PLANO DE ESTÁGIO. Escola Secundária Fernando Namora. Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

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Transcrição:

PLANO DE ESTÁGIO Departamento de Matemática e Ciências Experimentais Grupo Disciplinar de Ciências Físico-Químicas Orientadora de estágio: Prof.ª Florinda Madeira Orientador pedagógico: Prof. Vitor Teodoro Estagiária: Prof.ª Marta Simões Dias Mestrado em Ensino da Física e da Química Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Amadora, 6 de Outubro de 2010

Índice 1. Prefácio... 3 2 2. Reflexão... 4 3. A Escola [2]... 6 3.1. Localização... 6 3.1.1. Resenha Histórica... 7 3.2. Caracterização da Escola... 8 3.2.1. Instalações... 8 3.2.1.1. Recursos para o ensino das ciências... 9 3.2.2. Recursos Humanos... 11 3.2.3. Oferta educativa... 12 3.3. Projecto educativo... 12 4. Caracterização da Turma 11º1... 14 5. Componentes do Estágio... 16 5.1. Ensino das Ciências Físico-Químicas - Plano anual de actividades da turma 11º1... 16 5.2. Plano anual de acompanhamento de uma Direcção de Turma 11º1... 16 5.3. Plano anual de actividades relacionas com a divulgação da ciência... 16 6. Horário na escola... 18 Bibliografia... 19 Anexo... 20

1. Prefácio O núcleo de estágio de Ciência Físico-químicas é constituído por mim e pela professora orientadora, professora Florinda Madeira. Irei também colaborar com o professor Carlos Morais nas funções relativas à Direcção de Turma do mesmo. O professor Vitor Teodoro será o coordenador do estágio representando a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. 3 O Plano de Estágio apresentado pretende definir as minhas funções como estagiária na Escola Secundária Fernando Namora assim como estruturar e esquematizar as actividades planificadas para este Ano Lectivo. Estas actividades irão realizar-se na escola e no exterior, com a colaboração de vários professores, técnicos e associações. O Plano de Estágio foi elaborado por mim e aprovado pela orientadora do estágio. Poderá, e deverá, ser completado e melhorado ao longo do Ano Lectivo com mais actividades e estratégias e adaptado em função das actividades lectivas e extra-curriculares.

2. Reflexão Começo esta reflexão, sobre o que é ser professor de Física e Química, abordando um pouco o que penso ser hoje o papel do professor. O significado de professor, carreira distinta na sociedade há 50 anos atrás, tem vindo a sofrer profundas alterações com o passar do tempo e em particular nos últimos anos. 4 Antes o professor era detentor de todo conhecimento e dava aos seus alunos aquilo que havia estudado. Havia uma passagem do conhecimento muitas vezes desprovida de reflexão e interpretação do próprio conhecimento. Hoje o papel do professor é muito mais vasto. Face à imensa informação facilmente acessível na televisão, jornais, livros e, mais substancialmente, na internet, a simples doação de conhecimento é inaceitável! O papel do professor ganha então uma nova dimensão na formação de cada aluno: o professor têm de ensinar a questionar, a pensar, a olhar o mundo e a desenvolver um espírito crítico, para que cada aluno possa construir os seus próprios juízos. Umas das grandes ideias deste mestrado, para mim, foi precisamente onde começámos: nos princípios da aprendizagem. Foco os que para mim são mais importantes: Aprender não é um resultado de ensinar, A aprendizagem efectiva precisa de feedback e Aprende-se melhor o que se pratica. Isto em tudo certifica o que referi como as exigências do professor de hoje. A simples doação do conhecimento pode não garantir que a aprendizagem é efectiva, até porque qualquer aluno determinado consegue facilmente saber o que deve saber ou ler para ter sucesso num exame, podendo o seu conhecimento ficar com um entendimento destorcido, limitado ou mesmo errado. É como diz o primeiro princípio que referi: Aprender não é um resultado de ensinar. O segundo princípio referido, A aprendizagem efectiva precisa de feedback, vem reforçar a ideia do novo papel do professor pois também o papel do aluno foi alterado! Já não se espera que o aluno fique sentado a receber o conhecimento por osmose mas que trabalhe juntamente com o professor, elaborando e resolvendo questões e problemas, recebendo um constante feedback da sua aprendizagem. O terceiro princípio que refiro, Aprende-se melhor o que se pratica, é um indício das alterações da sociedade e selo da sociedade actual; num mundo onde vamos a todo o lado pela televisão ou internet, em que podemos saber tudo (ou quase) a qualquer instante é, mais do nunca, essencial a demonstração e a prática! Um conhecimento teórico sem demonstração ou aplicabilidade facilmente é esquecido, mas, marcado por uma actividade prática, uma aplicação num problema real ou uma actividade laboratorial a aprendizagem desse conhecimento é reforçada. Uma outra grande ideia para mim é um conceito constante no ensino actualmente, o conceito de ensinoaprendizagem. Marcada por um percurso académico fortemente ligado ao ensinar foi para mim muito importante tomar consciência desde processo por um lado distinto pois aprender não é um resultado de ensinar mas por outro lado é indissociável na medida em que a aprendizagem implica o ensino mas este ensino têm de estar centrado no quem vai aprender! É em quem aprende que está o como se deve ensinar. Quando iniciei a minha vida profissional também eu pensava em dar matéria, cumprir o programa e queria ensinar como se isso do meu esforço apenas dependesse, à semelhança da minha própria

experiência. Mas aprendi que este processo não é tão linear assim. O processo de ensino-aprendizagem é um processo dinâmico de adaptação entre quem ensina e quem aprende. 5 Mas não se pode ensinar ciência como se ensina história, português ou desenho. Cada área, disciplina, têm a sua própria dinâmica e sem dúvida na ciência a dinâmica passa pela experimentação! Por isso acho que no que respeita ao ensino da Física e da Química a chave está nos princípios Aprende-se melhor o que se pratica e A aprendizagem efectiva precisa de feedback. Os alunos não podem praticar em exercícios previsíveis e irreais pois assim não desenvolvem o pensamento crítico, nem aprendem a analisar informação ou adquirirem as capacidades desejadas. É necessário ajustar, o mais possível, a realidade e realizar em vários contextos possíveis. Alem disso os alunos necessitam muito mais de expressar as suas ideias, debate-las com os colegas e obter feedback acerca dos seus raciocínios do que meramente resolver tarefas. E a resposta não está num bom problema? À semelhança das actuais Actividades Laboratoriais, obrigatórias no currículo de Física e Química A, podemos ver que partindo de uma questão problema podemos ensinar/aprender um enorme conjunto de conceitos, compreende-los e vê-los em prática. E quanto às experiencias elas podem ser Demonstrativas, refutadoras, indutoras de Conceitos ou mesmo investigativas, o importante é experimentar. Como diz o provérbio químico Uma semana no laboratório pode salvá-lo um dia na biblioteca, esta é a vivência de um cientista. Na verdade penso que neste campo tive muita sorte. O meu percurso foi bastante ao largo do que sempre pensei. Quando era mais nova ambicionava ser professora de matemática mas pensei que só queria ser professora por esse ser o meu universo conhecido e decidi então estudar química. Fiz a minha licenciatura em química e especializei-me em biotecnologia, tendo passado muitas horas no laboratório e, por um tempo, pensado que a minha vida poderia ser a investigação. Mas tudo se encaminhou para voltar mais ou menos à ideia inicial e penso que este percurso tão mais rico é muito enriquecedor para mim como professora. Posso ensinar algo que de alguma forma já vivenciei. É uma (física e) química que está a partilhar com os seus alunos o que se sabe hoje para poder fazer deles cientistas que um dia empreguem estes conhecimentos e formulem e reformulem novas leis, hipóteses, teses e não uma professora que dá aos alunos o que facilmente eles têm acesso no seu livro ou na internet. Na verdade penso que é uma partilha única pois um cientista têm o eterno gosto de aprender ( a satisfação em aprender que se observa numa criança em idade pré-escolar, ou num cientista. Ambos estão sempre a aprender, são conscientes disso e adoram., Papert em a Família em Rede) e isso aliado ao seu gosto por ensinar pode ser uma jornada extraordinária! E este não é um processo fácil (e nem sempre possível) mas em ciência muito mais que dar conhecimentos e ensinar conteúdos é preciso ajudar a desenvolver capacidades e competências: é preciso trabalhar os números, a lógica e a capacidade de trabalhar o abstracto; aprender a observar, registar e saber tirar conclusões; desenvolver a capacidade crítica e criativa; e tantas outras competências e capacidades para fazer dos jovens não grandes aprendizes mas grandes cientistas!

3. A Escola [2] 3.1. Localização 6 A situa-se na Brandoa, uma das freguesias do Município da Amadora, o Município mais densamente povoado do País. Quando foi criado, o Município dividia-se em 8 freguesias: Alfragide, Brandoa, Buraca, Falagueira, Venda Nova, Mina, Reboleira, Venteira e Damaia. Contudo em 1997, este número elevou-se para 11 freguesias, juntando-se às primeiras as freguesias de Alfornelos, São Brás e Venda Nova. A serve os alunos residentes na freguesia da Brandoa bem como os da freguesia vizinha, Alfornelos, que estava integrada na freguesia da Brandoa até 1997. A Freguesia da Brandoa Gentílico Brandoense Concelho Amadora Área 2,39 km² População 15 647 hab. (2001) Densidade 6 546,9 hab./km² Padroeira Santa Teresa do Menino Jesus Fig. 1 vista de satélite (38.764244,-9.216167)[1] Fig. 2 - Freguesia da Brandoa vista de satélite, com destaque para a escola secundária Fernando Namora [1]

3.1.1. Resenha Histórica As primeiras referências que existem sobre este local datam de 1575 e referem ter existido, nos arredores de Lisboa, uma quinta de nome Brandoa. O nome da quinta teve origem nos seus proprietários Dr. Jerónimo Vaz Brandão e sua filha Maria Brandoa. 7 Em meados de 1960, deu-se início ao processo de construção clandestina, processo este que está directamente relacionado com o surto migratório das populações do campo para a cidade, fenómeno que veio provocar uma falta de resposta da grande cidade ao problema da habitação sobretudo pelo custo das habitações. Em 1979, foi criado o Município da Amadora e, no ano seguinte, em 22 de Fevereiro, tomou posse a primeira Junta de Freguesia da Brandoa. A Freguesia da Brandoa era então constituída por sete Bairros: Azinhaga dos Besouros, Casal de Alfornelos, Rua de Alfornelos, Urbanização de Alfornelos, Bairro 11 de Março, Quinta da Laje e Brandoa. A construção clandestina foi de tal ordem que no fim da década de 60 este foi considerado o maior bairro clandestino da Europa. A partir da década de 80, desenvolveram-se políticas de reabilitação da zona, com a criação de infra-estruturas básicas e equipamentos sociais como creches, escolas, parques infantis e centro de apoio à população idosa, bem como espaços verdes. Iniciou-se então o processo de urbanização e legalização das construções feitas até então. Em 1997, procedeu-se à divisão administrativa da Freguesia, dando origem à nova Freguesia de Alfornelos. Em 2002, a Brandoa foi abrangida pelo PROQUAL (Programa Integrado de Qualificação das Áreas Suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa), na sequência do qual se está a proceder à requalificação sócio-urbanística. Assim, a população assistiu à criação do Centro de Juventude, Centro Cívico, Centro de Dia e Centro de Convívio e Lazer (edifícios onde estão instaladas as associações da Brandoa e um Pavilhão Polidesportivo), o Jardim Luís de Camões e zonas envolventes, um novo Mercado, uma nova escola que integra jardim-de-infância, A.T.L. e 1.º Ciclo do Ensino Básico, um centro de escritórios e serviços, espaços verdes, equipamentos para a terceira idade, o Parque Urbano da Paiã, ligações rodoviárias e ligações ao nível da rede viária entre o troço da Brandoa - Falagueira e o Casal da Mira. São várias as instituições existentes nas duas Juntas de Freguesia (Brandoa e Alfornelos) que influenciam directamente a dinâmica da Escola, nomeadamente o Fórum Luís de Camões que reúne um vasto leque de serviços públicos e culturais para a comunidade da Brandoa: sedes de associações desportivas, culturais e recreativas, mercado, Biblioteca, Ciber - café, salas para formação e ocupação de tempos livres). Fig. 4 - Fórum e Jardim Luís de Camões Fig. 3 - Quinta da Brandoa

3.2. Caracterização da Escola 3.2.1. Instalações 8 Fig. 5 - (Pavilhão B e C) A ocupa um edifício, inaugurado no ano lectivo 1989/1990, composto pela portaria, seis pavilhões de dois pisos, refeitório e Pavilhão Gimnodesportivo. No Pavilhão A estão centralizados os serviços fundamentais ao funcionamento da escola: Secretaria, S.A.S.E, Sala de Convívio dos Professores, Reprografia, P.B.X., Direcção Executiva, Sala de Trabalho dos Professores, Sala de Directores de Turma, Centro de Recursos (Biblioteca), Serviço de Orientação Escolar, Sala de atendimento dos E.E. e Serviço de Apoios Educativos. Os Pavilhões B, C, D e F têm salas de aula normais e salas específicas para as diversas áreas educativas como Laboratório de Ciências da Natureza (Pavilhão C), Laboratório de Biologia (Pavilhão F), Laboratório de Química, Laboratório de Física e salas para as aulas de Ciências Físico-Químicas (pavilhão D), sala de Educação Tecnológica e sala de Educação Visual (pavilhão B), sala de Técnicas de Expressão (pavilhão B), Laboratório de Matemática (pavilhão B), salas para CEF (pavilhão B, C e F) e sala de Oficinas de Arte (pavilhão F). No Pavilhão E além das salas de aula encontra-se a Papelaria, o Bar e a Sala de Convívio dos Funcionários.

3.2.1.1. Recursos para o ensino das ciências O ensino da Física e da Química está centralizado, no pavilhão D da escola onde se encontra: 9 Laboratório de Química (D3) com sala de reagentes, sala de preparação dos materiais para as aulas e lavagem do material e sala das balanças. O Laboratório está disponível para todas as turmas do Ensino Secundário nos respectivos horários da aula semanal das actividades laboratoriais dado terem carácter obrigatório, sendo também utilizado para as aulas do Ensino Básico, gerindo o espaço com os professores do Ensino Secundário e Ensino Básico. Fig. 6 Laboratório de química O Laboratório tem capacidade para 4 grupos de trabalho pois têm 4 bancadas, cada uma com 2 lavatórios, um bico de bunsen e arrumação. Umas das bancadas têm extractor e à disposição de todos os grupos estão duas hottes. A sala de preparação da Química serve se apoio à realização das experiências tendo lavatórios, estufa, destilador, lava-olhos e chuveiro. Fig. 7 Bancada com extractor no Laboratório de química

Sala para o ensino das Ciências Físico-Químicas (D2) com sala de apoio (arrecadação) Nesta sala decorrem a maioria das aulas teórico-práticas e algumas aulas práticas de Física do Ensino Secundário. Esta sala está próxima do Laboratório de Química sendo por isso fácil a deslocação para o Laboratório quando necessário. A arrecadação adjacente a esta sala funciona como arrecadação dos materiais de Física (principalmente do Ensino Secundário) e utilizando as mesas da arrecadação, ou um conjunto de mesas na sala D2, é possível realizar grande parte das experiencias de Física. 10 A sala D2 está equipada com um conjunto de computadores tanto para utilização dos alunos como para recurso do ensino das Ciências. Fig. 8 Sala de apoio da D2 (arrecadação de física) Sala para o ensino das Ciências Físico-Químicas (D7) com sala da preparação da física Esta sala encontra-se no 1ºpiso e é utilizada principalmente pelas turmas do Ensino Básico. Tem lavatórios de apoio, bem como acesso a uma sala contígua - Sala de preparação da Física onde estão guardados muitos dos materiais necessários à realização das aulas, sobretudo de carácter experimental. Tal como a sala D2, permite a realização da maior parte das experiências de Física do Ensino Básico e várias experiências de Química.

Alunos 3.2.2. Recursos Humanos 11 A possui mais de mil alunos, distribuídos pelo 3 Ciclo do Ensino Básico, pelo Ensino Secundário e pelo Ensino Nocturno. A população escolar, proveniente na sua grande maioria das Escolas Básicas 2,3 de Alfornelos e Brandoa, tem características muito heterogéneas, atendendo ao meio socioeconómico de onde são oriundos os estudantes. A escolaridade dos pais dos alunos é em geral baixa tendo muitos apenas o 1.º ciclo. As mães têm em geral um nível de ensino ligeiramente superior (6.º ou 9.º anos de escolaridade) mas são contudo os pais que, maioritariamente, detêm o ensino secundário e cursos médios. Profissionalmente as categorias profissionais mais representadas dos pais são da área dos serviços, área comercial (30,2%) e operários e trabalhadores especializados ou semi especializados (19,3%). Em relação às mães, as categorias que mais se destacam são as ligadas aos serviços e vendedores (26,8%) e trabalho não especializado, tal como empregada auxiliar de vários sectores (saúde, educação, p.e.) ou doméstica 28.4%. No geral, pode afirmar-se que as mães se encontram num estatuto sócio - económico mais baixo relativamente aos pais.uma percentagem significativa dos estudantes tem carências económicas. Pessoal Docente e Não-docente O corpo Docente é maioritariamente do Quadro de Escola, dando resposta a cerca de 75% das necessidades da mesma. A escola possui 46 funcionários entre Administrativos, Guardas-nocturnos e Assistentes Operacionais. O Conselho Executivo é composto por três professoras eleitas, sendo assessorado por dois outros professores. Apesar do empenho por parte da Escola no sentido de que sejam criadas a Associação de Pais e Encarregados de Educação e a Associação de Estudantes, não tem sido possível manter em funcionamento de forma continuada nenhuma destas Associações. Fig. 9 - (Pavilhão D)

3.2.3. Oferta educativa A oferta da Escola abrange o 3º ciclo do Ensino Básico e o Ensino Secundário, tanto em regime diurno como em regime nocturno. 12 Nos últimos anos a Escola tem apostado na diversificação da oferta formativa para dar resposta às necessidades e expectativas da comunidade em que se insere e também como estratégia de combate ao insucesso e abandono escolares. Nesse sentido, e no âmbito das novas oportunidades, tem já em funcionamento: Quatro cursos de Educação e Formação para jovens, de nível 2, tipo 2 e tipo 3; Quatro cursos Profissionais; Dois cursos de Educação e Formação de Adultos de Formação Escolar, B3; Dois cursos de Educação e Formação de Adultos de Dupla Certificação, B3, nível 2; A curto prazo, em articulação com os Centros de Novas Oportunidades, com as diferentes entidades formadoras da área e com a DRELVT, pretende-se alargar a oferta com a implementação de: Cursos de Educação e Formação de Adultos, de nível Secundário, de formação escolar; Cursos de Educação e Formação de Adultos, de nível Secundário, de dupla certificação; Cursos de Formação extra-escolar; Formação modelar. 3.3. Projecto educativo O projecto educativo da escola em vigor (2007/2010) pretende responder aos principais problemas identificados no Relatório de Auto-avaliação da Escola anterior à sua elaboração: 1. Reduzido número de actividades de enriquecimento curricular devido ao deficiente envolvimento dos professores, dos alunos, dos funcionários e dos pais e encarregados de educação em projectos; 2. sucesso deficitário em alguns anos de escolaridade; 3. insuficiente envolvimento dos Encarregados de Educação. Como resposta a estes problemas foram estabelecidos os seguintes objectivos e metas, a atingir nos três anos referidos: 1. Melhorar a qualidade do processo de ensino/aprendizagem; 2. promover um maior sucesso dos alunos; 3. dotar a escola de novos projectos; 4. envolver os Encarregados de Educação na dinâmica da escola.

METAS INDICADORES DE MEDIDA Objectivo Estratégico: melhorar as taxas de transição 3º Ciclo Taxa de transição/conclusão: 85% Ensino Secundário Taxa de transição/conclusão: 75% Cursos de Educação e Formação Taxa de Conclusão: 75% Cursos Profissionais Taxa de Conclusão: 70% Objectivo Estratégico: reduzir o abandono escolar 3º Ciclo Abandono Escolar: atingir 2% Ensino Secundário Abandono Escolar: atingir 5% Abandono por disciplina: reduzir 50% Cursos de Educação e Formação: Abandono Escolar: atingir 10% Cursos Profissionais: Abandono Escolar: atingir 15% Objectivo Estratégico: incrementar a qualidade do sucesso 3º Ciclo Taxa de sucesso pleno Sucesso deficitário: atingir 50% Cursos de Educação e Formação: 100% dos alunos transitados com Qualificação Profissional Objectivo Estratégico: dotar a escola de novos projectos 3º Ciclo Envolver 75% das turmas em projectos multidisciplinares e abertos à comunidade Taxas de transição/conclusão por ano e ciclo de ensino Taxas de abandono Taxas de conclusão (número de alunos que concluíram relativamente ao número de alunos que iniciou o curso) Taxas de abandono Taxas de abandono por ano e ciclo de estudos Taxas de abandono por disciplina e ano de escolaridade (só para o ensino secundário) Taxa de alunos que concluíram o curso com qualificação profissional Ensino Secundário Desenvolver 1 projecto por área científica Objectivo Estratégico: envolver os Encarregados de Educação na dinâmica da escola Participação dos E.E. nos Conselhos de Turma Mais 15% Participação dos E. E. no Conselho Pedagógico Mais 15% Participação dos E. E. da Assembleia de Escola Mais 15% Reuniões e contactos dos E.E. com o Director de Turma Mais 15% Participação dos E. E. em actividades e projectos da Escola Mais 30% Número de projectos realizados que respeitem os critérios definidos em Conselho Pedagógico Taxas de presença por ano e ciclo de estudos Taxa de presença Taxa de presença Taxas de presença nas reuniões e nos contactos semanais Taxas de presença por projecto e global Objectivo Estratégico: melhorar a qualidade do processo de ensino/aprendizagem Aumentar a assiduidade dos professores Taxa de actividades de substituição Aumentar a assiduidade dos alunos Taxas de absentismo por ano/ciclo e disciplina Melhoria das taxas de transição Taxas de transição por ano e ciclo Diminuição das taxas de abandono Taxas de abandono por ano e ciclo Diminuição da indisciplina Taxas de participação de ocorrências por turma, ano e ciclo Número de medidas disciplinares aplicadas por ano e ciclo Cumprimento das planificações Taxa de incumprimento (1º e 2º períodos) 13

4. Caracterização da Turma 11º1 Para a caracterização da turma 1 do 11º ano foi utilizada como base a ficha biográfica existente na escola que é preenchida anualmente por todos os alunos da escola. Um aluno não preencheu a ficha e alguns dos dados não foram preenchidos pelo que por vezes os resultados não são rigorosos. 14 O 11º1 tem 23 alunos dos quais 11 são rapazes e 12 raparigas. Destes 23 alunos 15 são provenientes da turma base (10º1) e os restantes 8 alunos foram integrados neta turma por se encontrarem em situação de repetição. Destes alunos 5 provêm de uma mesma turma, 2 de outras turmas da escola e apenas um vem de uma outra escola. Dos alunos retidos apenas um se encontra matriculado em todas as disciplinas existindo um aluno matriculado só a Português e um aluno matriculado a Filosofia, Física e Química A e Biologia Geologia. Os restantes cinco estão matriculados nas disciplinas específicas (Matemática, Físico e Química A e Biologia Geologia), três dos quais também estão inscritos (por opção) na disciplina de Educação Física e um deles ainda a Português. A média das idades é 16,5 anos e a moda 16. A idade das raparigas varia entre os 15 e os 17 anos e a dos rapazes entre os 16 e os 19 anos. A freguesia de residência de 70% dos alunos é na Brandoa, existindo 3 alunos residentes em Alfornelos, 1 aluno residente na Pontinha, 1 aluno residente no Casal de S. Brás e 1 aluno residente na Falagueira. Todas estas freguesias são próximas da escola pelo que os alunos se deslocam para a escola principalmente a pé, alguns de autocarro e alguns de carro (sobretudo de manhã). A proximidade permite também que quase todas as refeições (pequeno-almoço, almoço e lanche) sejam feitas em casa excepto quando a hora de almoço é pequena o que leva a fazer esta refeição no refeitório. A maior parte dos alunos faz parte de uma família nuclear sendo o agregado familiar constituído pelos pais e em alguns casos irmãos. É de realçar que existem 3 casos de famílias monoparentais. Os pais apresentam uma média de idades de 48 anos e as mães 45 anos, pelo que, a maior parte se encontra ainda numa situação profissional activa. Apenas a mãe de um aluno se encontra desempregada e dois pais reformados. A escolaridade dos pais não é muito elevada, sendo as maiores fatias pais com o 9º e com o 12º ano de escolaridade. Entre as mães dos alunos, 3 têm formação superior assim como 1 pai, como se pode analisar no gráfico 1. 12 10 8 6 4 2 0 Escolaridade atingida pelos pais dos alunos 10 10 6 6 5 4 4 4 3 3 3 2 2 2 2 1 11 11 11 1 1 1 0 0 Total Pai Mãe Gráfico 1 - Escolaridade dos pais dos alunos

O número de indivíduos com um irmão é o mesmo que o número de indivíduos com nenhum (9 casos), existindo ainda duas situações de indivíduos com 2 e 3 irmãos. A maior parte destes irmãos encontra-se a estudar. 15 Quando ao percurso escolar, 19 alunos afirmam ter frequentado o ensino pré-escolar. A maioria dos alunos nunca sofreu retenções sendo que, a ter ocorrido, foi no 11º ano. Existem dois alunos com 2 retenções. De acordo com as informações fornecidas pelos alunos quanto à avaliação do passado Ano Lectivo, disciplinas favoritas e disciplinas com mais dificuldade foi possível obter os gráficos seguintes: 20 15 10 5 0 Classificações média no passado ano lectivo 12 14 13 17 11 13 12 15 10 5 0 Disciplinas preferidas e disciplinas com mais dificuldades 13 7 9 11 4 6 6 6 8 3 2 4 5 1 Disciplinas Preferidas Disciplicas com mais dificuldades Gráfico 2 - Classificações médias obtidas pelos alunos no passado Ano Lectivo Gráfico 3 Disciplinas preferidas pelos alunos e disciplinas onde os alunos manifestam mais dificuldades É curioso verificar que o gosto dos alunos pela disciplina de Educação Física se revela significativo mas classificações médias do passado ano lectivo, no entanto esta relação não acontece no caso da Biologia e Geologia que sendo a disciplina preferida têm uma das mais baixas classificações médias. Matemática é a disciplina onde mais alunos se dizem ter mais dificuldades e isso reflecte-se na classificação média mais baixa, no entanto a físico-química, que é a segunda disciplina onde os alunos dizem ter mais dificuldades, apresenta um valor de classificação intermédio no global das disciplinas. A maior parte dos alunos dizem estudar em casa (principalmente no seu quarto) no entanto apenas 6 alunos diz estudar todos os dias. A maior parte dos alunos diz não ter ajuda nos estudos mas alguns deles referem a Expectativas em relação à escola Bom apoio educativo Elevado grau de exigência Bons professores Bom relacionamento entre alunos Bom ambiente 12 15 19 21 20 0 10 20 30 ajuda dos pais, explicadores e colegas. As expectativas dos alunos em relação à escola estão no gráfico 4. É de salientar que nenhum aluno revelou más expectativas em relação à escola. Quanto ao futuro a maior parte dos alunos ambiciona uma formação universitária fundamentalmente ligada à área da Saúde ou das Ciências. Gráfico 4 Expectativas dos alunos em relação à escola

5. Componentes do Estágio 5.1. Ensino das Ciências Físico-Químicas - Plano anual de actividades da turma 11º1 16 Em relação às actividades de ensino constantes no planeamento anual (em anexo) serão aulas de: Leccionação integral Irei leccionar integralmente a 2ª unidade da Física, Comunicações. Co-ensino Sempre que solicitado pela professora orientadora. Pode envolver a preparação de uma aula (por exemplo da unidade 1 a aula de gráficos posição-tempo e velocidade-tempo), complemento de informação (por exemplo apresentação do sistema Galileo na aula do GPS) ou situações espontâneas (por exemplo leccionar a aula ou parte da aula do 2º turno depois de observar a aula do 1º turno). Observação Sempre em colaboração e à disposição da orientadora ajudando na aula previamente preparada em conjunto. 5.2. Plano anual de acompanhamento de uma Direcção de Turma 11º1 Para compreender e experienciar o papel do Director de Turma irei durante este Ano Lectivo acompanhar o professor de Matemática, Carlos Morais, Director de Turma do 11º1, a turma com que desenvolvo o meu trabalho de estágio. As tarefas que me proponho realizar no âmbito da Direcção de Turma são: Acompanhar o Director de Turma nas reuniões de Pais e intervir se solicitado. Para a primeira reunião de pais prepararei a caracterização da turma para apresentar aos pais; Marcar e justificar faltas em colaboração com o Director de turma; Preparação, organização e manutenção do Dossier de Turma em colaboração com o Director de turma; Participar em outras actividades relacionadas directamente com a Direcção de Turma quando o Director de Turma solicitar. 5.3. Plano anual de actividades relacionas com a divulgação da ciência Em relação às actividades relacionadas com a divulgação da ciência foi feita uma proposta de Visita de Estudo para a turma 11º1 à Quimigal para proporcionar aos alunos a visita a uma unidade industrial.

Para 10º2, turma cuja titular é a professora orientadora, vai realizar-se em Novembro próximo uma visita de estudo ao Centro de Ciência Viva em Constância e como a interdisciplinaridade se revela importante, os alunos visitarão as pegadas dos dinossauros na Pedreira do Galinha no mesmo dia. 17 Está prevista nesta turma para o segundo período lectivo, uma visita à Central Fotovoltaica de Serpa, dado que os assuntos tratados na Física são todos relacionados com Energia, nomeadamente utilização de Energias alternativas. A realizar na escola pretende-se organizar: Uma conferência com o professor João Paiva sobre As aplicações da Tecnologia nas Ciências Experimentais Uma visita de membros da Associação Portuguesa de Amadores de Rádio para a Investigação Educação e Desenvolvimento, abreviadamente designada por AMRAD, com actividades interactivas subjacentes aos temas da unidade 2 - Comunicações. O Laboratório Aberto em colaboração com Biologia - Geologia, Matemática e Informática. É uma actividade de divulgação de experiências divertidas a nível da freguesia para os alunos do ensino básico, envolvendo também algumas turmas do Ensino Básico da escola. Nesta actividade que decorre durante uma semana, os monitores são os alunos do Ensino Secundário da área dos Cursos Científico Humanísticos. Projecto de complemento curricular A Química na ESFN como comemoração do Ano Internacional da Química (2011)

6. Horário na escola Horas 2ªfeira S 3ªfeira S 4ªfeira S 5ªfeira S 6ªfeira S 8:15-9:00 11º1 9:00-9:45 D2 10:05-10:50 Turno 1 DT 11º1 11º1 F2 10:50-11:35 Estágio 11º1 11:45-12:30 D2 Estágio (*) 12:30-13:15 Turno 2 13:30-14:15 Estágio (*) 14:15-15:00 Reuniões (*) 15:15-16:00 11º1 F2 16:00-16:45 18 Os tempos assinalados (*) referem-se a blocos de reuniões ocasionais e de acordo com as necessidades de trabalho com a orientadora, dada a disponibilidade de ambas, e ao bloco de reuniões onde são realizadas as reuniões de Grupo, Departamento, Directores de turma e outras.

Bibliografia 19 [1] http://maps.google.pt/maps?q=escola%20secund%c3%a1ria%20fernando%20namora&um=1&ie =UTF-8&sa=N&hl=pt-PT&tab=wl [2] http://www.esfnnet.com/namora/ a. No moodle da escola está disponível o Projecto Educativo de Escola e o Plano Anual de Actividades que utilizei como informação para a formulação deste documento.

Anexo 20 A Planificação Anual encontra-se num ficheiro anexo.