte: INE Origem das Dormidas (estrangeiros) A quota de turistas angolanos, russos e chineses ainda é bastante reduzida, no entanto, a previsão de crescimento exponencial da classe média nestes países terá, com certeza, impacto no turismo nacional. 5,8% E.U.A. 8,8% Alemanha 11,9% Espanha 12,0% França 1,8% China 2,5% Rússia Clima 21ºC temperatura média Lisboa é considerada a 6ª cidade do mundo com melhor clima pelo site americano Weatherwise.org, tornando-a das cidades mais confortáveis do mundo. 11,5% Brasil 3,5% Angola Nota: Não estão referidas todas as nacionalidades dos turistas que visitam Lisboa. N.º de Passageiros 18 milhões 501 mil 2014 vs. 2013 13,3% 2014 vs. 2013 10,4% Taxa de Ocupação (Grande Lisboa) 72,8% 2014 vs. 2013 8,8% ADR (Average Daily Rate Grande Lisboa) 78,3 2014 vs. 2013 4,9% 10 122 destinos diretos a partir do Aeroporto de Lisboa, mais 16 dos que em 2013. Lisboa-Bogotá-Panamá é uma das novas rotas. Os passageiros de cruzeiros que escalam em Lisboa, colocam a capital Portuguesa no top 10 de destinos a visitar. Em 2016 Lisboa será a 10 cidade europeia com a taxa de ocupação mais elevada. Fonte: ANA sobre o aeroporto de Lisboa; Porto de Lisboa Fonte: Estudo Room to Grow publicado pela PwC em 2015 17ª posição: Desceu uma posição no top 20 de cidades europeias com ADR mais elevada, mantendo-se uma das cidades com preços mais competitivos.

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Dos centros históricos de Lisboa e Porto, às praias Algarvias, Portugal apresenta um grande potencial de crescimento turístico, que se reflete também no comércio, o qual tem chamado a atenção de muitas marcas internacionais. Visitantes de países emergentes como China, Rússia, Brasil e Angola, cujo número de turistas tem crescido muito nos últimos anos, vêem Lisboa como um destino para fazer compras, não só pela falta de variedade que por vezes sentem nos seus países, como também pela vantagem dos preços praticados em Portugal serem, geralmente, mais baixos. Podemos afirmar que Portugal se posiciona cada vez mais como destino turístico, tendo um grande potencial de crescimento a este nível. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), em 2015 o turismo em Portugal está a crescer três vezes mais que no resto do mundo com chegadas internacionais, assumindo-se como um dos principais potenciadores da economia. Zonas mais Visitadas (Grande Lisboa 2014) Principais Atividades Turísticas (Grande Lisboa 2014) Belém Baixa Parque das Nações Terreiro do Paço Av. da Liberdade Museus e Monumentos 80,4% 71,1% Compras 76,5% 60,6% Sair para jantar 71,7% 50,7% Exposições 71,1% 34,2% Vida noturna 70,6% 30,9% Fonte: Survey to Tourists Activities and Information 2014 Sabia que...? Em 2015 o Turismo em Portugal cresce três vezes mais que o resto do mundo. (OMT) 11

Comércio de Rua em Lisboa Apesar dos centros comerciais continuarem a ser o principal destino dos consumidores portugueses, o interesse pelo comércio de rua veio para ficar. Aproveitando o crescimento do número de turistas e a mudança dos hábitos de consumo dos portugueses, a rua assume-se cada vez mais como uma localização estratégica e um canal de expansão para os operadores nacionais e internacionais. O padrão de consumo está de facto a mudar. A proximidade e a experiência, são fatores cada vez mais valorizados por consumidores que necessitam de poupar tempo e dinheiro e ao mesmo tempo estão cada vez mais informados por via do aumento dos canais de venda, no qual se destaca o e-commerce. A experiência e a capacidade de surpreender, assumem assim o papel principal no processo de fazer compras, e o comércio de rua, como elemento fulcral e dinamizador da vida de uma cidade, ganha vantagem. Os principais destinos comerciais de Lisboa concentram-se no centro histórico e diferenciam-se na oferta de produtos e marcas dirigidas a diferentes perfis de consumidor: na Avenida da Liberdade encontram-se as principais marcas de luxo; a Rua Castilho assume-se como um prolongamento da grande avenida, concorrendo com uma oferta igualmente prestigiada, mas menos luxuosa; o Chiado é tudo, é cool e tradicional, é para turistas e lisboetas, é para as massas, mas também para os mais endinheirados ; para a Baixa a palavra de ordem é turismo, muito turismo e com isso mass market/tradicional/souvenirs; e por fim o Príncipe Real, cuja oferta é totalmente diferente, única e alternativa. A prestigiada revista britânica Monocle veio a Lisboa fazer as suas compras de Natal, revelando ao mundo inteiro o seu roteiro pelas zonas comerciais da cidade, na edição de Dezembro de 2013. 12

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Top Nacionalidades (vendas a estrangeiros em Lisboa Premier Tax Free - Jan Set 2015) China Angola Brasil Moçambique 3% 17,7% 30,4% 27,2% O turismo tem tido um papel fundamental na dinamização do comércio de rua de Lisboa. Os Chineses nas vendas tax free, registam uma quota de quase 30%. A lei está finalmente a ajudar Apesar da procura imensa, com grandes operadores internacionais cheios de vontade de ter um espaço na capital portuguesa, a lei das rendas refreava os ânimos e a falta de espaços foi até agora o maior entrave à expansão do comércio de rua. Mas, entre as diversas reformas exigidas pela Troika, a Lei do Arrendamento Urbano foi revista no final de 2012 e os resultados estão à vista: no pior cenário, em 8 anos (5+3) as rendas ficam livres de condicionalismos e passam a vigorar os valores de mercado. Esta mudança, associada a uma maior facilidade de despejar inquilinos que não cumprem os seus compromissos, já começa a dar resultados. Vários negócios, que sobreviviam apenas por terem rendas muito baixas, começam agora a dar lugar aos mais inovadores. Em 2013 a Avenida da Liberdade bateu o recorde em termos de aberturas, com 11 lojas inauguradas. 13

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Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Av. da Liberdade A Avenida é sinónimo de luxo, prestígio, elegância e exclusividade. Construída ao estilo dos Champs Élysées, a Avenida da Liberdade é o eixo central da principal zona de escritórios de Lisboa e dos principais hotéis de 5 estrelas da cidade. No comércio, é a morada das principais marcas de luxo em Portugal, cuja presença direta é cada vez maior. Antes da entrada da moeda única, em 2002, os artigos de luxo eram vendidos essencialmente em lojas multi-marca, como a Loja das Meias, a Stivali ou a Rosa & Teixeira. Atualmente 63% do comércio de luxo tem loja própria na Avenida, das quais são exemplo a Louis Vuitton, Max Mara, Cartier ou Prada. Contabilizámos 32.100 m 2 de área comercial ocupada ao longo da avenida. A moda e acessórios é o setor dominante, mas as joalharias e relojoarias têm também um peso significativo. Num total de 15 lojas e cerca de 4.000 m², os joalheiros tradicionais portugueses como a Torres Joalheiros, Boutique dos Relógios ou a David Rosas, misturam-se com cadeias internacionais, como a Officine Panerai e a Montblanc. Área Ocupada* 7% Novos conceitos/ lojas únicas 9% Comércio tradicional 32.100 m 2 84% Cadeias nacionais e internacionais * Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial. Setores Moda e acessórios A Avenida da Liberdade é hoje em Lisboa um ex-libris relativamente à história da cidade e do seu comércio. Atualmente, quem quiser estar próximo do turismo sempre crescente na cidade e tenha uma proposta vencedora junto deste target tem de estar presente nesta avenida. Abrimos a nossa primeira loja em 1988 na Avenida, e tem sido sempre um sucesso crescente a nossa atividade comercial neste local da cidade. Ronald Brodheim Grupo Brodheim Timberland, Tod s, Guess, Furla, Burberry, Betrend Restauração Joalharia e relojoaria 21% 13% 60% 15

Consumidores Target Lojistas Origem 23% Nacional Espaços Luxo 64% Internacional Renda Prime 14% Multi-marcas Ticket Médio (estrangeiros) Segmento (moda e acessórios) 1.200 Premier Tax Free (Jan Set 2015) 2015 vs. 2014 16,8% 57% Luxo 31% Premium Disponibilidade 12% Mass Market Os restaurantes presentes na Avenida e sua envolvente dirigem-se aos executivos que ali trabalham e aos turistas que se instalam nos diversos hotéis existentes. Restaurantes como Brasserie Flo, Gambrinus, Sushi Avenida, Guilty ou Avenue, juntamente com o Honorato ou a Pizzaria Luzzo, vão dos ambientes mais requintados aos mais modernos e descontraídos. O turismo é uma importante alavanca para o comércio de rua em geral e para o mercado de bens de luxo em particular, cuja procura é feita essencialmente por estrangeiros de origem brasileira, chinesa, russa e angolana. A procura de grandes marcas internacionais tem crescido nos últimos anos e a lista de espera tem aumentado. As alterações ao NRAU (Nova Lei do Arrendamento Urbano) que entraram em vigor no final de 2012, vêm abrir uma janela de oportunidades do lado da oferta, mas claramente insuficiente para fazer face aos inúmeros pedidos que têm surgido. Sabia que...? A Avenida da Liberdade tem cerca de 1.000 metros de comprimento e é servida pelo metropolitano em 3 pontos. (área: 100 m 2 ) 90 / m 2 / mês Alta 10.400m 2 Os estrangeiros são quem mais compra os artigos de luxo vendidos nas lojas desta avenida. Principais aberturas 1990 1997 1999 2000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Escada Timberland Emporio Armani Adolfo Dominguez Purificación Garcia Carolina Herrera Philosophie David Rosas Maison Hard Rock Café Louis Vuitton Gant Hugo Boss Fashion Clinic Longchamp Maria João Bahia Burberry Vilebrequin Tru Trussardi Becode Tod s Loewe 16

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Mapa da Av. Liberdade 1 Luis Onofre 2 Gonçalo Pinheiro 3 Tru Trussardi 4 Marina Rinaldi 5 Juliana Herc 6 Tumi 7 Max Mara 8 Torres Joalheiros 9 Fendi Casa Collection 10 Cartier 11 Bvlgari 12 Versace 13 Porsche Design 14 Fly London 15 Vilebrequin 16 Emporio Armani 17 Prada 18 Rosa & Teixeira 19 Burberry 20 Furla 21 Timberland 22 Tod s 23 Guess 24 Boutique dos Relógios Plus 25 Fashion Clinic 26 Longchamp 27 Louis Vuitton 28 Escada 29 Loewe 30 Ermenegildo Zegna 31 Hugo Boss 32 Aristocrazy Joyas 33 Hackett 34 Hugo Boss 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 Boutique dos Relógios Plus Dara Jewels Gilles Fine Jewellery Montblanc Pronovias Tivoli Fórum: Adolfo Dominguez Gucci Fashion Clinic Maison B Code Machado Joalheiros Rimowa Baby Liberdade Carolina Herrera Purificación Garcia A. Lange & Söhne André Ópticas Mango Massimo Dutti Michael Kors Maria João Bahia Miu Miu Tony Miranda Zadig & Voltaire Lacoste Stivali Gant Penhalta Elisabetta Franchi David Rosas Officine Panerai COS Rosa Clará 63 Visionlab 64 Mango Marquês de Pombal Abre brevemente 1 2 3 4 R. Alexandre Herculano R. Rosa Araújo 5 6 10 11 7 8 9 R. Barata Salgueiro R. Alexandre Herculano 12 13 14 15 16 17 19 18 20 22 21 29 30 31 32 23 24 25 26 27 28 40 41 42 43 44 45 46 47 48 33 49 3436 52 50 35 37 51 53 38 39 54 55 56 57 59 60 58 61 62 63 R. do Salitre Avenida da Liberdade Prç. da Alegria R. das Pretas Restauradores 64 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Prada André Ópticas Fly London Dara Jewels Foreva Pronovias Baby Liberdade Fashion Clinic (man) Stivali Porche Design Zadig & Voltaire Gilles Joalheiros Gucci Miu Miu Boutique dos Relógios Plus Boutique Officine Panerai Elisabetta Franchi Aristocrazy Joyas Torres Joalheiros Max Mara Cartier Michael Kors A. Lange & Söhne Rimowa Marina Rinaldi Penhalta Noivas Luis Onofre Juliana Herc Ermenegildo Zegna Guess Hugo Boss Boutique dos Relogios Plus Hackett COS Fendi Casa Collection Guess Boutique dos Relogios Plus Tumi Gonçalo Pinheiro Mango Bvlgari Versace 17

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Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Rua Castilho A Rua Castilho, moderna, cosmopolita e feminina, prolonga a elegância da sua vizinha Avenida a um segmento principalmente premium. Também localizada no Prime CBD de escritórios e morada dos hotéis de 5 estrelas Ritz Four Seasons e Tiara Park Atlantic, é muito frequentada por executivos e estrangeiros que procuram as lojas de prestígio Loja das Meias, La Perla, Wicket Jones ou Stivali entre muitas outras. No entanto, tem perdido algumas marcas de prestígio presentes nesta zona há algum tempo, existindo atualmente alguns espaços disponíveis. A rua é extensa, mas o comércio concentra-se essencialmente entre a Rua Joaquim António Aguiar e a Rua Rosa Araújo, onde registámos cerca de 4.700 m 2 de área comercial ocupada. Aqui as lojas pertencem maioritariamente a cadeias nacionais e internacionais (57%) e ao setor de moda e acessórios (58%). Área Ocupada* 21% Novos conceitos/ lojas únicas 22% Comércio tradicional 4.700 m 2 * Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial. 57% Cadeias nacionais e internacionais Setores A Rua Castilho é uma artéria importantíssima no comércio em Lisboa, reúne várias marcas de moda e lifestyle de renome nacional e internacional e impõe-se em Lisboa como sendo a fashion street. Além de apresentar uma dinâmica comercial fortíssima oferece estacionamento e outros serviços interessantes, o que tem atraído muitos clientes nacionais e estrangeiros, e reflectindo-se no aumento de vendas e na notoriedade desta área comercial. Manuela Saldanha Loja das Meias Moda e acessórios Saúde e beleza Restauração 13% 12% 58% 19

Consumidores Target Lojistas Origem 48% Nacional Espaços 36% Internacional Renda Prime (área: 100 m 2 ) Premium 16% Multi-marcas 35 / m 2 / mês Ticket Médio (estrangeiros) Segmento (moda e acessórios) 19% Luxo 63% Premium Disponibilidade Média 651 Premier Tax Free (Jan Set 2015) 2015 vs. 2014 4,5% 750m 2 19% Mass Market O dinamismo ganho nos últimos anos deve-se também à união dos principais lojistas aqui presentes no conceito Castilho Fashion Street. Esta organização, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação do Comércio e Serviços, procura promover o comércio através da realização de diversas iniciativas: Castilho Golden Xmas, Pink Day ou a adesão ao Vogue Fashion Night Out, são alguns exemplos de sucesso que captam a atenção de um público cada vez mais informado e exigente. A oferta de restauração não é muito grande, nomeadamente para o número de pessoas que trabalha nesta área. O clássico 33 e a descontraída hamburgueria Bun s garantem sempre a casa cheia ao almoço. Sabia que...? A Loja das Meias surgiu em 1905 na Rua Augusta, vendendo apenas meias e espartilhos. O negócio foi crescendo e nos anos 60 abre o leque ao pronto-a-vestir, importado sobretudo de Itália, França e Inglaterra. No final da década de 60 a Loja das Meias introduziu pela 1ª vez em Portugal as calças jeans da marca Levi s que fizeram o maior sucesso. Em 1971 abre a 2ª loja no Edifício Castil, situado na Rua Castilho. Principais aberturas 1971 2000 2001 2003 2007 2009 Loja das Meias Gerard Darel BCBG Maxazria Coccinelle Weill Max & Co. Karen Millen Hoss Intropia 20

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Mapa da Rua Castilho 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 VC by Nica Weill Ópticas OCR She La Perla Karen Millen Stivali Gerard Darel Officina THE Stefanel Veste Couture Hoss Intropia Max & Co Anton Beill Edifício Castil Loja das Meias Mim LD LX Frank Provost Maxazria 4 5 6 1 2 7 8 9 10 11 12 13 14 15 R. Castilho 3 16 17 18 R. Braancamp Marquês de Pombal R. Mouzinho da Silveira R. Alexandre Herculano Av. da Liberdade R. Rosa Araújo Largo do Rato 2010 2011 2012 2013 2014 2015 THE Stefanel Wickett Jones Marella Lanidor & Co Frank Provost Anton Beill LD LX Mala Nostra Officina 21

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Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Chiado O Chiado junta a história e a tradição portuguesa com as novas tendências e conceitos, sendo considerada uma zona trendy, fashion e vibrante. As suas ruas inclinadas e tipicamente lisboetas dão espaço às emblemáticas livrarias e pastelarias, que juntamente com as grandes marcas internacionais são pontos de paragem obrigatória dos milhares de turistas e lisboetas que por ali passam. No total contabilizámos 45.100 m 2 de área ocupada por espaços comerciais. No setor da moda, representado por 45% do comércio no Chiado, grandes cadeias internacionais como a Zara, a Bershka ou a H&M e conceitos premium e de luxo como a Hermès, a Hugo Boss e a Marc Jacobs, partilham o espaço com lojas tradicionais, as quais têm vindo gradualmente a perder peso. Os projetos nacionais representam 49% do comércio desta zona: novos conceitos como A Vida Portuguesa, a Loja do Burel ou os 5 restaurantes do Chef José Avillez estão presentes numa zona onde a Livraria Bertrand, ou a pastelaria A Brasileira mantêm as suas lojas há mais de 100 anos. São estes novos conceitos e as lojas emblemáticas que proporcionam a experiência diferenciadora que os consumidores buscam cada vez mais. Área Ocupada* 19% Novos conceitos/ lojas únicas 23% Comércio tradicional 45.100 m 2 58% Cadeias nacionais e internacionais * Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial. Setores Moda e acessórios O Grupo Multifood detentor da marca Vitaminas, acredita na revitalização urbana, na valorização de longo prazo e na qualidade superior dos centros das cidades. Temos um olhar progressista no que toca a reabilitação e desenvolvimento urbano, tendo como objectivo uma agregação de valor de longo prazo em bens e imóveis num ambiente de negócios completo que permita catalisar movimento e alma às nossas cidades. Restauração Casa e decoração 11% 23% 45% Rui Sanches Grupo Multifood Vitaminas, Honorato, Cais da Pedra, Delidelux, Wok to Walk, Milano, Aprazível, Capri 23

Consumidores Target Lojistas Origem Mass Market Trendy Ticket Médio (estrangeiros) Segmento (moda e acessórios) 308 Premier Tax Free (Jan Set 2015) 2015 vs. 2014 13,9% As principais ruas, como a Rua Garrett, Largo do Chiado e Rua do Carmo são locais de eleição dos retalhistas. Os espaços nestes eixos são tão procurados que muitas vezes são tomados antes mesmo de chegarem ao mercado, pelo que o comércio se tem expandido pelas ruas adjacentes, como a Rua Nova do Almada, a Rua da Misericórdia, a Rua Ivens ou o Largo Rafael Bordalo Pinheiro, onde atualmente se concentram diversos espaços de restauração. De facto, há cada vez mais restaurantes no Chiado, não só pela sua centralidade como também a proximidade às zonas de animação noturna do Bairro Alto e do Cais do Sodré. A oferta estende-se entre os restaurantes de referência como o Tavares e o Belcanto e os mais hipster como o Kaffeehaus e o Café Royale. 49% Nacional 45% Internacional 2% Luxo 19% Premium Espaços Renda Prime (área: 100 m 2 ) 6% Multi-marcas 120 / m 2 / mês Disponibilidade 2.360m 2 79% Mass Market Eixo Principal: nula Ruas Secundárias: média/baixa Sabia que...? Em 2010, a Bertrand e a respetiva livraria no Chiado ganharam o Guinness World Records para os mais antigos livreiros em atividade e a mais antiga livraria em atividade, respetivamente. Principais aberturas 1800 1900 1905 1925 1990 1995 1999 2000 2001 2003 2004 Livraria Ferin Livraria Bertrand Barbearia Campos Paris em Lisboa Pastelaria A Brasileira Luvaria Ulisses Gardenia Zara Armazéns do Chiado Bershka Hermès Benetton H&M Izu Chiado Diesel 24

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Mapa do Chiado 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 Leitão & Irmão Vista Alegre Salsa Hermès Guess Casa Havaneza Zilian Du Pareil au Même Hugo Boss Stradivarius Gardenia Tous Havaianas Prof Bershka Swarovski Geox U.C. of Benetton Paris em Lisboa Livraria Bertrand Vitaminas André Ópticas Lanidor Intimissimi Blanco Imaginarium Nike Massimo Dutti Zara Óptica do Sacramento Hugo Boss Oysho Nespresso Santini Perfumes & Companhia 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 Foot Locker Zara Home W52 Muji New Balance Luvaria Ulisses Joalharia do Carmo Armazéns do Chiado: Fnac Kiko Cosmetic Sephora Starbucks Springfield Women Secret H&M GMS Store Apple Ale-Hop Livraria Aillud Lellos Oculista do Carmo Accessorize MultiOpticas Pepe Jeans Benefit Skunkfunk October Teresa Alecrim Livraria Ferin Tendência Store Intukasa Eureka Shoes Pull & Bear Tiger Rulys El Ganso Sacoor Brothers 67 68 69 70 71 72 73 74 75 Lrg. do Loreto 95 Sandro Ferrone WESC Inter design Harmour Concept Store Roof Kiehl s Empatias Sacolinha Skinlife 94 Lrg. Luís de Camões 76 77 78 79 80 81 82 83 84 R. do Alecrim 99 97 96 R. da Mesericórdia 98 Lrg. da Trindade 1 2 Lrg. do Chiado 3 R. Ant. Mª Cardoso R. Nova da Trindade Bairro Arte Marc Jacobs Godiva Loja do Burel Quiosque das Bonecas Cubanas A Vida Portuguesa Organi Cosmética Pop Tradition 4 72 73 5 R. Paiva Andrade 6 7 18 74 75 76 77 R. da Trindade 19 102 R. Serpa Pinto 79 78 Lrg. de S. Carlos 103 79 81 Travessa do Carmo 80 R. Anchietta R. Garrett R. Ivens 42 41 40 85 86 87 88 89 90 91 92 93 Gardenia G-Star Raw Izu Chiado So Chic Chiado nº8 Levi s Adolfo Dominguez Bonpoint Aldeia da Bolota 94 Padaria Portuguesa 95 Diesel 96 Jorge Welsh 97 Chiado Factory 98 Up! Town Lisboa 99 TM Colection 100 Organii 101 José Antonio Tenente 102 Mikels 103 Gardenia for Man Abre brevemente 39 38 37 R. do Carmo 100 101 36 47 46 45 35 44 30 34 31 33 8 9 11 12 13 14 15 16 17 32 43 10 26 27 28 29 25 20 21 22 23 62 24 63 53 85 90 54 64 86 91 55 87 65 82 83 84 88 89 92 93 48 R. Nova do Almada 52 51 50 49 66 67 68 56 57 58 69 70 71 59 60 61 2005 2007 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Hugo Boss -Hugo Store Gardenia Hugo Boss -Boss Store Muji Acessorize Swarovski Santini Vitaminas Eureka Shoes Vintage Bazar My Lisbon Fashion Massimo Dutti Nike Blanco Sax Store Cubanas Cantinho do Avillez Godiva Bairro Arte Salsa Perfumes & Up! Town Companhia Zara Home Skinlife Nespresso A Padaria Tous Portuguesa WESC Belcanto Geox Aldeia Havaianas da Bolota Prof Arte Stradivarius Assinada Zilian Arcádia Levi s Chocolataria Skunkfunk Equador So Chic L Oréal Chiado Factory Pop Traditions GMS Store Empatias Mini Bar Sacolinha Mikels Benefit New Balance Ale-Hop Guess Tiger Oysho 25

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Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Baixa Tradicional, turística, diversificada, majestosa e claro, Pombalina! A Baixa é a zona comercial mais antiga da cidade, onde no passado os vários ofícios se organizavam pelas ruas com o mesmo nome: Correeiros, Douradores, Fanqueiros, Sapateiros são alguns dos exemplos. Caraterizada pelas suas ruas simétricas, a Rua Augusta assume-se como eixo principal. Aqui misturam-se lojas de souvenirs com lojas de moda e acessórios mass market, das quais fazem parte algumas das principais insígnias internacionais como a Zara, H&M ou Pull & Bear, mas onde ainda têm um peso relevante as lojas tradicionais como sapatarias e boutiques portuguesas. Lisboetas e muitos, muitos estrangeiros serpenteiam entre os vários artistas de rua que já são considerados uma verdadeira atração turística. Sim, turística: a Rua Augusta é uma das ruas com maior tráfego pedonal, sendo passagem obrigatória do crescente número de turistas que visitam a melhor cidade para city breaks. A edição espanhola da revista Condé Nast Traveler selecionou a Rua Augusta como uma das mais belas do mundo entre as 31 ruas a percorrer antes de morrer, destacando que a famosa rua lisboeta apresenta o encanto do velho, do novo e da mistura entre ambos numa simbiose inigualável. Área Ocupada* 10% Novos conceitos/ lojas únicas 30% 16.100 m 2 Comércio tradicional 60% Cadeias nacionais e internacionais * Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial. Setores Moda e acessórios A abertura, em 2010, da nossa loja na esquina da Rua Augusta com o Rossio foi uma aposta ganha. Mesmo num período complexo da economia do país, a loja revelou desde o início um crescimento constante das suas vendas. A abertura da U.C. Benetton contribuiu, sem dúvida, para a revitalização desta zona, cujo potencial de crescimento comercial e turístico é ainda muito grande. Restauração Serviços e conveniência 5% 23% 60% Alessandro Tuci United Colors of Benetton 27

Consumidores Target Lojistas Origem Mass Market Tradicional Ticket Médio (estrangeiros) Segmento (moda e acessórios) 192 Premier Tax Free (Jan Set 2015) 2015 vs. 2014 12,6% De facto, o turismo veio reanimar a zona em termos comerciais e agora, mais do que nunca, assistimos a um verdadeiro corrupio por parte de grandes operadores na procura de um espaço nesta artéria. Na Rua Augusta contabilizámos um total de 16.100 m 2 ocupados por espaços comerciais, dos quais o comércio tradicional tem uma expressão relevante (30%). Ainda assim, são as lojas pertencentes a cadeias nacionais e internacionais que têm um maior peso nesta artéria, representando 60% do total ocupado. Tal como nas restantes zonas analisadas, a moda e acessórios é o setor dominante. Com o fecho da loja Viva, o setor de Casa e Decoração foi ultrapassado pelo setor de Serviços e Conveniência, onde estão incluídas as diversas Retrosarias e lojas de Câmbio, representando assim 5%. 57% Nacional 42% Internacional 1% Multi-marcas 1% Premium 99% Mass Market E para terminar em beleza... o Terreiro do Paço. Uma das maiores praças do mundo, onde os pisos térreos dos edifícios pertencentes aos ministérios foram reconvertidas em restaurantes com amplas esplanadas. Museu da Cerveja, Can the Can, o tradicional Martinho da Arcada e a discoteca Lust Lisbon são alguns do exemplos da nova ocupação da Praça do Comércio. Espaços Renda Prime (área: 100 m 2 ) 80 / m 2 / mês Disponibilidade Média 2.400m 2 Sabia que...? Outrora o epicentro de todas as atividades e do comércio de Lisboa, a Baixa mantém atualmente em operação lojas centenárias, como a Conserveira de Lisboa e a Chapelaria Azevedo. Principais aberturas 1933 1942 2002 2003 2004 Casa Pereira da Conceição Sapataria Lord Seaside Calzedonia Stradivarius H&M Intimissimi 28

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Mapa da Baixa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 U.C. Benetton Vitaminas Farggi Casa Macário Vitrine Solaris W52 Amorino Seaside Sapataria Lord Camisaria Pitta Chez Chemise Zara Sapataria Lisbonense Bijou Brigitte Ale-hop Marionnaud Truz Calzedonia 20 Benfica 21 H&M 22 Typographia 23 Intimissimi 24 Parfois 25 Stradivarius 26 Bershka 27 Pull & Bear 28 Casa Pereira da Conceição 29 Mango 30 Adidas 31 Springfield 32 H&M 33 Fred Perry 34 A Padaria Portuguesa 35 Tiger Abre Brevemente Praça D. Pedro V 33 Rossio 32 34 Baixa/Chiado 1 R. Áurea 2 R. dos Sapateiros 3 4 5 9 6 7 8 10 11 12 Praça da Figueira 13 R. de Santa Justa 14 15 16 17 18 19 R. Augusta 20 21 22 25 R. da Assunção 23 24 28 R. da Prata 35 R. da Vitória R. de S. Nicolau 26 27 29 30 R. da Conceição 31 Praça do Comércio 2008 2010 2012 2013 2014 2015 Parfois United Colors of Benetton Ydentik Amorino A Padaria Portuguesa Pull & Bear Typographia Vitaminas Seaside Fred Perry Adidas Wells Benfica 29

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Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Príncipe Real Boémio, alternativo, autêntico, chic, são os adjetivos que melhor caracterizam o Príncipe Real. Esta zona, cujo comércio tem vindo a emergir ao longo dos últimos 5 anos, está definitivamente no radar. Conceitos inovadores, ateliers de moda, espaços alternativos têm vindo a implementar-se nesta zona e o lema a união faz a força está aqui muito presente: conceitos tipicamente de rua juntam-se em palacetes dotados das funcionalidades típicas de uma galeria comercial. A Embaixada focada na manufatura nacional e o Entre Tanto mais enfocado na moda, conveniência e espontaneidade, são bons exemplos onde se juntam no mesmo espaço empreendedores e conceitos diferenciadores. Área Ocupada* 53% Novos conceitos/ lojas únicas 8.900 m 2 12% Cadeias nacionais e internacionais 35% Comércio tradicional Com um total de 8.900 m 2 de espaços comerciais ocupados, esta zona tem uma elevada representatividade nacional, onde cerca de 84% dos lojistas têm origem lusitana. Os conceitos que a marcam e distinguem pertencem essencialmente ao setor de moda e acessórios, cuja quota é também representada pelo setor de bazar, onde estão inseridas a Embaixada e o Entre Tanto. Grande parte destas lojas dirigem-se a um segmento premium, caracterizado pelo estilo alternativo e hippie chic que podemos encontrar no público que por aqui passa. * Inclui apenas comércio de rua, excluíndo serviços, áreas devolutas e centro comercial. Setores O Príncipe Real é cosmopolita e, simultaneamente, uma zona onde se respira um ambiente de bairro. Somos suspeitos, com quase 20 prédios investidos aqui, mas achamos esta zona a mais atraente de Lisboa, totalmente transversal em culturas urbanas, estratos etários e níveis socioeconómicos. Estas características refletem-se e originam-se (tudo é causa e efeito...) no comércio de rua onde pode encontrar, como em nenhum outro bairro, inovação e o trendy-chic autenticamente português dinamizado por uma nova geração de empreendedores nacionais. Bazar Restauração Moda e acessórios 27% 26% 17% Catarina Lopes EastBanc 31

Consumidores Target Lojistas Origem 84% Nacional Espaços Premium Alternativo 5% Internacional Renda Prime (área: 100 m 2 ) 40 10% Multi-marcas / m 2 / mês Ticket Médio (estrangeiros) Segmento (moda e acessórios) Disponibilidade Média 375 Premier Tax Free (Jan Set 2015) 2015 vs. 2014 10,1% 860m 2 71% Premium 29% Mass Market Os produtos para casa e decoração também têm peso nas ruas do Príncipe Real, contando com mais de 10 lojas, das quais 80% são ocupadas pelos antiquários tão característicos desta zona. Paredes meias com o Bairro Alto, o Príncipe Real é há muitos anos destino de vários restaurantes trendy e destino de um público muito cosmopolita e seguidor das principais tendências. Este movimento mantém-se, continuando a abrir portas diversos restaurantes que dão que falar: o Prego da Peixaria, a Cevicheria, ou o primeiro restaurante da cadeia 100 Montaditos em Portugal, que fez com que a quota deste setor aumentasse para 26%. Sabia que...? O romântico Jardim do Príncipe Real é palco de diversos mercados e feirinhas onde se comercializam desde velharias e artesanato a produtos hortícolas biológicos. Vários lojistas nos relataram que mais de 80% das suas vendas são realizadas a estrangeiros. Principais aberturas 1986 2004 2005 2009 2010 Pavilhão Chinês Urze/Em nome da Rosa Charcutaria Moy B-bazar Espaço B Barbour D ici et lá Lidija Kolovrat Lost In Pizza à Pezzi 32

Prefácio Europa Destino Lisboa Turismo Comércio de Rua em Lisboa Av. Liberdade R. Castilho Chiado Baixa Príncipe Real Tendências Mapa do Príncipe Real 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 B. S. Mamede Amélie au Théatre Royale EntreTanto indoor market Slow Retail Concept Store 21Pr Concept Store Urze/Em nome da Rosa Embaixada Lisbon Lovers Jasmin Noir Nuno Gama Del Rio EspaçoB Ali-Jo Charcutaria Moy Barbour D ici et Lá American Vintage Lidjia Kolovrat Alexandra Moura Óptica do Príncipe Real Baazar Mini by Luna Pó di Terra Lost In In-mage Objectismo Muse Casa da Praia Rato R. do Salitre R. da Escola Politécnica 1 R. Nova de S. Mamede R. Monte Olivete 2 3 4 5 6 7 8 Jardim do Príncipe Real 9 10 13 14 11 12 23 15 16 17 18 19 24 25 26 20 21 22 27 28 29 R. de O Século R. da Rosa R. D. Pedro V Miradouro S. Pedro de Alcântara 2011 2012 2013 2014 Poison D Amour The Decadente Honorato Lisbon Lovers 21Pr Concept Store Amélie au Théatre American Vintage Royale Origami Bettina & Nicolló Hamburgueria do Bairro Alexandra Moura Sotão Óptica do Príncipe Real Embaixada Real Slow Retail Concept Store Ali-Jo Nails Meeting Objectismo O Prego da Peixaria Frozz Yoghurt Entre Tanto In Image Nuno Gama El Tomate Pub Lisboeta Jasmin Noir 33

34 Tendências que estão a ditar mudanças na vivência da cidade Por Clara Cardoso Return On Ideas Por força da conjugação de diferentes fatores, os indivíduos estão a mudar a forma como se movimentam e ocupam o território. Seja por motivos relacionados com a maior escassez de dinheiro ou de tempo, pela mudança de estilo de vida ou de relação com o consumo, ou mesmo pelo impacto de crescentes melhorias, em termos de oferta e infra-estruturas, nas diferentes cidades do país, os portugueses estão a redefinir o seu raio de ação e o uso que dão aos diferentes espaços de consumo e de lazer que visitam. O C-The Consumer Intelligence Lab, projeto que desenvolvemos na Return On Ideas, lançou uma investigação no final de 2013 que pretendeu compreender essas mudanças, dimensioná-las e tentar projetar a sua evolução futura. As ideias agora partilhadas são sustentadas precisamente nesses resultados. Vivência positiva da proximidade: Redesenho de uma nova zona de conforto para o consumo e lazer São 65% os indivíduos que afirmam estar cada vez mais a procurar concentrar as coisas que fazem no dia-a-dia na proximidade do sítio onde moram/trabalham. Apesar da razão primordial para a redução do raio de ação ser a necessidade de ajustamento económico, é inequívoco que a transferência dos fluxos para a proximidade também tem na base motivações que estão fortemente relacionadas com novos modos de vida. Quando as cidades nos oferecem alternativas, mudam-se os tempos e as vontades, tal como comprova a evolução dos diferentes padrões de relação com o retalho, com os espaços de lazer ao ar livre ou com os centros comerciais observados em Lisboa e noutras cidades do país. Antecipa-se que esteja realmente a ser construída uma nova zona de conforto para o consumo mais confinada à conveniência dos trajectos quotidianos. Longe e perto ganham nova medida, da mesma forma que o a caminho se apresenta com um novo significado, mais relevante. A afirmação do espaço público: Oportunidade para criar clusters de vivência e bem-estar Se no que toca ao andar mais a pé, uma inversão da situação económica pode significar uma reversão do comportamento, na vivência mais intensa do espaço público que decorre de novos modos de vida (mais desporto ao ar livre, mais convívio em torno de outros interesses ), a conquista é de tal forma reportada como positiva que muito dificilmente o hábito se alterará, mesmo num contexto económico mais favorável. Na realidade, como no C-Lab temos vindo a defender, há muito que este processo da redescoberta do espaço público deixou de ser parte de um ajustamento necessário. É um novo modo de vida conquistado. A simbiose entre consumo e espaço público, entre consumo e lazer, é inevitável. A união de esforços em torno da criação de clusters de vivência e de bem-estar (necessariamente multifuncionais) será certamente bemsucedida. A adesão dos portugueses à experiência oferecida por formatos híbridos como o Ikea, a Fnac, ou, numa outra escala, os centros comerciais e alguns bairros/ruas como o Chiado, não deixa margem para dúvida. O regresso à vida e aos negócios de bairro é uma tendência clara nos dias de hoje. As famílias, neste período de menor poder de compra, querem evitar visitar shoppings por serem verdadeiras catedrais de consumo. Nota-se também a procura de enraizamento social, a vizinhança está a voltar a padrões antigos nas lojas A Padaria Portuguesa, temos várias Mães a deixarem a chave de casa para os filhos. Nuno Carvalho A Padaria Portuguesa