Projetos de Extensão Universitária CAp-UERJ / 2012



Documentos relacionados
ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL PARA ACABAR COM A EXTREMA POBREZA E A FOME.

PEDAGOGIA ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS - QUESTÕES DISCURSIVAS COMPONENTE ESPECÍFICO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO CONTEXTO TECNOLÓGICO: DESAFIOS VINCULADOS À SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NOS PROJETOS SOCIAIS E NA EDUCAÇÃO - UMA BREVE ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO PROJETO DEGRAUS CRIANÇA

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

CURSO: IED - INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO DIGITAL. INSCRIÇÕES ABERTAS - 30 vagas

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO TRANSFORMADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

Profa. Ma. Adriana Rosa

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Pedagogia Estácio FAMAP

LEITURA E ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM COM LUDICIDADE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMEÇA NA ESCOLA: COMO O LIXO VIRA BRINQUEDO NA REDE PÚBLICA EM JUAZEIRO DO NORTE, NO SEMIÁRIDO CEARENSE

Prefeitura Municipal de Santos

Organização Curricular e o ensino do currículo: um processo consensuado

O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ RESUMO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO BÁSICO: PROJETO AMBIENTE LIMPO

PRÁTICAS LÚDICAS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA DO INFANTIL IV E V DA ESCOLA SIMÃO BARBOSA DE MERUOCA-CE

TECNOLOGIA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Aula-passeio: como fomentar o trabalho docente em Artes Visuais

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa?

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

Da sala de aula à sala de ensaio: uma proposta para a formação do professor de teatro

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO PROPOSTA DE MINI-CURSO

COMUNICADO À COMUNIDADE ACADÊMICA DO PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - IFMA

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

PRAZER NA LEITURA: UMA QUESTÃO DE APRESENTAÇÃO / DESPERTANDO O PRAZER NA LEITURA EM JOVENS DO ENSINO MÉDIO

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO ESPECIAL: uma experiência de inclusão

AIMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA COLABORATIVA ENTRE PROFESSORES QUE ATUAM COM PESSOAS COM AUTISMO.

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL A PARTIR DE JOGOS DIDÁTICOS: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA NO MUNICÍPIO DE RESTINGA SÊCA/RS/Brasil

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

ITINERÁRIOS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

1. Introdução. Palavras Chaves: Observação do Espaço Escolar. Cotidiano. Processo formativo.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG 1º SEMESTRE 2º SEMESTRE 3º SEMESTRE 4º SEMESTRE 5º SEMESTRE

Práxis, Pré-vestibular Popular: Constante luta pela Educação Popular

PROCESSO EDUCATIVO, DA SALA DE AULA À EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID ESPANHOL

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE PEDAGOGIA/IRATI - EAD (Currículo iniciado em 2010)

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

CHAMAMENTO PÚBLICO PARA SELEÇÃO DE ORIENTADORES ARTÍSTICOS EM TEATRO PARA O PROJETO ADEMAR GUERRA Edição 2013

TRABALHANDO A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO CONTEXTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA NA SAÚDE DA FAMÍLIA EM JOÃO PESSOA-PB

RESUMO. Palavras-chave: Educação matemática, Matemática financeira, Pedagogia Histórico-Crítica

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N , DE 27 DE FEVEREIRO DE 2013

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA ESCRITA COMO INSTRUMENTO NORTEADOR PARA O ALFABETIZAR LETRANDO NAS AÇÕES DO PIBID DE PEDAGOGIA DA UFC

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

A INCLUSÃO DOS DIREITOS HUMANOS NAS TURMAS DO EJA POR MEIO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

O Papel da Educação Patrimonial Carlos Henrique Rangel

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA

USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

FACCAMP FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA COORDENADORIA DE EXTENSÃO E PESQUISA

Denise Fernandes CARETTA Prefeitura Municipal de Taubaté Denise RAMOS Colégio COTET

UTILIZANDO BLOG PARA DIVULGAÇÃO DO PROJETO MAPEAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS RESUMO

CHARGE COMO ESTRATÉGIA INTERDISCIPLINAR TRANSVERSAL DE ENSINO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO AUZANIR LACERDA

OS SENTIDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA CONTEMPORANEIDADE Amanda Sampaio França

PEDAGOGO E A PROFISSÃO DO MOMENTO

INTEGRAÇÃO UNIVERSIDADE X ENSINO MÉDIO: INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR EM ADMINITRAÇÃO, INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO.

Elaboração de Projetos

Perfil das profissionais pesquisadas

ACESSIBILIDADE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EXPERIÊNCIA COM UM ALUNO CEGO DO CURSO DE GEOGRAFIA, A DISTÂNCIA

CONSTITUINDO REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O TRABALHO COM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA -PIBID-FAAT

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS TEMPO FORMATIVO JUVENIL

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

RELATÓRIO DE TRABALHO DOCENTE OUTUBRO DE 2012 EREM JOAQUIM NABUCO

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: ANÁLISES E PERSPECTIVAS

MATRIZ CURRICULAR CURRÍCULO PLENO 1.ª SÉRIE CÓDIGO DISCIPLINAS TEOR PRAT CHA PRÉ-REQUISITO PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO I ( INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA)

PROJETO PEDAGÓGICO. 2.3 Justificativa pela escolha da formação inicial e continuada / qualificação profissional:

OS SABERES PROFISSIONAIS PARA O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ESCOLA

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

O currículo do século XXI: a integração das TIC ao currículo - inovação, conhecimento científico e aprendizagem

Palavras-chaves: inclusão escolar, oportunidades, reflexão e ação.

A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E NO TRABALHO COM AUTISTAS

JUSTIFICATIVA DA INICIATIVA

TENDÊNCIAS ATUAIS DOS ESTUDOS E PESQUISAS: TORNANDO-SE PROFESSOR DE MATEMÁTICA E CONHECENDO A REALIDADE SERGIPANA

PROJETO MEDIAR Matemática, uma Experiência Divertida com ARte

Relato de experiência sobre uma formação continuada para nutricionistas da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco

PRODUTO FINAL ASSOCIADA A DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

PROFESSOR PEDAGOGO. ( ) Pedagogia Histórico-Crítica. ( ) Pedagogia Tecnicista. ( ) Pedagogia Tradicional. ( ) Pedagogia Nova.

Composição dos PCN 1ª a 4ª

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição Fatia 3;

A INCLUSÃO DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS EDUCATIVAS NAS SÉRIES INICIAIS SOB A VISÃO DO PROFESSOR.

O TRABALHO DOCENTE NUM PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: CONTRADIÇÕES E PERSPECTIVAS

Centro Acadêmico Paulo Freire - CAPed Maceió - Alagoas - Brasil ISSN:

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

AS INQUIETAÇÕES OCASIONADAS NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NA REDE REGULAR DE ENSINO

Mestre em Educação pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e Professora Assistente na Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus BA).

AS RELAÇÕES DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO REGULAR INCLUSIVO

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EDUCADORES DE JOVENS E ADULTOS

Transcrição:

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA Núcleo de Extensão, Pesquisa e Editoração Projetos de Extensão Universitária CAp-UERJ / 2012

O CAp está desenvolvendo, em 2012, dez projetos de extensão, distribuídos da seguinte forma: Departamento Nº de projetos DEF 6 DEFA 3 DMD 1 2

DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL (DEF) A Formação Continuada de Professoras Alfabetizadoras JACQUELINE DE FATIMA DOS SANTOS MORAIS jacquelinemorais@hotmail.com O projeto de extensão "A Formação Continuada da Professora Alfabetizadora" trata de um projeto interinstitucional, e com implicações para três localidadaes diferenciadas: RJ (UNIRIO); São Gonçalo (FFP) e Três Rios. Visa dar suporte a organização das tarefas ligadas ao Forum de Alfabetização, Leitura e Escrita, uma atividade de formação continuada que ocorre desde 2007. destinados aos professores e professoras que atuam na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental e estudantes do Curso de Pedagogia. O principal objetivo dos encontros do FALE é garantir espaços de socialização, investigação, discussão e reflexão sobre a prática alfabetizadora realizada, cotidianamente, nas escolas. O estranhamento, desnaturalização e ampliação dos saberes e fazeres docentes são perseguidos através da articulação entre a prática e a teoria. A cada encontro um(a) professor(a) pesquisador(a) vinculado(a) à universidade e um(a) professor(a) pesquisador(a) vinculado à escola básica são convidados para conversar sobre um tema (previamente definido a partir da demanda do próprio grupo) relativo a modos de ensinar e aprender a ler e a escrever e práticas de leitura e escrita vivenciadas no dia-a-dia das escolas de modo que os estudantes, desde pequenos, possam exercer a autoria e o pensamento crítico. ALÉM DOS MUROS AÇÕES DE FORMAÇÃO NO CENTRO DE ATIVIDADES COMUNITÁRIAS DE SÃO JOÃO DE MERITI MARLIZA BODE DE MORAES marlizabode@gmail.com O projeto de extensão Além dos Muros - Ações de Formação no Centro de Atividades Comunitárias de São João de Meriti, teve início em março de 2005, com o objetivo de ampliar as ações de formação de professores realizadas pelo Centro de Atividades Comunitárias de São João de Meriti (CAC), instituição localizada na Baixada Fluminense. Para alcançar este objetivo, a atividade extensionista tem como um de seus focos a formação de professores alfabetizadores. Desde 2005, são realizados Grupo de Estudos sobre alfabetização e ensino da língua, cujo propósito é difundir uma didática da alfabetização coerente com a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Língua Portuguesa. Esta atividade destina-se, principalmente, a professores de Educação Infantil, dos anos iniciais do ensino fundamental e de EJA, mas também a outros profissionais da educação e estudantes de magistério interessados em aprofundar seus 3

conhecimentos sobre o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita. A opção pela implementação de uma proposta de formação de professores cujo foco é a alfabetização justifica-se, especialmente, pelo fato de tratar-se de um dos temas de estudo mais solicitados pelos professores em atividades de formação, o que não acontece por acaso, visto que o ensino e a aprendizagem iniciais da leitura e escrita ainda é um desafio para escola pública brasileira. Ainda não conseguimos assegurar plenamente o direito de se alfabetizar na escola a todos os alunos que nela ingressam. Apoiamo-nos na certeza de que para assegurar o direito do aluno se alfabetizar na escola precisaremos assegurar ao professor o direito de aprender a ensinar todos os alunos. Sem perder de vista que a formação do professor não é o único investimento necessário à consolidação de uma educação pública de qualidade, não temos dúvida de que a formação continuada em serviço é um dos meios de assegurar ao professor esse direito. CONSTITUINDO SABERES DIDÁTICOS PARA LIDAR COM AS DIFERENÇAS NA ESCOLA CLAUDIA HERNANDEZ BARREIROS SONCO gpformadi@gmail.com / diferencagpformadi@gmail.com Este projeto é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Formação em diálogo: narrativas de professoras, currículos e culturas. Nele, tomando as diferenças culturais entre os diversos grupos sociais, definidos em termos de divisões sociais tais como classe, raça, etnia, gênero, sexualidade e nacionalidade (Da Silva, 2000) e reconhecendo que essas diferenças não pairam acima de nossas cabeças, pois, ao contrário, são construções sociais em meio a processos de disputa por poder social, vimos tentando procurar uma visão de multiculturalismo e diferença que avance para além da lógica entre assimilação e resistência. Isso não significa que desejamos justapor culturas que permanecem com suas fronteiras intactas, pois acreditamos que a luta por uma sociedade multicultural consiste na aceitação intercultural do risco, dos desvios inesperados e das complexidades de relação entre ruptura e fechamento. (McLaren., 1997) Entendemos que a perspectiva multicultural crítica provoca muitas questões relacionadas à seleção dos conteúdos escolares, às estratégias de ensino, ao relacionamento professor/a-aluno/a e aluno/aaluno/a, ao sistema de avaliação, à concepção de disciplina/indisciplina, aos modos de conceber o "ofício de ser aluno" (Perrenoud), ao papel do/a professor/a, à organização da sala de aula, às atividades extra-classe, entre outras. (Cf. Candau, 2006) Desse modo, provocamos nossas/os parceiras/os a refletir sobre que didática é essa que está sendo gerada (ou precisa ser) em nossas escolas em prol dessa sociedade multicultural. E objetivamos a socialização de saberes produzidos sobre como lidar com a diferença nas escolas ao maior número de professores/as que pudermos. 4

e-mosaicos REVISTA MULTIDISCIPLINAR DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA DO INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA (CAp-UERJ) ANDREA DA PAIXAO FERNANDES andreaf@uerj.br / nepe_cap@uerj.br A e-mosaicos Revista Multidisciplinar de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-UERJ), insere-se no polo de atuação de educadores (professores, funcionários técnico-administrativos que atuam na educação e estudantes de cursos de formação de professores) que se preocupam em ampliar, difundir e compartilhar ideias e conhecimentos relacionados ao campo educacional, sobretudo à formação de professores e à educação escolar. A e-mosaicos ocupar-se-á das reflexões e discussões que dialoguem com os eixos do ensino, pesquisa, extensão e cultura, que são inerentes ao saber-fazer da Universidade. Nesse contexto, ganharão forma os diálogos frutos das reflexões e discussões que se inserem na perspectiva de formação para o exercício da cidadania plena com foco na Educação Básica e, também, para a formação inicial e continuada dos que se dedicam às práticas docentes em diferentes campos de atuação e conhecimento. A revista em tela é iniciativa do Núcleo de Extensão, Pesquisa e Editoração (NEPE) do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira CAp-UERJ que, em consonância com as diferentes possibilidades tecnológicas e culturais, tece mais uma conexão nessa rede de atores que, com criatividade e rigor, mapeiam metodologias e novas formas de aprender e ensinar. INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANDREA DA PAIXAO FERNANDES andreaf@uerj.br / gpformadi@uerj.br O projeto Inclusão Digital na Educação de Jovens e Adultos (IncluEJA) dedica-se a proporcionar, a partir de uma ação que visa a inclusão social dos sujeitos jovens e adultos que dele participam, mais uma forma de acesso às diferentes formas de produção de saberes, associando o resgate de um direito que lhes foi negado em algum momento da vida à ação da informática na educação de jovens e adultos. Acreditamos, desta forma, estar corroborando para o resgate de suas cidadanias, além de inseri-los na cibercultura e oferecer-lhes os subsídios necessários ao desenvolvimento do raciocínio em rede. O projeto Inclusão Digital na Educação de Jovens e Adultos oferece ao seu público-alvo (jovens e adultos em diferentes níveis de escolaridade) oportunidades mais apropriadas de contato com as TIC ao integrá-las à educação e aos processos de formação e de apropriação de saberes desses sujeitos. Mais do que utilizar a internet ou o computador, o projeto possibilita a esses jovens e adultos acesso ao ciberespaço, fazendo parte da cibercultura, e ampliando suas possibilidades de (in)formação. 5

INTERCAp LEILA MEDEIROS DE MENEZES caleila@uerj.br / klmmenezes@yahoo.com.br Trata-se de um projeto de extensão interdepartamental que tem uma história de 17 anos de efetivo trabalho, visando a formação continuada dos professores das redes públicas municipais de ensino do interior do estado do Rio de Janeiro. No momento, o projeto está alocado no Departamento de Ensino Fundamental do CAp/UERJ, tendo em vista sua atual coordenadora pertencer a este Departamento. Acreditamos que a produção e a experiência dos docentes do CAp/UERJ não pode ficar restrita aos seus muros, há que se socializar e divulgar o que acontece no cotidiano das salas de aula no CAp; por outro, é preciso se conhecer outras realidades que fortaleçam e abram novos caminhos para novas investigações. Neste sentido, o InterCAp quer dialogar diretamente com os parceiros docentes dos municípios do interior do Estado do Rio de Janeiro, levando até eles a produção acadêmica e metodológica desenvolvida no CAp/UERJ e aprendendo com eles a olhar outras realidades com novas possibilidades de ação. 6

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ARTÍSTICA (DEFA) ADAPTAÇÃO DE TEXTOS CLÁSSICOS DA DRAMATURGIA ADULTA PARA A LINGUAGEM DE TEATRO INFANTIL MARICELIA ANDRADE BISPO procenium@uerj.br / celiab@uerj.br / celia-bispo@uol.com.br Nosso objeto de pesquisa é a busca de um fazer teatral que possa alcançar o público independentemente de sua faixa etária. Partimos dos elementos que compõe a carpintaria teatral para elaboração de uma linguagem própria ao teatro para crianças e juventude. Mais do que uma mera adaptação de textos investigamos a possibilidade da construção de uma linguagem própria ao teatro para crianças e jovens. Nosso objetivo não é literário, mas sim com a linguagem e na linguagem em teatro para crianças. A única forma de atingir tal objetivo é fazendo o teatro. Além do binômio ator - espectador nosso trabalho se desdobra para os elementos que compõe o teatro: cenografia, cenotécnia, luminotécnica, indumentária, construção e manipulação de formas animadas formas sonorização, construção de elementos de sonorização, música, dança e planejamento, produção cultural, legislação cultural e de autor, e a realização de cursos e seminários além da apresentação de nosso trabalho e conclusões em fóruns de discussão da prática teatral para a infância e de educação. Desde sua criação até a presente data o Projeto conseguiu atender outros públicos além dos projetados em seus objetivos. Gerou impacto também em relação aos organismos e agências ligadas ao fomento da cultura no país levando-os a mudar procedimentos de contratação e captação de recursos para projetos culturais, de uso de equipamentos e de espaços destina dos a prática teatral. Formou e ajudou a formar artistas e técnicos especializados em áreas diversas da construção de espetáculos cênicos. Propôs uma disciplina na graduação, cursos de extensão.treinou e formou professores, estágio, treinamento e aperfeiçoamento para técnicos e artistas.em alguns momentos de concepção temos trabalhado com dados do programa de pesquisas desenvolvido pelo (Ipea) para o MINC, referentes a estudos econômicos sobre a demanda de bens culturais sobre o desempenho escolar das crianças e estudos sobre setores específicos da produção cultural no Brasil. 7

A FLAUTA CONTRIBUINDO NUM PROCESSO DE MELHORIA DE APRENDIZAGEM E DE RELACIONAMENTO. MARIA LUCY ROCHA ABELIN luabelin@hotmail.com O Projeto trabalha com o ensino da flauta, com os elementos constitutivos da música, ritmos e melodias com uma preocupação também de uma relação sadia entre as crianças envolvidas no Projeto. CAp-SOCIAL: ARTICULAÇÕES E REDES NO RIO COMPRIDO LÍCIA MARIA VIEIRA VASCONCELLOS liciamvv@gmail.com O Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira CAp-Uerj localiza-se no bairro do Rio Comprido, região que reflete, com profundidade, os diferentes momentos de transformação da história da cidade do Rio de Janeiro. No século XIX, o bairro habitado, predominantemente, por ingleses e também por condes e barões era cercado de parques e chácaras. A mais famosa era a Casa do Bispo, uma das mais nobres propriedades rurais de todo o país e que foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade do Rio de Janeiro em 1938. O nome do bairro se refere a um rio que, nos idos do século XIX corria nas proximidades da Rua Aristides Lobo: o Rio Comprido. Apesar da riqueza histórica e cultural, o bairro, atualmente, sofre diversos problemas socioambientais decorrentes da ocupação desordenada que assola a maior parte das regiões metropolitanas brasileiras. Acrescenta-se a isso um fato que vem marcando o cotidiano sócio-espacial de toda a sociedade fluminense: o bairro do Rio Comprido atualmente, vem convivendo com um histórico de violência que se manifesta de diferentes formas. O que representa reflexos de uma sociedade desestruturada social, econômica e psicologicamente. Tal fato, não só afeta a comunidade que ali reside, estuda ou trabalha, como ainda influencia os olhares da sociedade carioca em relação ao bairro. Tal situação, em certa medida, causa incômodo à comunidade local, haja vista que o movimento de resistência ao bairro tende a provocar um afastamento de diferentes sujeitos e atores institucionais que poderiam contribuir para que o Rio Comprido resgatasse seus espaçostempos de reconhecido destaque. O combate à banalização da violência e a valorização de condutas humanitárias através de ações extensionistas, nos levaram a perspectiva que garantiam os direitos humanos e sociais igualitários que credenciem as possibilidades de se conviver com as diferença. 8

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E DESENHO (DMD) DESENHO E LINGUAGEM VISUAL NA ESCOLA Ensino, Pesquisa e Extensão ESEQUIEL RODRIGUES OLIVEIRA esequiel@uerj.br O PROJETO LEDEN LABORATÓRIO DE ENSINO DESENHO E LINGUAGEM VISUAL NA ESCOLA Ensino, Pesquisa e Extensão, se sustenta na concepção de Ensino do Desenho como uma expressão da linguagem visual. Entendendo como linguagem visual não apenas o sistema de signos que serve de meio de comunicação entre indivíduos e pode ser percebido pelos órgãos dos sentidos, mas também como instrumento de formação de consciência que designa objetos, extrai (abstraindo) propriedades e cria categorias (Dondis, 2000; Eco, 1991; Ferreira, 1999; Fiorin, 2003; Vygotsky, 1991). Nessa perspectiva, o desenho abrange ao universo da imagem de modo geral. É um meio de compreender símbolos conceituais geométricos, de ampliar o conhecimento do mundo físico e cultural e de produzir realidade. Assim, LEDEN se constitui num ambiente propício a atividades de pesquisa e extensão sobre linguagem visual e conhecimento. Neste ambiente são priorizadas ações em três eixos: a) A linguagem visual como área de conhecimento na Educação Básica; b) A formação docente em linguagem visual; c) Investigações interdisciplinares: a linguagem visual em outras áreas de conhecimento. 9