MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL PLANO AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL - PAS SECRETARIA DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL



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Transcrição:

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL SECRETARIA DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO TERRITORIAL PLANO AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL - PAS Brasília, outubro/novembro de 2007

O QUE É O PAS? Um plano estratégico para a Amazônia Brasileira, a partir de um amplo acordo entre o Governo Federal, os governos estaduais, o setor empresarial e a sociedade civil, em torno da necessidade de implementação de um novo modelo de desenvolvimento para esta região. O PAS não se trata de um plano operacional, mas de um conjunto de orientações para o desenvolvimento das políticas públicas e de sinalizações para os setores produtivos.

COMO SURGIU O PAS? A proposta do PAS surgiu em 09 de maio de 2003 em Rio Branco (AC) em reunião do Presidente Lula com os governadores dos estados da Região Norte, quando foi assinado um termo de cooperação. Em junho de 2003 foi criada a Comissão de Coordenação Interministerial do PAS, sob a coordenação do MI, tendo o MMA como Secretaria Executiva. A realidade Amazônica requeria um novo modelo e novas estratégias de desenvolvimento para a região. Em outubro de 2003, foi elaborada uma primeira versão preliminar do PAS, com as diretrizes gerais e as estratégias propostas.

QUAL É ESTA AMAZÔNIA ATUAL A Bacia Amazônica estende-se por 7 milhões Km², envolvendo 9 dos 13 países sul-americanos, sendo que 65% de seu total (4,55 milhões Km²) ficam em território brasileiro. A Amazônia Legal Brasileira, mais ampla que a bacia Amazônica, cobre 5,1 milhões Km² (60% do território nacional), envolvendo nove estados, abrigando:. um terço das florestas tropicais úmidas do planeta;. 20% da água doce fluvial e lacustre do mundo;. 30% da diversidade biológica mundial;. um subsolo com gigantescas reservas minerais. Quase 200 milhões de hectares na Amazônia Legal (40% de seu território) constitui-se de áreas protegidas ou de destinação específica (unidades de conservação, terras indígenas, terras quilombolas e áreas militares).

A população em 2007 soma quase 25 milhões (13% do total nacional), que cresce num ritmo de 2,1% ao ano, sendo que mais de 70% vivem nas áreas urbanas. O contingente populacional indígena tem crescido nos últimos anos, sendo estimado em 400 mil, distribuído principalmente na Terras Indígenas (1,02 milhão Km²). O PIB regional foi da ordem de R$ 175 bilhões em 2006 (8% do total nacional) resultando num PIB per capita de R$ 6,5 mil, 40% inferior à média nacional. A população urbana está ocupada principalmente em atividades de serviços e comércio, tendo a atividade industrial relevância maior apenas em Manaus.

A atividade agrícola ocupa cerca de 13 milhões de hectares na região (2,5% do território total), tendo produziu em 2007, 29,2 milhões toneladas de grãos, 22% da produção nacional (previsão de 31,0 milhões em 2008). Os principais produtos em 2007 foram: a soja, com 17,52 milhões t (30%) o milho, com 7,32 milhões t (14%); o arroz, com 2,01 milhões t (18%); o algodão, com 2,03 milhões t (52%); a mandioca, com 8,20 milhões t (37%); a banana, com 1,50 milhão t (22%).

A pecuária bovina compreendia em 2005 um rebanho de 75 milhões de cabeças (40% do efetivo nacional), distribuídos em cerca de 70 milhões de hectares de pastagens naturais e plantadas (13,5% do território). Desde 1990, mais de 80% do crescimento do rebanho bovino nacional deu-se na Amazônia Legal. O setor florestal tem grande expressão na economia regional, sendo que a produção extrativa de madeira em tora, de 17 milhões m³ representou 83% do total nacional. Deve-se destacar também os produtos florestais não madeireiros, a produção pesqueira, e o garimpo. Merece ressalva a crescente produção industrias (Manaus) e a mineral (Províncias Minerais de Carajás e Tapajós).

AS CONSULTAS PÚBLICAS DO PAS EM 2006 Em 2006, foi elaborada a versão preliminar para discussão nas consultas públicas, realizadas em todas as capitais dos Estados da Amazônia Legal em junho de 2006: Participaram das consultas do PAS representantes de: órgãos federais presentes na Amazônia; órgãos estaduais; prefeituras municipais; diversos níveis do poder legislativo; entidades sindicais dos trabalhadores; organizações empresariais; movimentos sociais diversos; organizações ambientalistas; comunidade universitária; instituições militares; organizações eclesiásticas, A versão final vem agora para ser debatida nas mesmas capitais e no I Simpósio Amazônia e Desenvolvimento Nacional.

O QUE VEM OCORRENDO DESDE 2003? O PAS tem sido desde 2003 o instrumento norteador das políticas públicas na Região, notadamente do Governo Federal. Desde o início, sabia-se que o problema de fundo na região era uma absoluta falta de ordenamento do território, muitas vezes agravado pelas grandes obras de infraestrutura, que, não obstante seus potenciais benefícios econômicos, na ausência de um plano estratégico, aceleravam os aspectos sociais e ambientais indesejáveis, como: migrações desordenadas; grilagem e ocupação de terras públicas; concentração fundiária; desmatamento; queimadas e incêndios florestais; desemprego; criminalidade e piora nas condições de saúde pública.

Foi inspirado nas formulações do PAS, que: O Governo Federal, vem desenvolvendo, em parceria com os governos estaduais da região, ações de ordenamento do território, através de instrumentos como: Áreas sob Limitação Administrativa Provisória (ALAP); Macro-zoneamento e Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). Objetivo: promover a destinação das terras públicas na região, de acordo com as suas características e potencial: a) para comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas; b) para unidades de conservação de proteção integral; c) para unidades de conservação de uso sustentável; d) para projetos de assentamento; e) para atividade agropecuária comercial; e f) para atividade de mineração e outras.

Foi inspirado nas formulações do PAS, que: O INCRA tem promovido a regularização fundiária, mediante a regularização das posses de milhares de agricultores, tendo como base a Portaria nº 10 do MDA/INCRA. Aprovou-se no Congresso Nacional a nova Lei nº 11.196/05, que define novos parâmetros para a regularização de ocupações entre 100 e 500 hectares em terras públicas na Amazônia, antiga demanda da Região, compatível com a Reserva Legal de 80% da área dos estabelecimentos.

Foi inspirado nas formulações do PAS, que: Implementou-se o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal - PPCDAM, que reduziu em 65% o desmatamento na região entre 2003/04 (27,4 mil Km²) e 2006/07 (cerca 9,6 mil Km²) ; Instituíram-se as Áreas sob Limitação Administrativa Provisória (ALAP) das BR-163 (8,2 milhões hectares) e BR-319 (15,2 milhões hectares); Criaram-se 27 novas unidades de conservação federais, com uma área superior a 18 milhões de hectares, e instalaram-se 14 novas bases do IBAMA.

Também inspirado nas formulações do PAS, vem sendo travado o combate ao ilícito, com a forte ação da Polícia Federal, do Ministério da Defesa e outros órgãos no combate ao desmatamento predatório e ilegal; à grilagem de terras públicas e o tráfico de drogas, armas, plantas e animais. Também nelas inspirado, vários projetos estruturantes começaram a ser implantados, como a pavimentação da BR- 163, as UHE do Madeira, a eclusa de Tucuruí, a Ferrovia Norte- Sul e os gasodutos Coari-Manaus e Urucu-Porto Velho. Ações também foram desenvolvidas nas áreas de fomento às atividades produtivas e de inclusão social. Por fim, foi inspirado no PAS que o Governo elaborou o Plano BR-163 Sustentável, que foi lançado pelo Presidente da República em junho/06 e o Plano do Arquipélago do Marajó, a ser lançado em novembro/07.

QUAL A CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA GERAL PROPOSTA NO PAS? Entendimento essencial do Plano é de que é falsa a dicotomia entre conservação da floresta e desenvolvimento econômico. É perfeitamente possível e desejável combinar a conservação com a exploração econômica racional e sustentável. O PAS tem como seu alicerce o ordenamento territorial e fundiário e como seus dois pilares as inversões em inovação tecnológica e em infraestrutura e logística.

QUAL O OBJETIVO GERAL DO PAS? Implementar um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia Brasileira, pautado na valorização de seu enorme patrimônio natural e no aporte de investimentos em tecnologia e infra-estrutura; voltado para a viabilização de atividades econômicas dinâmicas e inovadoras com a geração de emprego e renda; compatível com o uso sustentável dos recursos naturais e a preservação dos biomas; e visando a elevação do nível de vida da população.

QUAIS SÃO SUAS DIRETRIZES GERAIS? a) Promoção do ordenamento do território, mediante a regularização fundiária, a proteção dos ecosistemas, o respeito aos direitos das populações tradicionais e a melhor destinação das terras para a exploração produtiva; b) Agregação de valor à produção regional mediante a capacitação tecnológica dos setores tradicionais; c) Promoção do desenvolvimento com eqüidade social; d) Minimização do desmatamento ilegal associado à transformação da estrutura produtiva regional; e) Fortalecimento e empoderamento da sociedade civil; e f) Estímulo à cooperação entre os entes federativos;

E QUAIS SÃO AS ESTRATÉGIAS PROPOSTAS: 1 - Promover o ordenamento territorial e fundiário de toda a Região, combatendo a grilagem e o desmatamento; 2 - Fomentar a valorização de atividades compatíveis com a conservação do bioma e da biodiversidade; 3 - Promover o desenvolvimento sustentável, de forma que: a) Nas áreas florestais, promova-se a utilização da riqueza florestal com a simultânea conservação do bioma, mediante a criação de diferentes modalidades de unidades de conservação; b) Nas áreas já abertas, promova-se o uso mais intensivo (menos extensivo) das potencialidades agropecuárias, com a recuperação de áreas alteradas e/ou abandonadas, com aporte tecnológico e com o adensamento das cadeias produtivas;

4 - Promover a difusão de tecnologia para o setor produtivo.. e a cooperação entre instituições de pesquisa e a estrutura produtiva; 5 - Fomentar as atividades econômicas urbanas (indústria, comércio e serviços), que geram emprego e renda; 6 - Ampliar e melhorar o suporte às atividades produtivas através de investimentos em infra-estrutura econômica, mediante um planejamento estratégico das obras; 7 - Promover a inclusão social, mediante a ampliação e melhoraria da infra-estrutura social (serviços públicos) e do acesso ao emprego; 8 - Assegurar os direitos das populações mais vulneráveis aos processos de expansão da fronteira, como os agricultores familiares, populações ribeirinhas e comunidades indígenas; 9 - Promover a integração sul-americana, mediante o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e da Iniciativa para a Integração Regional Sul-Americana (IIRSA).

ESTRATÉGIAS CENTRAIS P/ AS MACRORREGIÕES: A - ARCO DO POVOAMENTO: 1 Intensificar as atividades dinâmicas não predatórias, priorizando a recuperação de áreas alteradas e degradadas, destinando-as à projetos de assentamentos e /ou à expansão da cultura de grãos; 2 Estimular as cadeias produtivas, como às vinculadas à pecuária (frigoríficos, laticínios e curtumes), agricultura (processamento de grãos, fruticultura, sucro-alcooleiro), madeira (mobiliário, materiais de construção) e mineração (metalurgia de ferro e alumínio), fortalecendo as economias dos núcleos urbanos; 3 Consolidar a infra-estrutura de transportes e de energia.

B - AMAZÔNIA CENTRAL: 1 Promover o ordenamento dos eixos de expansão, através da regularização fundiária, ZEEs e ampliação das áreas protegidas (demarcação e homologação de Terras Indígenas e criação de UCs); 2 fortalecer a produção madeireira em bases sustentáveis (Distritos Florestais Sustentáveis); 3 fortalecer a produção familiar, facilitando a concessão de crédito, assistência técnica e canais de comercialização; e 4 fomentar a bioindústria e a bioprospecção apoiada nos recursos genéticos regionais.

C - AMAZÔNIA OCIDENTAL: 1- ampliar e consolidar as áreas protegidas; 2- valorizar a biodiversidade e os recursos hídricos; 3- fomentar a bioindústria e a bioprospecção, notadamente a produção de fármacos e de óleos essenciais voltados para a indústria de cosméticos e de fitoterápicos no PIM; 4 - criar o pólo gás-químico e de informática no PIM, e consolidar o CBA em Manaus; 5 desconcentrar as atividades dinâmicas; e 6 - promover a intensificação dos fluxos econômicos nas regiões fronteiriças.

PRÓXIMOS PASSOS: Após a conclusão da rodada de consultas públicas em 2006, a equipe coordenadora do PAS incorporou as propostas delas advindas, concluindo assim a elaboração do Documento Final do PAS. O Plano será encaminhado ao Presidente da República, aos Ministros e aos Governadores, para ser lançado e sancionado, em novembro/07.