Tabela 1.1 - Expectativa de vida dos indivíduos menores de 1 ano de idade segundo Brasil, Pará e Regiões de Integração 2006-2010

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Transcrição:

Apresentação

O Mapa de Exclusão Social do Pará elaborado pelo Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará IDESP e pela Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF, se constitui em uma referência para direcionamento de políticas públicas. A regionalização apresentada, especialmente no Mapa 2011, para grande parte das variáveis, possibilita a identificação das diferenças geoespacais. Além de fornecer importante instrumento de orientação para as decisões de gestão pública e de socializar os indicadores socioeconômicos, o Governo do Estado do Pará, cumpre o dever legal estabelecido pela Lei 6.836/2006 que determina a obrigatoriedade da apresentação do Mapa de Exclusão como anexo do Relatório de Prestação de Contas do poder executivo estadual. É fundamental esclarecer mais uma vez que o acompanhamento e as comparações entre indicadores propostos na referida Lei são impossíveis de serem cumpridos, por questões metodológicas que reiteramos abaixo, tendo em vista que como estatuído no art.2º da Lei, o Mapa é composto do diagnóstico anual e regionalizado da exclusão social no Estado, relativo ao ano de referência da prestação de contas governamental e ao ano imediatamente anterior para fins de comparação. O conjunto de indicadores que a lei propõe não está disponível anualmente, o que torna incompatível sua comparação nos anos de referência do Mapa e, por razões metodológicas e temporais das fontes que os produzem, não chegam ao nível de desagregação desejado. Alguns exemplos: PIB per capita a geração deste indicador por parte do IBGE/IDESP/SEPOF é concluída anualmente no segundo semestre de cada ano e com um hiato temporal de 02 anos. Isto ocorre por que na metodologia oficial utilizada para o cálculo do PIB de todos os Estados, são requeridos dados de outras pesquisas, as quais, pela amplitude de seu campo de atuação são finalizadas em média com um e dois anos posterior ao ano de referência. Para cálculo de diversos outros indicadores são utilizadas Pesquisas Amostrais como a Pesquisa Nacional Domiciliar PNAD/IBGE, cujos resultados são disponibilizados no segundo semestre do ano seguinte ao ano de referência. Neste ano, pela coincidência da divulgação de dados preliminares do Censo 2010, pudemos apresentar algumas informações que se aproximam da exigência legal, conforme o texto demonstra. A medida legal para sanar estas deficiências é a apresentação de Projeto de Lei à Assembléia Legislativa do Estado do Pará, que justifique e sugira as alterações necessárias ao saneamento das incongruências e que será encaminhado ainda neste exercício. Assim, os indicadores que compõem o diagnóstico foram definidos em consonância com o artigo 3º e a regionalização em atenção ao artigo 2º da referida lei, com as fragilidades acima mencionadas. O mapa de exclusão reúne indicadores representativos das condições de vida da população paraense, da Região Metropolitana e das Regiões de Integração do Pará, de acordo com as temáticas previamente definidas: expectativa de vida, renda, desemprego, educação, saúde, saneamento básico, habitação, segurança pública. Anualmente não tem sido possível apresentar os indicadores desagregados por região de integração, em função da indisponibilidade de dados. Mas, a realização do Censo 2010 e a divulgação de parte dos resultados permitiram, para alguns indicadores, a desagregação regional. Os microdados de renda ainda não estão disponíveis na integralidade, impossibilitando o cálculo da taxa de pobreza pelo critério adotado nos mapas anteriores. Por esta razão, excepcionalmente, a Linha de pobreza utilizada no mapa de exclusão deste ano, seguiu a definição conceitual do Governo Federal que

estabeleceu para efeito dos programas sociais como extremamente pobres a população que vive em renda domiciliar per capita de até R$70,00 (setenta reais) e considerados pobres acima de R$70,00 ( setenta reais) a R$ 140 ( cento e quarenta reais). Diferente dos mapas apresentados nos anos anteriores, cuja fonte principal de grande parte dos indicadores foi a PNAD, neste mapa foi utilizado o Censo Demográfico. Por serem pesquisas de abrangência e metodologia diferentes, estatisticamente não são recomendadas comparações entre as duas pesquisas. Para os indicadores gerados a partir das informações do Censo Demográfico, os resultados apresentados possibilitarão análises e estudos derivados mais qualificados, em função da comparação com a década anterior, registrada neste mapa de exclusão social. As variáveis apresentadas no item Inclusão digital do Mapa de Exclusão Social anterior, referente ao ano de 2009 (PNAD), estão impossibilitadas de atualização em função da não divulgação dessas variáveis por parte do IBGE referente ao Censo 2010. O Mapa agrega conhecimento ao Governo Estadual sobre o Estado e suas Regiões de Integração contribuindo para as decisões em direção ao objetivo macroestratégico do Governo de redução da pobreza e das desigualdades sociais e interregionais. Os indicadores que compõem o diagnóstico foram definidos em consonância com o artigo 2º e 3º da referida lei.

Indicadores Exigidos pela Lei Estadual Nº 6.836, de 13/02/2006 1. Expectativa de Vida (expectativa de vida em anos ao nascer) A Expectativa de vida indica o número médio de anos que um indivíduo pode esperar viver se submetido, desde o nascimento, às taxas de mortalidade observadas no momento (ano de observação). Esse indicador reflete o nível e a qualidade ao acesso à saúde, educação, cultura e lazer, envolvendo outras questões como a violência, criminalidade, poluição e situação econômica do lugar em questão. Portanto, a cada alteração na taxa indica que ocorreu mudança em pelo menos um desses aspectos. De 2006 a 2010 a expectativa de vida da população brasileira aumentou mais de um ano (1,08), o Pará cresceu 0,42 e Lago Tucuruí foi a Região de Integração que apresentou o maior crescimento, de quase três anos (2,86). Entre as demais regiões registraram aumento na expectativa de vida: Araguaia, Carajás, Guamá, Marajó, Rio Capim, Tocantins e Xingu. O Baixo Amazonas foi a região de integração com decréscimos mais significativos com perda de aproximadamente um ano (1,06). Nas regiões Metropolitana, Rio Caetés e Tapajós também ocorreram reduções do indicador neste período. Em 2010, a Região de Integração do Marajó apresentou a maior expectativa de vida (77,95) e Carajás a menor (70,44). O Marajó vem apresentando a maior expectativa de vida ao longo da série em análise. Tabela 1.1 - Expectativa de vida dos indivíduos menores de 1 ano de idade segundo Brasil, Pará e Regiões de Integração 2006-2010 Brasil/Pará/Regiões de integração Fonte: DATASUS Expectativa de vida (em anos) 2006 2007 2008 2009 2010 Brasil 71,59 72,54 72,46 72,57 72,67 Pará 72,45 73,22 72,73 72,84 72,87 Araguaia 70,86 72,26 72,35 72,67 72,81 Baixo Amazonas 75,85 74,89 74,41 74,70 74,79 Carajás 69,32 69,55 69,45 69,43 70,44 Guamá 73,19 73,92 73,27 73,38 73,64 Lago Tucuruí 69,37 71,06 70,07 70,82 72,23 Marajó 77,02 77,56 77,91 77,90 77,95 Metropolitana 71,54 72,39 71,26 71,38 71,27 Rio Caeté 74,31 74,81 74,86 74,95 74,07 Rio Capim 72,68 73,94 73,35 73,66 73,57 Tapajós 73,44 73,03 74,05 74,44 72,70 Tocantins 73,72 74,97 74,97 74,57 74,64 Xingu 71,00 73,38 73,04 72,56 72,42

Figura 1.1 - Evolução da Expectativa de Vida ao nascer 2004-2010 74 73 72 71 70 69 72,23 71,04 71,04 72,48 72,45 71,35 71,54 71,58 Fonte: DATASUS Nota: Em 2007 dados não disponíveis. 71,59 72,73 72,84 72,87 72,46 71,26 72,57 72,67 71,38 71,27 2004 2005 2006 2008 2009 2010 Brasil Pará Metropolitana Observa-se na Figura 1.1 uma evolução moderada do indicador, do ano de 2004 para 2010, tanto no Brasil quanto no Estado do Pará. Na Região Metropolitana de Belém houve redução na expectativa de vida de 2009 para 2010, passando de 71,38 anos para 71,27 anos. A Figura 1.2 apresenta as pirâmides etárias da população do estado do Pará, com base nos censos de 2000 e 2010. Fazendo um comparativo entre os gráficos, pode-se observar que ocorreram mudanças significativas entre os dois períodos, influenciando na estrutura das pirâmides. Em 2000, a população predominante encontrava-se nas faixas compreendidas entre 0 e 24 anos, configurando, assim, uma população mais jovem. Em 2010, a base da pirâmide reduziu (até 9 anos) apresentando uma concentração maior de indivíduos de 10 a 35 anos, evidenciando, portanto, um envelhecimento populacional neste período, implicação que acompanhou a tendência nacional, conforme as Sínteses de Indicadores Sociais do IBGE (2006 a 2009). A faixa acima de 65 anos também apresentou aumento na última década alertando para a necessidade de ampliação em políticas públicas voltadas para o idoso, principalmente no que diz respeito à área da previdência. 80 anos e mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos Figura 1.2 - Pirâmide etária do Estado do Pará 2000/2010 Pirâmide etária da população do estado do Pará - 2000 Masculino Fonte: IBGE/DATASUS Feminino 500 300 100 100 300 500 População (por mil hab.) 80 anos e mais 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos Pirâmide etária da população do estado do Pará - 2010 500 300 100 100 300 500 População (por mil hab.) A Figura 1.3 apresenta os resultados da expectativa de vida ao nascer espacializada para as 12 Regiões de Integração, para os anos de 2009 e 2010. As variações ocorridas de um ano para o outro produziram mudanças de faixas somente nas regiões Lago do Tucuruí, Rio Caeté e Tapajós. As demais regiões mantiveram seus indicadores nas mesmas faixas no período. Masculino Feminino

Figura 1.3 - Expectativa de Vida da população menor de um ano por Região de Integração do estado do Pará, 2009-2010 2. Renda (PIB per capita ajustado ao custo de vida local, indicadores de concentração de renda, número de pessoas abaixo da linha da pobreza). O indicador PIB per capita retrata a somatória dos bens e serviços finais produzidos num espaço geográfico para um ano de referência dividido pela população.

Os valores do PIB per capita no período 2007 a 2009, do estado do Pará, Região Norte e Brasil apresentaram evoluções positivas, porém com taxas decrescentes. Na Figura 2.1. o estado do Pará quando comparado a Região Norte e Brasil obteve a menor taxa (-4,7%) para o ano de 2009. Figura 2.1 Evolução do crescimento real do PIB per capita a preços (R$) de 2007-2009 no Brasil, Região Norte e Estado do Pará. 18.000,00 14.000,00 10.000,00 6.000,00 2.000,00 15.783,35 13.662,91 14.761,54 10.042,63 8.517,38 9.241,90 7.096,02 7.620,85 6.420,38 12 8 4 0-4 -8 2,9% 7,7% 6,6% 2,1% 1,3% 1,2% -4,7% 2007 2008 2009 Pará Região Norte Brasil -1,7% -1,3% Fonte: IBGE/IDESP No PIB per capita deflacionado a preços do ano anterior apresentado na Figura 2.2. verificou-se evolução nos dois períodos de 2007 a 2008 e entre 2008 e 2009. Em 2009 o PIB per capita constante do estado do Pará foi de R$7.620,90, enquanto PIB per capita nacional e regional foram R$15.783,35 e R$ 10.042,63 respectivamente. O valor do estado do Pará representou 75,89% do valor per capita regional e 48,28% do nacional, em 2009. Figura 2.2 - PIB per capita deflacionado (R$) a preços do ano anterior no Brasil, Região Norte e Estado do Pará - 2007-2009. -2.000,00 Fonte: IBGE/IDESP 2007 2008 2009 Pará Região Norte Brasil Considerando os valores correntes, no período entre 2008 e 2009 do PIB per capita observa-se queda para o estado do Pará de R$7.992,71 para R$7.859,19 e aumento no nacional de R$15.991,55 para R$16.917,66. A metodologia do cálculo do PIB municipal é impeditiva quanto a seu deflacionamento, portanto utilizou-se o indicador PIB per capita a preços de mercado correntes, para o Pará e Regiões de Integração, apresentados Tabela 2.1. Tabela 2.1 PIB per capita, a Preços de Mercado Correntes, segundo Regiões de Integração Estado do Pará 2007-2009 Pará / Regiões PIB per capita (R$) de Integração 2007 2008 2009 Pará 7.006,81 7.992,71 7.859,19 Araguaia 7.060,97 7.151,90 7.265,85

Baixo Amazonas 5.526,82 6.738,81 6.411,08 Carajás 14.983,47 23.275,94 19.280,10 Guamá 3.816,64 4.126,86 4.699,67 Lago de Tucuruí 10.573,52 10.940,79 9.492,99 Marajó 2.537,10 2.649,41 2.923,39 Metropolitana 8.613,43 9.341,74 9.910,48 Rio Caeté 3.082,91 3.313,01 3.663,43 Rio Capim 4.429,19 4.795,75 5.014,49 Tapajós 3.847,80 3.877,66 4.036,80 Tocantins 8.483,62 8.329,22 7.712,90 Xingu 4.384,64 4.567,82 4.826,27 Fonte: IBGE/IDESP ocorreram em Regiões de Integração que predominam essas atividades. Na Figura 2.1 é possível visualizar a espacialização do PIB per capita em que a região de Carajás apresentou indicador na maior faixa de valores para 2008 passando para a faixa imediatamente inferior em 2009. As demais regiões não apresentaram alterações significativas para alterar seus respectivos grupos. As Regiões de Integração que apresentaram os maiores valores de PIB per capita, em 2009, acima do indicador Estadual, foram: Carajás; Metropolitana e Lago de Tucuruí. (Tabela 2.1). São nessas regiões que se encontram grande parte dos municípios do Estado com maior capacidade industrial. Na região de Carajás destacaram-se Parauapebas e Marabá com a extração do minério de ferro e produção de ferro-gusa; na Metropolitana ressalta-se Belém com a construção civil e indústria de transformação; e Lago de Tucuruí com a hidrelétrica de Tucuruí. Os menores PIB per capita ocorreram nas regiões de integração do Marajó, Rio Caeté e Tapajós. O desempenho negativo do PIB per capita estadual em 2009 foi influenciado, em grande parte, pelo setor industrial cuja produção diminuiu em 2,6%, em função da queda da demanda e dos preços dos produtos das atividades de mineração e de transformação do estado do Pará Dessa forma, as maiores reduções do PIB per capita

Figura 2.3 - PIB Per Capita por Região de Integração do Estado do Pará 2008-2009.

O Coeficiente de Gini é utilizado para medir o grau de desigualdade existente na distribuição de renda de um local, seu valor varia de zero, quando não há desigualdade entre a renda de todos os locais, a um, quando a desigualdade é máxima, ou seja, apenas um local detém toda a renda da sociedade. Neste mapa o indicador foi calculado a partir dos dados do PIB dos municípios paraenses, com a mesma periodicidade do PIB per capita, por serem as informações mais atualizadas disponíveis pelo IBGE/IDESP, fontes oficiais. Tabela 2.2 Coeficiente de Gini do PIB para o Estado do Pará e Regiões de Integração 2007-2009 Pará / Regiões de Coeficiente de Gini Integração 2007 2008 2009 Pará 0,76 0,77 0,76 Araguaia 0,40 0,38 0,39 Baixo Amazonas 0,61 0,60 0,58 Carajás 0,74 0,78 0,77 Guamá 0,57 0,59 0,58 Lago de Tucuruí 0,62 0,63 0,58 Marajó 0,32 0,30 0,31 Metropolitana 0,68 0,68 0,68 Rio Caeté 0,51 0,50 0,50 Rio Capim 0,44 0,46 0,44 Tapajós 0,50 0,49 0,47 Tocantins 0,68 0,68 0,63 Xingu 0,43 0,43 0,43 Fonte: IBGE/IDESP Observando o Coeficiente de Gini (Tabela 2.2) constata-se que o Estado do Pará de 2008 para 2009 apresentou um decréscimo 0,01 em seu coeficiente, demonstrando uma leve diminuição da concentração de renda entre os municípios do Estado. Quanto ao indicador por Região de Integração, os maiores índices de desigualdades registrados no ano de 2009 foram nas regiões do Carajás (0,77), Metropolitana (0,68) e Tocantins (0,63), e os menores níveis de desigualdades, foram registrados nas regiões do Marajó (0,31) e Araguaia (0,39). No ano de 2009 em relação a 2008, foram observadas elevações nos graus de concentração nas Regiões de Integração Araguaia e Marajó (0,01). As regiões: Metropolitana, Rio Caeté e Xingu mantiveram os mesmos índices de concentrações de 2008. As demais reduziram a concentração Tocantins (0,05), Lago de Tucuruí (0,04), Rio Capim (0,02), Baixo Amazonas (0,02), Tapajós (0,02), Carajás (0,01) e Guamá (0,01). As Tabelas 2.1 e 2.2 mostram que, a Região de Carajás continua apresentando o maior PIB per capita do período de 2007 a 2009, mas também é a que mais evoluiu em termos de concentração (0.03) no mesmo período, o que evidencia que nem sempre o crescimento econômico proporciona a redução na desigualdade. A análise da Figura 2.4 permite notar que o Índice de Gini, para a maioria das Regiões de Integração se manteve nas mesmas faixas no período de 2008 a 2009, com exceção das Regiões Baixo Amazonas e Lago do Tucuruí que apresentaram melhorias no indicador fazendo com que integrassem um intervalo com menor concentração.

Figura 2.4 - Coeficiente de Gini por Região de Integração do estado do Pará 2008-2009 A linha de pobreza utilizada neste mapa está voltada diretamente ao enfoque da pobreza absoluta, na qual a partir da fixação de padrões para o nível mínimo ou suficiente de necessidades foi definida uma linha ou limite de pobreza e determinada a percentagem da população que se encontra abaixo desse nível. Neste mapa, excepcionalmente, foi considerada como população abaixo da linha da pobreza todas as pessoas que vivem em 11

domicílios cuja renda domiciliar per capita é inferior a R$ 140,00. Este nível foi fixado pelo Governo Federal através do decreto n 6.917 de 30 de julho de 2009, os cortes R$ 70,00 para famílias em situação de extrema pobreza e de R$ 140,00 como renda mínima para famílias em situação de pobreza foram estipulados para o programa de geração de renda de famílias atendidas pelo Bolsa Família. Esses dados foram disponibilizados pelo IBGE por município para subsidiar o programa junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), foram utilizados neste trabalho em função dos microdados relativos à renda no domicílio do Censo 2010 ainda não estarem disponíveis, impossibilitando a manutenção da linha utilizada em anos anteriores 1. Visando analisar a evolução do indicador o IDESP calculou para o ano de 2000, a partir do Censo 2000, utilizando o INPC e deflacionando os valores R$ 70,00 e R$ 140,00 resultando nos valores de R$ 35,30 e R$ 70,60 respectivamente. Os resultados apresentados neste Mapa de Exclusão Social do Pará 2011 não podem ser comparados com os resultados contidos nos mapas anteriores em função de terem sidos calculados a partir de pesquisas cujas metodologias são diferentes (PNAD e Censo), além de terem níveis de referência de renda distintos. Tabela 2.3 População Abaixo da Linha da Pobreza, para Brasil e Estado do Pará 2000-2010. População abaixo da Abrangência Var% Taxa de Pobreza linha da pobreza Geográfica (00/10) 2000 2010 2000 2010 Brasil 49.670.259 38.323.178-22,84 29,25 20,19 Pará 2.930.135 2.916.600-0,46 47,45 38,67 Fonte: IBGE/IDESP De acordo com a Tabela 2.3, tanto o Brasil quanto o estado do Pará apresentaram reduções no nº de pessoas abaixo da linha da pobreza na última década, sendo que o decréscimo brasileiro foi superior ao ocorrido no Pará, -22,84% e -0,46%, respectivamente. A taxa de pobreza do Brasil apresentou redução de 29,25% para 20,19%. A população considerada pobre no Pará diminuiu de 2000 para 2010, mesmo diante do aumento de 22% da população total no período, logo, a taxa de pobreza do estado, razão entre a parcela da população pobre e a população, reduziu 8,78 pontos percentuais passando de 47,45%, em 2000 para 38,67% em 2010. Tanto para o ano 2000, quanto para 2010, a região de integração do Marajó registrou as maiores taxas de pobreza entre as regiões do estado, com 68,35% e 64,14% respectivamente, em 2000 seguida pelas regiões do Rio Caeté (63,16%) e Tocantins (63,78%) e, em 2010 por essas mesmas regiões- Rio Caeté (53,23%) e Tocantins (52,87%). Enquanto que, a região Metropolitana apresentou as menores taxas de pobreza no período, 28,13% e 19,26% respectivamente. 1 Pessoas que convivem em domicílios com renda mensal inferior a ½ salário mínimo per capita (ano referência 2004).

Tabela 2.4 População de Pessoas Abaixo da Linha de Pobreza, segundo Região de Integração do Estado do Pará 2000/2010. Região de Integração Pop. Pobre Total pop. Taxa de pobreza Taxa de pobreza Pop. Pobre 2010 Total pop. 2010 2000 2000 2000 (%) 2010 (%) Araguaia 139.853 337.975 41,38 143.437 467.575 30,68 Baixo Amazonas 347.987 601.381 57,86 326.717 675.510 48,37 Carajás 185.215 400.287 46,27 178.176 565.936 31,48 Guamá 277.305 506.346 54,77 252.580 609.464 41,44 Lago Tucuruí 136.881 272.813 50,17 156.172 357.772 43,65 Marajó 259.175 379.203 68,35 313.218 488.328 64,14 Metropolitana 505.041 1.795.536 28,13 392.706 2.039.298 19,26 Rio Caeté 251.721 398.549 63,16 245.750 461.705 53,23 Rio Capim 271.779 478.336 56,82 283.302 604.933 46,83 Tapajós 92.056 197.942 46,51 84.918 205.152 41,39 Tocantins 346.535 560.630 63,78 389.839 737.346 52,87 Xingu 116.587 263.309 44,28 149.785 328.632 45,58 TOTAL 2.930.135 6.192.307 47,45 2.916.600 7.541.651 38,67 Fonte: IBGE/IDESP As maiores variações referentes às taxas de pobreza ocorreram nas regiões de integração do Carajás e Guamá, com redução de 14,79 pontos percentuais (p.p) e 13,32p.p, respectivamente, evidenciando um avanço no combate a pobreza nessas regiões. As menores variações foram registradas para região do Xingu que apresentou evolução de 1,30p.p. e o Marajó que reduziu apenas 4,21p.p. Segundo a Figura 2.5, a região de integração Metropolitana desponta com a maior redução na taxa geométrica de crescimento médio anual do número de pobres com -2,48%, seguida pela região do Guamá com -0,93%, contrapondo-se a região do Xingu que apresentou o maior incremento da média anual no número de pobres com 2,54%, seguida pela região do Marajó (1,91%). De maneira geral, o estado do Pará registrou decréscimo na população pobre (- 0,05%), um quantitativo na ordem de 13.535 habitantes fora do quadro crítico de pobreza.

Figura 2.5 Taxa Geométrica de Crescimento Médio Anual da População Pobre 2000/2010 Xingu Tocantins Tapajós Rio Capim Rio Caeté Metropolitana -2,48 Marajó Lago Tucuruí Guamá Carajás Baixo Amazonas -0,80-0,93-0,39-0,63-0,24 0,42 1,18 1,33 1,91 2,54 Araguaia 0,25-3,00-2,00-1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 Fonte: IBGE/IDESP. A partir da Figura 2.6 verifica-se que as reduções ocorridas na taxa de pobreza foram suficientes para que grande parte das regiões de integração alterassem positivamente o nível de estratificação, de modo que as regiões do Rio Caeté e Tocantins que se encontravam na pior faixa (5ª), em 2000 passaram para a 4ª faixa. O Baixo Amazonas, o Guamá, Lago de Tucuruí e Rio Capim também melhoraram uma faixa (da 4ª para a 3ª). A região do Araguaia e Carajás passaram de uma faixa intermediária para a segunda melhor faixa. As demais regiões Metropolitana, Tapajós e Xingu não apresentaram alterações suficientes para modificar seus grupos no período.

Figura 2.6 Taxa de Pobreza por Região de Integração do Estado do Pará - 2000 e 2010 Quando se observa uma parcela mais crítica dentro da situação de pobreza, a extrema pobreza, o nº de pessoas nessa situação apresentou reduções tanto para Brasil, quanto para o estado do Pará, sendo que a diminuição na taxa brasileira foi maior.

A população paraense inserida nessa faixa de extrema pobreza, em número absoluto, registrou diferença de 17.094 habitantes, fora dessa situação de indigência e, no caso brasileiro foram menos cerca de 6 milhões de habitantes. A taxa de extrema pobreza do Brasil reduziu de 14,42% (2000) para 9,63% em 2010 (Tabela 2.5). Tabela 2.5 População Abaixo da Linha de Extrema Pobreza, para Brasil e Estado do Pará 2000/2010. Abrangência Geográfica População abaixo da linha da extrema pobreza Taxa de crescimento da Ext. Pobre Taxa de Extrema Pobreza 2000 2010 2000/2010 2000 2010 Brasil 24.478.441 18.270.627-25,36 14,42 9,63 Pará 1.481.317 1.464.223-1,15 23,99 19,42 Fonte: IBGE/IDESP A região Metropolitana apresentou as menores taxas de extrema pobreza com 10,94% e 7,19% respectivamente no período em análise. Algumas regiões registraram aumentos em suas populações em extrema pobreza, como é o caso Marajó, Xingu, Tocantins, Lago Tucuruí, e Rio Caeté, sendo que na taxa de extrema pobreza somente a região do Xingu apresentou elevação passando de 21,78% para 25,38%. As melhores variações referentes às taxas de extrema pobreza ficaram por conta das regiões de integração do Carajás e Guamá, com -8,99% e -7,69%. Enquanto que, a região do Xingu registrou incremento de +3,6p.p, comportamento diferente das demais regiões, nas quais todas reduziram suas taxas de extrema pobreza no período de 10 anos. A população paraense em situação de extrema pobreza no Pará diminuiu na última década de 1.481.317 (2000) para 1.464.223 (2010) habitantes, logo, a taxa do estado, sofreu redução com diferença de 4,51 p.p, mesmo com o aumento da população no período. A Taxa de extrema pobreza no Pará diminuiu de 23,99% para 19,42% no período em análise. A partir dos dados da Tabela 2.6 observa-se que tanto para o ano 2000, quanto para 2010, a região de integração do Marajó foi a que registrou as maiores taxas de extrema pobreza entre as Regiões de Integração do estado, com 37,91% e 37,88% respectivamente. Em 2000 seguida pelas regiões do Rio Caeté (35,31%) e Tocantins (33,42%) e, para o ano de 2010 Rio Caeté (30,65%) e Tocantins (28,44%) para 2010, semelhante ao apresentado a população em situação de pobreza.

Tabela 2.6 População de Pessoas Abaixo da Linha de Extrema Pobreza, segundo Região de Integração do Estado do Pará 2000/2010 Taxa de Região de Pop. ext. pobre Total pop. Taxa de Extrema Pop. ext. Total pop. Extrema Integração 2000 2000 pobreza 2000 pobre 2010 2010 pobreza 2010 Araguaia 67.218 337.975 19,89 61.194 467.575 13,09 Baixo Amazonas 196.839 601.381 32,73 184.373 675.510 27,29 Carajás 92.088 400.287 23,01 79.308 565.936 14,01 Guamá 135.658 506.346 26,79 116.430 609.464 19,10 Lago Tucuruí 70.909 272.813 25,99 76.539 357.772 21,39 Marajó 143.737 379.203 37,91 184.992 488.328 37,88 Metropolitana 196.498 1.795.536 10,94 146.676 2.039.298 7,19 Rio Caeté 140.741 398.549 35,31 141.531 461.705 30,65 Rio Capim 141.716 478.336 29,63 136.604 604.933 22,58 Tapajós 51.191 197.942 25,86 43.424 205.152 21,17 Tocantins 187.374 543.360 34,48 209.734 737.346 28,44 Xingu 57.348 263.309 21,78 83.418 328.632 25,38 Total 1.481.317 6.175.037 23,99 1.464.223 7.541.651 19,42 Fonte: IBGE/IDESP Na Figura 2.7 verifica-se que as regiões do Xingu e Marajó apresentaram as maiores taxas de crescimento médio anual da população em extrema pobreza com 3,82% e 2,56%, superando a taxa média anual estadual de -0,12%. A região Metropolitana registrou a melhor redução com -2,88% entre 2000 e 2010, seguida pela região do Tapajós (-1,63%) e Guamá (-1,52%).

Figura 2.7 Taxa Geométrica de Crescimento Médio Anual da População em Extrema Pobreza 2000/2010. Xingu Tocantins Tapajós Rio Capim Rio Caeté Metropolitana Marajó Lago Tucuruí Guamá Carajás Baixo Amazonas Araguaia -2,88-1,63-1,52-1,48-0,65-0,93-0,37-4,00-3,00-2,00-1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 Fonte: IBGE/IDESP A Figura 2.8 demonstra qual a participação que a população em extrema pobreza representa no total da população pobre, tanto em 2000 quanto em 2010, possibilitando identificar a concentração dessa população vulnerável. Em 2000, as regiões do Baixo Amazonas, Rio Caeté e Tapajós foram as que registraram as maiores proporções de populações extremamente pobres entre aqueles abaixo da linha da pobreza. Sete das doze Regiões de Integração em 2000 apresentavam mais de 50% da população pobre em situação de extrema pobreza. Em 2010, somente seis regiões encontravam-se nesta situação. Marajó, Rio Caeté e Baixo Amazonas foram as regiões, em 2010, que mais concentraram pessoas pobres abaixo da linha da 0,06 0,77 1,13 2,56 3,82 extrema pobreza, evidenciando-se como as regiões no estado com maiores vulnerabilidades quanto à pobreza extrema medida pelo nível de renda. Enquanto que, as regiões Metropolitana e Araguaia apresentam em suas populações pobres, as menores participações de populações em extrema pobreza, 37,35% e 42,66% respectivamente. Figura 2.8 - Participação de população extremamente pobre em relação à população pobre nas Regiões de Integração do Pará - 2000 e 2010. Xingu Tocantins Tapajós Rio Capim Rio Caeté Metropolitana Marajó Lago Tucuruí Guamá Carajás Baixo Amazonas Araguaia 37,35 38,91 55,69 49,19 53,80 54,07 51,14 55,61 48,22 52,14 57,59 55,91 49,01 51,80 46,10 48,92 44,51 49,72 42,66 48,06 59,06 55,46 56,43 56,57 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 Fonte: IBGE/IDESP % de participação de pop. ext. pobreza/pop. Pobre 2010 % de participação de pop. ext. pobreza/pop. Pobre 2000

Figura 2.9 Taxa de Extrema Pobreza por Região de Integração do Estado do Pará - 2000 e 2010

3. Desemprego (percentual médio de população economicamente ativa desempregada). Considerando a indisponibilidade dos dados referentes à taxa de desemprego, neste mapa utilizou-se a Taxa de Desocupação que representa o percentual da população economicamente ativa desocupada. Segundo o IBGE compreende-se como pessoas desocupadas na semana de referência, as pessoas sem trabalho que tomaram alguma providência efetiva de procura de trabalho neste período. Neste Mapa os dados referentes ao indicador do item foram analisados para os anos de 2000 e 2010, com base nos dois últimos censos com desagregação geográfica para o Brasil, Região Norte e Pará, considerando que os dados municipais ainda não foram divulgados pela fonte. A Tabela 3.1 demonstra que houve redução, nos últimos 10 anos, na Taxa de Desocupação de todas as regiões em estudo. As diminuições mais significativas ficaram por conta do Brasil e Região Norte que apresentaram decréscimos de 7,6 e 6,0 pontos percentuais, respectivamente. Neste mesmo período o Pará registrou redução de 4,5 pontos percentuais (p.p.) em sua taxa saindo de 13,7% para 9,2%. Na última década houve crescimento na PEA e na POC do Brasil, Região Norte e Pará e redução da população desocupada, por isso, a queda na taxa de desocupação destas regiões. Tabela 3.1 Percentual da População Economicamente Ativa desocupada (Taxa de Desocupação) no Brasil, Região Norte e Estado do Pará - 2000/2010 Indicadores 2000 2010 BR RN PA BR RN PA PEA 77.467.473 5.128.810 2.412.061 93.491.253 6.855.672 3.189.571 POC 65.629.892 4.371.348 2.081.163 86.330.200 6.255.689 2.896.892 Pop Desocupada 11.837.581 757.462 330.898 7.161.053 599.983 292.679 Tx Desocupação (%) 15,3 14,8 13,7 7,7 8,8 9,2 Fonte: IBGE/IDESP De acordo com a Tabela 3.2 no período de 2000 a 2010, a Região Norte apresentou o maior crescimento na POC (43,1%) o equivalente a uma taxa de incremento médio anual de 3,65%. A população ocupada estadual passou de pouco mais de dois milhões para quase 2,9 milhões representando um acréscimo em torno de 40% e uma taxa de incremento médio anual de 3,36%. A POC nacional apresentou incremento em torno de 32% com uma taxa de incremento médio anual de 2,78.

No Brasil as posições na ocupação que mais contribuíram para o crescimento da população ocupada foram dos empregados com carteira de trabalho assinada que representaram praticamente 70% do incremento nacional no período 2000-2010 (Tabela 5.1) e dos trabalhadores por conta própria contando com 26% deste acréscimo, apenas as classes ocupacionais dos outros empregados (- 3%) e dos empregadores (-10%) sofreram redução neste período. Isto fez com que o grupo de trabalhadores com carteira de trabalho assinada deixasse de participar com 36,5% e passasse a representar 44,5% do total da POC. Os conta própria se mantiveram praticamente no mesmo patamar de participação (24%) no Brasil. Na Região Norte a elevação também ocorreu, principalmente, pela inserção de mais empregados com carteira de trabalho assinada (44,8%) e conta própria (29,9%) no mercado de trabalho, por outro lado os empregadores sofreram redução de 5,2% no período. A participação dos trabalhadores com carteira assinada no total da população ocupada subiu de 20,9% para 28,1% no período 2000 a 2010 e, apesar do incremento no número absoluto de trabalhadores por conta própria, sua participação se manteve a mesma no período (30%). O Pará seguiu a mesma tendência nacional e regional de crescimento da POC, entretanto, tanto os empregados com carteira de trabalho assinada (com 39,7%) quanto os trabalhadores por conta própria (com 37,2%) obtiveram participações próximas. Entre os empregadores no estado houve uma redução de 15% no período 2000 a 2010. No Pará, apesar do incremento de 18% para 24%, na participação de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no total da POC esse percentual comparado ao Brasil continua baixo, em contrapartida os trabalhadores por conta própria passaram de 32% para 33,5% do total da POC estadual. Importante observar a evolução dos empregados com carteira de trabalho assinada o que mostra um número cada vez maior de pessoas com direitos previdenciários garantidos e contribuindo para a redução do déficit previdenciário, apesar da redução do número de empregadores. Também merece atenção o acréscimo do número absoluto de trabalhadores conta própria nos três níveis geográficos, sinalizando aumento de pessoas ocupadas no mercado de trabalho informal.

Tabela 3.2 População Ocupada por Posição na Ocupação para o Brasil, Região Norte e Pará 2000-2010 Brasil Região Norte Pará Posição na Ocupação 2000 2010 2000 2010 2000 2010 Total 65.629.892 86.330.213 4.371.348 6.255.691 2.081.163 2.896.891 Empregados 43.694.129 58.889.985 2.450.628 3.644.807 1.117.191 1.575.869 Com carteira de trabalho assinada 23.929.433 38.379.685 915.529 1.759.032 375 058 699 100 Militares e funcionários públicos estatutários 3.693.162 4.917.285 355.305 512 620 153 617 203 238 Outros 16.071.534 15.593.016 1.179.793 1.373.156 588 517 673 531 Conta própria 15.396.247 20.689.548 1.312.584 1.875.672 666.818 970 266 Empregadores 1.897.842 1.708.754 79.604 75 456 38.709 32 905 Outros e sem declaração 4.641.674 5.041.926 528.531 659 756 258.444 317 851 Fonte: IBGE

4. Educação (média entre a taxa de alfabetização de adultos e a taxa combinada de matrícula no ensino fundamental, médio e superior) Neste item o indicador analisado avalia a razão entre a taxa de alfabetização de adultos (15 anos ou mais) e a taxa combinada de matrículas nos três níveis de ensino em relação à população na faixa de 6 a 22 anos de idade (faixa em que as pessoas deveriam estar cursando os respectivos níveis). A taxa de alfabetização no período de 2000 a 2010 evoluiu nos três níveis geográficos analisados. A taxa brasileira passou de 86,37% para 90,38% (alta de 4 pontos percentuais) o que representa uma taxa de incremento médio geométrico anual de 0,45% enquanto que a taxa da Região Norte foi de 83,66% para 88,82% (+5,61 pontos percentuais) representando um incremento médio anual de 0,6%. No Pará a taxa de alfabetização subiu de 83,93% para 88,25% (elevação de 4,32 pontos percentuais) o equivalente a um incremento médio geométrico anual de 0,5%, ligeiramente superior ao nacional. Tabela 4.1 Taxa de Alfabetização e Taxa Combinada de Matrícula no Ensino Fundamental, Médio e Superior para o Brasil, Região Norte e Estado do Pará 2000/2010 Taxa de Taxa Média entre a taxa de Itens Ano Alfabetização Combinada de alfabetização e taxa de Geográficos (15 anos ou mais) Matrícula matrícula combinada 2000 86,37 78,93 1,09 Brasil 2010 90,38 87,36 1,03 2000 83,66 74,97 1,12 Região Norte 2010 88,82 84,76 1,05 Estado do Pará Fonte: IBGE/IDESP 2000 83,93 74,82 1,12 2010 88,25 83,78 1,05 Em relação à taxa combinada de matrícula para os níveis fundamental, médio e superior, os percentuais nas regiões observadas também apresentaram evolução no período analisado, (Tabela 4.1). A Região Norte obteve o melhor desempenho com uma elevação de 9,79 pontos percentuais (p.p.) em sua taxa, passando de 74,97%, em 2000, para 84,76%, em 2010, com uma taxa de incremento médio geométrico anual de 1,23%. O Pará apresentou acréscimos de 8,96 pontos percentuais, de 74,82% para 83,78% no período, à uma taxa de incremento anual de 1,14%, enquanto que o Brasil alcançou um aumento de 8,43 pontos percentuais com a taxa saindo de 78,93% para 87,36% o que representa uma taxa de incremento médio anual de 1,02%.

A razão entre a taxa de alfabetização e a taxa combinada de matrícula sofreu ligeira redução tanto no Brasil quanto na Região Norte e Pará. De acordo com a Figura 4.1 nota- se que, no Brasil, as taxas de alfabetização de homens e mulheres eram praticamente iguais em 2000 (em torno de 86%) e continuaram praticamente as mesmas em 2010 (em torno de 90%). Essas taxas, masculina e feminina, apresentaram elevação por volta de 4% e crescimento médio anual de 0,44% e 0,47%, respectivamente. Na Região Norte a taxa feminina foi superior em 2000 (diferença de 1,4 ponto percentual) e, em 2010, esta diferença aumentou ficando em torno de 2 pontos percentuais. No Norte a taxa masculina atingiu crescimento de 5 pontos e a feminina 5,3 pontos representando incremento médio anual de 0,59% e 0,61%, respectivamente. No Pará a disparidade entre a taxa de alfabetização dos homens e mulheres é a maior em análise. Em 2000 as mulheres apresentaram taxa de 84,4% enquanto que a dos homens foi de 82,1% (diferença próxima a 2 pontos percentuais) e, em 2010, a taxa feminina subiu para 89,6% e a masculina passou para 87%, passando a diferença entre as taxas para 2,5 pontos percentuais. No Período observado a taxa de alfabetização feminina obteve aumento de 5,2 pontos e a masculina 4,9 pontos denotando incremento médio anual de 0,60% e 0,58%, respectivamente. Figura 4.2 - Taxa de Alfabetização por gênero para o Brasil, Região Norte e Estado do Pará 2000/2010 86,5% 90,7% 84,4% 86,2% 90,1% 83,0% 89,7% 88,0% 84,4% 82,1% 89,6% BR 00 BR 10 RN 00 RN 10 PA 00 PA 10 87,0% Feminino Masculino Fonte: IBGE/IDESP A Figura 4.2 mostra a taxa de alfabetização desagregada segundo as áreas urbana e rural nos anos de 2000 e 2010. Observamse diferenças mais acentuadas entre estes dois recortes regionais em estudo. A taxa urbana brasileira passou de 89,8%, em 2000, para 92,7%, em 2010, (+ 3 p.p.) enquanto que a rural subiu de 70,2% para 76,8% no mesmo período (+ 6,6 p.p.), com isto a diferença entre as taxas das duas áreas que foi de 19,5 p.p. caiu para 15,9 p.p.. O incremento médio anual da taxa de alfabetização urbana brasileira foi de 0,33% e na área rural foi de 0,9%. Em relação à Região Norte a taxa de alfabetização na área urbana cresceu de 88,8%, em 2000, para 92,1%, em 2010, (+ 3,2 p.p.) e na área rural aumentou de 70,1% para 78,7% (+ 8,6 p.p.) neste mesmo intervalo de tempo, isto fez com que a diferença entre as esferas baixasse de 18,7 pontos percentuais para 13,4 p.p.. Nesta Região o crescimento médio geométrico anual da área rural foi de 1,16% bem superior ao da urbana que foi da ordem de 0,36%. No Pará a taxa de alfabetização urbana seguiu a mesma tendência do Brasil e Norte subindo de 88,8%, em 2000, para 91,9%,

em 2010, o que representa uma elevação de 3,1 p.p. e na área rural a taxa passou de 70,5% para 79,3% nos últimos 10 anos o que significa alta de 8,8 p.p., em vista disso a desigualdade entre as áreas urbana e rural que estava em 18,3 p.p. diminuiu para 12,6 p.p. No Pará o incremento médio anual da taxa urbana foi de 0,35% bem abaixo do rural que ficou em 1,18%. A menor diferença nas taxas de alfabetização, entre urbano e rural, no ano de 2010 ocorreu no Pará, além de apresentar a maior taxa de alfabetização rural. Destaca-se que em função das taxas urbana já serem mais elevadas que as rurais são prováveis que as variações no indicador urbano sejam menores que o indicador rural. Figura 4.2 - Taxa de Alfabetização por situação do domicílio para o Brasil, Região Norte e Estado do Pará 2000/2010 89,8% 70,2% Fonte: IBGE/IDESP 92,7% 76,8% 88,8% 70,1% 92,1% 78,7% 88,8% 70,5% 91,9% BR 00 BR 10 RN 00 RN 10 PA 00 PA 10 Urbana Rural 79,3% A partir da Figura 4.3 constata-se que as taxas de alfabetização dos brancos ultrapassou 90% no Brasil, Norte e Pará no ano de 2010 e diminuiu a desigualdade entre as taxas dos pretos/pardos e dos brancos nos três níveis geográficos na última década. No Brasil a taxa de alfabetização dos brancos subiu 2,4 p.p. passando de 91,7%, em 2000, para 94,1%, em 2010 e a dos pretos/pardos cresceu 5,5 p.p. saindo de 81,3% para 86,8% no mesmo período, o equivalente a um incremento médio anual de 0,26% para os brancos e 0,66% para as pessoas que se declararam pretas/pardas reduzindo a diferença entre as taxas dos dois grupos de 10,4 p.p. para 7,3 p.p. no período. Observando as informações para a Região Norte constata-se que entre os brancos a taxa de alfabetização aumentou 3,1 p.p. saindo de 89% para 92,1% na década em análise enquanto que a taxa dos pretos/pardos subiu 5,2 p.p. que foi 83%, em 2000, e chegou a 88,2, em 2010. O incremento médio anual dos brancos do Norte foi da ordem de 0,35% enquanto que o dos pretos/pardos foi de 0,61% o que proporcionou uma redução na desigualdade entre os grupos de 6 p.p. para 3,9 p.p.. Em relação ao Pará ocorreu um incremento de 3 p.p. na taxa dos brancos subindo de 88,4%, em 2000, para 91,4%, em 2010, enquanto que a taxa dos pretos/pardos cresceu 5 p.p. passando de 82,5% para 87,5% no mesmo período. O incremento médio anual dos brancos foi de 0,33% e dos pretos/pardos 0,58% reduzindo a disparidade entre os dois grupos de 5,9 p.p. para 3,9 p.p. no período em análise. Ressalta-se que o Pará apresenta a menor diferença entre estes dois grupos tanto em 2000 quanto em 2010.

Figura 4.3 - Taxa de Alfabetização por raça para o Brasil, Região Norte e Estado do Pará 2000/2010. 91,7% 94,1% 92,1% 89,0% 88,4% 91,4% 86,8% 88,2% 87,5% 81,3% 83,0% 82,5% BR 00 BR 10 RN 00 RN 10 PA 00 PA 10 Fonte: IBGE/IDESP Branca Preta/pardos A Tabela 4.2 mostra a taxa de alfabetização nas Regiões de Integração do Pará nos anos de 2000 e 2010. A Região Metropolitana apresenta a maior proporção de pessoas com 15 anos ou mais alfabetizadas (94,87%, em 2000, e 96,45%, em 2010) avançando apenas 1,58 pontos percentuais em função do indicador da região já ser elevado e, consequentemente, a menor taxa de incremento médio geométrico anual (0,17%). Por outro lado, o Marajó que apresentava uma taxa de alfabetização baixa, em 2000 (67,91%) e continua com uma taxa baixa em relação as demais regiões em análise, em 2010 (77,10%), apresentou o maior acréscimo (9,19 pontos percentuais) e o maior incremento médio anual (1,28%). Tabela 4.2 Taxa de Alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais nas Regiões de Integração do Pará 2000/2010 Taxa de Alfabetização Região de Integração (15 anos ou mais) 2000 2010 Araguaia 79,79 86,35 Baixo Amazonas 85,81 89,58 Carajás 79,45 87,12 Guamá 84,38 88,43 Lago de Tucuruí 76,44 82,66 Marajó 67,91 77,10 Metropolitana 94,87 96,45 Rio Caeté 76,73 81,77 Rio Capim 73,90 81,05 Tapajós 77,26 84,66 Tocantins 79,20 86,02 Xingu 76,69 83,25 Fonte: IBGE/IDESP A Figura 4.4 mostra a taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais espacializada no período de 2000 e 2010, na qual todas as regiões de Integração melhoraram de faixa, exceto a Metropolitana que desde 2000 se encontra na melhor faixa e o Baixo Amazonas que se manteve na segunda melhor estratificação. Destacam-se as regiões do Carajás e Tocantins que no período avançaram duas faixas. Outro fato relevante é que o avanço do indicador na década foi suficiente para que nenhuma das regiões ficassem na faixa de valores menores.

Figura 4.4 Taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais por Região de Integração do Estado do Pará 2000/2010

5. Saúde (número de postos de saúde, de leitos hospitalares e de agentes comunitários de saúde em relação ao número de habitantes e à mortalidade infantil) O número de Postos e Centros de Saúde relativizados pelo total recursos físicos na área da saúde, neste mapa está demonstrado para de habitantes e expressa a cada dez mil habitantes e o número de de o estado do Pará e as Regiões de Integração. leitos hospitalares relativizados pelo total da população apresentado a cada mil habitantes representam, em parte, as disponibilidades de Tabela 5.1 Número de centros e postos de saúde por dez mil habitantes e de leitos hospitalares por mil habitantes para o Estado do Pará e Regiões de Integração 2007-2011 Postos e Centros de Saúde por 10.000 Leitos hospitalares por Pará / Regiões de habitantes 1.000 Habitantes Integração 2007 2008 2009 2010 2011 2007 2008 2009 2010 2011 Pará 2,22 2,24 2,25 2,29 2,33 2,21 2,21 2,21 2,19 2,19 Araguaia 3,13 3,07 3,10 2,92 2,81 2,6 2,62 2,61 2,61 2,61 Baixo Amazonas 3,26 3,25 3,32 3,12 3,04 1,69 1,7 1,73 1,72 1,72 Carajás 2,29 2,33 2,24 2,11 2,01 1,86 1,81 1,67 1,76 1,72 Guamá 4,00 3,93 3,95 3,98 4,05 1,74 1,72 1,76 1,68 1,62 Lago de Tucuruí 2,51 2,45 2,57 2,31 2,38 1,88 1,83 2,17 2,07 2,09 Marajó 2,69 2,72 2,89 3,26 3,49 0,88 0,85 0,85 0,87 1,04 Metropolitana 0,69 0,72 0,72 0,77 0,80 3,05 3,09 3,09 3,17 3,13 Rio Caeté 3,06 3,01 3,15 3,22 3,31 2,51 2,65 2,48 2,41 2,58 Rio Capim 2,19 2,38 2,33 2,36 2,43 2,14 2,28 2,27 1,87 2,09 Tapajós 1,84 1,82 1,82 2,53 2,65 1,94 1,94 2,09 2,72 2,70 Tocantins 2,62 2,54 2,51 2,53 2,63 1,48 1,4 1,40 1,30 1,27 Xingu 3,04 3,1 2,91 2,71 2,73 2,22 2,12 1,95 2,06 1,93 Fonte: DATASUS/IBGE Desde 2007 o Pará vem apresentando crescimento na disponibilidade de postos e centros de saúde para cada grupo de 10.000 habitantes, conforme Tabela 5.1. Em 2007 a taxa foi de 2,22 e em 2011 o valor do indicador paraense chegou ao patamar de 2,33 postos e centros de saúde para cada 10.000 habitantes. Dentre as Regiões de Integração, o Guamá é a que apresenta a maior proporção desde 2007, com uma leve redução nos anos

posteriores e alcançando 4,05 em 2011. A Metropolitana obteve a menor proporção com menos de um posto ou centro de saúde para cada grupo de dez mil habitantes, apesar do contínuo crescimento no seu índice desde 2007. É importante observar também que, de 2010 para 2011, ocorreram elevações nas proporções da maioria das Regiões sendo que o Marajó apresentou o crescimento mais expressivo neste período passando de 3,26 para 3,49 postos e centro de saúde para cada grupo de 10.000 habitantes. Examinando o número de leitos por mil habitantes, ainda na Tabela 5.1, nota- se que até 2009 a taxa estadual vinha se mantendo no mesmo patamar (2,21) entretanto a partir de 2010 a proporção cai para 2,19 e se mantém a mesma em 2011. Em relação a este indicador, a região metropolitana destacase com os maiores índices desde 2007, ao contrário do indicador anterior, chegando a possuir 3,13 leitos hospitalares para cada grupo de mil habitantes em 2011. A Região do Marajó é a que vem apresentando o menor índice desde 2007 e apenas em 2011 atingiu o valor de um leito hospitalar para cada mil habitantes. Ainda em relação ao número de leitos por mil habitantes as Regiões de integração que apresentaram queda de 2010 para 2011 foram: Carajás, (1,76 para 1,72), Guamá (1,68 para 1,62), Metropolitana (3,17 para 3,13), Tapajós (2,72 para 2,70), Tocantins (1,30 para 1,27) e Xingu (2,06 para 1,93). A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um mínimo de 4 leitos para cada mil habitantes, sendo assim, pode-se notar que todas as Regiões de integração e conseqüentemente o Pará apresentam déficit de leitos. O índice estadual é praticamente a metade do recomendado pela OMS e entre as Regiões de integração a que está mais próxima de alcançar o indicado pela Organização é a Região Metropolitana. A Figura 5.1 mostra a distribuição espacial do número de postos e centros de saúde para cada grupo de mil habitantes. A região do Carajás apresentou movimento contrário saindo de uma faixa intermediária para a faixa imediatamente menor (Figura 5.1). As demais regiões não apresentaram diferenças capazes de alterar seus respectivos grupos.

Figura 5.1 - Postos e Centros de Saúde por mil hab. por Região de Integração do Estado do Pará 2010-2011 A Figura 5.2 apresenta o número de leitos para cada mil habitantes espacializado nos anos de 2010 e 2011 na qual observa-se que as diferenças apresentadas no indicador de todas as regiões de integração não foram suficientes para alterar a faixa a que cada uma delas pertenciam, respectivamente.

Figura 5.2 Leitos por mil hab por Região de Integração do Estado do Pará. 2010/2011 Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são vinculados às políticas de atenção básica, tendo como principal atuação o programa federal Saúde da Família, que atende em grande parte a população mais carente. A Tabela 5.2 mostra o número de ACS para cada mil habitantes. Verifica-se que, no Estado do Pará, ocorreram incrementos no indicador de 2007 até 2009 quando passou de 1,59 para 1,83. Contudo, desde 2010 vêm acontecendo pequenas reduções e a taxa estadual chegou a 1,78 em 2011. Essa redução ocorreu também no número absoluto de agentes comunitários de saúde.

Tabela 5.2 Agentes comunitários de saúde por 1.000 habitantes para o Estado do Pará e Regiões de Integração, 2007-2011 Pará / Regiões de Agentes comunitários por mil habitantes Integração 2007 2008 2009 2010 2011 Pará 1,59 1,81 1,83 1,81 1,78 Araguaia 2,12 2,16 2,26 2,25 2,38 Baixo Amazonas 1,82 2,00 1,96 1,90 1,98 Carajás 1,37 1,70 1,81 1,69 1,62 Guamá 2,20 2,45 2,45 2,46 2,43 Lago de Tucuruí 1,90 2,31 2,24 2,14 1,98 Marajó 1,81 2,18 2,30 2,15 2,12 Metropolitana 0,74 0,90 0,90 0,88 0,85 Rio Caeté 1,91 2,63 2,73 2,65 2,62 Rio Capim 1,88 2,21 2,29 2,17 2,10 Tapajós 2,09 1,89 1,84 2,41 2,30 Tocantins 1,99 2,08 2,16 2,09 1,92 Xingu 2,39 2,34 2,03 2,06 2,21 Fonte: Datasus/IBGE A tendência estadual também pode ser observada na maioria das Regiões de Integração, com destaque para Araguaia e Baixo Amazonas que, obtiveram crescimento de 2011 em relação a 2010 passando de 2,25 para 2,38 e 1,90 para 1,98, respectivamente e, a Região do Xingu que apresentou comportamento contrário do Pará e vem alcançando aumento desde 2010. Já a região do Lago Tucuruí vem sofrendo sucessivas reduções desde 2009. De acordo com o Ministério da Saúde cada ACS acompanha, em média, 575 pessoas sendo assim, para mil habitantes seriam necessários em torno de 1,74 agentes. Partindo desta lógica, as regiões do Carajás e Metropolitana ainda estão aquém do que seria ideal. A partir da distribuição espacial dos agentes comunitários de saúde (ACS) para cada grupo de mil habitantes nos anos de 2010 e 2011, apresentada na Figura 5.3, observa-se que as Regiões de Integração Tapajós e Tocantins apresentaram reduções nas taxas ocasionando mudanças para a faixa inferior. As regiões do Baixo amazonas e Araguaia apresentaram evolução no indicador gerando alterações nas suas respectivas faixas para uma imediatamente melhor. As diferenças apresentadas nas demais Regiões de Integração não foram suficientes para alterar seus respectivos grupos, de 2010 para 2011 (Figura 5.3)..