Tumores da hipófise Avaliação clínica
Tumores da hipófise 10-25% de casos não seleccionados de autópsias RMN 10% de indivíduos normais
Tumores da hipófise Incidência: 2/100000 Prevalência: 20/100000 Tipos Microadenomas (< 10 mm) Prolactinomas Macroadenomas (>10 mm) Adenomas não funcionantes; macroprolactinomas; adenomas secretores de GH e ACTH e ainda mais raramente, adenomas secretores TSH e Gn.
PREVALÊNCIA DOS ADENOMAS DA HIPÓFISE Tipo de Adenoma Prevalência (%) Adenoma produtor GH 15 Adenoma produtor de PRL 30 Adenoma de células GH e PRL 7 Adenoma produtor de ACTH 10 Adenoma de gonadotrofos 10 Adenoma não funcionante 25 Adenoma de células TSH 1 Adenoma não classificado 2 The Cleveland Clinic Foundation
Tumores hipófise e para-selares Adenomas da hipófise Hiperplasias benignas (hipotiroidismo 1º,p ex) Outros tumores benignos (ex: craniofaringiomas, meningioma) Tumores malignos (primários, metástases) Quistos Abcessos Fístulas AV do seio cavernoso Hipofisite linfocítica
Tumores da hipófise Manifestações clínicas Assintomáticos (incidentalomas) Disfunção endócrina (hiper ou hipo) Efeito de massa tumoral Sintomas neurológicos Sintomas oftalmológicos
Incidentalomas da hipófise A maioria são microadenomas 1/3 são macroadenomas Cerca de 10% são secretores (PRL) Alguns causam hipopituitarismo 10% diminuem de tamanho 25% aumentam A maior parte ficam iguais
Incidentalomas da hipófise Avaliação por RMN seriada Exame oftalmológico (campimetria) Avaliação hormonal PRL LH, FSH, Testosterona ou E2 TSH, FT4 ACTH e cortisol IGF-1
Tumores da hipófise Excesso de secreção Prolactinoma Acromegalia Cushing Tumores não secretores
T. Hipófise disfunção endócrina Clínica da Acromegalia extremidades Artralgias, osteoartrose Síndrome canal cárpico Traços faciais grosseiros Hipersudação Bócio Hipertensão, insª cardíaca Diminuição tolerância glucose, diabetes mellitus Macroglossia Afastamento dos dentes Efeitos de massa tumoral Insuficiência hipofisária (parcial ou completa) Neuropatia sensitiva e motora periférica Roncopatia, apneia do sono Sintomas de hiperprolactinemia Pele espessada, verrugas
Acromegalia Diagnóstico GH Doseamentos basais IGF 1 Prova de sobrecarga com 75 g de glucose Imagem RMN Avaliação de lesões em órgãos alvo
Acromegalia - Mortalidade 151 doentes 1964-89 Idade 41 anos 10 anos 10 anos Rajasoorya et al. Cl Endoc 1994;41:95
Acromegalia - Tratamento Cirurgia Tratamento médico Análogos da SS (Octreótido, Lanreótido) Antagonistas da GH (Pegvisomante) (Radioterapia)
Acromegalia - Mortalidade Orme et al (JCEM 1998;83:2730) 1362 casos TMP p Global 1,60 <0,001 D cardiovascular 1,76 <0,001 D cerebrovascular 2,06 <0,001 D respiratória 1,85 <0,001
Acromegalia - Mortalidade Orme et al (JCEM 1998;83:2730) 1362 casos GH (ng/ml) TMP <2,5 1,10 2,5-9,9 1,41 10 ng 2,12 A mortalidade global nos doentes com GH < 2,5 ng/ml pós-tratamento é comparável à da população em geral
Critérios de cura da acromegalia Controlada GH < 1 g/l IGF 1 normal para sexo e idade Sem actividade clínica Controlo inadequado GH > 1 g/l ou IGF 1 elevado Sem actividade clínica Mau controlo GH > 1 g/l IGF 1 elevado Actividade clínica Avaliar GH/IGF1 Avaliar Função hipófise RMN periódica Não tratar Avaliar GH/IGF1 Avaliar Função hipófise RMN periódica Av patª associada: CV, metabólica, neoplasias Tratar? Avaliar GH/IGF1 Avaliar Função hipófise RMN periódica Tratar activamente Giustina JCEM 2000
T. Hipófise disfunção endócrina Prolactinoma (mulher) Galactorreia Amenorreia Infertilidade
T. Hipófise disfunção endócrina Prolactinoma (homem)
Hiperprolactinemia - causas Fisiológica Gravidez, lactação Stresse Fármacos Fenotiazinas Metoclopramida Opiáceos Verapamil Metildopa Lesão da haste Adenomas da hipófise Lesões parasselares Prolactinoma Micro e macro Lesão hipotalâmica Craniofaringeoma Outros tumores, granulomas Outros Estímulos na parede (p ex., herpes zoster) Insuficiência renal crónica Hipotiroidismo Cirrose hepática Macroprolactinemia
Prolactinomas - Diagnóstico Prolactina Avaliação de função hipofisária Imagem RMN
Prolactinomas - Tratamento Agonistas dopaminérgicos Bromocriptina Cabergolina (Pergolide) (Cirurgia)
T. Hipófise disfunção endócrina Doença de Cushing
Síndrome de Cushing - Diagnóstico CONFIRMAR HIPERCORTISOLISMO Ritmo do cortisol Cortisol na urina de 24 h Prova de supressão com Dexametasona
Síndrome de Cushing - causas Dependente da ACTH Doença de Cushing (hipófise) Secrecção ectópica de ACTH Independente da ACTH Hipercortisolismo por doença SR
Cushing dependente da ACTH
Diagnóstico Cushing dependente da ACTH
T. Hipófise disfunção endócrina Hipogonadismo Libido DSE Fadiga Depressão Palidez Pêlos Massa muscular Peso
T. Hipófise disfunção endócrina Hipopituitarismo Macroadenomas Perda sequencial de secreção: GH Gn TSH ACTH Clínica Clínica Dfª Defª Gn GH (mulher) Oligoamenorreia energia e vitalidade tolerância esforço Dispareunia Alt. Composição Atrofia corporal mamária Defª Defª TSH Gn (homem) Fadiga, DSE aumento peso, int frio, libido obstipação, bradicardia, Infertilidade reflexos lentos Acentuação rugas força muscular e Defª ACTH massa muscular Astenia, testículos anorexia, perda de peso, palidez, queda de pêlos
Efeito de massa tumoral
Efeito de massa tumoral Perda de visão sem causa aparente Perda de visão do lado temporal
Efeito de massa tumoral Cefaleias Diplopia Estrabismo Rinorraquia Apolexia hipofisária
Tumores da hipófise Sintomas e sinais Avaliação laboratorial ACTH/Cortisol TSH/T4 livre LH, FSH/ E2 ou testosterona PRL IGF-1 Imagem: RMN Oflamologia
Sintomas e sinais iniciais de apoplexia hipofisária Sinais e sintomas Percentagem de doentes Cefaleias 90 Perturbações visuais 60 Paralisias oculares 40 Náuseas/Vómitos 40 Alteração estado consciência 20 Meningismo 20 Hemiparésia 4 Febre 2.5 The Cleveland Clinic Foundation
Tumores hipotalâmicos Craniofaringioma Tumores de células germinativas Cordoma Doenças malignas SNC Doença de Hodgkin Linfoma Leucemia Histiocitose
Tumores hipotalâmicos Clínica Sintomas de efeito de massa Sintomas de hipofunção da adenohipófise Diabetes insípida Desregulação da fome (hiperfagia), da temperatura e do sono
Tumores da região selar (crianças) Hipertensão intracraniana Alterações da visão Endocrinopatia Def GH: baixa estatura, hipoglicemia Diabetes insípida Convulsões Puberdade precoce central Atraso pubertário
Caso 1 Mulher 24 anos com amenorreia pós-pílula. Sem galactorreia. Ex objectivo normal Lab: Prolactina 140 ng/ml; TSH 1,1 um/l; beta hcg negativo; avaliação bioquímica de rotina normal; LH 18 mui/ml; FSH 5 mui/l RMN normal Menstruações normalizaram, mas prolactina continuou com valores elevados
Caso 1 MACROPROLACTINEMIA Mulher 24 anos com amenorreia pós-pílula. Sem galactorreia. Ex objectivo normal Lab: Prolactina 140 ng/ml; TSH 1,1 um/l; beta hcg negativo; avaliação bioquímica de rotina normal; LH 18 mui/ml; FSH 5 mui/l RMN normal Menstruações normalizaram, mas prolactina continuou com valores elevados
Caso 2 Mulher 55 anos, cefaleias, visão turva e galactorreia. Ex objectivo: limitação da visão lateral e galactorreia Lab: Prolactina 14 ng/dl; FT4 0,6 ng/dl; TSH 0,7 mu/l; IGF-I 75 ng/ml; LH/FSH normal. RMN lesão selar com 5 cm de diâmetro com extensão supra-selar
Caso 2 EFEITO HOOK Mulher 55 anos, cefaleias, visão turva e galactorreia. Ex objectivo: limitação da visão lateral e galactorreia Lab: Prolactina 14 ng/dl; FT4 0,6 ng/dl; TSH 0,7 mu/l; IGF-I 75 ng/ml; LH/FSH normal. RMN lesão selar com 5 cm de diâmetro com extensão supra-selar
Efeito Hook
Caso 3 Homem de 45 anos com cefaleias, visão turva, e diminuição da libido. Ex objectivo: limitação temporal dos campos visuais e testículos com dimensões reduzidas. Lab: Prolactina85 ng/dl; testosterona 50 ng/dl; FT4 0,6 ng/dl; TSH 0,7 mu/l; IGF-I 75 ng/ml RMN: Massa selar com 2 cm com extensão supra-selar
Caso 3 - Pseudohiperprolactinoma Homem de 45 anos com cefaleias, visão turva, e diminuição da libido. Ex objectivo: limitação temporal dos campos visuais e testículos com dimensões reduzidas. Lab: Prolactina85 ng/dl; testosterona 50 ng/dl; FT4 0,6 ng/dl; TSH 0,7 mu/l; IGF-I 75 ng/ml RMN: Massa selar com 2 cm com extensão supra-selar
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