DESEMPENHO ANAERÓBIO NO JUDÔ EM ATLETAS DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA.



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Transcrição:

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso DESEMPENHO ANAERÓBIO NO JUDÔ EM ATLETAS DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA. Autor: André Souza de Oliveira. Orientador: Profº Msc. Paulo Roberto da Silveira Lima. Brasília - DF 2011

2 ANDRÉ SOUZA DE OLIVEIRA. DESEMPENHO ANAERÓBIO NO JUDÔ EM ATLETAS DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA. Resumo: O objetivo desse estudo foi verificar o potencial anaeróbio de atletas da Universidade Católica de Brasília através do teste Special Judô Fitnes Test adaptado (SJFT adaptado), esse teste abrigou alunos que estejam estudando regularmente na Universidade e cuja graduação mínima seja de marrom a preta. Foram selecionados N=12 alunos, sendo n=6 do sexo masculino e n=6 do sexo feminino em que se verificou a quantidade de arremessos da técnica de projeção Ippon-seoi-nague em 15 seg., 30 seg. e 30seg., com 10 segundos de intervalo entre as projeções, FC final, FC após 1 minuto, realizando esse mesmo teste uma semana depois com o dobro de tempo 30 seg., 60 seg., 60 seg. e 10 seg. de intervalo entre as projeções e por fim o índice de aproveitamento anaeróbio (quanto menor o índice indica o melhor aproveitamento). O desempenho anaeróbio dos atletas do sexo masculino da amostra obteve um maior desempenho na primeira etapa das duas semanas, ou seja, primeiros 15 seg. da primeira semana e os 30 seg. da segunda semana atingindo assim os melhores índices de desempenho anaeróbio. Em contra partida, os atletas do sexo feminino tiveram uma melhor regularidade nos períodos mais longos, ou seja, suporta com maior facilidade o estresse de alta intensidade por um período mais longo. Uma possível explicação para essa diferença segundo LAZZOLI (1998) é que o aumento da potência anaeróbica deve-se tanto à maior massa muscular, quanto ao efeito da maturação hormonal sobre as características funcionais do músculo esquelético juntamente com o treinamento que varia de individuo para individuo, pelas quantidades de fibras tipo I e II que esse atleta possui. Palavra chave: Potencial anaeróbio. Judô. Índice de potencia. Introdução: Em 1860 nascia em Mikage no Japão Jigoro Kano, formado em Filosofia e Ciências Políticas pela Universidade Imperial de Tóquio e fundador da escola de Judô KODOKAN, tornou-se o primeiro membro asiático do Comitê Olímpico Internacional e pelos seus feitos ganhou o titulo de Pai da Educação Física no Japão, sendo um dos ícones esportivos na sociedade oriental, pois o mesmo era dotado de um físico desprivilegiado para a maioria dos esportes de contato, elaborou uma arte marcial provinda das antigas artes Jutsu para minimizar as desvantagens corporais em um combate e adicionou os ukemis para diminuir os impactos gerados pelas projeções, o nome dessa nova arte marcial é descrita como Judô (Ju suave; Dô caminho) criada em meados de1882 (DEL VECCHO, 2004).

3 As artes marciais colocada de forma instrutiva poderá influenciar de modo eficaz na formação acadêmica podendo ser um instrumento de suma importância no âmbito acadêmico, ajudando os alunos-atletas a se adaptarem tanto as posturas educacionais quanto as sociais, ressaltando que as artes marciais são apenas um instrumento que será utilizado pelo professor. O Judô como é uma arte marcial que adiciona valores como a moralidade, respeito mutuo, disciplina, também abrange aspectos físico, técnicos e mentais. Essa arte marcial é extremamente veloz, necessitando assim de um tempo rápido de reação para atacar, esquivar e contra golpear, caracterizando exercícios de máxima intensidade (de 15 a 30 segundos, puramente anaeróbicos) não tendo um tempo grande para recuperação utilizando essencialmente a via anaeróbia lática (ELESSANDRO, 2004). Para LAZZOLI (1998), o potencial anaeróbio se dá de maneira igualitária em adolescentes, crescendo exponencialmente mais nos homens com o avançar da idade, pois a musculatura juntamente com a maturação hormonal masculina desenvolve mais rapidamente do que na feminina. Segundo NEGRÃO (1980), o Judô por ser uma atividade física de intensidade máxima extenuante e isométrica com débito de oxigênio que se utiliza de 80% a 100% da capacidade física anaeróbia fazendo com que o praticante tenha uma elevação acentuada da freqüência cardíaca e do ácido lático na musculatura e na corrente sanguínea. Os judocas realizam diversas lutas de 4 minutos podendo ir ou não para o Golden Score (prorrogação, no caso de empate no tempo normal) em um dia de competição com intervalo de descanso de 10 a 15 minutos. Com isso leva-se em consideração o bom preparo físico dos atletas de alto rendimento, tendo em suas jornadas diárias de 5 a 6 horas de treinos diários divididos em musculação, treinamento aeróbio e anaeróbio e o treinamento específico dividido em Uchi-komi (entrada de golpes) e Handori (treinamento livre), (ALVES, 2008). Portanto, esse estudo tem como objetivo avaliar o desempenho anaeróbio no judô em atletas de ambos os sexos da Universidade Católica de Brasília.

4 Métodos e Materiais: Foi realizada uma pesquisa com 12 atletas de alto rendimento da modalidade Judô de ambos os sexos da Universidade Católica de Brasília cuja graduação era de faixa marrom a preta. Os atletas envolvidos na pesquisa foram informados dos benefícios e dos riscos do processo e receberão um termo de consentimento de não obrigatoriedade e esclarecimento do mesmo antes da realização do teste de potencia anaeróbia. O teste que foi realizado para averiguar a potencia anaeróbia se chama Special Judô Fitnes Test adaptado (SJFT adaptado) e utilizou as especificações segundo BRANDÃO (2010) que se utilizou na aplicação específica de golpe da arte marcial judô para uma melhor averiguação dos parâmetros pesquisados. Para a realização do mesmo foi utilizada uma balança de marca Lucastec PLE-180 para mensurar o peso dos Ukes (pessoas que foram projetadas) para que sejam da mesma categoria de peso, uma fita métrica de marca Ecotools 555x 5m x 25 mm para medir a distância correta entre Tori (pessoa que projeta) e Uke, um polar de marca FS 3 para averiguar a frequência cardíaca antes e após o exercício (valores que serão colocados na formula de índice de potencia), cronometro da marca Nike para marcar o tempo em que as projeções deverão ser realizadas, fita adesiva Faber Castell colorida para demarcar a metragem correta em que os atletas deverão ficar um do outro em uma distancia total de 6 (seis) metros, sendo que em cada extremidade se encontrara um Uke e no centro um Tori, ou seja a 3 (três) metros dos Ukes um Tori. (Uke) (Tori) (Uke) 0 mts. 3 mts. 6 mts.. (técnica de projeção Ippon-seoi-nague).

5 O Tori utilizara a técnica de projeção de braços e mãos (Te-waza) denominada Ippon-seoi-nague, sendo que o atleta realizara a maior quantidade de projeções possíveis deslocando-se de um Uke para o outro utilizando uma seqüência A, B e C que consiste em A quinze segundos e intervalo de dez segundos, B trinta segundos e intervalo de dez segundos e C trinta segundos com a verificação da freqüência cardíaca logo após e depois de um minuto da execução das projeções. Essa mesma série será repetida uma semana depois com o dobro da carga da sequência A, B e C, ou seja, A trinta segundos, B sessenta segundos e C sessenta segundos com intervalo entre as séries de dez segundos. As projeções foram somadas e calculadas, tirando assim um índice da potência anaeróbia dos atletas. Sendo que, quanto menor o índice maior a potência anaeróbia. O índice é calculado através da formula: Índice = FC final (bpm) + FC 1min após o teste (bpm) Número total de arremessos Resultados e Discussão: Os resultados obtidos com o teste SJFT adaptado aplicados em junho/julho de 2011, demonstrando de maneira simplificada o desempenho anaeróbio de atletas da Universidade Católica de Brasília. Foi realizada a análise de distribuição dos dados e as variáveis apresentaram distribuição normal. Utilizou-se teste t para dados não pareados para comparação do índice de desempenho anaeróbio dos resultados dos dois grupos (masculino e feminino). Aplicou-se neste estudo valores para p menor ou igual a 0,05 (p 0,05) com valores do índice de potencia anaeróbio amodal. Na estimação de parâmetros há 95% de certeza que o índice de desempenho anaeróbio dos atletas de Judô da Universidade Católica de Brasília encontra-se entre 08,89 e 13,79 na primeira semana e na segunda encontra-se em 4,16 e 7,84. Pode-se verificar também a homogeneidade do grupo embasado na capacidade de esforço especifica do judô. Na Tabela 1 encontram-se os valores obtidos das projeções realizadas em 15 seg., 30 seg. e 30 seg., número total de arremessos, FC final, FC 1 minuto após, a soma

6 da FC 1 minuto após e a FC final e o índice que indica o desempenho obtido no teste, sendo que quanto menor o índice melhor o desempenho anaeróbio. Tabela 1- Resultados obtidos após a aplicação do Special Judô Fitness Test. adaptado 1 semana. Atletas 15 seg. 30 seg. 30 seg. Total de FC Final FC 1 FC Fin. + FC 1min. Indice arremessos min. 1 6 12 11 29 196 139 335 11.73 2 7 12 12 31 190 136 326 10.51 3 6 12 12 30 194 144 338 11.27 4 6 12 12 30 192 138 330 11.0 5 6 12 11 29 188 142 330 11,37 6 6 12 12 30 196 137 333 11.0 7 6 12 11 29 198 148 346 11.93 8 6 12 11 29 190 140 330 11.37 9 6 11 11 28 188 139 327 11.68 10 6 11 11 28 195 136 331 11.82 11 6 12 12 30 191 145 336 11.2 12 6 12 12 30 193 143 336 11.2 M 6,08 11.83 11,5 29.41 192,58 140,58 333.17 11.34 DP 0.28 0,39 0.52 0.89 3.28 3,82 5,33 0.40 No gráfico 1 mostra os valores totais de desempenho do Special Judô Fitness Test. 1 semana. Gráfico 1 60 50 40 30 20 Indice 10 0 10.51 I< 10.98 10.98 I<11.45 11.45 I 11.93 Nas tabelas 2 e 3 mostram separadamente o desempenho dos grupos em 15 seg., 30 seg., 30 seg., total de arremessos, FC final, FC 1 minuto após o teste, soma das FC final e 1 minuto após, M e DP de ambos os sexos.

7 Tabela 3- Resultados masculinos obtidos após a aplicação do Special Judô Fitness Test. 1 semana. Atletas 15 seg. 30 seg. 30 seg. Total de arremessos FC Final FC 1 min. FC Fin. + FC 1min. Índice 1 6 12 11 29 196 139 335 11.73 2 7 12 12 31 190 136 326 10.51 3 6 12 12 30 194 144 338 11.27 4 6 12 12 30 192 138 330 11.0 5 6 12 11 29 188 142 330 11.37 6 6 12 12 30 196 137 333 11.0 M 6.17 12 11.67 29.83 192.67 141.83 332 11.14 DP 0.4 0.0 0.52 0.75 3.26 4.11 4.24 0.40 Tabela 4- Resultados femininos obtidos após a aplicação do Special Judô Fitness Test. Atletas 15 seg. 30 seg. 30 seg. Total de arremessos FC Final FC 1 min. FC Fin. + FC 1min. Índice 7 6 12 11 29 198 150 346 11.93 8 6 12 11 29 190 144 330 11.37 9 6 11 11 28 188 151 327 11.68 10 6 11 11 28 195 143 331 11.82 11 6 12 12 30 191 168 336 11.2 12 6 12 12 30 193 139 336 11.2 M 6 11.67 11.33 29 192.5 150.5 334.33 11.53 DP 0.0 0.52 0.52 0.63 3.61 10.36 6.71 0.3 No gráfico 2 mostra com maior facilidade o desempenho feminino e masculino em escalas de excelente, bom e ruim em relação ao índice de desempenho e no gráfico 3 mostra o desempenho de projeções em cada estação de tempo A, B e C.

8 Gráfico 2 35 30 25 20 15 10 Masc. Fem. 5 0 10.51 I<10.98 10.98 I<11.45 11.45 I 11.93 Gráfico 3 14 12 10 8 6 Masc. Fem. 4 2 0 15 seg. 30 seg. 30 seg. Na Tabela 4 encontram-se os valores obtidos das projeções realizadas uma semana depois com o dobro da carga, ou seja, 30 seg., 60 seg. e 60 seg., número total de arremessos, FC final, FC 1 minuto após, a soma da FC 1 minuto após e a FC final e o índice que indica o desempenho obtido no teste.

9 Tabela 4- Resultados obtidos após a aplicação do Special Judô Fitness Test. adaptado 2 semana. Atletas 30 seg. 60 seg. 60 seg. Total de arremessos FC Final FC 1 min. FC Fin. + FC 1min. 1 12 23 22 57 198 143 341 5.98 2 13 26 25 64 195 140 335 5.23 3 13 23 22 58 197 146 343 5.91 4 12 22 21 55 193 142 335 6.09 5 12 24 23 59 197 149 346 5.86 6 12 23 22 57 190 148 338 5.93 7 12 23 22 57 198 150 348 6.10 8 12 23 22 57 199 142 341 5.98 9 12 21 20 53 197 149 346 6.52 10 12 21 20 53 193 139 332 6.26 11 12 23 22 57 199 147 346 6.07 12 12 23 22 57 196 148 344 6.03 M 12.17 22.92 21.92 57 196 145.25 341.25 6.00 DP 0.16 1.31 1.31 2.86 2.57 3.97 5.21 0.30 Indice No gráfico 4 mostra os valores totais de desempenho do Special Judô Fitness Test. 2 semana. Gráfico 4 60 50 40 30 20 Masc. 10 0 5.23 I<5.66 5.66 I<6.09 6.09 I 6.52 Nas tabelas 5 e 6 mostram separadamente o desempenho dos grupos em 30 seg., 60 seg., 60 seg., total de arremessos, FC final, FC 1 minuto após o teste, soma das FC final e 1 minuto após, M e DP de ambos os sexos.

10 Tabela 5- Resultados masculinos obtidos após a aplicação do Special Judô Fitness Test. 2 semana. Atletas 30 seg. 60 seg. 60 seg. Total de arremessos FC Final FC 1 min. FC Fin. + FC 1min. Índice 1 12 23 22 57 198 143 341 5.98 2 13 26 25 64 195 140 335 5.23 3 13 23 22 58 197 146 343 5.91 4 12 22 21 55 193 142 335 6.09 5 12 24 23 59 197 149 346 5.86 6 12 23 22 57 190 148 338 5.93 M 12.33 23.5 22.5 58.33 195 144.66 339.66 5.83 DP 0.52 1.38 1.38 3.07 3.03 3.56 4.45 0.30 Tabela 6- Resultados femininos obtidos após a aplicação do Special Judô Fitness Test. 2 semana. Atletas 30 seg. 60 seg. 60 seg. Total de arremessos FC Final FC 1 min. FC Fin. + FC 1min. Índice 7 12 23 22 57 198 150 348 6.10 8 12 23 22 57 199 142 341 5.98 9 12 21 20 53 197 149 346 6.52 10 12 21 20 53 193 139 332 6.26 11 12 23 22 57 199 147 346 6.07 12 12 23 22 57 196 148 344 6.03 M 12 22.33 21.33 55.66 197 145.33 342.83 6.16 DP 0.0 1.03 1.03 2.06 2.28 4,45 5.82 0.19 No gráfico 5 mostra o desempenho feminino e masculino em escalas de excelente, bom e ruim em relação ao índice de desempenho e no gráfico 6 mostra o desempenho de projeções em cada estação de tempo A, B e C com o dobro de tempo.

11 Gráfico 5 35 30 25 20 15 10 Masc. Fem. 5 0 5.23 I<5.66 5.66 I<6.09 6.09 I 6.52 Gráfico 6 25 20 15 10 Masc. Fem. 5 0 30 seg. 60 seg. 60 seg. Conclusão: Com os resultados encontrados, pode-se concluir que os testes mostram que o desempenho anaeróbio dos atletas do sexo masculino da amostra obteve um maior alcance nos primeiros períodos, indicando que a resposta em poucos segundos é mais eficaz em atletas do sexo masculino, assim como diz FRANCHINI (2004) de que judocas com maior nível técnico apresentam menor solicitação fisiológica durante a luta. Em contra partida, os atletas do sexo feminino tiveram uma melhor regularidade

12 nos períodos mais longos, ou seja, suporta com maior facilidade o estresse de alta intensidade por um período mais longo, FRANCHINI et al (1999) justifica pressupondo-se que atletas de modalidades intermitentes com maior aptidão aeróbia, apresentem maior capacidade de manter o desempenho ao longo de esforços supramáximos. Uma possível explicação para essa diferença segundo LAZZOLI (1998) é que o aumento da potência anaeróbica deve-se tanto à maior massa muscular, quanto ao efeito da maturação hormonal sobre as características funcionais do músculo esquelético juntamente com o treinamento que varia de individuo para individuo, pelas quantidades de fibras tipo I e II que esse atleta possui, ou seja, o potencial anaeróbio pode ser altamente treinável podendo levar o resultado a patamares elevados, medianos ou mínimos conforme o nível que esteja treinado. Portanto para um atleta ter um bom desempenho competitivo deve-se adicionar aos seus micros ciclos de base e précompetitivo uma prescrição de treinamento individualizada, periodizada e específica de acordo com a categoria em que se encaixa o atleta para que com isso o atleta atinja seu melhor desempenho em relação a competição de alto nível MATTOS (2007). Existem pouquíssimos estudos de potencial anaeróbio em atletas universitários no Judô, portanto esse estudo serve como base para posteriores trabalhos que forem feitos nessa área de pesquisa.

13 Referencias: 1- DEL VECCHO, Fabrício B.; MATARUNA, Leonardo. Jigoro Kano e Barão De Coubertin: nuances de um pré olimpismo no oriente. Revista Digital. 10. ed. Buenos Aires. jan. 2004. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd68/kano.htm >. Acesso em: 20 mar. 2011. 2- ELESSANDRO, Vaguíno de L. et al. Estudo da correlação entre a velocidade de reação motora e o lactato sanguíneo, em diferentes tempos de luta no judô. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v.10, n. 5, oct. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1517-86922004000500001&script=sci_arttext&tlng=pt >. Acesso em: 20 mar. 2011. 3- LAZZOLI, José Kawazoe. et al. Atividade física e saúde na infância e adolescência. Revista Brasileira de Medicina e Esporte, v. 4, n. 4, jul/ago 1998. Disponível em: <http://www.lucianorezende.com.br/v2007/medico/pdf/sbme_posicionamentooficial_1 998_AtividadeFisicaeSaudeInfanci.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2011. 4- NEGRÂO, Carlos Eduardo. Os mini-campeões. São Paulo, ago.1980. Disponível em: <http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/496.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2011. 5- BRANDÃO, Gustavo C. et al. Analise de lactato sangíneo coletados em atletas de judô mediante a realização de um teste especifico e uma situação de luta. Foz do Iguaçu, PR: UNIAMERICA [200?]. Disponível em: <http://biblioteca.univap.br/dados/inic/cd/epg/epg4/epg4-110.pdf >. Acesso em: 17 mar. 2011. 6- FRANCHINI, Emerson et al. Nível competitivo, tipo de recuperação e remoção do lactato após uma luta de judô. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 6, n. 1, p. 07-16, mar. 2004. Disponível em: <http://www.bath.ac.uk/sports/judoresearch/francini%20literature/rbcdhjudo.pdf>. Acesso em: 08 set. 2011. 7- ALVES, Crésio; LIMA, Renata Villas B. Impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e puberdade de crianças e adolescentes. Bahia, jun. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpp/v26n4/a13v26n4.pdf>. Acesso em: 12 set. 2011. 8- FRANCHINI, Emerson et al. Influência da aptidão anaeróbia sobre o desempenho em uma tarefa anaeróbia láctica intermitente. MOTRIZ Vol. 5, n 1, jun.1999. Disponível em: < http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/05n1/5n1_art16.pdf >. Acesso em: 30 set. 2011. 9- MATTOS, Thiago F. de Souza; OLIVEIRA, Cláudio A.; CASTRO, Marcelo C. Avaliação anaeróbia em atletas de judô. Piracicaba, nov. 2007. Disponível em: < http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/anudo/article/viewfile/741/565 >. Acesso em: 28 set. 2011.