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RELATÓRIO 2016 Agrupamento de Escolas de Arouca AROUCA Área Territorial de Inspeção do Norte

ENQUADRAMENTO DA AÇÃO No contexto da integração europeia e do desafio do desenvolvimento económico e social que urgia promover, a qualificação dos recursos humanos do país, através da multiplicação da oferta de formação profissional e profissionalizante, tornou-se um dos vetores da modernização da educação. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro foram criadas as escolas profissionais e os cursos profissionais, da iniciativa conjunta dos então Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social, em cooperação com entidades públicas e privadas, apresentando-se como uma alternativa de formação após o 9.º ano de escolaridade. Em 2004-2005, com a reforma do Ensino Secundário, os cursos profissionais passam a fazer parte integrante do nível secundário da educação, assistindo-se a um crescimento da oferta de formação inicial nas escolas secundárias públicas. O ensino profissional deixa de ser uma modalidade especial de educação e passa a integrar a diversidade de ofertas qualificantes de dupla certificação do ensino secundário de educação. A sua generalização, em 2006-2007, a todas as escolas públicas, conjugada com a decisão de estabelecer 12 anos de escolaridade obrigatória, torna evidente que a elevação da qualificação dos portugueses continua a ser uma prioridade nacional, desempenhando os cursos profissionais um importante contributo para a concretização deste objetivo. Perante esta realidade, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência, no exercício das suas competências consignadas no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro, está a desenvolver a atividade Cursos Profissionais no Ensino Público, Particular e Cooperativo e nas Escolas Profissionais que tem como objetivos: Assegurar o controlo da legalidade no âmbito da organização dos cursos profissionais; Analisar os critérios de racionalização e integração das redes de oferta educativa existentes; Aferir a adequação do quadro normativo à realidade, identificando eventuais constrangimentos com vista à elaboração de propostas de alteração. O presente relatório apresenta as considerações finais e recomendações/sugestões de melhoria da atividade cursos profissionais nos estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo e nas escolas profissionais, relativamente à organização e funcionamento destes cursos, à gestão modular, à avaliação das aprendizagens, aos resultados e à capacidade de melhoria da escola/agrupamento de escolas. As considerações finais decorrem da análise documental, particularmente dos indicadores de sucesso dos alunos/formandos, da observação dos contextos educativos e da realização de entrevistas. Espera-se que este relatório constitua um instrumento de reflexão e debate da comunidade educativa e contribua para a construção e aperfeiçoamento de indicadores para a melhoria e desenvolvimento da formação profissional dos jovens. A equipa regista a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da intervenção. 1

CONSIDERAÇÕES FINAIS Decorrente da análise documental, dos contextos educativos e das entrevistas realizadas, a equipa de inspetores formula as seguintes considerações: IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 1. O Agrupamento de Escolas de Arouca, concelho de Arouca, distrito de Viseu, é um estabelecimento de ensino público, com ofertas educativas da educação pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos de ensino básico e ensino secundário, com sede na Escola Secundária de Arouca, no distrito de Aveiro. 2. A população escolar discente é constituída por 2297 crianças/alunos, distribuídos por 108 grupos/turmas, dos quais 266 (13 grupos) na educação pré-escolar, 589 (30 turmas) no1.º ciclo do ensino básico, 219 (14 turmas) no 2.º ciclo do ensino básico, 395 (17 turmas) no 3.º ciclo do ensino básico, 319 (13 turmas) em cursos científicos-humanísticos do ensino secundário, 239 (10 turmas) em cursos profissionais de Técnico Auxiliar de Saúde, Técnico de Eletrónica e Telecomunicações, Técnico de Multimédia, Técnico de Restauração - Variante Cozinha/Pastelaria, Técnico de Restauração - Variante Restaurante/Bar e Técnico de Turismo, 39 (duas turmas) em cursos vocacionais do ensino básico e 25 (uma turma) em cursos vocacionais do ensino secundário. 3. O corpo docente é constituído por 215 trabalhadores, dos quais 180 pertencem ao quadro e 35 são professores contratados. O pessoal não docente é constituído por 77 trabalhadores: 13 assistentes técnicos, 63 assistentes operacionais e um técnico superior (psicólogo). 4. As instalações e os equipamentos da Escola Secundária de Arouca foram objeto de requalificação por intervenção da Parque Escolar, E.P.E., revelando-se modernizados e ajustados ao funcionamento dos cursos profissionais ministrados, sendo de relevar a existência de Biblioteca, Laboratório de Física e Química, Laboratório de Biologia e Geologia, Cozinha Pedagógica, Restaurante Pedagógico, Oficina de Ciência, Oficina de Multimédia, Oficina de Eletricidade e Eletrónica, Sala e Atelier de Artes, Pavilhão Gimnodesportivo, Sala de Ginástica, Sala de Dança, Campo de Ténis, Campo Polidesportivo, Pista de Salto em Comprimento e dois auditórios. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO 1.- Documentos Orientadores 1.1. O projeto educativo (PE) foi elaborado tendo em conta a auscultação da comunidade educativa e dos representantes da comunidade local. É um documento estruturante que, apesar de ter subjacente uma visão estratégica indutora do sucesso educativo, não define modos específicos de organização e gestão curricular dos cursos profissionais, adequados à consecução das aprendizagens que integram o currículo dos formandos, nem contém objetivos, metas e estratégias definidas no âmbito destes cursos. 1.2. O Plano Anual de Atividades não integra a planificação e programação de ações, no âmbito dos cursos profissionais, de modo a concretizar as metas que deveriam estar definidas no PE. 1.3. O Regulamento Interno contempla a organização e o funcionamento da coordenação pedagógica, a organização e o funcionamento da Formação em Contexto de Trabalho (FCT), a calendarização, conceção e desenvolvimento da Prova de Aptidão Profissional (PAP), a avaliação e a assiduidade. Todavia, não explicita o funcionamento e a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas, os mecanismos de reposição das horas de formação e de recuperação dos módulos em atraso, nem contempla a promoção e a organização de parcerias e de protocolos de colaboração. 2

2.- Oferta Formativa e sua divulgação 2.1. A oferta formativa está autorizada pela Direção de Serviços de Educação do Norte da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e tem em consideração as necessidades dos setores empresarial e social e dos alunos e a adequabilidade das instalações e dos equipamentos, bem como a demais logística associada ao desenvolvimento da formação profissional. 2.2. Os cursos profissionais são divulgados de modo a incentivar a aceitação do ensino profissional pela comunidade educativa. 2.3. O Agrupamento planifica e desenvolve atividades de exploração vocacional junto dos alunos, organiza ações de sensibilização junto dos pais e encarregados de educação, no âmbito do ensino profissional e temáticas conexas, e dispõe de mecanismos para monitorizar novas exigências do mercado de trabalho e ajustar a oferta dos cursos profissionais. 3.- Constituição de turmas e gestão da carga horária dos cursos profissionais 3.1. As turmas cumprem os requisitos legalmente estipulados. Foi constituída uma turma do 2.º ano, dos cursos de Técnico de Restauração - Variante Cozinha/Pastelaria e de Técnico de Restauração - Variante Restaurante/Bar, e uma turma do 3.º ano, dos cursos de Técnico de Multimédia e de Técnico de Eletrónica e Telecomunicações. 3.2. O Agrupamento definiu os critérios gerais para a elaboração dos horários dos alunos/formandos. Todavia, os critérios para a distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT não estão formalizados, sendo que a sua distribuição atende aos interesses e propostas dos formandos, à proximidade da sua residência e ao seu perfil, tendo em consideração as características e as condições exigidas pela entidade de acolhimento. 3.3. A gestão da carga horária dos cursos profissionais, incluindo a FCT, assegura o equilíbrio semanal e diário, não excedendo a duração de 35 horas semanais e as sete horas diárias. 3.4. A distribuição da carga horária global pelos diferentes anos do ciclo de formação nem sempre tem, no conjunto dos três anos, um número de horas igual, ou acrescido dos tempos letivos necessários para completar ainda que por excesso, ao previsto na matriz para as diferentes disciplinas, para a área de integração e para a formação em contexto de trabalho. 3.5. As aulas de Educação Física respeitam o intervalo de uma hora depois de findo o período definido para o almoço e este cumpre o tempo estipulado de uma hora. 4.- Formação em contexto de trabalho 4.1. O Agrupamento celebrou previamente protocolos com entidades de acolhimento que asseguram o desenvolvimento de atividades profissionais compatíveis e adequadas ao perfil profissional dos cursos frequentados pelos formandos e foi elaborado um plano de trabalho individual, com a participação das partes envolvidas, que o assinaram. 4.2. O contrato de formação, subscrito entre o Agrupamento e o formando, integra o plano de trabalho individual, no qual estão identificados os objetivos, o conteúdo, a programação, o período, o horário e local da realização das atividades, as formas de monitorização e acompanhamento e os respetivos responsáveis, bem como os direitos e deveres dos diversos intervenientes do Agrupamento e da entidade onde se realiza a FCT. 3

5.- Serviço docente 5.1. Os critérios de distribuição de serviço docente para os cursos profissionais de nível secundário não se encontram formalizados. 5.2. A designação dos diretores de curso, professores orientadores e acompanhantes do projeto conducente à PAP e professores orientadores da FCT respeita os normativos em vigor. 5.3. No que respeita à formação contínua e qualificação dos recursos humanos, nos últimos três anos, não foram frequentadas ações de formação no âmbito dos cursos profissionais. 6.- Estruturas e cargos de coordenação pedagógica 6.1. As estruturas de orientação educativa não asseguram plenamente a articulação e a gestão modular na aplicação do currículo de forma flexível ao longo do ciclo de formação. Contudo, promovem o desenvolvimento de projetos e atividades no âmbito dos diversos cursos profissionais, asseguram as funções de apoio e enquadramento dos docentes, no que respeita à coordenação de professores e à organização e utilização de materiais, a monitorização educativa e a promoção, com regularidade, da análise e reflexão sobre processos e resultados escolares. 6.2. O diretor de curso organiza e coordena as atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica, intervém no âmbito da orientação e acompanhamento da PAP, assegura a articulação entre o Agrupamento e as entidades de acolhimento da FCT e coordena e acompanha a avaliação dos cursos. Todavia, não garante a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação. 6.3. O diretor de turma faz o acompanhamento do progresso dos formandos, tendo em conta o levantamento das necessidades educativas dos formandos e as atividades de recuperação e de enriquecimento e informa os formandos e/ou os encarregados de educação sobre os progressos escolares alcançados. 6.4. Os professores orientadores, os tutores da FCT e os professores orientadores e acompanhantes da PAP exercem as funções previstas nos normativos legais, prestando um apoio próximo e constante a todos os alunos. 7.- Parcerias e protocolos celebrados no âmbito dos cursos profissionais 7.1. O Agrupamento estabeleceu parcerias e protocolos com diversas entidades públicas e privadas, com quem mantém estreita relação e permanente contacto, com a finalidade de assegurar a FCT. 7.2. As parcerias e os protocolos celebrados, no âmbito dos respetivos cursos, têm permitido complementar a formação desenvolvida pelo Agrupamento. 8.- Organização dos processos individuais dos alunos / formandos dos cursos profissionais 8.1. Na análise dos processos individuais dos alunos foi selecionada uma amostra aleatória de 30 processos de alunos que concluíram os respetivos cursos no último triénio. 8.2. Os registos individuais dos formandos, em suporte informático e com alguns documentos em suporte de papel, integram a identificação e classificação dos módulos concluídos em cada disciplina bem como a classificação final das disciplinas concluídas, porém nem sempre identificam o nome da empresa/organização onde decorreu a FCT e o projeto da PAP. 4

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 1.- Gestão curricular 1.1. O planeamento pedagógico nem sempre considera ou contempla: (i) as saídas profissionais e os perfis de desempenho dos cursos; (ii) as capacidades intelectuais, sociais e profissionais que os formandos devem adquirir no final de um módulo, de uma disciplina ou do curso, para além dos conteúdos programáticos; (iii) o contributo de cada uma e de todas as disciplinas do plano curricular para atingir as capacidades, atitudes e comportamentos que se pretende que cada formando atinja no final do seu percurso; (iv) as diferentes modalidades de avaliação e a utilização de um conjunto diversificado de instrumentos de avaliação; (v) as atividades transdisciplinares, que substanciam a vivência de um projeto de desenvolvimento do currículo adequado ao seu contexto e integrado no projeto educativo e (vi) a diferenciação de estratégias e atividades, tendo em conta as aprendizagens anteriores e os ritmos de aprendizagem dos formandos. 1.2. A articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação dos cursos, é uma competência do diretor do curso, nos termos da alínea a) do n.º2 do artigo 8.º da Portaria n.º 74- A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho, que este nem sempre assume, não existindo tempos comuns de trabalho entre docentes e/ou equipas pedagógicas com esta finalidade. 1.3. As aprendizagens visadas no plano de trabalho individual da FCT estão orientadas para a aquisição de competências específicas na respetiva área de educação e formação e consideram a aplicação dos conhecimentos adquiridos na componente técnica e a integração de saberes e capacidades transdisciplinares mas, nem sempre, explicitam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades no âmbito da saúde e segurança no trabalho. 1.4. A conceção do projeto da PAP, centrado em temas perspetivados pelos formandos em interação com o contexto de trabalho, tem permitido a integração de saberes e capacidades numa perspetiva transdisciplinar. O seu desenvolvimento é monitorizado pelos professores orientadores, garantindo a elaboração de relatórios intercalares e finais, as avaliações intermédias do professor orientador, a autoavaliação do formando nas diferentes fases do projeto e a apresentação do relatório final. 1.5. O Agrupamento tem desenvolvido medidas educativas constantes dos respetivos PEI destinadas aos formandos com necessidades educativas especiais ou com dificuldades em atingir os objetivos de aprendizagem dos diferentes módulos. 2.- Avaliação das aprendizagens 2.1. Os critérios e os procedimentos de avaliação foram definidos e aprovados pelo conselho pedagógico. Procede-se à sua divulgação, aos alunos nas diferentes turmas, através dos docentes das respetivas disciplinas e realiza-se a aferição da sua aplicação na avaliação das aprendizagens. Contudo, os critérios aprovados focalizam-se em ponderações a ter em conta em algumas dimensões valorizadas e nos instrumentos de avaliação utilizados nas diferentes disciplinas e nem sempre consideram a especificidade dos perfis de desempenho, as capacidades transversais a todo o plano de estudos e a participação dos formandos em projetos de ligação da escola com a comunidade e o mundo de trabalho. 2.2. A avaliação diagnóstica é utilizada com a regularidade necessária e a avaliação formativa tem um caráter sistemático, permitindo identificar dificuldades específicas e propor estratégias de superação para reajuste do planeamento aos ritmos de aprendizagem, para recuperação dos módulos e para informação do formando e do encarregado de educação sobre os progressos, as dificuldades e os resultados obtidos. 5

2.3. A avaliação sumativa interna ocorre no final de cada módulo das diferentes disciplinas do curso e é formalizada nas reuniões do conselho de turma, sendo as classificações do conjunto de módulos concluídos de cada disciplina, da FCT e da PAP registadas em pauta e na aplicação informática. A avaliação sumativa externa tem obedecido aos normativos em vigor. 2.4. O Regulamento dos Cursos Profissionais define os critérios e a fórmula de apuramento da classificação final da FCT, bem como o peso relativo a atribuir às suas diferentes modalidades ou etapas de concretização. A classificação do formando é proposta pelo docente acompanhante ao conselho de turma, ouvido o tutor designado pela entidade de acolhimento. Estão instituídos procedimentos internos de registo de assiduidade, de acompanhamento e de avaliação intermédia e final do professor acompanhante e do tutor, incluindo a autoavaliação do formando, evidenciados nos dossiês da FCT. 2.5. Foram definidos os critérios de classificação a observar pelo júri da PAP, que é constituído em conformidade com a lei e integra sempre, pelo menos, dois elementos internos e dois pertencentes a entidades externas. 2.6. Os requisitos estabelecidos nos normativos para efeitos de conclusão dos cursos profissionais têm sido cumpridos e emitidos os respetivos diplomas e certificados de qualificação. Porém, estes últimos não discriminam os módulos concluídos nas disciplinas da formação técnica. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1.- Resultados por curso e ciclo de formação 1.1. A direção pedagógica, as diferentes estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e as equipas de docentes que lecionam os cursos profissionais procedem regularmente à análise dos resultados dos formandos. No entanto não estão formalizados indicadores direcionados para a qualidade das aprendizagens e da formação profissional. 1.2. Desde o ciclo de formação 2008-2009 a 2010-2011 foram ministrados os seguintes cursos: Técnico de Multimédia em quatro ciclos de formação, três dos quais consecutivos; Técnico de Restauração Variante Cozinha/Pastelaria e de Técnico de Eletrónica e Telecomunicações em três ciclos não consecutivos; Animador Sociocultural, Técnico de Análise Laboratorial e Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores, em dois ciclos de formação; e apenas num ciclo, os cursos de Instrumentista de Cordas e de Tecla, Instrumentista de Sopro e de Percussão, Técnico Auxiliar de Saúde, Técnico de Banca e Seguros, Técnico de Construção Civil, Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores, Técnico de Turismo, Técnico de Turismo Ambiental e Rural e Técnico de Restauração Variante Restaurante/Bar. 1.3. A taxa de conclusão global dos cursos cifra-se em 67%, verificando-se que os cursos que funcionaram apenas num único ciclo de formação apresentam, genericamente, valores mais baixos, comparativamente aos restantes: 1.3.1. Nos cursos que funcionaram em quatro e três ciclos de formação verifica-se uma tendência descendente Técnico de Multimédia (76,9%, 100%, 72% e 67,9%); Técnico de Eletrónica e Telecomunicações (75%, 59,1% e 65,2%) e Técnico de Restauração Variante Cozinha/Pastelaria (91,7%, 66,7% e 63,3%); 1.3.2. Nos cursos que funcionaram em dois ciclos de formação, o de Animador Sociocultural regista uma melhoria das taxas (de 65% para 79,2%), ao invés do de Técnico de Análise Laboratorial em que se verifica um agravamento (de 100% para 59,1%); 1.3.3. Os restantes cursos registam taxas que oscilam entre 91,7% (Técnico de Banca e Seguros) e 25% (Instrumentista de Cordas e de Tecla), verificando-se valores medianos nos de Técnico de Turismo Ambiental e Rural (45,5%), Instrumentista de Sopro e de Percussão (50%), 6

Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores (52%), Técnico de Turismo (56%), Técnico Auxiliar de Saúde (61,9%), Técnico de Construção Civil (62,5%) e Técnico de Restauração Variante Restaurante/Bar (65,4%). 1.4. A não conclusão por desistência apresenta uma taxa global de 27,1%, observando-se uma tendência ascendente em todos os cursos que funcionaram em quatro e três ciclos de formação. Regista-se melhoria no curso de Animador Sociocultural ao invés do de Técnico de Análise Laboratorial, onde se verifica um agravamento. É de assinalar taxas médias bastante elevadas em todos os cursos, designadamente nos de Instrumentista de Cordas e Teclas (75%), de Técnico de Turismo Ambiental e Rural (40,9%), de Técnico Auxiliar de Saúde (38,1%), de Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores (36%) e de Técnico de Turismo (35%). Assinalam-se, no entanto, os cursos de Técnico de Banca e Seguros (concluído em 2011) e os de Técnico de Multimédia e Técnico de Análise Laboratorial (concluídos em 2012) em que não se verificaram desistências. 1.5. As taxas de não conclusão por módulos em atraso registam valores, em média, de 5,6%. Assinalamse, no entanto, os cursos de Instrumentista de Cordas e Teclas, Técnico de Turismo, Técnico Auxiliar de Saúde, Técnico de Eletrónica e Telecomunicações (concluído em 2011), Animador Sociocultural, Técnico de Multimédia e Técnico de Análise Laboratorial (concluídos em 2012) e Técnico de Restauração Variante Cozinha/Pastelaria (concluído em 2013 e 2016) em que não se registou nenhum formando não ter concluído o respetivo curso por módulos em atraso. Os cursos de Técnico de Construção Civil (25%) Técnico de Multimédia (19,2% em 2011 e 17,6% em 2015), Técnico de Turismo Ambiental e Rural (13,6%) são os que registam valores mais elevados. 1.6. As taxas de empregabilidade cifram-se nos 41,5%, no geral, e nos 22,2%, nas respetivas áreas de educação e formação dos diferentes cursos. Os cursos de Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores (38,5%), Técnico de Eletrónica e Telecomunicações (11,1%, 61,5%, 40%), Técnico de Restauração Variante restaurante/bar (26,5%) e Técnico de Restauração Variante Cozinha/Pastelaria (22,7%, 72,2%, 63,2%) são os que registam os valores mais elevados de empregabilidade nas respetivas áreas dos cursos, ao invés dos cursos de Instrumentista de Cordas e de Tecla, Instrumentista de Sopro e de Percussão, Técnico de Turismo, Técnico de Turismo Ambiental e Rural, Animador Sociocultural e Técnico de Análise Laboratorial (concluídos em 2012) com taxas nulas. 1.7. O prosseguimento de estudos não tem sido uma opção pela maioria dos formandos, registando-se taxas residuais ou nulas na maioria dos cursos. Destacam-se os cursos de Técnicos de Análise Laboratorial, de Multimédia e de Eletrónica e Telecomunicações como sendo aqueles em que se registou um maior número de formandos que optou por essa via. 2.- Monitorização e avaliação dos resultados 2.1. Embora a recolha e análise dos resultados dos cursos profissionais seja objeto de análise, o processo de autoavaliação sistemático que tem em curso não integra, nem tem definidos os indicadores que garantem a qualidade das aprendizagens e da formação profissional, estando, consequentemente, por criar mecanismos formalizados de monitorização e avaliação dos resultados dos alunos destes cursos. 3.- Capacidade de melhoria 3.1. A ausência de um processo de autoavaliação metódico e coerente dos resultados dos cursos profissionais, integrado no processo de autoavaliação do Agrupamento, não facilita a construção de planos de ação especialmente direcionados ao desenvolvimento/crescimento, melhoria e sustentabilidade destes cursos. 7

RECOMENDAÇÕES/SUGESTÕES DE MELHORIA Atentas as considerações finais e com o objetivo de contribuir para a correção/aperfeiçoamento de procedimentos, tendo em vista a sua conformidade legal e a melhoria da qualidade da ação educativa, a equipa inspetiva apresenta as seguintes recomendações/sugestões de melhoria. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO DE EDUCAÇÃO 1. Definir no projeto educativo modos específicos de organização e gestão curricular dos cursos profissionais, adequados à consecução das aprendizagens que integram o currículo dos formandos, e objetivos, metas e estratégias, no âmbito destes cursos. 2. Integrar no plano anual de atividades a planificação e programação de ações, para os diversos cursos profissionais, de modo a concretizar as metas que deveriam estar definidas no PE, no âmbito destes cursos. 3. Explicitar no Regulamento Interno o funcionamento e a periodicidade das reuniões das equipas pedagógicas, os mecanismos de reposição das horas de formação e de recuperação dos módulos em atraso, a promoção e a organização de parcerias e de protocolos de colaboração. 4. Formalizar os critérios para a distribuição dos alunos pelas entidades de acolhimento que asseguram a FCT, nos termos do disposto na alínea c), do artigo 4.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pela Portaria n.º 59-C/2014, de 7 de março e pela Portaria n-º 165-B/2015, de 3 de junho. 5. Assegurar que a distribuição da carga horária global pelos diferentes anos do ciclo de formação, no conjunto dos três anos, cumpre sempre um número de horas igual, ou acrescido dos tempos letivos necessários para completar ainda que por excesso, ao previsto na matriz para as diferentes disciplinas, para a área de integração e para a formação em contexto de trabalho, nos termos do n.º 17.2, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho. 6. Proceder à definição dos critérios de distribuição de serviço docente para os cursos profissionais de nível secundário, nos termos do n.º 28, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho, conjugado com o n.º 3, do artigo 7.º, de Despacho Normativo n.º 4-A/2016, de 16 de junho. 7. Estimular a frequência de ações de formação contínua no âmbito do ensino profissional e analisar o impacto dessa formação na melhoria das práticas pedagógicas/educativas. 8. Assegurar que os diretores de curso promovem a articulação e a gestão modular em conformidade com a alínea a), do n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho e com n.º 33, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho. 9. Identificar o projeto da PAP e o(s) nome(s) da(s) empresa(s)/entidade(s), onde decorreu a FCT, nos registos individuais dos formandos, nos termos das alíneas b) e c), do n.º 2 do artigo, 22.º da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165- B/2015, de 3 de junho. 8

GESTÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS 1. Desenvolver a coordenação pedagógica dos cursos profissionais no respeito pelo definido no artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho e com os n.ºs 32. 32.1, 33 e 33.1, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho. 2. Assegurar que o planeamento pedagógico dos cursos profissionais considere (i) as saídas profissionais e os perfis de desempenho dos cursos; (ii) as capacidades intelectuais, sociais e profissionais que os formandos devem adquirir no final de um módulo, de uma disciplina ou do curso, para além dos conteúdos programáticos; (iii) o contributo de cada uma e de todas as disciplinas do plano curricular para atingir as capacidades, atitudes e comportamentos que se pretende que cada formando atinja no final do seu percurso; (iv) as diferentes modalidades de avaliação e a utilização de um conjunto diversificado de instrumentos de avaliação; (v) as atividades transdisciplinares, que substanciam a vivência de um projeto de desenvolvimento do currículo adequado ao seu contexto e integrado no projeto educativo, e (vi) a diferenciação de estratégias e atividades, tendo em conta as aprendizagens anteriores e os ritmos de aprendizagem dos formandos. 3. Garantir que os diretores de curso assegurem a articulação entre as diferentes disciplinas e componentes de formação em tempos de trabalho comum com as respetivas equipas educativas, em conformidade com as competências que lhe estão acometidas pelo n.º 2, do artigo 8.º, da Portaria n.º 74-A/2013, 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho e com os n.ºs 33 e 33.1, do Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho, alterado pelo Despacho n.º 9815-A/2012, de 19 de julho. 4. Assegurar que as aprendizagens visadas nos planos de trabalho individual da FCT contemplem a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades no âmbito da saúde e segurança no trabalho nos termos do n.º 11, do artigo 3.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho. 5. Explicitar os critérios e os procedimentos de avaliação em acordo com o definido nos artigos 10.º e 12.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho. 6. Emitir certificados de qualificação profissional que discriminem os módulos concluídos das disciplinas da componente de formação técnica, de acordo com o definido na alínea b), do n.º 2, no artigo 27.º, da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, alterada pelas Portarias n.º 59-C/2014, de 7 de março e n.º 165-B/2015, de 3 de junho. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS E CAPACIDADE DE MELHORIA DA ESCOLA 1. Definir indicadores que garantam a qualidade das aprendizagens e da formação profissional. 2. Instituir mecanismos de monitorização dos processos e dos resultados escolares dos formandos adequados aos cursos profissionais de nível secundário de educação. 3. Analisar os resultados escolares de modo a identificar: as componentes curriculares por curso, onde se verificou sucesso ou insucesso e ponderar as razões explicativas; as variáveis que contribuíram para o sucesso obtido pelos formandos que concluíram o curso em três anos; as razões que explicam a percentagem de formandos que não concluíram o curso em três anos, sempre que se justifique; os fatores explicativos das desistências/abandono escolar, sempre que se justifique; 9

a aceitação externa do nível de formação prestado e a satisfação das necessidades formativas do tecido económico e social e a articulação com as empresas locais no sentido de proporcionar a inserção no mercado de trabalho dos formandos que concluíram os cursos, tomando como referência as taxas de empregabilidade na área de educação e formação. 4. Integrar os cursos profissionais no processo de autoavaliação do Agrupamento de modo que sejam construídos planos de ação que visem a melhoria da organização e do funcionamento destes cursos. Porto 18-10-2016 A equipa inspetiva Adriano Augusto Fonseca da Silva José Manuel Sevivas Martins Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. Homologo O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Norte Maria Madalena Moreira 2017-03-03 Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência nos termos do Despacho n.º 5942/2016, de 26 de abril, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 86, de 4 de maio de 2016 10