Sua prova deve ser feita à caneta azul ou preta. Não rasure e não use corretivo. Entregue no dia da prova.

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Aluno(a): nº: Turma: Nota Ano: 2º Ano E.M. Data: /08/2019 Série Professor(a): Alessandro Trabalho Recuperação Matéria: Filosofia Valor: 10,0 Sua prova deve ser feita à caneta azul ou preta. Não rasure e não use corretivo. Entregue no dia da prova. 1- "(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé." (Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da Igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998) "As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã." (Santo Tomás de Aquino pensador medieval) - Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que: a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de Santo Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas. b) a encíclica papal procura complementar Santo Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé. c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II. d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico. e) tanto a encíclica papal como a frase de Santo Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão. 2- Analise as frases que seguem: Aquilo que a verdade descobrir não pode contrariar aos livros sagrados, quer do Antigo quer do Novo Testamento (Sto Agostinho); Deus não pode infundir no homem opiniões ou uma fé que vão contra os dados do conhecimento adquirido em virtude das forças naturais (Sto. Tomás de Aquino). Elas resultam do desenvolvimento do Cristianismo e da dominação da Teologia sobre a filosofia entre os séculos II e XVI d.c. Essa nova filosofia presa ao Cristianismo se diferenciava da Filosofia Clássica, porque procurava promover a crença em um Deus todo poderoso proclamado por Jesus Cristo. A esta fase da História da Filosofia chamamos: a) Filosofia Católica b) Filosofia Clássica c) Filosofia Medieval d) Filosofia Protestante e) Nenhuma das anteriores TEOCENTRISMO, o a ideia que norteava o pensamento medieval, colocava Deus como o centro de todas as coisas, já o ANTROPOCENTRISMO moderno, indicava que o homem deveria ser a medida de tudo. Use essa afirmativa para responder as próximas questões. 3- Podemos dizer que, diferente do pensamento medieval, o moderno: a) submetia a razão à fé; b) separava fé de razão; c) misturava fé com razão; d) aboliu a fé; e) significou o fim de todas as religiões. 4- O antropocentrismo valorizava, assim: a) as ações humanas como arte e ciência; b) a fé como obra prima do homem; c) o homem como ser temente a Deus; d) a religião como fruto da razão humana; e) a busca humana pela graça divina. 5- (UFU - 2004) No escrito publicado postumamente, Regras para a orientação do espírito, Descartes fez o seguinte comentário: Mas, toda vez que dois homens formulam sobre a mesma coisa juízos contrários, é certo que um ou outro, pelo menos, esteja enganado. Nenhum dos dois parece mesmo ter ciência, pois, se as razões de um homem fossem certas e evidentes, ele as poderia expor ao outro de maneira que acabasse por lhe convencer o entendimento... DESCARTES, René. Regras para a orientação do espírito. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 6-7.

Para alcançar a verdade das coisas, isto é, o conhecimento certo e evidente, é necessário um método composto de regras muito simples que evitem os enganos e as opiniões prováveis. Segundo Descartes, somente duas ciências podem auxiliar na fundamentação do método para a investigação da verdade, são elas: a) teologia e filosofia. b) mecânica e física. c) fisiologia e filologia. d) aritmética e geometria. e) física e artes. 6- Ao considerar a noção de empirismo, marque V ou F ( ) A formação do conhecimento depende das experiências. ( ) As pessoas nascem sabendo o que precisam; não têm necessidade de aprender. ( ) Nascemos como uma tábula rasa e precisamos experimentar o mundo pelos nossos cinco sentidos para aprender. ( ) O conhecimento a posteriori não necessita da experiência. Agora marque a sequência correta a) F, F, F, F b) V, V, V, V c) V, F, V, V d) F, V, F, F e) V, F, F, V 7- Leia o texto. A Igreja não aceitou o novo jeito de pensar sobre o mundo e o homem. Sua postura foi intransigente e desafiadora. Ela não poderia aceitar as novas ideias, pois elas valorizavam a crença no indivíduo e nos valores humanos em prejuízo de sua doutrina, que afirmava ser o homem possuidor de uma natureza pecadora, suja, condenada à tristeza e sedenta da misericórdia de Deus. Os filósofos do período passaram a expor suas ideias e proclamavam frases que confrontavam a doutrina cristã. Assinale a alternativa que contenha uma dessas frases. a) A grandeza não consiste em receber honras, mas merecê-las." Aristóteles. b) O homem é um ser revestido de dignidade e sabedoria Giovanni Pico dellamirandola. c) A felicidade de sua vida depende da qualidade de seus pensamentos Marcus Aurelius. d) O caráter de um homem é o seu destino Heráclito. 8- (PUC-adaptada) Sobre o conjunto de ideias que marcou o Renascimento é correto afirmar que: a) a Renascença contribuiu para o reforço de valores humanistas em toda a Europa. A valorização do Homem como medida para todas as coisas se tornou uma ideia importante para os pensadores renascentistas. b) os pensadores do Renascimento recuperaram ideias da Antiguidade clássica, estando de acordo com as orientações religiosas da Igreja Romana. c) a Igreja Católica, como principal compradora de obras de arte, se tornou uma defensora das ideias renascentistas. d) como movimento intelectual, o Renascimento provocou uma ruptura na Igreja, dividida a partir desse momento em Igreja Ortodoxa e Igreja Romana. 9- Essa corrente surgiu como doutrina no século I antes de Cristo para enfatizar que tudo que é existente é decorrente de uma causa. Muito tempo depois, já na Idade Moderna, os filósofos racionalistas adotaram a matemática como elemento para expandir a ideia de razão e a explicação da realidade. Dentre seus adeptos, destacou-se o francês René Descartes que elaborou um método baseado na geometria e nas regras do método científico. Suas ideias influenciaram diversos outros intelectuais, como Spinoza e Leibniz. Este, por exemplo, desenvolveu o método de cálculo infinitesimal e defendeu o Racionalismo dizendo que algumas ideias e princípios são percebidos pelos nossos sentidos, mas não estão neles as origens. Sobre o racionalismo, podemos afirmar: INFOESCOLA.COM. Racionalismo.Disponível em: <http://www.infoescola.com/filosofia/racionalismo/>. Acesso em: 29 nov. 2015. ( ) A compreensão de que todo e qualquer conteúdo que se julgue conhecer foi obtido por meio da experiência sensível. ( ) A crença de que as verdades são reveladas à razão por meio da iluminação divina. ( ) A concepção de que determinadas ideias ou conhecimentos seriam inatos, ou seja, já nasceriam com o homem. ( ) Tem como principais representantes René Descartes e Gottfried W. Leibniz, e defende que o conhecimento deve estar fundado unicamente na razão.

A sequência correta é: a) V F F V b) F V F V c) V V F V d) F F V V e) V F V F 10- O empirismo é uma doutrina filosófica que tem como principal teórico o inglês John Locke (1632-1704), que defende uma corrente a qual chamou de Tabula Rasa. Essa corrente afirma que as pessoas nada conhecem, como uma folha em branco. INFOESCOLA.COM. Empirismo. Sobre o empirismo podemos afirmar: Disponível em: <http://www.infoescola.com/filosofia/empirismo/>. Acesso em: 29 nov. 2015. ( ) Sustenta que não há nada na razão que não tenha passado pelos sentidos primeiramente. ( ) Defende que não é possível conhecer a realidade em si mesma, mas apenas os fenômenos que se apresentam aos sentidos. ( ) Acredita que a verdade pode ser alcança apenas mediante a experiência sensível. ( ) Tem como principais representantes David Hume e Immanuel Kant, e defende que o conhecimento pode ser conquistado por meio de raciocínios abstratos, como a lógica, a geometria e a matemática. A sequência correta é: a) V F F V b) F V F V c) V V F V d) F F V V e) V F V F 11- (ENEM) TEXTO I Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. DESCARTES, R. Meditações metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979. TEXTO II Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004. (Adaptado) Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. 12- Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável. DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado). TEXTO II É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida. SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se a) retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade. b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções. c) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos. d) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados. e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.

13- (ENEM - 2013). Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu 'de um prazer de poder', 'de um mero imperialismo humano', mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente. (CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques. ScientiaeStudia, São Paulo, v. 2, n. 4, 2004) (adaptado). Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em: a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes. b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia. c) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso. d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos. e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos. 14- (ENEM) O texto foi extraído da peça "Tróilo e Créssida" de William Shakespeare, escrita provavelmente, em 1601. "Os próprios céus, os planetas, e este centro reconhecem graus, prioridade, classe, constância, marcha, distância, estação, forma, função e regularidade, sempre iguais; eis porque o glorioso astro Sol está em nobre eminência entronizado e centralizado no meio dos outros, e o seu olhar benfazejo corrige os maus aspectos dos planetas malfazejos, e, qual rei que comanda, ordena sem entraves aos bons e aos maus." (personagem Ulysses, Ato I, cena III). A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se aproxima da teoria a) geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu. b) da reflexão da luz do árabe Alhazen. c) heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico. d) da rotação terrestre do italiano Galileu Galilei. e) da gravitação universal do inglês Isaac Newton. SHAKESPEARE, W. "Tróilo e Créssida". Porto: Lello& Irmão, 1948. 15- (ENEM - 1999) "(...) Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (...) Não duvido de que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, não superficialmente mas duma maneira aprofundada, das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão por matemáticos." (COPÉRNICO, N. De Revolutionibusorbiumcaelestium.) "Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem leme nem bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode-se considerar verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas." (VINCI, Leonardo da. Carnets.) O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é a) a fé como guia das descobertas b) o senso crítico para se chegar a Deus c) a limitação da ciência pelos princípios bíblicos d) a importância da experiência e da observação e) o princípio da autoridade e da tradição 16- Com suas palavras, explique de que maneira, segundo a Filosofia Medieval, FÉ e RAZÃO poderiam se reconciliar.

17- Explique, segundo a filosofia cartesiana, a frase Penso, logo existo. 18- Que relação uma pessoa empirista faria ao ver a seguinte imagem: 19- O empirismo, no início, era apenas um caminho, um método de investigação científica. Mas seus pressupostos serviram para que gradativamente se transformasse em uma das mais fortes correntes da Filosofia. Explique os princípios básicos do empirismo. 20- O que sou eu então? Sou uma coisa que pensa. O que é uma coisa que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina também e que sente. DESCARTES, René. Meditações sobe a filosofia primeira. In: Marçal. J. (Org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p.168. A passagem acima apresenta um importante trecho da obra de Descartes. Discorra a respeito dela.