PSICOLOGIA SOCIAL PERSUASÃO COMO MANIPULAÇÃO Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr. http://classevirtual.sites.uol.com.br
MANIPULAÇÃO ENTRE DESTINADOR E DESTINATÁRIO Função ideológica e persuasiva fazer o público-alvo realizar principalmente a performance de consumir
MÃE: (se dirigindo ao filho) Gustavo, acabei de saber uma coisa que aconteceu com seu amiguinho, o Carlinhos. Gustavo: Com o Carlinhos?! O que foi?! Mãe: Ele quebrou o dente, e levou vários pontos na boca. Gustavo: Mas como aconteceu isso? Mãe: Só conto se você fizer uma coisa para mim. Gustavo: O quê? Mãe: Depois que eu contar, você deverá arrumar todo seu quarto. Combinado? Gustavo: Combinado. Agora conte, porque já estou curioso. Mãe: Foi o seguinte: o Carlinhos estava brincando de pular em cima da cama. Sua mãe lhe disse para parar, mas ele fingia não escutá-la. Carlinhos continuou pulando, até que perdeu o equilíbrio e caiu de boca em uma cadeira. Resultado, foi parar no hospital.
destinadora mensagem destinatário MÃE FILHO Espera-se um efeito no filho (não apenas informá-lo) Utiliza-se de uma narrativa como programa de manipulação
destinadora mensagem destinatário MÃE FILHO A Mensagem é uma novidade (notícia) Valores intrínsecos : criança boa é criança comportada; criança má pode sofrer sérias conseqüências
destinadora mensagem destinatário MÃE FILHO Manipulação afetiva a mãe provoca no filho um sentimento de empatia com o menino da narrativa (o garoto da história podia ser o próprio filho)
destinadora mensagem destinatário MÃE FILHO A mãe cria, com a história, efeitos de realidade, verdade e objetividade. A mãe narra tudo como se fosse uma testemunha que apenas relata fatos, sem se envolver com eles
destinadora mensagem destinatário MÃE FILHO Não há ameaças; não há imposição clara de deveres (os valores aparecem como uma moral da história ); (a manipulação é sutil, parece um acordo)
destinadora mensagem destinatário MÃE FILHO Manipulação da atenção - A mãe só obtém o que quer, pois, com a história, provoca uma curiosidade no filho
destinadora mensagem destinatário MÃE FILHO A mãe também comercializa a história; faz com que o filho exerça a ação de limpar o quarto em troca da narração
Um sujeito (destinatário) só inicia uma ação se o destinador (no papel de manipulador), conseguir persuadi-lo desencadeando uma vontade (um querer), ou impondo um dever (uma obrigação) de realizar a performance (consumo)
INTIMIDAÇÃO PROVOCAÇÃO CLASSES DE MANIPULAÇÃO SEDUÇÃO TENTAÇÃO
INTIMIDAÇÃO PROVOCAÇÃO CLASSES DE MANIPULAÇÃO SEDUÇÃO TENTAÇÃO Se você comer a carne, ganha o doce o sujeito é manipulado com o aceno de prêmios ao final da ação
INTIMIDAÇÃO PROVOCAÇÃO CLASSES DE MANIPULAÇÃO SEDUÇÃO O seu prato está cheio, mas como eu sei que você ainda é pequeno, não consegue comer tudo o sujeito não pode recusar a manipulação para provar que a imagem desfavorável é injusta TENTAÇÃO
Se você não comer, não vai ganhar doce nunca mais a manipulação é por meio de ameaças de castigos INTIMIDAÇÃO PROVOCAÇÃO CLASSES DE MANIPULAÇÃO SEDUÇÃO TENTAÇÃO
INTIMIDAÇÃO Só uma criança bonita como você é capaz de comer tudo o sujeito não pode recusar a manipulação sob pena de recusar uma imagem favorável PROVOCAÇÃO CLASSES DE MANIPULAÇÃO SEDUÇÃO TENTAÇÃO
Ilustração a partir de slogans de 2004: INTIMIDAÇÃO Folha de São Paulo: Não dá pra não ler Veja: Indispensável Globo: A gente se vê por aqui TENTAÇÃO Diário de São Paulo: Informação que você usa
Ilustração a partir de slogans de 2004: INTIMIDAÇÃO E TENTAÇÃO Jornal da CBN: As notícias que podem mudar seu dia Época: O que realmente importa
Fonte bibliográfica: HERNANDES, Nilton. A mídia e seus truques: o que o jornal, revista, TV, rádio e internet fazem para captar e manter a atenção do público. São Paulo: Contexto, 2006.