Pesquisa de indicadores das condições de crédito Banco Central do Brasil Boletim Regional Agosto de 212
Indicadores de condições de crédito Objetivo: Verificar o sentimento dos últimos meses sobre o mercado de crédito e identificar tendências; Dados: Coletados entre 18 a 29/6/212 de 46 instituições financeiras Respostas qualitativas de questionários abordando questões acerca da: Oferta; Demanda; Aprovação de novas linhas de crédito. 2
Estrutura das avaliações SEGMENTOS ABORDADOS Grandes Empresas Micro, Pequenas e Médias Empresas Pessoas Físicas Consumo Pessoa Física Habitacional 3
Fatores de oferta Fonte: Banco Central do Brasil/Relatório de Inflação/Junho 211 4
Fatores de demanda Fonte: Banco Central do Brasil/Relatório de Inflação/Junho 211 5
Condições de crédito Pessoas Jurídicas Grandes Empresas Micro, Pequenas e Médias Empresas,8 Oferta Demanda Aprovação,8 Oferta Demanda Aprovação,6,4,36,5,6,4,5,48,55,2 -,5,5,18 -,9,2,2,5,18,3 -,2 -,4 -,6 -,45 -,14 -,64 -,27 -,5 -,18 -,64 -,57 -,2 -,4 -,6 -,38 -,58 -,28 -,65 -,25 -,48 -,5 -,8 Set/11* Dez/11* Mar/12* Jun/12* Percepção** *Opinião dos últimos 3 meses. **Opinião para os próximos 3 meses. No último trimestre, as condições de crédito referentes à demanda pelas grandes empresas mantiveram-se estáveis, já para as PMEs, crescimento acelerado. Para os próximos três meses, espera-se crescimento na demanda, em ambas as modalidades, devido às projeções de melhora no quadro econômico. É prevista uma ligeira melhora nas condições de aprovação, entretanto, há uma postura mais restritiva na oferta de crédito, a qual é influenciada pelo atual nível de inadimplência no segmento Pessoa Jurídica. -,8 Set/11* Dez/11* Mar/12* Jun/12* Percepção** *Opinião dos últimos 3 meses. **Opinião para os próximos 3 meses. 6
Condições de crédito Pessoas Físicas Consumo Habitação,6 Oferta Demanda Aprovação,8,75 Oferta Demanda Aprovação,5,7,4,3,35,6,5,5,5,2,1 -,1 -,2 -,3 -,4 -,5 -,29 -,6 *Opinião dos últimos 3 meses. **Opinião para os próximos 3 meses. -,24 -,19 -,38 -,6 -,41 -,12 -,19 A pesquisa evidenciou uma deterioração das condições de demanda por crédito na modalidade consumo, influenciada provavelmente pelo elevado nível de endividamento das famílias. A demanda por crédito habitacional apresentou crescimento, embora em ritmo desacelerado. Sob a ótica das condições de oferta, no crédito habitacional, apresentaram crescimento e há a expectativa de prosseguirem crescendo nos próximos três meses. No segmento voltado ao consumo, os dados da pesquisa sinalizam uma provável piora nas condições de oferta, contudo é importante monitorar a evolução dos efeitos dos estímulos governamentais nas condições gerais de crédito.,12 -,19 -,31 Set/11* Dez/11* Mar/12* Jun/12* Percepção**,4,3,2,1 -,1 -,2 -,3,38,25 *Opinião dos últimos 3 meses. **Opinião para os próximos 3 meses.,25 -,25 -,13,25,38,25 Set/11* Dez/11* Mar/12* Jun/12* Percepção** 7
Economia Brasileira Taxa Preferencial Brasileira (% a.a.)" 18 TPB SELIC meta - % (COPOM) 17 16,8 16,8 16,5 16 15,7 15 14 13,8 14,6 13 12 12,5 12, 11,5 11 1,3 1,8 1 9 8,8 9,5 9, 8 abr/9 out/9 abr/1 out/1 abr/11 out/11 abr/12 "A Taxa Preferencial Brasileira (TPB) é constituída a partir de uma amostra contendo operações empresariais concedidas pelas instituições financeiras a seus clientes de menor risco. A Taxa Preferencial Brasileira (TPB) caiu -1,3p.p. ante maio de 212 e -3,6p.p. em 12 meses, chegando ao patamar de 14,6% a.a.. A queda reflete, basicamente, a tendência declinante na taxa básica de juros, observada a partir de agosto de 211. 8
% % Economia Brasileira Crédito Referencial Taxa de Juros (% a.a.) Pessoa Física¹ Pessoa Jurídica² Pessoa Jurídica Atrasos de 15 a 9 dias Inadimplência (Atrasos > que 9 dias) 6 55 5 45 44,9 46,1 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1,5 3,96 2,14 4 4,4 Pessoa Física 35 3 25 2 27,4 27,3 3,8 36,5 23,8 9 8,5 8 7,5 7 6,5 6 5,5 5 Atrasos de 15 a 9 dias Inadimplência (Atrasos > que 9 dias) 7,78 6,38 ¹Taxa média mensal (pré-fixada) das operações de crédito com recursos livres referenciais para taxa de juros. ²Taxa média mensal (pré-fixada, pós-fixada e flutuante) das operações de crédito com recursos livres referenciais para taxa de juros. Em junho a taxa média de juros Pessoa Física apresentou recuou (-2,4p.p.) chegando a 36,5% a.a., já a modalidade Pessoa Jurídica obteve recuo (-1,2 p.p.), finalizando em 23,8% a.a.. Em doze meses as taxas recuaram 9,6p.p. e 7,p.p., respectivamente. A inadimplência caiu -,1p.p. em ambos os segmentos ante maio/12, Pessoa Física 7,8% da carteira e Pessoa Jurídica 4,% da carteira. Embora a inadimplência mantenha-se em patamares elevados, há a expectativa de melhora na atividade econômica no segundo semestre, resultando em redução do endividamento das famílias e menores níveis de inadimplência. 9
% Endividamento e Comprometimento da Renda Endividamento das Famílias Comprometimento da Renda 5 45 43,4 4 37,3 4,8 35 31,3 33,3 3 25 2 17,8 19,5 19,4 2, 21,9 15 1 O endividamento das famílias apresentou elevação de 2,7p.p. em 12 meses (43,4%), quando comparado aos níveis de países considerados desenvolvidos, o endividamento das famílias brasileiras é baixo. A tendência declinante dos juros, a historicamente baixa taxa de desemprego e o aumento real da renda fazem acreditar que o comprometimento da renda das famílias se mantenha em um nível relativamente estável. 1
% Endividamento das Famílias Total Excluindo o habitacional³ 45, 43,4 42,5 4, 37,5 35, 32,5 31,1 3, 27,5 25, ³Os dados referentes ao Endividamento das Famílias excluindo o Crédito Habitacional foram mensurados de forma indireta do Boletim Regional de Agosto de 212. O crédito habitacional representa 28,3% do endividamento total das famílias, fato que demonstra o crédito habitacional como grande responsável pelo crescimento mais acelerado do patamar de endividamento. O crédito habitacional possui prazos mais longos e taxas de juros mais baixas, o que tende a reduzir o comprometimento da renda das famílias, contudo torna o nível de endividamento mais rígido e dificulta o processo de desalavancagem. 11
Crescimento % em 12 meses Crédito Habitacional 6 55 5 5,7 5, 45 4 41, 4,6 35 3 3,4 25 23,8 2 21,1 15 1 O crescimento do estoque de crédito habitacional apresenta taxas robustas, 4,6% (em 12 meses), ocasionadas pelo tamanho da carteira, relativamente pequena, de 5,7% do PIB, contudo apresenta uma tendência de desaceleração. A participação dos recursos direcionados nas operações de crédito habitacional é de 92,7% e a participação do setor público é de 76,2% da carteira total. Apesar da queda na remuneração dos depósitos de poupança, as condições de funding para o segmento permanecem favoráveis. 12
Síntese das Expectativas TENDÊNCIA PARA OS PRÓXIMOS 3 MESES SEGMENTO GRANDE EMPRESA MICRO, PEQUENA E MÉDIA EMPRESA PESSOA FÍSICA - CONSUMO PESSOA FÍSICA - HABITACIONAL APROVAÇÃO DE NOVAS LINHAS OFERTA DEMANDA - - + + - + - - + + + + Fonte: Banco Central do Brasil; ABBC 13
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