ISBN 92-5-100276-2 Seminário Deslizamentos em SC: causas, consequências, medidas emergenciais e ações futuras 12/02/2009 Joinville - SC Escorregamentos de terra O Evento de SC Fernando A. M. Marinho Universidade de São Paulo - Zona Ativa Perfil de Sucção Variação Sazonal N.A. NRPS Núcleo Regional do Paraná e Santa Catarina + K < I sat f p Distribuição de umidade após infiltração até (a) 25 cm and (b) 50 cm depth Distribuição de umidade depois da infiltração em dois tipos de solo K sat < f I p I < K sat Mein& Larson (1973) Ultrapassar a capacidade do solo de absorver água gerando pressões de água positivas. A água infiltrada atinge maiores profundidades. Chuvas prolongadas aumentam o run-off, mas as infiltrações continuam. Continua a alimentação de água para as camadas inferiores. O encontro da água infiltrada com o lençol freático pode gerar uma enorme pressão instantânea. O preenchimento dos vazios do solo até o lençol freático cria uma grande coluna de água. Massoud (1973) Atingir profundidades maiores. O encontro com o nível de água. Soliman, 1968 A recuperação do perfil difere de solo para solo Nova chuva tem efeitos diferentes em diferentes solos 1
Composição dos fatores declividade e infiltração Modelo de Fenômenos Combinação de Fatores Chuva Inclinação Declividade Área da bacia Altura da encosta Uso e ocupação Aspectos geológicos e Geotécnicos Oliveira e Augusto Filho (2005) Oliveira e Augusto Filho (2005 /Monitoramento /Monitoramento Empírico Balanço hídrico Kuala Tahan, Malásia, 1984; Monitorar a chuva é importante. Mas é suficiente? Tatizanaet al. (1987) Melbourne, Austrália, média de 30 anos Ruptura Sem Ruptura Johannesburg, Africa do Sul, 1987 Cape Town, Africa do Sul, 1992 Blight (1997) 2
Mulde - Timbó Consequências Os Eventos em SC 4 mil deslizamentos 135 vítimas fatais 78 mil desabrigados 51 municípios atingidos Eventual barramento do riacho Presença de muita água impedia a liberação da estrada Estrada Riacho Corte Tifa Smith- Timbó Consequências Benedito Novo Rio das Antas Consequências Vegetação Natural Vegetação Natural Desvio salvador Formação de córrego Tubulação Riacho Estrada Casa (nova) Poucas casas na região Estrada totalemnte destruída e em risco Blocos arremesados Planta 3
Consequências Vegetação Natural Vegetação Natural e Sem entrar na mata não se percebe as rupturas. Vegetação destruída ainda verde esconde os degraus e trincas. Baú Seco Destruição da Infra-estrutura pública e privada Mais um local de tragédia, localizado na linha de drenagem natural Vegetação Natural Formação de um córrego 4
Reconstrução da infra-estrutura pública Destruição da Infra-estrutura pública e plantações Dois deslizamentos. O segundo com vítimas Foto tirada por um morador da região do Braço do Baú Deslizamento com formação de barramento de corrego aqui morreu minha amiga Giane e a mãe dela. Giane morreu na segunda feira duas e meia da tarde Esta frase era o nome do arquivo desta foto 5
Atuação Técnica nos eventos Fotos tiradas por um morador da região do Braço do Baú Analisou riscos de novos deslizamentos, com ou sem chuva. Definiu o retorno de moradores a suas casas, com ou sem limitações. Colaborou com os bombeiros nas avaliações dos riscos de regates onde houve vítimas (resgate de corpos). Avaliou a infra-estrutura e a possibilidade de medidas emergenciais. Proporcionou um desafio profissional com uma carga emocional elevada. No Comando da Ação 6
Medidas (pós-eventos) de curto, médio e longo prazo Redução dos efeitos danosos Educação Previsão Monitoramento(abrangência) Definição deníveis de alerta Visão geotécnica Conhecimento geológico/geotécnico Mapeamento de risco geotécnico Projeto geotécnico(ações estabilizadoras) Legislação Controle Melhorar o sistema de gerenciamento de emergências Previsão Emissão de alerta Controle das ações na emergência Evacuação das áreas Busca Resgate Alimentos, medicamentos, etc Ações Anos 80 Prefeitura do Recife Ações Massad et al (1998) Ações Sistemas de Monitoramento O que monitorar? Chuva Deslocamentos Pressão da água Teor de umidade do solo Arnhardtetal. (2007) 7
Para discussão Quais as consequências das mudanças climáticas sobre empirísmo ou semi-empírico geotécnico? No Local do Evento e Independente dele O monitoramento intenso é a solução? As ações antrópicas são sempre responsáveis pelos deslizamentos? Como formar membros da comunidade com mentalidade geotécnica? Já haviamos tirado lições de eventos anteriores? Quais lições iremos tirar deste evento? Pode haver rupturas sem chuva? Novas chuvas causam novos deslizamentos? Participação fundamental : Exercito Brasileiro Força Aérea Brasileira Oficiais da reserva Policia Militar Força Nacional Corpo de bombeiros Defesa civil (SP, MG, SC) Governo de SC IBAMA Cruz Vermelha UFSC IG (SP) IPT DEINFRA ABMS 8