VIABILIZANDO ASPECTOS AMBIENTAIS PARA O SETOR ELÉTRICO ENASE 2008

Documentos relacionados
INSTRUÇÃO NORMATIVA No- 184, DE 17 DE JULHO DE 2008

Licenciamento Ambiental e Municipal

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Hidrelétricos no Brasil: Uma Contribuição para o Debate. Alberto Ninio Banco Mundial 3 de Junho de 2008

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves

Curso E-Learning Licenciamento Ambiental

Entraves do Licenciamento Ambiental e Atualização de Legislação

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL:

Modernização e o Processo de Tomada de Decisão no Licenciamento Ambiental Federal

MINISTÉRIO DAS CIDADES. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 9 DE JUNHO DE 2015 (PUBLICADA NO DOU Nº 108, EM 10 DE JUNHO DE 2015, SEÇÃO 1, PÁGINAS 39 e 40)

POWER FUTURE PROINFA: POLÍTICA PÚBLICA DE ENERGIA RENOVÁVEL LAURA PORTO

LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DA BIOMASSA

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Da Legislação Ambiental. Da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Harmonização da PNRS. Constituição Federal da República Federativa do Brasil

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216, DE 2015

Mudanças Climáticas e Setor Elétrico Brasileiro. Enase 2009

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PNMC

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 006, DE 16 DE SETEMBRO DE 1987

Legislação brasileira sobre mudança do clima

Relatório da Oficina

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

a) Órgãos Superiores Conselho de governo, servindo para assessorar ao Presidente da República sobre assuntos que tratam do Meio Ambiente.

PATRIMÔNIO AMBIENTAL

FIESP MUDANÇA DO CLIMA

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR

que causem ameaças aos seres vivos e ao meio ambiente desde Compromisso do Brasil de perigosas desde 1998.

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado)

O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo

Carteira de projetos prioritários para Propostas a serem entregues aos presidenciáveis. Mapa Estratégico DA INDÚSTRIA

Percepção de 100 executivos sobre o impacto das mudanças climáticas e práticas de sustentabilidade nos negócios

Esta versão não substitui a publicada no DOU INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 30 DE SETEMBRO DE 2005

INSERÇÃO DAS ENERGIAS ALTERNATIVAS RENOVÁVEIS NO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

Carta de Adesão à Iniciativa Empresarial e aos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção da Igualdade Racial - 1

XIV SIMPÓSIO NACIONAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves

Lei nº 7653 DE 24/07/2014

ANEXO 1 REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM CAPÍTULO I DA NATUREZA, FINALIDADE, SEDE E FORO

Plano Nacional de Resíduos Sólidos Resíduos Sólidos

Brasília, 28 de novembro de O que é o PPCerrado:

Lei nº 6.938, de 31 de agosto de Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu a sanciono a seguinte Lei:

Passivos Ambientais Mineração. Marcelo Jorge Medeiros Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano

Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima CIMGC

ESCO COMO INSTRUMENTO DE FOMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 2, DE 27 DE SETEMBRO DE

SEMANA FIESP CIESP DE MEIO AMBIENTE. A Política de Desenvolvimento Produtivo e a Produção Sustentável. São Paulo, 04 de junho de 2008

Resolução do CONAMA nº 379, de 19 de outubro de 2006

Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO - PGR

OFICINA: MONITORAMENTO DO PAC

Lei n , de 17 de junho de 2014.

Plataforma Ambiental para o Brasil

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 78/2012. Acordo de Empréstimo LN 7513 BR COMPONENTE SAÚDE CONSULTORIA PESSOA FÍSICA

REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

ANEXO III TERMO DE REFERÊNCIA

PROJETO DE LEI Nº 433/2015 CAPÍTULO I DOS CONCEITOS

RESOLUÇÃO Nº 279, DE 27 DE JUNHO DE 2001

PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL. Projeto 914 BRA PRODOC-MTC/UNESCO DOCUMENTO TÉCNICO Nº 03

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau

ANEXO III PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 419, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

MANUAL DE NORMAS Ato: Resolução Nº 012/2011- CONSUP

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Sub-E I X O 4-4ª C N S T

EDITAL nº 05/2015. Convocação de Audiência Pública sobre A Situação Atual do Bioma da Caatinga e o Papel do MP.

pdc_me_05_versao2 Página 1 de 21 Versão: 2 Início de Vigência: Instrumento de Aprovação: Despacho ANEEL nº 391, de 22 de fevereiro de 2010

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 2357 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA PROCESSO DE SELEÇÃO - EDITAL Nº 136/2013 CONSULTOR POR PRODUTO

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Capacitação para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia

Módulo 2. Legislação Legislação Aplicável ao Licenciamento Ambiental. Exercícios.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS CONSELHO UNIVERSITÁRIO

Disciplina Ciências do Ambiente Prof. Dra. Elizete A. Checon de Freitas Lima Unesp, Campus de Ilha Solteira

A Efetividade da AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS: Uma análise e reflexão, a partir da aplicação no ESTADO DA BAHIA

ATO Nº 31/2014. CONSIDERANDO a implementação do sistema eletrônico de gestão integrada da área administrativa, denominado sistema E-mpac,

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL TÍTULO VI CAPÍTULO II DAS FINANÇAS PÚBLICAS. Seção I. DISPOSIÇÕES GERAIS (Arts. 207 e 208)

RESOLUÇÃO Nº 17/2004

Direito Ambiental para Não Advogados VIEX Americas Bastidores do Licenciamento Ambiental Simone Paschoal Nogueira

Art. 3º Para efeito deste Regulamento são adotadas as seguintes definições:

Estudos para Reorganização do Setor Elétrico

2,5. A Resolução n 009 do CONAMA e o licenciamento ambiental na Extração de Minerais das classes I, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 378, DE 2013

Concurso da Prefeitura São Paulo. Curso Gestão de Processos, Projetos e Tecnologia da Informação. Tema: Gestão de Projetos - Conceitos Básicos

Considerando a necessidade de implementação de medidas para a efetiva redução das emissões de poluentes por veículos automotores;

EIXO 4 PLANEJAMENTO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA Comitê Gestor do SIBRATEC. Resolução Comitê Gestor SIBRATEC nº 003, de 9 de abril de 2008.

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

LICENCIAMENTO AMBIENTAL. CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo SOROCABA-SP

5. Criar mecanismos de incentivo para facilitar que as empresas atendam o PNRS.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

A Agenda de Adaptação no âmbito do Plano Nacional sobre Mudança do Clima e perspectivas para a Política Nacional sobre Mudança do Clima

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

EDITAL FACEPE 14/2008 PROGRAMA DE BOLSAS DE INCENTIVO ACADÊMICO - BIA

SANDRA BARBOSA / FEPAM - GERSUL SEMANA ACADEMICA DA ENG. SANITARIA E AMBIENTAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 6 o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética PROPEE. Módulo 9 Avaliação dos Projetos e Programa

AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO O CÓDIGO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS

Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 1, DE 6 DE JANEIRO DE 2015

Transcrição:

VIABILIZANDO ASPECTOS AMBIENTAIS PARA O SETOR ELÉTRICO ENASE 2008 Silvia Calou Diretora Executiva Coordenadora do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico. A ABCE fundada a 72 anos representa 63 associadas G T D Estatais e Privadas 1

Empresas associadas % )! %! % ) ) ) * Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul " #$ %& '" ()! Ações Ambientais Comitê de Meio Ambiente ABCE Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico 2

. A ABCE coordena o Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico que agora congrega, voluntariamente, 11 entidades. São elas as associações: Abal, ABCE, Abiape, Abrace, Abragef, Abraget, Abrate, Apine, APMPE, além da Funcoge e do Siesp. A Fiesp e a Eletrobrás participam das reuniões como convidadas. Objetivo do Fórum: congregar 13 entidades representativas de todos agentes do SE (GTDC) para discutir e apresentar sugestões para o aprimoramento das questões ambientais relativas ao setor elétrico, junto ao executivo e legislativo. Busca do equilíbrio entre as necessidades de desenvolvimento e a preservação do meio ambiente = desenvolvimento sustentado Temas discutidos no Fórum Compensação Ambiental PL 266, ADIn n. 3378/06, Portaria n. 205 CFCA. PL 388/07 Mata Atlântica regulamentação da lei Questão Indígena minuta de PL Nova IN 184/08 (Licenciamento Ambiental) e atos normativos do IBAMA/MMA e ICMbio PL Preservação da Reserva Hídrica Plano Nacional de Mudanças Climáticas Consolidação das Leis Ambientais Reserva Legal Zoneamento Econômico Ecológico 3

MEIO AMBIENTE QUESTÕES CRUCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DOS PROJETOS DO SETOR ELÉTRICO Evolução recente das questões relativas ao licenciamento ambiental Projetos de Leis Ambientais prioritários para o setor elétrico Cenário Legislativo O Plano Nacional de Mudanças de Clima abordagem setorial Crise Americana (mundial?) Projeções da LC Consultores (FSP 30/9) Sem Pacote, PIB cresce só 2% em 2009, 2,9% em 2010 e 2008 fica em 4,8% (35% de chances) Com Pacote, PIB cresce 3,7% em 2009, 4,4% em 2010 e em 2008 fica em 5,1% (65% de chances) Plano 2030 (Cenário Náufrago ) Fragmentação do mercado Comércio prejudicado Vendas agrícolas mantidas mas preços caem Queda da participação da indústria, aumento de serviços Reflexos nas questões ambientais? Créditos de Carbono vão virar pó? Financiamento das ONG s? 4

Cenários Crescimento do Consumo Plano 2030 Cenários Plano 2030 Necessidade de investimento talvez menor mais ainda significativa 5

MEIO AMBIENTE QUESTÕES CRUCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DOS PROJETOS DO SETOR ELÉTRICO Evolução recente das questões relativas ao licenciamento ambiental Estudo do Banco Mundial Licenciamento ambiental de Empreendimentos Hidrelétricos no Brasil- Uma contribuição para o debate - Junho de 2008 Visa contribuir para o debate, através da análise e avaliação dos seguintes aspectos: Marcos legal e institucional Custos do processo Riscos de natureza social e ambiental Incentivos que orientam as partes interessadas Mecanismos que visem à integração do licenciamento ambiental com outros instrumentos de políticas públicas Do licenciamento de hidrelétricas no âmbito federal entre 1997 e 2005 6

Estudo do Banco Mundial - Mensagens Principais Matriz energética predominância hidrelétricas; Maioria dos problemas do licenciamento: LP; Falta de clareza sobre qual esfera governamental tem autoridade legal para emitir licenças ambientais Demora e qualidade dos Termos de Referênia base para o EIA Má qualidade dos EIA s Desafio: diminuição do tempo para elaboração dos Termos de Referência; Falta de regras claras para compensações sociais Autonomia ilimitada do Ministério Público falta de previsibilidade Não sugere mudanças radicais no sistema de licenciamento ambiental Principais Conclusões As incertezas regulatórias do marco legal ambiental e energético; Licenciamento trifásico reintroduz conflitos em todas etapas Processo de licenciamento não contempla resolução de conflitos; Temor de penalização dos funcionários dos órgãos ambientais (Lei 11.516/07 PL 1874/07 e PL 1889/07); (parcialmente resolvido) Ministério Público: (i)extrapola a competência de verificar os aspectos legais; (ii) autonomia sem precedentes em nível internacional. Atuação do MP tem levado à judicialização dos licenciamentos 7

Principais Conclusões Sistema normativo pulverizado de licenciamento; Conflitos de competência para licenciamento; Judicialização dos conflitos; Confusão de obrigações do empreendedor e Poder Público. Principais Conclusões Baixa qualidade dos termos de referência e dos RIMAs (identificada, na prática, com os estudos de caso); Ausência de informação das diversas regiões do país (dados secundários); Falta de integração entre os órgãos ambientais (IBAMA, órgãos estaduais, FUNAI, Chico Mendes, etc.) Subjetividade dos princípios e critérios adotados; Recursos humanos e financeiros insuficientes; Falta de profissionais especializados na área social. 8

Principais Conclusões Aspectos Técnicos e Institucionais Estudo do Banco Mundial - PRAZOS Prazos superiores aos da IN 65/05 Dias até envio do TR (1a1m) Média 394 Total Média Etapa IN IBAMA 65/05 Revog Dias até Dias até Dias até Dias até Dias até o Dias até Dias até entrega do primeira última emissão requerime emissão emissão EIA /RIMA Audiência Audiência da LP nto da LI da LI da LO (1a7m) Pública (2a3m) Pública (2a4m) (2a6m) (3a1m) (3a4m) (6a4m) 613 852 876 958 1103 1235 2335 394 220 239 24 82 144 132 1100 30 Respons. exclusiva do Empreend. 270 Respons. exclusiva Empreend. 150 Depende do prazo de construção Fonte: Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Hidrelétricos no Brasil: Uma Contribuição para o Debate (Em Três Volumes) Volume I: Relatório Síntese. 28 de Março de 2008. Página 20. Estudo do Banco Mundial - CUSTOS 9

Principais Recomendações Estudo do Banco Mundial (11 ao todo) Necessidade de formulação e adoção da Lei Complementar, para regulamentar o art. 23 único (PL 388/07); Convênios de Cooperação entre MPs União e Estados e órgãos ambientais, com emissão de diretrizes pelo CNMP; Consideração das questões ambientais desde o início ( utilização de instrumentos de planejamento ( ex:aae) não deve complicar processo Aperfeiçoamento da capacitação técnica e diversificação do corpo profissional dos órgãos do Sisnama e do setor privado Evolução recente das questões relativas ao licenciamento ambiental» Procuradoria do Ibama: atribui atraso no licenciamento ambiental por falta: de zoneamento ecológico e econômico, plano diretor dos municípios, EIA /RIMAs tecnicamente bem elaborados, publicidade através das audiências públicas, instrumentos necessários, pessoal qualificado, tecnologia dentre outros. 10

Evolução Recente IN 184/08 ATO Instauração do processo de licenciamento (art. 7º, 2º) Aprox 1 ano PRAZO 10 dias úteis do recebimento da Formulário de Solicitação de Abertura de Processo Elaboração do Termo de referência (TR) (art. 11) 60 dias corridos da instauração do processo. RESPONSÁVEL IBAMA IBAMA, com auxílio do empreendedor (enviar sugestões) Manifestação dos órgãos intervenientes sobre TR (art. 10, 3º) 15 dias Órgãos intervenientes Validade do TR concedido (art. 12 e art. 14 - Elaboração do EIA /RIMAc/ será o impacto 2 anos apartir do envio do TR Verificação do EIA/RIMA apresentados com base no TR (art. 18, 1º) 30 dias para aceitar IBAMA Análise técnica do mesmo (art. 20) Manifestação dos órgãos intervenientes sobre o EIA/RIMA (art. 21) LP- publica estudos Análise técnica do PROJETO BASICO AMBIENTAL (art. 28)- mais abrangente que o EIA- APP, CA, Inventário Floresta SV- expede parecer conclusivo da Dilic e assina o TCA - LI 180 dias a partir do aceite Empreendedor IBAMA QUE PUBLICA O RIMA-AP 60 dias (30 +30) Órgãos intervenientes 75 dias desde seu recebimento IBAMA Manifestação dos órgãos intervenientes sobre o PBA (art. 29) 60 dias (30 +30) Órgãos intervenientes Avaliação técnica do relatório final de implantação dos programas ambientais e eventual relatório final das atividades de supressão vegetal ou PACUERA (art. 33)-LO 45 dias IBAMA Evolução recente das questões relativas ao licenciamento ambiental Portaria Conjunta MMA/ IBAMA/ ICMbio 205, de 17.07.2008 Cria a Câmara Federal de Compensação Ambiental CFCA. DESTAQUE: Maior transparência p/ gestão dos recursos arrecadados, participação mais equilibrada de representantes da sociedade. Instrução Normativa IBAMA n. 183, de 17.07.2008 Cria o Sistema Informatizado do Licenciamento Ambiental SisLic. DESTAQUE: Desburocratização e transparência. Acesso eletrônico a maioria dos documentos do processo de licenciamento. 11

Evolução recente das questões relativas ao licenciamento ambiental Portaria MMA n. 204, de 17.07.2008 Cria protocolo único do licenciamento ambiental DESTAQUE: Concentra entrega de processos em única fonte e permite acesso eletrônico de todos os órgãos envolvidos aos documentos. (Já existe balcão único) Portaria IBAMA n. 21, de 17.07.2008 Cria os núcleos de licenciamento ambiental - NLAs. DESTAQUE: busca agilidade aos processos de licenciamento, em razão do aumento do nº. de técnicos envolvidos, e de melhor acompanhamento dos efeitos do empreendimento, considerando sua proximidade física. (só funciona se art 23 regulamentado) Evolução recente das questões relativas ao licenciamento ambiental IN IBAMA n. 184, de 17.07.2008 Estabelece procedimentos p/ o licenciamento ambiental federal, cujas etapas serão efetuadas por intermédio do SisLic. Contratação de cerca de 90 profissionais 12

Evolução recente das questões relativas ao licenciamento ambiental A conseqüência positiva dessas medidas p/ a redução dos prazos somente poderá ser avaliada ao longo do tempo e na prática. Isto porque, não há penalização prevista aos agentes envolvidos no processo que não cumprirem os prazos previstos. MEIO AMBIENTE QUESTÕES CRUCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DOS PROJETOS DO SETOR ELÉTRICO Projetos de Leis Ambientais prioritários para o setor elétrico Cenário Legislativo 13

Ponto de Preocupação: Desenvolvimento dos Projetos Hidrelétricos e de Transmissão X Plano Nacional de Áreas Protegidas Decreto Presidencial instituiu o PNAP em 2006 MMA coordena comissão (Governo Federal, Estadual, Municipal, quilombolas, índios etc) Define princípios, diretrizes e estratégias para o estabelecimento até 2015 de um sistema abrangente de áreas protegidas foco nas Unidades de Conservação Problema: Uma vez criada a Unidade de Conservação(Por Decreto) a desafetação só ocorre por Lei Revisão de dezembro 2006 mapa das áreas prioritárias para criação indicam 64% do Território Nacional para os vários tipos de Unidades de Conservação Desafio: Coordenar agenda de desenvolvimento sustentado com Políticas Ambientais Plano Nacional de Áreas Protegidas 14

Zonemamento Econômico Ecológico LEILÕES DE ENERGIA NOVA E FONTES ALTERNATIVAS MW mdios Bagaço de Cana; 2,7% Carvão Mineral; 11,5% PCH; 1,3% Hidrelétricas; 47,8% Gás Natural; 16,8% Óleo Comb/Diesel; 19,6% Outros; 0,2%! # $ # % & ' ( % ' ) ' % * ' % $ & ( ' * % ' ' * " + " +, - " +., +,! "!. /, " 0, 1 " + 2, - +., + /0, 2 3% ' ) 4) 5$ 6 7! /" 2 ) & 8 * 6. " 0 9 0 /2 : ;( 8 < = $ 4% # 6 " +., 2 ;# % < = 15

Minuta PL Preservação do Potencial Hídraulico Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico. O que foi feito? Elaborada minuta de projeto de lei para evitar o bloqueio dos potenciais hídricos, devido à crescente criação de áreas de proteção ambiental, pela implementação do Plano Nacional de Áreas Protegidas (PNAP). Qual é objetivo do PL? Criar base jurídica para permitir que os potenciais possam ser estudados e, se viáveis, aproveitados para geração de energia elétrica. Qual resultado? Projeto apresentado ao ministro Edison Lobão em 2008. Encaminhada a proposta à consultoria do MME para análise Projetos de Leis Ambientais prioritários para o setor elétrico Cenário Legislativo PLP 388 => Regulamentação do art.23 CF Determina => competência dos estados, municípios e União no processo de licenciamento. PAC Objetiva => dar segurança jurídica ao empreendedor, evitar judicialização, especificar atribuições dos órgãos ambientais. Indefinição => causa prejuízos na área ambiental => judicialização ex: AHE Baixo Iguaçu e Dardanelos 16

PLP 388 Situação Atual relator Dep. Geraldo Pudim (PMDB-RJ) => está com o projeto na CCJC => foram apresentadas sugestões do setor elétrico. A solução encontrada => remeter ao Conama a definição da tipologia e porte do empreendimento, como base para definição da competência. PL 679/2007 PL 679/2007=> Consolidação das Leis Ambientais Autoria do Dep. Bonifácio de Andrada (PSDB MG) e relator Dep. Ricardo Tripoli (PSDB SP) => busca compilar as leis e decretos federais de cunho ambiental atualmente em vigor contribuições do setor alinhadas com Projeto de Lei Situação Atual 8/9/2008 (CCJC) Parecer do Relator, Dep. Sarney Filho (PV-MA), pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, nos termos do Substitutivo do Grupo de Trabalho de Consolidação das Leis. 17

PL 266/2007 e ADIn 3378 PL 266/2007=> Compensação Ambiental ADIN 3378 09/04/08 Julgamento da ADIn CNI no STF: Foi julgada parcialmente procedente, com redução de texto, declarando a inconstitucionalidade de expressões do 1º do artigo 36 da Lei 9.985/00. Art. 36, 1º - O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento. Situação Atual 8/7/2008 Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável(CMADS) Designado Relator, Dep. Jorge Khoury (DEM-BA) MEIO AMBIENTE QUESTÕES CRUCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DOS PROJETOS DO SETOR ELÉTRICO O Plano Nacional de Mudanças de Clima abordagem setorial 18

O Plano Nacional de Mudanças de Clima abordagem setorial Setor de Energia Elétrica O Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico - interlocutor do setor Objetivo do Plano: agregar conjunto de ações de curto prazo que contribuam para a mitigação da mudança do clima e que estejam relacionadas a : 1. Redução de emissões de gases de efeito estufa 2. Emissões evitadas 3. Fortalecimento de sumidouros Por meio de: Identificação de impactos das mudanças climáticas, análise de vulnerabilidade e adaptação aos seus efeitos adversos Pesquisa e Desenvolvimento Capacitação e divulgação Consolidação do setor de energia elétrica para o PNMC foi baseada nos pontos convergentes dos questionários das empresas do setor e associações que participam do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico mais a Cogen O Plano Nacional de Mudanças de Clima abordagem setorial As sugestões do setor elétrico quatro tópicos. O primeiro e o segundo => mecanismos de incentivo à eficiência energética e a utilização em maior escala das diversas fontes renováveis disponíveis no país, inclusive grandes hidrelétricas. O terceiro e quarto => mecanismos de fortalecimento das entidades de pesquisa do país e de intensificação de investimentos em P&D&T (Pesquisa Desenvolvimento e Tecnologia) por parte das empresas do setor elétrico. 19

O Plano Nacional de Mudanças de Clima abordagem setorial Grande polêmica : Metas setoriais ou não? MIX ELÉTRICO DO BRASIL 2005-2030. " 0 9 0 -., 2 /- 3) 8 < "! 3% * <! " 3% ) < " >? 3$ ' < / 3$ % < 20

!!!!!!!! $ $ $ $ MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA OFERTA INTERNA DE ENERGIA % % % 44 ) 4 ( 4 $ 4 ' 4 4 100 90 80 70 60 55 53 50 40 30 20 10 0 ) ( % $ 39 28 * * $ * 19 15 15 14 13 14 9 6 7 5 1 3. " 0 9 0 /2 45 47 @ ". " 0 9 0 /2 Renováveis """" 2005¹ 2030 9 3 #### FONTES RENOVÁVEIS 44,8 % 225,8 MILHÕES TEP PANORAMA DAS EMISSÕES NO MUNDO 25 20 19,7 tep OIE / hab t CO 2 /hab Países Selecionados 15 t CO 2 /tep OIE 10 7,9 9,5 5 4,2 2,5 2,3 1,2 1,8 1,5 1,8 4,2 2,4 0 EUA + JAPÃO BRASIL MUNDO 21

EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO BRASIL CO2 CH4 N2O CO2 Equiv % Setores (Gg) Energia 236.505 401 9 247.716 16,8 Processos Industriais 16.870 3 14 21.273 1,4 Agropecuária 0 10.161 503 369.311 25,0 Mudança no Uso da Terra e Florestas 776.331 1.805 12 817.956 55,4 Tratamento de Resíduos 0 803 12 20.583 1,4 Total 1.029.706 13.173 550 1.476.839 100,0 Fonte: MCT Comunicação Nacional Inicial do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, 2004. Contribuições recebidas (FBMC) nos diálogos setoriais à formação do PNMC Pressuposto: Os setores Industrial e Elétrico se posicionaram contra à adoção de redução setorial de emissões de GEE. Aproveitar o plano para intensificar o conhecimento sobre as questões climáticas e desenvolvimento tecnológico com ênfase para as energias renováveis. 22

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações atenderem as suas próprias necessidades. Comissão de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas CDS/ONU 23