Associação Comercial e Industrial do Funchal Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF- CCIM)

Documentos relacionados
Boas Práticas Ambientais. Empreendimentos Turísticos

Responsabilidade Social em Portugal Boas Práticas nos Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos

Actual contexto do mercado turístico e perspectivas futuras. Luis Patrão Porto, 18 de Junho de 2009

Enquadramento Turismo Rural

HOTELARIA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

O ENOTURISMO. Conceito:

HOTELARIA AEP / Gabinete de Estudos

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

Desempenho Ambiental do Alojamento em Portugal Boas Práticas nos Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhora e Senhores Membros do Governo

Direção Regional de Estatística da Madeira

Enoturismo em Portugal Caraterização das empresas e da procura

região madeira acaporama adrama madeira leste e porto santo madeira norte e oeste projetos leader 122

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Atividade Turística com resultados positivos em 2014

RELATÓRIO DE CONJUNTURA AEP / GABINETE DE ESTUDOS

Intervenção de Vítor J. Amaral Vergamota Presidente da Associação Nacional do Turismo Equestre

O Hypercluster da Economia do Mar em Portugal. (Resumo)

A Estratégia Nacional para o Turismo em Espaços de Baixa Densidade

EFICIÊNCIA HÍDRICA. Relatório de experiência realizada no Colégio xxxxxxxxx de Campo de Ourique. Experiência de 13/09 a 09/11 de 2010

VERSÃO 2. Prova Escrita de Geografia A. 11.º Ano de Escolaridade. Prova 719/1.ª Fase EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

boletim trimestral - n.º 1 - junho 2013 algarve conjuntura turística

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 2

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

Portugal 2020 Lançados Programas Operacionais

de Competitividade e Excelência

P L A N O D E A C T I V I D A D E S

O turismo e o seu contributo para o desenvolvimento da Madeira

O PATRIMÓNIO NATURAL E O DO ALGARVE. Conversas sobre a Ria Formosa 3 de Março de 2011

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO. que acompanha o documento

ANÁLISE ESTATÍSTICA j a n e i r o m a i o

Eng.ª Ana Paula Vitorino. por ocasião da

III.2. Do Plano de Acção à Subvenção Global: A contratualização com Associação de Municípios no âmbito do INAlentejo

Destino Turístico Porto e Norte de Portugal

indicadores 1. Hóspedes 1.1. Número total de hóspedes 1.2. Hóspedes por tipologia de alojamento 1.3. Hóspedes por país de origem

ABERTIS LOGÍSTICA INICIA A CONSTRUÇÃO DO ABERTIS LOGISTICSPARK LISBOA

Golfe e Turismo: indústrias em crescimento

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009

SISTEMA DE INCENTIVOS À INOVAÇÃO AVISO DE CANDIDATURA FEVEREIRO 2012

III. DESENVOLVIMENTO DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA DO INVESTIMENTO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

As áreas temáticas visadas na construção da síntese de diagnóstico apresentam-se no Quadro 2.77

Case study. Galpshare UM PROGRAMA DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL EMPRESA

Indicadores de Sustentabilidade do Turismo nos Açores: o papel das opiniões e da atitude dos residentes face ao turismo na Região

É um sistema específico de incentivos fiscais ao investimento realizado pelo sujeito passivo de IRC.

Desenvolvimento Sustentável para controlo da população humana.

MAR Alentejano. Um Oceano de Oportunidades. Roberto Grilo Vice-Presidente da CCDR Alentejo. Porto, 30 de maio de 2014

Estatísticas do Emprego 1º trimestre de 2010

Plano de Comunicação/Divulgação Pós LIFE

Polis Litoral Norte CONCURSO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE REQUALIFICAÇÃO DA FRENTE RIBEIRINHA DE VIANA DO CASTELO - NÚCLEO DO CABEDELO

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde

A procura dos cursos da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril triplicou

REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIO ÀS ENTIDADES DESPORTIVAS

Sessão de Divulgação do Subprograma 3 do PRODER

Programação de equipamentos colectivos

SISTEMA LIDERA HOTEL VILA GALÉ ALBACORA - UM CASO PRÁCTICO REGIONAL - BRUNO ANDRÉ MARTINS (DIRECTOR HOTEL)

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

O FOCO NOS RESULTADOS

ANEXO 3. A floresta portuguesa FACTOS E NÚMEROS

sustentabilidade da construção Isabel Santos e Carla Silva

Avaliar a sustentabilidade costeira à escala municipal a ferramenta do SUSTAIN

URBAN II Em apoio do comércio e do turismo

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Exmas. e Exmos. Deputados, Exma. e Exmos. Membros do Governo Regional,

Portugal: Destino Competitivo?

Novos hotéis de 5 estrelas quadruplicaram em três anos

A taxa de desemprego foi de 11,1% no 4º trimestre de 2010

Programa Nacional de Desenvolvimento do Empreendedorismo,, Inovação e Emprego no Sector Cultural e Criativo Cri[activo]

01 de Novembro de Construção

PROJECTO NAZARÉ XXI. - Marina de recreio e Complexo Turístico de S. Gião

SEMINÁRIO MAXIMIZAÇÃO DO POTENCIAL DA DIRETIVA SERVIÇOS

A taxa de desemprego do 3º trimestre de 2007 foi de 7,9%

WORKSHOP SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE E SUA CERTIFICAÇÃO. Onde estão os Riscos?

Valorizar os produtos da terra. Melhorar a vida das nossas aldeias. documento síntese para consulta e debate público 9 Fev 2015

DIRECÇÃO GERAL DO TURISMO DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE ESTUDOS E ESTRATÉGIA TURÍSTICOS DIVISÃO DE RECOLHA E ANÁLISE ESTATÍSTICA

Uma abordagem à visão de Portugal

INTERVENÇÃO DE S.EXA. O SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO, DR.BERNARDO TRINDADE, NA SESSÃO DE ABERTURA DO XXXIII CONGRESSO DA APAVT

Apresentação do Plano de Actividades Rota dos Vinhos Verdes 2013/2014 CVRVV, 10 de Janeiro de Sofia Lobo : slobo@vinhoverde.

Guia Prático do Certificado Energético da Habitação

ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA CENTRO HISTÓRICO DE SINTRA PROGRAMA ESTRATÉGICO. Resumo Não Técnico

Evolução da FBCF Empresarial Taxa de Variação Anual

O PROJETO. 4 de Julho Lançamento oficial Início do Estudo do projeto. Concepção do Portal

Introdução da região:

Não residentes foram cruciais para o crescimento da atividade turística em 2013

ANEXO I QUADRO 1: CÓDIGOS DA DIMENSÃO «DOMÍNIO DE INTERVENÇÃO» Investimento produtivo genérico em pequenas e médias empresas («PME»)

Seminário sobre Energia Elétrica Luanda, 8 e 9 de Setembro de 2011

Projectar o Algarve no Futuro

Boas Práticas Ambientais. Empreendimentos Turísticos

Dia 27 de Maio Promoção Imobiliária e Sustentabilidade. Eng.º Gonçalo Costa. Alta de Lisboa

Desafios do Turismo em Portugal 2014

A inovação e essencial à competitividade

RESTAURANTE DO FUTURO

Turismo no Espaço Rural. A oferta e a procura no TER

I PRESSUPOSTOS DE ENQUADRAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE REQUALIFICAÇÃO DA REDE ESCOLAR DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO E DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

RELATÓRIO INTERCALAR (nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE)

Agenda 21 Local do Concelho de Redondo. Síntese do Diagnostico do Concelho

MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE RIBEIRA BRAVA E RESPECTIVAS FREGUESIAS. Fonte:

O QUE DEVE SABER SOBRE ATIVIDADES DE AR LIVRE

Transcrição:

Associação Comercial e Industrial do Funchal Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF- CCIM) Documento Estratégico para o Turismo na RAM Relatório Diagnóstico ao actual posicionamento da Madeira Janeiro de 2015

Índice Página A. Enquadramento e Papel do Turismo na RAM 2 B. 9 C. Principais Tendências do Turismo 65 D. Atractividade da Ilha da Madeira face aos Potenciais Destinos Concorrentes 71 E. Benchmark e Melhores Práticas em Destinos de Ilhas ou com Posicionamento Semelhante 73 2

Enquadramento e Papel do Turismo na RAM Caracterização Geográfica A Região Autónoma da Madeira conta com quatro ilhas/ conjuntos de ilhas principais, das quais apenas duas são habitadas (Ilha da Madeira e Porto Santo), que correspondem a cerca de 98% do território madeirense. Geografia Fonte: INE Estimativas Anuais (dados 2013) Região Autónoma da Madeira Divisão administrativa: 3 Ilhas principais, 11 Municípios Área total: 801 km² População total: 262.202 habitantes Ilha da Madeira Área: 740,7 km² População: 256.880 Porto Santo Área: 42,5 km² População: 5.322 Ilhas Desertas Área: 14,2 km² Inabitada Concentração geográfica e intensidade turística: 90% da população concentra-se na Costa Sul (entre Machico e Calheta) 41% da população vive no Funchal O Funchal tem uma densidade populacional similar à Grande Lisboa (1.426 hab./ km 2 ) Intensidade turística da RAM (dormidas/ habitantes) é a 2ª mais elevada de Portugal (2,09), só superada pelo Algarve (3,10) A intensidade turística do Funchal supera a do Algarve, sendo de 3,88 e de 4,35, neste último caso se considerarmos os passageiros de cruzeiros Ilhas Selvagens Área: 3,6 km² Inabitada 3

Enquadramento e Papel do Turismo na RAM Caracterização Demográfica (1/2) No que diz respeito às previsões relativamente ao crescimento populacional, projectam-se para o futuro tendências diferentes para Portugal como um todo e para a Região Autónoma da Madeira em particular. No caso de Portugal, esperase que a tendência de decréscimo populacional seja invertida a partir deste ano (2014) e que a população volte a crescer no futuro. Pelo contrário, na Região Autónoma da Madeira projecta-se que a população continue a seguir a tendência verificada desde o ano 2010, isto é, prevê-se que a população continue a reduzir. População Total e perspectivas de evolução no horizonte de 2020 Fonte: World DataBank, The World Bank, 2014; Pordata (dados 2013) 2000 2002 2004 2006 2008 2010 Portugal (milhões) R. Autónoma da Madeira (milhares) Ilha da Madeira (milhares) 10,26 246,1 241,6 Porto Santo (milhares) 4,52 Evolução da população total da Região Autónoma da Madeira em relação ao resto do país (2000-2020) 2012 PREVISÃO 2014 2016 2018 2020 10,50 10,53 261,5 257,1 256,1 251,8 5,32 5,28 Em Portugal (Continental e Arquipélagos), do ano 2000 a 2010 verificou-se uma tendência de forte crescimento populacional. Após o ano 2010, a tendência de crescimento populacional foi invertida, tanto ao nível nacional, como na Madeira, entrando-se assim numa fase de redução da população. Contudo, enquanto que ao nível nacional as previsões apontam para que a tendência de crescimento da população passe a ser novamente positiva a partir do ano presente (2014), pelo contrário, na Região Autónoma da Madeira, espera-se que a população continue a reduzir no futuro. 4

Enquadramento e Papel do Turismo na RAM Caracterização Demográfica (2/2) Na Madeira, verifica-se uma maior taxa de analfabetismo do que no resto do país em geral. Índices de Desenvolvimento Social Fonte: Pordata (dados 2013) Taxa de Analfabetismo Portugal 7,7 4,5 Região Autónoma da Madeira 10,8 6,0 Percentagem de indivíduos, com 10 ou mais anos, que não sabem ler nem escrever, em relação à população total. Em conformidade com o resto país, na última década, a Região Autónoma da Madeira viu a sua população tornar-se mais envelhecida e com um maior número de idosos dependentes da actual população activa. Índice de Envelhecimento Índice de Dependência de Idosos 2004 2014 108, 6 135, 8 2004 2014 25,4 30,2 2004 2014 2004 2014 76,4 96,7 2004 2014 22,1 20,7 2004 2014 Relação entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos. Relação entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos. Evolução dos índices de desenvolvimento social na Região Autónoma da Madeira em relação ao resto do país (2004-2014) Apesar de na última década a Região Autónoma da Madeira ter acompanhado a tendência nacional de redução da taxa de analfabetismo, a região continua a ter uma percentagem de indivíduos analfabetos acima da média nacional. Relativamente aos índices de envelhecimento e de dependência de idosos, tal como no resto do país em geral, a população da Região Autónoma da Madeira tornou-se mais envelhecida e com uma maior número de idosos dependentes da actual população activa. 5

Enquadramento e Papel do Turismo na RAM Caracterização Macroeconómica (1/2) Previsões relativamente à evolução do PIB Real na Região Autónoma da Madeira apontam, não só para o seu crescimento no futuro, mas também para o aumento da sua contribuição no que diz respeito à constituição do PIB Real nacional. Na Madeira, o sector terciário, para além de se assumir como sendo o mais importante para a economia da região, sendo os efeitos directos e globais do sector do turismo e todas as suas actividades características responsáveis por 25 a 30% do VAB da RAM. PIB Real da Região Autónoma da Madeira em relação ao PIB Real nacional Fonte: World DataBank, The World Bank, 2014; Pordata (dados 2013) 2005 2008 2011 PIB Real de Portugal (Mil Milhões de Euros) PIB Real da Madeira (Milhões) PIB Real da Madeira em percentagem do PIB Real de Portugal (%) 158,56 4,44 2,80 Valor Acrescentado Bruto (VAB) na Região Autónoma da Madeira por sector de actividade Fonte: INE, ES Research Research Sectorial (dados 2013) 84,8% O impacto 80,4% global do Sector do Turismo na RAM representa 25 a 30% do VAB 2,1% 1,9% 17,5% 13,3% Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário 2014 154,50 4,91 PREVISÃO 2017 2020 163,40 5,21 3,18 3,19 Evolução do PIB Real da Região Autónoma da Madeira em relação ao resto do país (2005-2020) A RAM voltou o ano passado a uma tendência de crescimento do produto, antecipando-se assim ao resto do país. Adicionalmente, as previsões relativamente à evolução do PIB Real apontam um crescimento superior à média nacional elevando assim o aumento da contribuição da Madeira para o PIB Real nacional. Principais sectores de actividade na Região Autónoma da Madeira Para além de se assumir como o principal sector de actividade em termos de contribuição para o VAB da região, o sector terciário tem vindo a ganhar importância no que diz respeito à sua contribuição para o VAB madeirense. 2004 2012 6

Enquadramento e Papel do Turismo na RAM Caracterização Macroeconómica (2/2) A Região Autónoma da Madeira apresenta valores superiores aos verificados em Portugal como um todo, não só ao nível do PIB per capita, mas também ao nível do rendimento disponível bruto per capita. Para além disso, as previsões de ambos os indicadores apontam também para taxas anuais médias de crescimento superiores na Região Autónoma da Madeira. PIB per capita (Euros) Fonte: World DataBank, The World Bank, 2014; Pordata (dados 2013) 17.088 15.021 Rendimento disponível bruto per capita (Euros) Fonte: Pordata (dados 2013) 18.771 14.714 PREVISÃO PREVISÃO 20.264 15.520 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 10.000 9.400 PIB per capita de Portugal (Euros) PIB per capita da Região Autónoma da Madeira (Euros) 13.435 12.358 16.164 14.380 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 Rendimento Disponível Bruto per capita de Portugal (Euros) Rendimento Disponível Bruto per capita da Região Autónoma da Madeira (Euros) Evolução do PIB per capita (2004-2020) Historicamente, a Região Autónoma da Madeira apresenta um PIB per capita superior à média nacional. Sendo que Portugal se encontra em 20º lugar dos países europeus (num ranking de 48 países), em termos de PIB per capita. O PIB per capita da RAM pode ser equiparado com países que se encontram neste ranking em 18º lugar. No futuro, espera-se ainda que o PIB per capita madeirense cresça a um ritmo superior ao PIB per capita nacional. Evolução da rendimento disponível bruto per capita (2004-2020) Em conformidade com a situação do indicador PIB per capita, a Região Autónoma da Madeira apresenta um rendimento disponível bruto per capita superior à média nacional. Para além disso, projecta-se ainda que este indicador na Madeira cresça a um ritmo superior do que o ritmo de crescimento verificado ao nível nacional. 7

Enquadramento e Papel do Turismo na RAM Caracterização Socioeconómica Tal como o país como um todo, a Região Autónoma da Madeira tem sofrido um agravamento dos níveis de desemprego na região. Relativamente ao modo como o emprego se distribui pelos diferentes sectores de actividade, o sector terciário assume-se como sendo o mais importante, sendo o sector do turismo e as suas actividades características responsáveis por 12 a 15% do emprego na RAM 1) Relativamente às condições de saúde e segurança, a RAM está dentro dos padrões nacionais, sendo a região do país com índice de crimes mais baixo Taxa de Desemprego (%) Fonte: INE; Pordata (dados 2013) 20,0 17,5 Evolução da taxa de desemprego (2004-2012) 13,6 Tendo historicamente uma taxa de 15,0 desemprego muito reduzida, a Região 10,0 Autónoma da Madeira assistiu desde 2010 a 7,6 15,5 6,6 um aumento dramático do desemprego, 5,0 2,9 para níveis superiores à média nacional. 0,0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Portugal RAM Emprego na Região Autónoma da Madeira por sector de actividade Fonte: World DataBank, The World Bank, 2014; Pordata (dados 2013) 9% 8% 25% 19% 66% 73% Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário 2004 2011 Indicadores sumários de saúde e segurança (2012) Fonte: Pordata (dados 2012) Número O Sector do Turismo é responsável por 12 a 15% do emprego na RAM 1) Habitantes por Profissionais de Saúde Hospitais 9 68 Centros de Saúde 13 159 Crimes por 1000 habitantes 27,2 1) Não inclui emprego associado à subcontratação de serviços, bem como outras formas de emprego induzido, uma vez que esta informação não se encontra disponível Evolução da distribuição do emprego por sector de actividade (2004-2011) Na Região Autónoma da Madeira, o sector terciário assume-se há vários anos como aquele que absorve a grande maioria da população activa madeirense. Só o alojamento representa pelo menos 5% do total do emprego ( 5,7 mil empregos) num total de cerca de 106 mil pessoas activas na RAM Saúde e Segurança Os recursos existentes na RAM ao nível de hospitais, centros de saúde e respectivo pessoal, encontra-se dentro dos padrões verificados para as outras regiões de Portugal (NUTS II) No que respeita à criminalidade a RAM é a região do país com o índice de crimes registados por 1000 habitantes mais baixo, sendo este um excelente aspecto no que ao turismo diz respeito. 8

Índice Página A. Enquadramento e Papel do Turismo na RAM 2 B. 9 C. Principais Tendências do Turismo 65 D. Atractividade da Ilha da Madeira face aos Potenciais Destinos Concorrentes 71 E. Benchmark e Melhores Práticas em Destinos de Ilhas ou com Posicionamento Semelhante 73 9

Vertentes de análise A Caracterização do Desempenho do Sector de Turismo da RAM baseou-se numa análise holística dos diferentes subsectores ligados ao Turismo: Posicionamento no PENT da RAM face aos diferentes produtos Categorização dos produtos e seus sub-produtos Evolução dos passageiros em escala Sazonalidade Oferta de Estabelecimentos Turísticos Práticas Ambientais e Sociais Produtos Cruzeiros Alojamento Restauração Instituições de Ensino Perfil dos profissionais do Turismo Capital Humano Acessibilidades e Mobilidade Acessibilidades para a RAM Acessibilidades entre ilhas Mobilidade na Madeira Promoção Modelo de Promoção Evolução do Orçamento Estabelecimentos Necessidades e satisfação dos turistas Comércio Tipologia / Negócio Localização Requalificação Procura Distribuição Rede de Distribuição Dormidas, Hóspedes, Ocupação e Proveitos 10

Vertentes de análise Alojamento Produtos Capital Humano Restauração Promoção Cruzeiros Acessibilidades e Mobilidade Comércio Distribuição Procura 11

PENT - Enquadramento Produtos Actualmente, o Turismo de Portugal, decorrente do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) que desenvolveu, dá as orientações estratégicas para o Turismo Nacional., incluindo a RAM. ( ) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Plano Estratégico Nacional do Turismo (2006 2015) Horizonte temporal 1ª Revisão do PENT 2ª Revisão do PENT 2014 2015 Presente Quais irão ser os próximos passos? É o documento que define as linhas de orientação estratégica para a política de Turismo Nacional, com metas e objectivos claros, de forma a criar as condições que permitam ao Turismo contribuir decisivamente para a imagem do país e para o bem-estar da população portuguesa, através da geração de riqueza, da criação de postos de trabalho e da promoção da coesão territorial. A visão (estratégica) para o Turismo em Portugal é ambiciosa, mas exequível, que assenta em 3 pilares: 1. Portugal deverá ser um dos destinos de maior crescimento na Europa, 2. através do desenvolvimento baseado na qualificação e competitividade da oferta, 3. transformando o sector num dos motores de crescimento da economia nacional. O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) define uma estratégia e um plano de acção para o desenvolvimento do Turismo em Portugal, no horizonte temporal de 10 anos, assente na qualidade, competitividade e sustentabilidade da sua oferta, assente em 10 produtos estratégicos. Fonte: PENT (2006-2015) 12

PENT Produtos RAM Produtos No PENT foi desenvolvida, para a Região Autónoma da Madeira, uma estratégia de desenvolvimento de produto que tem por objecto os mercado externos situação que beneficia também os mercados internos tendo como premissa a necessidade de concentração de esforços, evitando a dispersão em acções de reduzido impacto. Estratégia Produto Circuitos turísticos religiosos e culturais Turismo de Natureza Turismo Náutico Estádio de Maturidade Consolidado Consolidado Desenvolvimento Emergente o o o o o o o o Linhas de Actuação definidas no PENT Disponibilizar recursos georreferenciados em valor e desenvolver conteúdos informação para o cliente Rever o modelo de eventos procurando alargar o período de realização em termos de tempo e a sua abrangência regional Incentivar e diversificar as experiências nomeadamente de turismo rural, e colocar o produto no mercado Estruturar a oferta Diversificar experiências, nomeadamente de turismo rural Criar conteúdos e sua disponibilização em canais e colocar o produto passeios a pé, de bicicleta ou a cavalo no mercado. Face à importância do meio marinho devem ser promovidas actividades tais como o mergulho, etc. Na vertente náutica de recreio, verifica-se que o cliente nauta que se desloca às ilhas integra um segmentonicho, cujo conjunto de requisitos e exigências a Região já dá resposta Divulgar a oferta de surfing como produto emergente. Sol e Mar Desenvolvimento o Consolidar e desenvolver as operações aéreas, incluindo as promovidas por operadores turísticos o Enriquecer a experiência com a multiplicidade de actividades de natureza e bem-estar o Capacitar as empresas para abordagem a novos segmentos de mercado e canais de distribuição - destaque para Porto Santo Turismo de Saúde e Bemestar Complementar o o Desenvolver conteúdos e sua disponibilização em canais Desenvolver a diversidade de experiências de SPA e talassoterapia, complementando a oferta regional Golfe Complementar o Estruturar a oferta para complementar outros produtos de motivação primária Gastronomia e Vinhos Complementar o o o Densificar actividades Desenvolver conteúdos e experiências Integrar a oferta em plataformas de promoção e comercialização. Fonte: PENT (2006-2015) Resorts Integrados e Turismo Residencial Emergente o Acompanhar o desenvolvimento/ escoamento da oferta associada aos projectos de investimento na região Nota: São considerados produtos sem expressão para a Madeira: Turismo Estadias de curta duração em cidade e Turismo de Negócios 13

Turismo de Circuitos Turísticos, Religioso e Cultural Produtos A RAM oferece diversas atracções culturais (museus, monumentos, centros culturais, ), temáticas (teleféricos, Casino da Madeira, Adega S. Francisco,...) e religiosas (igrejas, capelas,...). No decorrer das consultas foi referida a falta de estruturação e integração da oferta de produtos na RAM, sendo por vezes pouco claro para um turista obter informação sobre diversos pontos de interesse na região. A Diocese do Funchal fez recentemente 500 anos, tendo sido referenciado que não foi potenciado o aspecto turístico da ocasião. Foi referenciado também o perigo para a qualidade da experiência do turista resultantes do sistema informal de comissionamento que vigora entre diversas actividades do sector (recepcionistas, taxistas, restaurantes, lojistas, ). Turismo de Circuitos Turísticos, Religioso e Cultural Fonte: visitmadeira; visitportosanto Estratégia Produto Circuitos Turísticos Religiosos e Culturais Subproduto Infra-estruturas Madeira Circuitos Ilhas Visitas ao Funchal Visitas Temáticas 216 principais atracções Porto Santo NÃO EXAUSTIVO RAM Museus 24 1 25 Monumentos 30 3 33 Centros Culturais 5 1 6 Igrejas 35 1 36 Capelas 14 3 17 Teleféricos 3-3 Faróis e Farolins 2-2 Grutas e Centros de Vulcanismo 1-1 Casinos 1-1 Parques Aquáticos 2-2 Núcleos, Aquários e Centros de Ciência 5-5 Quintas Pedagógicas 1-1 Actividades/Locais Típicos (inclui: carros de cestos, Forno da Cal, Café do Relógio, Adega S. 4-4 Francisco) Kartódromo 1-1 A percepção dos turistas que passeiam a pé pelo Funchal apresenta um misto de avaliações: + relativamente à beleza e proximidade de algumas zonas, e Miradouros 63 5 68 Promenades 10 1 11 - pela falta de passeios, excesso de construções, carros e velocidade dos mesmos. E ainda, a falta de identificação/ sinalética e informação pouco clara para alguns locais (ex. como chegar a atracções turísticas ou levadas). 14

Figura Circuitos Turísticos Religiosos e Culturais: Nível e preparação do destino Madeira para turistas com mobilidade reduzida Acessibilidades: Exemplo dos Museus da Madeira Fonte: visitmadeira; Direcção geral do Património; sitio de cada um dos Museus Acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida nos Museus da Madeira (2014) Nível de acessibilidade a Museus é potencialmente bastante reduzido. 24 Museu Etnográfico da Madeira Museu da Electricidade Casa da Luz Casa Museu Frederico de Freitas Museu de História Nacional 2 20 83,3% não fazem qualquer referência à existência de acessibilidades próprias. 2 Nº total de Museus na Madeira Total Acessibilidade Parcial Acessibilidade Sem Informação disponível 15

Turismo de Natureza Produtos A Região Autónoma da Madeira possui diversos produtos de turismo de natureza potenciados pelas suas características naturais, relevo agreste do território e biodiversidade. Estudos realizados localmente indicam que chegam a andar diariamente nas Levadas e Veredas cerca de 5.000 pessoas. Turismo de Natureza Fonte: visitmadeira; visitportosanto; Explore Madeira; Madeira Wind Brids Estratégia Produto Natureza (Terra, Ar e Mar) Subproduto Infra-estruturas Madeira Porto Santo RAM Passeios a pé Percursos Pedestres 20 3 23 Levadas e Veredas (kms) - - 3.000 Excursões - - - Passeios de Bicicleta/ Passeios a Cavalo Actividades Especificas de Outdoor Ciclovia Percursos a cavalo Trail Running Parapente/Asa Delta Existem condições nas estradas e trilhos que propiciam os passeios de bicicleta e a cavalo Existem diversos percursos técnicos extremamente desafiantes em zonas montanhosas de relevo acidentado Existem diversos locais para aterragem em segurança Geocaching - - - NÃO EXAUSTIVO Contemplação da Natureza Excursões 4X4 BTT Downhill Escalada Os passeios de todo-o-terreno permitem explorar paisagens inesquecíveis nos cantos mais remotos As excelentes condições das estradas e trilhos de bicicleta de montanha propiciam prática de BTT A Madeira é considerada com uma das melhores pistas de downhill e há, inclusive, campeões de origem madeirense O terreno montanhoso da Madeira e a sua composição de rocha basáltica permite a prática de escalada clássica Canyoning (nº de ribeiras) 11-11 Birdwatching Observação de Cetáceos 16

Turismo Náutico Produtos A Região Autónoma da Madeira possui diversos produtos de Turismo Náutico. A envolvência marinha do arquipélago e locais como a Reserva Natural Parcial do Garajau e as Ilhas Desertas e Selvagens, permitem a organização de passeios de barco e a prática de mergulho, pesca desportiva e desportos aquáticos como o surf, windsurf, kitesurf, stand up paddle e canoagem. Verifica-se uma grande concentração dos operadores de actividades marítimoturísticas no Funchal devido não só, à concentração da procura, como também a restrições de actividade relacionadas com áreas protegidas. Turismo Náutico Fonte: visitmadeira; visitportosanto; Explore Madeira Estratégia Produto Subproduto Infra-estruturas Madeira Porto Santo Náutico Passeios de barco Passeios às Ilhas Desertas Passeios às Ilhas Selvagens Actividades Desportivas Pesca Desportiva 5-5 Aluguer de barcos RAM Stand Up Paddle (SUP) A RAM possui locais reconhecidos para a prática do SUP como a Reserva do Garajau e a Ponta de São Lourenço Surf 10-10 Windsurf e Kitesurf 9 1 10 Canoagem A RAM possui 250 km de linha costeira na qual a prática da Canoagem é bastante popular Mergulho + de 90 locais de Mergulho Coastering Vela NÃO EXAUSTIVO 17

Figura Náutico: Caracterização Marinas e Portos de Abrigo Marinas e Portos de Abrigo Fonte: visitmadeira; visitportosanto Marina do Funchal NÃO EXAUSTIVO RAM Funchal Porto Santo Portos de Abrigo 8 7 1 Marinas 3 2 1 As marinas da RAM têm capacidade para cerca de 300 a 400 barcos com dimensão superior a 12 metros Porto de Abrigo do Porto Santo Condições actuais das infra-estruturas marítimas na RAM para a Náutica de Recreio Fonte: Diagnóstico efectuado junto das entidades locais 1 2 3 Marítimo Turístico Falta de espaço e condições para atracagem, especialmente no Funchal. Ainda, necessidade de reabilitação de algumas Marinas. Turismo de Recreio Falta de capacidade, especialmente para embarcações de maior dimensão na maioria dos portos de recreio e marinas da RAM. Navegação de recreio dos residentes Existe capacidade suficiente, com alguma sobrecarga em situações pontuais, nomeadamente na Marina do Funchal. Porto de Recreio da Calheta Marina da Quinta do Lorde 18

Turismo de Saúde e Bem Estar / Sol e Mar Produtos As características naturais da RAM permitem a prática de diversos tratamentos e actividades benéficas para a saúde como a Talassoterapia com as águas de Porto Santo, a Vinoterapia utilizando vinho da Madeira, yoga e fitness ao ar livre e programas de desintoxicação no Centro de Cura Ayurvédica da Madeira. A RAM dispõe aproximadamente de 15 complexos e zonas balneares e 29 praias. Ceca de 52% das praias da RAM têm Bandeira Azul, em Porto Santo este valor baixa para 25%. Turismo Saúde e Bem-estar Fonte: visitmadeira; visitportosanto; Explore Madeira; Madeira Spas Estratégia Produto Saúde e Bemestar Estratégia Produto Subproduto Infra-estruturas Madeira Porto Santo Relaxar Spas - - 12 Tratamentos em centros específicos Actividades Desportivas Turismo Sol e Mar Fonte: visitmadeira; visitportosanto; Explore Madeira Talassoterapia Vinoterapia Ayurveda Yoga e Fitness Subproduto Infra-estruturas Madeira RAM As águas que banham a ilha de Porto Santo são ricas em minerais e oligoelementos essenciais na talassoterapia As folhas das videiras e o vinho da Madeira são utilizados para melhorar a circulação e reduzir o envelhecimento O Centro de Cura Ayurvédica da Madeira possui vários programas de desintoxicação em comunhão com natureza Estas actividades podem ser praticadas em regime indoor num spa ou junto da natureza em regime outdoor Porto Santo NÃO EXAUSTIVO Sol e Mar Bronzear e Relaxar Complexos e Zonas Balneares 15-15 RAM Praias 21 8 29 Piscinas Naturais 4-4 Em 2014 a RAM obteve a classificação de Bandeira Azul em 15 Praias (13 Madeira e 2 Porto Santo) 19

Figura Sol e Mar: Nível e preparação do destino Madeira para turistas com mobilidade reduzida Acessibilidades na Praia Fonte: Instituto Nacional para a Reabilitação - Praia Acessível - Praia para todos, 2014 A RAM tem feito um esforço para melhorar as infra-estruturas das suas praias por forma a torná-las acessíveis, estando actualmente 31% das 29 praias com as condições necessárias para pessoas com mobilidade reduzida. Um valor mesmo assim inferior à média nacional que se cifra em cerca de 37%. Em 2008, a RAM não tinha praias acessíveis 118 Evolução do N.º praias acessíveis - Portugal 154 158 175 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 184 Continente Açores Madeira 179 6 7 8 7 7 9 194 Machico, Santa Cruz, Calheta, Funchal e em Porto Santo RAM Quais as condições necessárias para que uma praia seja considerada acessível? Estacionamento ordenado e com lugares reservados para viaturas ao serviço das pessoas com deficiência; Acesso pedonal fácil e livre de obstáculos, a partir da via pública envolvente; Passadeiras sobre o areal, sempre que este exista, e, nos restantes casos, um percurso pavimentado, firme e contínuo; Instalações Sanitárias adaptadas, servidas por um percurso acessível; Posto de Primeiros Socorros acessível, servido por um percurso acessível; Existência de Nadador Salvador. Numa perspectiva de avaliação e melhoria contínua do programa Praia Acessível Praia para Todos! existe um questionário acessível a todos aqueles que frequentaram praias acessíveis. Objectivo: recolher contributos relativos à utilização das praias acessíveis, no sentido de melhor responder às expectativas dos seus utilizadores e melhorar para o ano seguinte 20

Turismo de Gastronomia e Vinhos / Golfe Produtos A gastronomia tradicional madeirense e o típico Vinho da Madeira são factores importantes da Região. Bem como a existência dos 3 campos de Golfe do arquipélago Palheiro Campo, Santo da Serra e Porto Santo Golfe - são factores importantes de atracção de turistas. Turismo Gastronomia e Vinhos Fonte: visitmadeira; visitportosanto; Madeira Promotion Bureau Estratégia Produto Subproduto Infra-estruturas Madeira Gastronomia e Vinhos Comer e Beber Gastronomia Local Actividades Temáticas Visitas a Adegas Rotas dos Vinhos Rotas Gastronómicas Porto Santo NÃO EXAUSTIVO RAM Existem diversos restaurantes no arquipélago que oferecem gastronomia tradicional madeirense São organizadas tours pelas rotas dos vinhos, com sessões de degustação do Vinho da Madeira As visitas às adegas tradicionais madeirenses é uma experiência única para os apreciadores de vinho Turismo Golfe Fonte: visitmadeira; visitportosanto; Madeira Promotion Bureau Estratégia Produto Subproduto Infra-estruturas Madeira Porto Santo RAM Golfe Actividade Desportiva Golfe (Campos de Golfe/ Nº de buracos) 2/51 1/27 3/78 21

Turismo de Resorts Integrados e Residencial Produtos Existe apenas um membro da Madeira registado na Associação Portuguesa de Resorts (APR). Resorts Integrados e Turismo Residencial Fonte: livingportugal; APR Estratégia Produto Resorts Integrados e Turismo Residencial Subproduto Infra-estruturas Madeira Porto Santo NÃO EXAUSTIVO Residência de Turistas Resorts integrados 1-1 RAM 22

Existe um conjunto de Eventos que ocorrem na RAM, no entanto, no decorrer das consultas foi referida a falta de estruturação e divulgação sobre os eventos que decorrem na RAM havendo dificuldade em informar adequadamente o turista sobre os mesmos. Eventos Calendário Anual da Madeira (2014) Fonte: visitmadeira; cultura.madeira; acontecemadeira Carnaval (11 a 18) Festa da Flor (1 a 7) Madeira Islands Open Calendário Rota das Estrelas (19 a 25) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Produtos NÃO EXAUSTIVO Madeira Island Ultra Rail (10 a 13) Festival do Atlântico (7 a 28) Festa da Cereja (14 e 15) São João Festa de Nossa Senhora do Monte (Madeira) Festa de Nossa Senhora da Graça (Porto Santo) Festa do Vinho da Madeira (31.Agosto a 7) Setembro Outubro Novembro Dezembro Festival Funchal Jazz (3 a 5) Rali Vinho da Madeira (final do mês) Festival Colombo (18 a 20) Legenda: Gastronomia e Vinho Náutico Festival da Natureza da Madeira (6 a 12) Passagem de Ano Natureza Golfe A acrescentar a estes eventos existe um conjunto infindável de iniciativas de menor dimensão por toda a Região Circuitos Turísticos Religiosos e Culturais Outros Eventos Emblemáticos Nota: alguns eventos passam de um mês para o outro mas foi considerado o mês com maior representatividade 23

Vertentes de análise Alojamento Produtos Capital Humano Restauração Promoção Cruzeiros Acessibilidades e Mobilidade Comércio Distribuição Procura 24

Oferta de Alojamento Alojamento De acordo com os dados analisados, e segundo estimativas locais, a RAM oferece neste momento 34 a 36 mil camas. Os Hotéis das categorias 4 e 5 estrelas e HA representam 78% do total da oferta hoteleira. As estimativas apontam que o Alojamento Local e Turismo de Habitação representem até cerca de 14% da oferta de alojamento da RAM. Algumas unidades já apresentam alguma qualidade, no entanto a informação sobre esta tipologia é reduzida e não existe monitorização para assegurar critérios mínimos de qualidade, podendo levar à degradação da imagem do destino e a referências negativas dos turistas. A modernização do parque hoteleira está a ocorrer por via de construção de novas unidades hoteleiras e não pela requalificação das mesmas. O Sector encontra-se com fortes problemas de endividamento o que condiciona futuros reinvestimentos. Oferta de Alojamento Turístico por Região (2013) Fonte: INE; Turismo de Portugal; DREM; Stakeholders do projecto; Análise KPMG I. Empreendimentos Turísticos Nº de Empreendimentos Turísticos Madeira Porto Santo Nº de Turismo em Espaço Rural 1 Nº de Alojamento Local e Turismo de Habitação 2 = Oferta total de alojamento na RAM II. Turismo em Espaço Rural Nº Estabelecimentos 163 (16%) 153 (94%) 10 (6%) Nº Camas 29.164 ( 84%) 27.037 (93%) 2.127 (7%) 50 (5%) 628 ( 2%) 800 (79%) 4 a 6 mil ( 14%) 1.000 III. Alojamento Local e T. Habitação 34-36 Mil Notas (1) Incluídos o Agroturismo, as Casas de Campo, os Hotéis Rurais, entre outros tipos de estabelecimentos de TER (2) Dados relativos às unidades de alojamento local, apurados no levantamento efectuado junto das entidades locais, não existindo uma estimativa quanto às unidades de turismo de Habitação Nº de Camas por tipologia de empreendimento turístico (2013) Fonte: INE; Turismo de Portugal A reclassificação dos empreendimentos turísticos Hotéis: 17.068 camas encontra-se já, entre 70% a 80%, sendo que as 9.484 principais limitações se 7.709 prendem com os requisitos 5.679 de segurança. 3.392 1.767 138 42 426 527 78% 5* 4* 3* 1* e 2* HA P ALD AP Outros Nota: Gráfico inclui dados de 2013 para hotéis de 5 estrelas (5*), 4 estrelas (4*), 3 estrelas (3*), 1 e 2 estrelas (1* e 2*), Hotéis-Apartamento (HA), Pousadas (P), Aldeamentos (ALD), Apartamentos (AP) outros estabelecimentos. Dispersão geográfica do número de camas por município (2013) Fonte: INE Funchal 63,5% Santa Cruz 13,7% Porto Santo Calheta Machico São Vicente Câmara de Lobos Ribeira Brava Santana Ponta do Sol Porto Moniz 7,4% 3,5% 2,7% 2,5% 2,4% 1,4% 1,2% 1,0% 0,7% Existe uma grande concentração de alojamento no Funchal, no entanto tem-se sentido alguma desconcentração deste tipo de estabelecimentos para a restante Região. 25

Incorporação de Práticas Ambientais e Sociais nos Empreendimentos Turísticos (1/3) Alojamento Apenas existe informação sobre práticas ambientais e sociais no Sector da Hotelaria. Utilização eficiente de energia nos empreendimentos turísticos da RAM (% de adesão 2010-2012) Fonte:Turismo de Portugal Nos empreendimentos turísticos da RAM, as práticas de utilização eficiente de energia apresentam valores bastante constantes e em linha com as outras regiões do país, tendo comparativamente uma maior adesão aos interruptores por cartão e sistemas automáticos de ligar/ desligar aquecimento ou ar condicionado, e uma menor adesão aos sistemas de climatização reguláveis pelo cliente. Nas práticas de utilização eficiente de água, a RAM é actualmente a região com maior adesão, tendo-se vindo a destacar nos últimos anos, nomeadamente, através da política de mudança de lençóis, autoclismos de baixo consumo, redutores de caudal ou mesmo água de qualidade inferior para rega ou lavagens. 2012 2011 2010 93% 94% 94% 62% 73% 69% 82% 77% 76% 61% 63% 65% 62% 58% 65% 0% 69% 64% 28% 39% 72% 0% 60% 20% 39% 20% 43% Utilização eficiente de água nos empreendimentos turísticos da RAM (% de adesão 2010-2012) Fonte:Turismo de Portugal 2012 2011 2010 95% 75% 82% 0% 0% 73% 74% 87% 49% 75% 72% 29% 9% 38% 70% 31% 41% 30% Utilização de lâmpadas economizadoras de energia Climatização com intensidade regulável pelo cliente Interruptor geral nos quartos adicionado com cartão Isolamento térmico e acústico das janelas Ar condicionado eficiente (classe A ou B) Utilização de monitores LCD em salas de estar e quartos Sensores automáticos nas luzes Aproveitamento de energia solar para aquecimento de água Sist. Autom. Para desligar o ar condicionado/ aquecimento quando as janelas estão abertas Mudança de toalhas e lençóis a pedido dos hóspees ou de acordo com o mínimo legalmente exigido Hóspedes convidados a comunicar aos colaboradores quaisquer perdas de água Autoclismos de baixo consumo de água (cargas diferenciadas) Utilização de redutores de caudal (torneiras/ chuveiros) Utilização de temporizadores nas torneiras Utilização de água de qualidade inferior (chuva ou proveniente de ETAR própria) para rega ou lavagens 26

Incorporação de Práticas Ambientais e Sociais nos Empreendimentos Turísticos (2/3) Alojamento Nas práticas de gestão eficiente de resíduos nos empreendimentos turísticos, a RAM é de longe a região com maior adesão, apresentando consistentemente os valores mais elevados em todas as iniciativas, com os grandes destaques a serem o reencaminhamento de resíduos orgânicos e a disponibilização de recipientes de recolha selectiva aos hóspedes. Relativamente à certificação, a RAM é a região que apresenta menores índices, apesar do crescimento assinalável em 2012, com as principais lacunas a serem nas certificações ISO 14001 e 9001. Gestão eficiente de resíduos nos empreendimentos turísticos da RAM (% de adesão 2010-2012) Fonte:Turismo de Portugal 2012 2011 2010 97% 98% 100% 75% 67% 65% 0% Tipo de certificação nos empreendimentos turísticos da RAM (% de adesão 2010-2012) Fonte:Turismo de Portugal 2012 2011 2010 4% 4% 13% 10% 4% 26% 1) 14% 10% 35% 4% 22% 2) 6% 3) 47% 57% 65% 65% 59% 55% 61% 47% 49% Separação de resíduos (papel, embalagens, vidro e pilhas) Reencaminhar resíduos orgânicos (cozinha e jardinagem) para compostagem Medidas para minimizar a utilização de embalagens na restauração Disponibilizar aos hóspedes recepientes para recolha selectiva (vidro, papel e embalagens) Colocar nos quartos produtos recarregáveis (shampoo, gel, etc) 13% Rótulo ecológico ISO 14001 ISO 9001 Chave verde Eco-Hotel 100R HACCP Outras Notas: Certificação100R relativa à gestão de resíduos para alterada para 3R6 desde Maio 2013. Dados de 2010 não são completamente comparáveis com os dos restantes anos, uma vez que não apresentam o mesmo nível de desagregação: 1) Certificação/rótulo/selo ambiental por norma nacional ou europeia (ex: Rótulo Ecológico, ISO 14001, EMAS II, Chave Verde, Eco-hotel) 2) Certificação da qualidade dos serviços por norma nacional ou europeia (ex: ISO 9001) 3) Certificação de construção sustentável (ex: BREEAM - BRE Environmental Assessment Method; LEED Leadership in Energy and Environmental Design; Lider A - Liderar pelo Ambiente) 27

80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Em colaboração Incorporação de Práticas Ambientais e Sociais (3/3) Alojamento Cerca de 1/3 dos empreendimentos turísticos da RAM fazem promoção dos produtos regionais (alimentares e não alimentares), património natural e cultural, valores esses dos mais altos a nível nacional, só igualados pelo Alentejo. Empreendimentos com Cuidados Ambientais na aquisição de bens e serviços e Acções de apoio à conservação/ valorização da biodiversidade local (2012) Fonte:Turismo de Portugal Cuidados ambientais na aquisição de bens e serviços 75% Madeira 63% Portugal RAM é a região de Portugal (NUTS II) com maiores cuidados ambientais na aquisição de bens e serviços Algarve é segunda região (65,8%) 25% Madeira Acções de apoio à conservação/ valorização da biodiversidade local 17% Portugal RAM é a região de Portugal (NUTS II) que mais preocupações manifesta na conservação/ valorização da biodiversidade Alentejo é segunda região (21,7%) Empreendimentos que desenvolvem iniciativas de apoio à comunidade local (2012) Fonte:Turismo de Portugal Programas de turismo social 34% 33% 33% 33% 21% 10% 28% 41% 3% Quase metade das unidades hoteleiras da Madeira fazem doações à comunidade (refeições ou mobiliário) Doações (ex: refeições ou mobília) Voluntariado envolvendo os colaboradores Educação da comunidade (ex: sensibilizar para o turismo) Parceria com empresas de serviços Promoção do património cultural Promoção património natural Promoção de produtos regionais (ex. artesanato) Promoção de produtos alimentares regionais 28

Vertentes de análise Alojamento Produtos Capital Humano Restauração Promoção Cruzeiros Acessibilidades e Mobilidade Comércio Distribuição Procura 29

Caracterização da restauração Restauração Nos últimos 5 anos, o número de estabelecimentos de restauração e similares na RAM tem vindo a aumentar a uma taxa de crescimento média anual de 3,8%, com um ligeiro abrandamento nos últimos dois anos. Este crescimento, permitiu compensar as dissoluções e insolvências como resultado da menor atractividade do ponto de vista da rendibilidade. Evolução do número de estabelecimentos de restauração e similares em actividade na RAM (2010-2014) Fonte: Observatório Racius Tipo de Estabelecimento Restaurantes Tradicionais Restaurantes com Lugar de Balcão Restaurantes sem Serviço de Mesa Restaurantes Típicos Restaurantes com Espaço de Dança Confecção de Refeições Prontas a Levar a Casa Outros restaurantes Número de estabelecimentos em actividade 2010 2011 2012 2013 7,2% 7,5% 1,7% 3,0% 946 1.014 1.090 1.108 1.141 414 220 10 458 (+44) 225 (+5) 31 31 11 7 153 497 (+39) 230 (+5) 10 11 (+1) 12 (+1) 9 (+2) 507 (+10) 229 (-1) 11 31 32 (+1) 12 15 (+3) 11 (+2) 153 173 (+20) 11 169 (-4) 2014 516 (+9) 224 (-5) 11 33 (+1) 16 (+1) 13 (+2) 183 (+14) Estabelecimentos de Restauração e Similares na RAM Desde 2010, o número de estabelecimentos de restauração e similares em actividade na RAM tem vindo a aumentar, a uma taxa de crescimento média anual de 3,8%. Após aumentos anuais na ordem do 7% entre os anos 2010 e 2012, em 2013 registou-se um abrandamento do crescimento. Esta situação deve-se essencialmente ao abrandamento do crescimento do número de restaurantes tradicionais, sendo ainda relevante destacar neste âmbito o decréscimo do número total de restaurantes com lugar de balcão e de outro tipo de restaurantes não especificado. Enquanto o número de constituições de estabelecimentos de restauração tem registado um crescimento consecutivo, o número de insolvências e, principalmente, de dissoluções aumentou em larga escala do ano 2011 para 2012. Algumas considerações Estima-se que aproximadamente 80% da procura dos restaurantes são turistas. De forma generalizada, é sentida uma diminuição da procura e uma maior sensibilidade aos preços, no entanto, os turistas ainda apreciam a qualidade do serviço e a comida, estando dispostos a pagar por ela. Cafés 53 64 (+11) 69 (+5) 76 (+7) 81 (+5) Os regimes all-inclusive e meio pensão são considerados factores inibidores da procura neste sub-sector. Pastelarias e Casas de Chá 47 52 (+5) 56 (+4) 58 (+2) 64 (+6) Simultaneamente, o efeito da chegada de cruzeiros é largamente sentida, de forma positiva, na Região. Constituições Dissoluções Insolvências 66 9 11 79 8 15 86 64 30 Nota: (1) Dados até Setembro de 2014 120 56 1 66 34 1 30 16 1 Do ponto de vista de preferências alimentares a oferta de pratos vegetarianos está tipicamente limitada a pratos simples. Estima-se, que aproximadamente 25% dos restaurantes oferecem alternativas a tolerâncias alimentares. Apesar de terem sido desenvolvidas algumas iniciativas com produtos biológicos, o mercado encontra-se ainda pouco desperto para estas tendências. 30

Algumas noticias Restauração Em resultado da qualidade característica dos estabelecimentos de restauração da Madeira, diversos prémios (distinções de melhor restaurante, certificados de excelência e estrelas Michelin) foram concedidos a determinados restaurantes da RAM. A RAM conta actualmente com um restaurante galardoado com uma estrela Michelin. Prémios de estabelecimentos de restauração na RAM Fonte: Revista WINE Essência do Vinho; Trip Advisor; Madeira Travel News; DN 2014 Revista Wine A Revista Wine Essência do Vinho, especializada nas temáticas de enologia e gastronomia, galardoou em Fevereiro de 2014 o restaurante Il Gallo d Oro (pertencente ao Hotel The Cliff Bay, Funchal) com o prémio Restaurante Gastronómico do Ano 2013. 2013 Estrela Michelin 2014 O restaurante Il Gallo d Oro (pertencente ao Hotel The Cliff Bay, Funchal) foi distinguido com uma estrela Michelin no Guia Michelin 2014 - Portugal e Espanha. EXEMPLIFICATIVO Trip Advisor O restaurante Lilly s, no Funchal, foi distinguido em 2013 com o Certificado de Excelência do website Trip Advisor. 31

Satisfação do turista Restauração Globalmente, os turistas classificam os diversos aspectos relevantes nos estabelecimentos de restauração e similares da RAM com uma pontuação entre os 70% e os 80%. Satisfação global dos turistas relativamente aos estabelecimentos de restauração e similares na RAM Fonte: Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Turistas, 2011 Critérios de Avaliação 2007 Em 5 anos Qual a evolução na opinião dos turistas face aos estabelecimentos de restauração e similares? 2009 2011 O desempenho dos empregados do comércio, restauração e hotelaria é a categoria com melhor I. Desempenho global dos empregados do comércio, restauração e hotelaria 79,70% 79,0% 79,6% pontuação, enquanto que a variedade de restaurantes, bares e cafés registou a classificação mais baixa. II. Qualidade global da alimentação na restauração 1 79,60% 76,6% 77,4% É fundamental a capacidade da restauração da RAM se adaptar e inovar face às III. Qualidade global dos restaurantes, bares e cafés 79,30% 77,0% 77,7% novas tendências gastronómicas que se têm verificado em muitos dos seus mercados emissores (ex.vegetarianismo), uma IV. Variedade de restaurantes, bares e cafés 79,30% 69,9% 75,5% vez que estamos perante um turista cada vez mais Nota: (1) Inclui higiene e segurança alimentar. exigente. À excepção do desempenho global dos empregados do comércio, restauração e hotelaria, os restantes factores registaram um decréscimo do nível de satisfação dos turistas, especialmente em relação à variedade de restaurantes, bares e cafés. 32

Vertentes de análise Alojamento Produtos Capital Humano Restauração Promoção Cruzeiros Acessibilidades e Mobilidade Comércio Distribuição Procura 33

Comércio Comércio Os estabelecimentos comerciais existentes no Funchal concentram-se sobretudo em sectores como a restauração, escritórios, retalho alimentar e de outros produtos acabados diversos, havendo relativamente poucos estabelecimento relacionados com actividades de natureza e mar, nomeadamente Lojas de Desporto. Caracterização dos Estabelecimentos Comerciais no Município do Funchal Fonte: Câmara Municipal do Funchal Nº de Estabelecimentos de Comércio no Funchal Restauração e Bebidas Escritórios Pronto-a-vestir e similares Saúde Estética Artigos lar e decorações Comércio alimentar Serviços diversos Agências de viagens e similares Automóveis e acessórios Reparações Hotelaria Comércio diverso Mediação Imobiliária Ourivesarias TIC Farmácias e artigos de saúde Bancos Mob. e equipamento de escritório Tabacarias Educação Ferragens e construção Armazenagem Electrodomésticos e similares Limpeza Seguros Flores, prendas Perfumes, cosmética Artigos desportivos Equip. e produtos industriais Outros 4.462 Principais Sectores de Actividade dos Estabelecimentos Comerciais no Funchal: 4,8% 4,7% 4,6% 4,6% 4,3% 2,6% 2,5% 2,4% 2,2% 1,9% 1,9% 1,7% 1,7% 1,5% 1,5% 1,5% 1,5% 1,4% 1,3% 1,1% 1,1% 1,0% 0,8% 0,8% 0,8% 0,6% 0,6% 3,3% 11,3% 8,7% 21,3% Estabelecimentos Comerciais no Funchal Os estabelecimentos comerciais existentes no Município do Funchal, estão concentradas sobretudo nos sectores de restauração e bebidas, escritórios, pronto-a-vestir e similares, bem como Saúde, Estética, Lar e Decoração e Comércio Alimentar. Os mesmos situam-se principalmente nas Freguesias da Sé, S. Martinho, Santo António e S. Pedro, freguesias essas que também são das mais populadas. Distribuição Geográfica dos Estabelecimentos Comerciais no Município do Funchal Santo António 10,4% S. Martinho 18,6% S. Pedro 8,7% S. Roque 2,5% 39,7% Sé 1,5% Monte Imaculado Coração de Maria 2,8% Sta. Maria Maior 7,6% Sta. Luzia 5,8% S. Gonçalo 1,9% Nota: Devido à falta de informação não foi possível apresentar dados relativos ao comércio nos restantes municípios da RAM 34

Satisfação do turista Comércio Globalmente, a classificação dos turistas relativamente à qualidade e diversidade dos estabelecimentos de comércio melhorou entre 2009 e 2011. No entanto, estas rúbricas são das que apresentam classificação inferior dentro da categoria Qualidade dos Serviços Complementares. Satisfação global dos turistas relativamente aos estabelecimentos de comércio na RAM Fonte: Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Turistas, 2011 Critérios de Avaliação I. Qualidade global do comércio (excluindo restaurantes, bares e cafés) 72,4% Em 2 anos 2009 2011 Qual a evolução na opinião dos turistas face aos estabelecimentos de comércio? 72,9% II. Variedade do comércio (excluindo restaurantes, bares e cafés) 69,9% 71,5% De uma forma geral, a percepção do turista relativamente à qualidade e diversidade do comércio na RAM aumentou entre 2009 e 2011. No entanto, de todas as rúbricas que compõem a categoria Qualidade dos Serviços Complementares da RAM do barómetro, as relativas ao comércio apresentam dos valores mais baixos, em linha por exemplo com os valores para a Qualidade da Informação Sobre Actividades a Fazer. 35

Vertentes de análise Alojamento Produtos Capital Humano Restauração Promoção Cruzeiros Acessibilidades e Mobilidade Comércio Distribuição Procura 36

Promoção - APM Promoção Em 2014, a APM recebeu cerca de 4,2 M, tendo tido uma clara aposta no mercado do Reino Unido e em acções junto dos Operadores Turísticos, Publicidade e Rotas Aéreas. Evolução do Orçamento da Promoção e Comercialização (2005-2014) da Associação de Promoção da Madeira M Fonte: Associação de Promoção 3,0 3,5 4,5 4,8 4,8 4,5 4,5 4,0 4,2 4,2 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Nota: não incluídos custos de funcionamento Quais foram os Mercados de aposta promocional da Madeira, em 2014? Projectos de Comercialização (PCV) 38% Iniciativas de Promoção 3.194.118 1.033.695 26% 1.216.222 836.669 10% 9% 8% 7% 1% 1% 344.727 279.710 242.770 217.670 31.890 24.460 Reino Unido Alemanha Escandinávia Benelux Espanha França Suíça Áustria Em que tipo de iniciativas foi feito o Investimento? Acções com OT (41%) Publicidade (26%) Rotas Aéreas (22%) Outras (11%) 1.302.692,74 845.928,48 715.896,00 329,06 Nota: Outras inclui Acções com a Imprensa, Feiras e Material Promocional 37

Promoção DRT (1/2) Promoção A DRT desenvolve diversas iniciativas de promoção nos mercados nacional e outros considerados emergentes. Para 2014, o orçamento da DRT para promoção e de desenvolvimento de outras actividades de interesse turístico, ascende a 16,9 M, dos quais 9,7 M sejam para iniciativas de promoção. Evolução do Orçamento da Promoção e Eventos (2011-2014) da Direcção Regional de Turismo M Fonte: DRT; Análise KPMG Orçamento por tipo de Programas (M ) Orçamento executado (%) Orçamento Executado (M ) 17,6 M 16,0 M 17,7 M 16,9 M 41% 65% 7,2 M 10,4 M N/D N/D 7,3 7,2 Parte do valor do orçamento de promoção é transferido para a APM (cerca de 30% do valor executado). 7,4 Orçamentado promoção 10,4 M Orçamentado promoção 9,7 M 4,7 8,8 8,1 1,2 1,7 1,3 1,3 1,6 1,6 2011 2012 2013 2014 Promoção (transferido APM) Promoção (DRT) Eventos (Festas e Festivais) Em 2011 e 2012, os orçamentos executados foram maiores na categoria de eventos. Em 2012, o valor executado em eventos foi de 7,4 M, tendo sido executado um valor superior em 24% face ao valor inicial orçamentado. 38

Promoção DRT (2/2) Promoção As principais iniciativas de promoção da DRT para 2014 incluem a realização de campanhas de marketing e publicidade (orçamentadas em 2,7 M ). Para 2014, o orçamento da DRT apenas para promoção ascende no total a 8,8 M, sendo que é de prever em alinhamento com anos anteriores que o valor em promoção real será apenas de 1,3 M (sem incluir valor transferido para a APM). Medidas de Promoção e Valorização da actividade turística: Feiras e Workshops Publicidade Ações de promoção turística Apoio ao sector dos transportes Relações Públicas Turismo Desportivo (Turismo nautico) Conservação e reparação de infraestruturas turísticas Em que tipo de acções promocionais costuma a DRT apostar? Programas e eventos de atracção Turística: Festa do Carnaval, Festa da Flor, Festa do Vinho da Madeira, Festival do Atlântico, Festival do Colombo, eventos desportivos, Projeção e Apoio a Eventos com interesse Turístico (2014), a Festa do Fim do Ano e outras iniciativas diversas Estimativas de evolução do Orçamento da Promoção (2011-2014) da Direcção Regional de Turismo M Fonte: DRT; Análise KPMG 29% 30% n/d Orçamento Promoção 8,8 M 10,0 M 10,4 M 9,7 M (M ) Orçamento Executado Promoção (M ) 2,5 M 3,0 M n/d n/d Orçamento executado (%) 6,3 7,0 7,3 Estimativa 1,2 1,7 1,5 1,3 1,3 1,3 1,6 1,6 2011 2012 2013 2014 6,8 Estimativa n/d Se projetarmos a taxa de execução do orçamento em promoção de 2011 e 2012, o valor total executado pela DRT em 2014 não deverá ser superior a 2,9 M, sendo que o valor investido directamente em Promoção será de 1,3 M. Promoção (transferido APM) Promoção (DRT) Promoção (não executado) 39