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De 1997 a 2007, foi Conselheiro Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, órgão regulador de telecomunicações no Brasil.

O Desempenho Comparado das Telecomunicações do Brasil Preços dos Serviços de Telecomunicações Serviço Móvel Pessoal Pré-Pago (Celular Pré-pago)

O Desempenho Comparado das Telecomunicações do Brasil Preços dos Serviços de Telecomunicações Utilização de Banda Larga Móvel

O Desempenho do Setor de Telecomunicações no Brasil Séries Temporais 9M16. Dezembro de Elaborado em Parceria com o Teleco

Transcrição:

Credibilidade e Experiência em Telecomunicações (Tele)Comunicações 2015 Contribuições para o Aperfeiçoamento do Modelo Relatório Fonte Capítulo 2 O Modelo brasileiro e seus desafios Novembro de 2005 3379 com a Telebrasil e Sinditelebrasil Todos os direitos reservados Accenture, seu logotipo e Accenture Resultado Alta Performance são marcas registradas da Accenture

Agenda Introdução O modelo brasileiro e seus desafios Os vetores de transformação Inclusão e Sociedade da Informação Demanda dos usuários Evolução da tecnologia Evolução dos serviços Evolução do negócio Evolução da regulação Propostas para aperfeiçoamento do modelo brasileiro 2

O modelo brasileiro é composto por diferentes leis e regulamentos que evoluíram de maneira independente Conteúdo Telecomu- nicações Radio- difusão TV paga Informática Anos 60 Lei da Imprensa (67) Código Brasileiro de Telecomunicações (62) Decreto-Lei de Radiodifusão (67) Reformulação da Zona Franca de Manaus incentivos fiscais de importação / exportação (67) Fonte : Ministério das Comunicações, Ministério da Ciência e Tecnologia, Anatel, Telebrasil, análise Accenture e GT - Anos 70/80 Anos 90 Anos 00 Lei de Direitos Autorais (73) - - - Reserva de mercado (76) Ampliação da reserva de mercado (79) Política Nacional de Informática (84) 3 Lei de Direitos Autorais alterada (98) Emenda Constitucional 8 (95) Lei Mínima (96) Lei Geral das Telecomunicações (97) Normas de Satélite Banda C e DTH (91) Lei do Cabo (94) Norma do MMDS (94) Nova Lei de Informática (91) Lei do software (98) Lei de Direitos Autorais alterada (98) Grupos de trabalho interministeriais: - TV Digital (03) - Rádio comunitária (04) - Meios de comunicação de massa (05-06) Políticas para o setor de telecomunicações (03) Grupos de trabalho interministeriais: - TV Digital (03) - Rádio comunitária (04) - Meios de comunicação de massa (05-06) Reformulação da Lei de Informática (01) PC Conectado (05)

A nova dinâmica competitiva da convergência desafia o atual modelo brasileiro, segmentado por serviços IPTV NÃO EXAUSTIVO Wi-Fi e WiMAX Regulamento LGT Contratos STFC Telefonia fixa Limitada competição Estagnação da demanda Baseado em assinatura e tráfego Regulamento LGT Regulam SMP Regulam 3G? Obrigações Universalização Qualidade Competição Telefonia móvel Ampla competição Alto crescimento Baseado em pré-pago Obrigações Cobertura Qualidade Competição VoIP Mobile TV MVNO Fixomóvel Publicidade MVNO TV por assinatura Baixa penetração Limitação de renda da população Baseado em assinatura Regulamento LGT Lei do cabo Normas de MMDS, DTH e TV via satélite Regulamento Lei de radiodifusão Lei da Imprensa Lei de Direitos Autorais Radiodifusão Obrigações Conteúdo nacional Restrições ao capital estrangeiro Serviços por assinatura Modelo de receita indireto (anunciantes) Capacidade de geração de conteúdo Obrigações Conteúdo nacional Restrições ao capital estrangeiro Movimentos de expansão das indústrias 4

O tamanho do mercado de radiodifusão não condiz com a ampla utilização do serviço nos lares brasileiros Mercado de radiodifusão Participação da radiodifusão nas receitas totais de comunicações (2004, em US$ Bi) Utilização de TV aberta no domicílio (2004, em minutos por dia) 40 61 402 91 39 Brasil 293 80% 81% 88% 91% 93% EUA R Unido 3 216 264 Espanha 3 213 20% 19% 12% 9% 7% Chile 184 Coréia Itália EUA Reino Unido 1 Brasil Coréia 160 Radiodifusão Telecomunicações 2 Notas: (1) Valor estimado com base nas receitas de mídia da Telewest e NTL; (2) Inclui telecomunicações fixas, móveis e TV por assinatura; (3) Dados de 2003 Fonte: informações das prestadoras, órgãos reguladores, Worldscreen, análise Accenture e GT 5

Os índices de audiência indicam que o brasileiro valoriza a produção nacional, que deve ser estimulada Programas de maior audiência por emissora 2005 Canais Principais programas Novela das 8 A Grande Família Jornal Nacional Novela das 6 O Grande Perdedor Roda a Roda Tela de Sucessos Domingo Legal O Aprendiz 2 Repórter Record Novela das 7 Jornal da Band Jogo da Vida Sabadaço Pânico na TV Eu vi na TV Nota: Média do share de audiência em São Paulo, em 5 semanas entre julho e agosto de 2005 (Todos os dias das 06:00 às 05:59 hs), Fonte: IBOPE; análise Accenture 6 Produção Estrangeiro Audiência (share( share) 49% 39% 36% 36% 19% 17% 16% 15% 11% 10% 8% 5% 5% 4% 8% 7%

A baixa penetração da TV por assinatura no Brasil leva à sub-utilização da capacidade instalada Mercado de TV por assinatura Penetração de TV por assinatura em domicílios 2004 Evolução de homes passed e assinantes TV a cabo no Brasil EUA 86% 10,6 11,0 R Unido 40% Coréia 31% Chile Índia 28% 27% 3,4 3,8 Espanha Austrália Itália Brasil 24% 22% 11% 9% 0,1 0,4 2000 2004 Homes passed (MM) TV por assinatura (MM assinantes) Banda larga - cabo (MM assinantes) Fonte: Worldscreen, IBGE, ABTA, Anatel, FCC, TRAI, ABTA, Pay-TV Survey, análise Accenture e GT 7

Na TV por assinatura, também se observa a elevada demanda por conteúdos nacionais Canais Canais de TV paga de maior audiência 2005 Produção Ranking (audiência) Alcance* (audiência) 1 16% Estrangeiro 2 15% 3 11% Estrangeiro 4 11% 5 10% 13 8% 15 7% 18 6% *Universo = 4296400 indivíduos Alcance dos canais de TV paga em pessoas acima de 18 anos, das 6 às 5h59, durante todos os dias do mês de março de 2005 Fonte: IBOPE; análise Accenture 8

Os desafios então existentes no setor de telecomunicações direcionaram os objetivos do modelo elaborado a partir de 1995 1 Desafios enfrentados Grande demanda reprimida Forte concentração de telefones nas classes A e B Insuficiência de terminais de uso coletivo Falta de atendimento nas cidades menores Objetivos do modelo de telecomunicações Criar condições para que o desenvolvimento do setor seja harmônico com as metas de desenvolvimento social do País Aumentar e melhorar a oferta de serviços 2 Ausência de competição Incapacidade de investimentos da União Inadequação da estrutura tarifária Restrições à gestão das empresas estatais Fortalecer o papel regulador do Estado e eliminar seu papel de empresário Em ambiente competitivo, criar oportunidades atraentes de investimento e de desenvolvimento tecnológico e industrial 3 Maximizar o valor de venda das empresas estatais de telecomunicações sem prejudicar os objetivos anteriores Fonte: Anatel - Exposição de Motivos da LGT (1996) 9

O primeiro grupo de objetivos foi atingido, com avanços significativos na universalização dos serviços de telefonia 1 Criar condições para que o desenvolvimento do setor seja harmônico com as metas de desenvolvimento social do País Aumentar e melhorar a oferta de serviços Penetração de telefonia (%) Lares C e D com linhas fixas (%) 10% Densidade TUPs (por 1000 hab) 3,0 3% 18% 5,3 14% 36% 22% 22% 20% 1997 2000 2002 2004 Fixa Móvel 7,9 7,1 36% 11% 69% 41% 77% 72% 46% 1997 2000 2002 2004 Classe C Classe D/E 38% Localidades atendidas pelo menos com STFC (milhares) 30 21 1997 2000 2002 2004 1996 2004 Fonte: Anatel - Apresentação da Superintendência de Universalização Dez/02, Anatel Apresentação para a INFOCON SUCESU 2003 - A Regulação do Mercado de Telecomunicações Out/03, Relatório das prestadoras, análise Accenture 10

2 O Estado mudou seu papel, de empresário para regulador, executando com sucesso o cronograma estabelecido Fortalecer o papel regulador do Estado e eliminar seu papel de empresário Em ambiente competitivo, criar oportunidades atraentes de investimento e de desenvolvimento tecnológico e industrial 1997: LGT, criação da Anatel e abertura do mercado 1998: Privatização das empresas do sistema Telebrás 1999: Competição em LDN com a introdução do CSP 2000: Início de operação das empresas espelho 2001: Primeiras vendas de licenças das Bandas D e E Criação do SCM 2002: Concessionárias competindo fora de suas regiões Criação do SMP 2003: Introdução do CSP para os serviços móveis 2005: Novos contratos de concessão do STFC, com vigência a partir de janeiro de 2006 Revisão do Regulamento Geral de Interconexão Fonte: Anatel - Apresentação da Superintendência de Universalização Dez/02, Anatel Apresentação para a INFOCON SUCESU 2003 - A Regulação do Mercado de Telecomunicações Out/03, relatórios das prestadoras, análise Guerreiro Teleconsult, análise Accenture 11

2 Importantes avanços foram alcançados também na atração de investimentos e na introdução da competição nos mercados Fortalecer o papel regulador do Estado e eliminar seu papel de empresário Em ambiente competitivo, criar oportunidades atraentes de investimento e de desenvolvimento tecnológico e industrial 3,3 Investimentos no setor de telecom no Brasil, R$ Bi 94 96 98 00 02 04 Participação em acessos de celular 2004 Claro 94-04: R$ 157,2 Bi TIM 38,6 Oi 27,6 12,4 Telemig/Amazônia 2% Outras Participação (acessos) no STFC local em cidades com competição - 2004 Autorizadas 7% 93% Participação em minutos LDN - 2004 Outras 21% 9% 10% 6% Embratel 25% 19% 21% Concessionárias Telefônica 40% Vivo BrT 22% 25% Telemar Fonte: Anatel - Apresentação da Superintendência de Universalização Dez/02, Anatel Apresentação para a INFOCON SUCESU 2003 - A Regulação do Mercado de Telecomunicações Out/03, relatórios das prestadoras, análise Guerreiro Teleconsult, análise Accenture 12

3 As privatizações das empresas da Telebrás e a venda de novas licenças, no período 1997-1998, totalizaram R$ 30 bilhões, gerando um ágio de 80% Maximizar o valor de venda das empresas estatais de telecomunicações sem prejudicar os objetivos anteriores Valor arrecadado pelo Estado com a privatização do setor de telecomunicações (1997-1998) Valor mínimo R$ 17 Bilhões Ágio R$ 13,3 bilhões (79%) 4,8 5,3 Total R$ 30,3 bilhões 8,3 3,5 2,8 10,7 3,2 8,1 13,9 STFC Banda A Banda B Fonte: BNDES, clippings de mídia, análise Accenture 13

O alto custo de capital no Brasil degrada a remuneração dos investimentos realizados em telecomunicações Desempenho econômico das empresas (média 2000-2004) (1)(2) Retorno sobre o capital ROIC - Custo de capital WACC = Spread Telstra 17,9% 9,3% 8,6% SBC 10,9% 7,2% 3,7% Telecom Italia 10,5% 7,2% 3,3% BT Group 11,8% 9,4% 2,4% Verizon 8,6% 7,1% 1,5% Korea Telecom 7,9% 7,2% 0,7% Telefonica SA 9,6% 9,5% 0,1% Brasil Fixas e Móveis 7,7% 14,7% -7,0% Notas: (1) Brasil Fixas e Móveis inclui as empresas abertas: Fixas locais (dados de 2000-2004) - Telefonica (Telesp), Telemar (TNLP) e Brasil Telecom (BRTP) e Móveis Banda A (dados de 2001-2004) - Telemig Celular, Amazônia Celular, TIM Participações (TIM Sul e TIM Nordeste) e Vivo (TCP, TCO, CRT, Tele Sudeste e Tele Leste Celular) Não estão considerados resultados das empresas celulares fechadas, em sua maioria entrantes de Banda B / SMP, que por serem relativamente novas em geral apresentam desempenho econômico inferior ao das incumbentes fixas e móveis de Banda A (2) Os resultados dos seguintes grupos incluem as operações de telefonia fixa e móvel: Telstra, SBC, Verizon, Korea Telecom, Telefonica SA, Telemar (TNL) e BrT Participações Fonte: relatórios financeiros das empresas, JP Morgan, Citigroup e análise Accenture e GT 14

A elevada carga tributária inibe investimentos e limita o acesso da população aos serviços Impostos sobre serviços de telecomunicações (em %) Carga tributária Brasil Itália 4 40,2 Brasil - investimentos e impostos pagos pelo setor de telecomunicações 20,0 (em R$ Bilhões) Chile 2 19,0 R Unido Espanha 17,5 16,0 Volume de Investimentos em 2004 R$ 11,2 Bi EUA Coréia 3 14,2 10,0 Volume de Impostos em 2004 5,6 R$ 23,7 Bi Austrália 10,0 Índia 1 8,0 Nota: (1) Referente a 2004; (2) a alíquota de imposto foi elevada para 19% em out/2003, permanecendo em vigor até 2006; (3) Carga de impostos média em todos os estados para 2004; considera o total de impostos sobre as prestadoras; (4) Valor de 2004 para o Brasil, considerando alíquota de ICMS = 25% e cálculo por dentro ; para os demais países, dados de 2002 Fonte: Forbes, OECD, União Européia, Central Board of Excise and Customs (Índia), Latin Business Chronicle, BNDES, análise Accenture e GT Nota: (5) Considerados os relatórios financeiros publicados das seguintes empresas: Telesp, Brasil Telecom Participações, Tele Norte Leste Participações, Embratel e Vivo (6) Impostos, taxas e contribuições considerados: ICMS, PIS, COFINS, ISS, IPI), IRPJ, CSLL, FUST, FISTEL e FUNTTEL, podendo existir variações conforme a disponibilidade dos dados financeiros detalhados publicados pelas empresas Fonte: informações financeiras das operadoras, análise Accenture e GT 15

A atração de investimentos deveria considerar medidas que otimizem os resultados da balança comercial Saldo da balança comercial do complexo eletrônico no Brasil (US$ bilhões) 2000 2001 2002 2003 0,1-1,8-1,1-1,0-1,9-1,5-1,4-3,2-2,7-6,5-6,0-2,1-2,5-3,2-3,6 2004-5,5 Exportações x Importações de telecomunicações (US$ bilhões) Telecomunicações Informática Eletrônica de consumo Componentes Total 1,2 1,4 1,5 1,4 1,4 Exportações -3,0-3,3-1,4-1,4-2,3 Importações Fonte: BNDES, Banco Central, Anatel - Apresentação da Superintendência de Universalização Dez/02, Anatel Apresentação para a INFOCON SUCESU 2003 - A Regulação do Mercado de Telecomunicações Out/03, Banco Central do Brasil, SECEX/MDIC, análise Accenture e GT 16

O modelo precisa evoluir para apoiar o desenvolvimento do País nos próximos anos Próxima fronteira da inclusão Como proporcionar acesso aos serviços e conteúdos para uma parcela maior da população, de maneira economicamente eficiente? Mundo convergente Como estimular um ambiente de mercado favorável à adoção de tecnologias e serviços convergentes? Competição Como organizar o ambiente competitivo entre empresas com características e modelos de negócio distintos? Desenvolvimento Como atrair novos investimentos e garantir que o desenvolvimento das comunicações esteja alinhado com os interesses da sociedade? 17