Sistemas de produção de carne extensivos com resultados intensivos ENG. AGR. JULIO TABORDA
Sistemas de produção de carne extensivos com resultados intensivos ENG. AGR. JULIO TABORDA
Situação geográfica Base nutricional Sistemas de produção Genética e manejo reprodutivo Comercialização Conclusão
Situação geográfica Clima Temperado Muito variável Chuvas irregulares enchentes e secas frequentes Solo Basalto superficial (70%) Baixa capacidade de retenção de umidade Restrição de cultivos Basalto profundo (30%)
Fonte: INIA - Uruguai
Fonte: INIA - Uruguai
Solos pouco desenvolvidos ; Afloramento de rochas; Declividade acentuada; Produção estacional de forragem; Baixa qualidade da forragem
Estância Santa Marcia Arroz Atividade alternativa Pastagens mais econômicas Reserva de água Bovinocultura Terminação de novilhos e vacas Uso racional de forragem Estratégia: Pastagem + Suplementação Ovinocultura Ciclo completo produzindo cordeiros pesados Cruzamento com raças prolíferas Carne: foco de produção
Base nutricional Principal recurso forrageiro: Campo natural pastagem nativa (84% da área pastoril CN - 16% Pastagens; Verdeos e C. Melhorado) Produção estacional/irregular 800-2500 kg MS/ha/ano (Basalto superficial) 4000 kg MS/ha/ano (Basalto profundo) Baixo teor de proteína (7-10% PB)
Melhoramento de pastagens introdução de espécies forrageiras de alta qualidade (azevém, lotus, trevos)
Suplementação estratégica
Autoconsumo
Os bovinos ruminantes são responsáveis pela produção de cerca de 20% da proteína do mundo (Narbaitz, 2016) Necessitamos um gado preparado para a cria pastoril, que se alimenta de um recurso renovável com > 30% de fibra Desafio: TRANSFORMAR PASTO EM POTREINA DE ALTA QUALIDADE
Sistemas de produção Cria Recria Terminação Ciclo completo Ciclo incompleto Flexibilidade
70 Histograma de Parição Estancia La Blanca 60 50 40 30 20 10 0 Agosto Setembro Outubro Novembro 2008 2012 2017
1000 900 800 700 600 500 400 300 886 Parição Estancia La Blanca 875 564 362 200 100 0 141 100 40 42 Agosto Setembro Outubro Novembro 2012 2017
INDICADORES Kg de terneiro desmamado por vaca em serviço 2016-17: 141 Kg com 71% de desmame (3121 vc) 2017-18: 176 Kg com 84% de desmame (2776 vc) % de Kg desmamados / Kg vaca (meta > 50%) ex. Vaca de 460 Kg Terneiro de 240 Kg Kg de carne produzido/hectare Relação insumo/produto
SISTEMA CRIADOR VACA EFICIENTE Precocidade Sexual (menor idade à puberdade) Alta taxa reprodutiva Baixa ocorrência de distocia Capacidade de Desmamar muitos Kg de terneiro Taxa de crescimento moderado Tamanho moderado Capacidade de acumular gordura
Genética e manejo reprodutivo Seleção criteriosa escolha dos touros utilizados O caminho parece ser moderar o tamanho das vacas e usar linhas com antecedentes (DEPs) de facilidade de parto, fertilidade e adaptação aos sistemas pastoris, facilidade de acúmulo de gordura e rusticidade. Há um antagonismo de interesses entre o criador e o invernador!
Genética e manejo reprodutivo DEPs seleção criteriosa dos touros utilizados genética superior genética adequada depende de cada sistema em particular facilidade de parto tamanho moderado rusticidade e adaptação aos sistemas pastoris capacidade de acúmulo de gordura fertilidade das filhas...características tão ou mais importantes que taxa de crescimento ou tamanho de carcaça Há um antagonismo de interesses entre o criador e o invernador!
Manejo reprodutivo IATF Novilhas de primeiro serviço Emprenhar maior quantidade de novilhas no primeiro dia Resultando em terneiros uniformes (parições simultâneas) e mais pesados ao desmame Desmame interrompido/precoce: de acordo com o Monitoramento de Entoure (primíparas) Anestro profundo desmame precoce Anestro superficial desmame interrompido Ciclando Ok
Estratégias de manejo Organização do rodeio Diagnóstico de gestação 30-35 dias depois da retirada dos touros Informação prenha/falhada + prenhez grande/prenhez pequena Estação de monta 1/Nov a 10/Jan (3 ciclos) Ajuste de carga Regular lotação de acordo aos requerimentos de cada categoria Diferente oferta de alimento para diferente estágio Nos permite identificar: categorias que podem ser submetidas a alguma restrição, sem prejuízos lotes para venda (vacas cola de parição)
Estratégias de manejo Recria das terneiras uma boa vaca começa com a seleção e o manejo adequado da terneira evitar perda de peso não comprometer futuro desempenho reprodutivo suplementação estratégica Novilhas de sobreano bom estado em estação prévia à gestação emprenhar no cedo terneiro nascido no cedo é mais pesado ao desmame
Estratégias de manejo Reposição: priorizar novilhas prenhes manter gestação continuar crescimento Vacas com baixa condição corporal: priorizar na alocação de recursos forrageiros observar ECC
Aplicar os princípios básicos de produção animal: USAR O CONHECIMENTO TÉCNICO
Instabilidade da pecuária Aspectos produtivos Clima Dependência do campo natural produção estacional e irregular Área com pastagens cultivadas ou campos melhorados de 16 % (aporte de forragem de qualidade ofertada em períodos de escassez) Aspectos econômicos Variação de preços
Comercialização Busca de melhores resultados econômicos Qualquer categoria pode ser comercializada, desde que haja um bom retorno Época $/Kg (US$) Produto Peso (Kg/cab)* $ produto (US$) abr-18 2,20 Terneiro inteiro export. 215 473,00 abr-18 2,05 Terneiro castrado 215 440,75 abr-18 1,98 Terneiro "gordo" ex DP 252 498,96 abr-18 1,70 Novilho gordo 480 816,00 nov/dez-17 1,55 Novilho gordo 480 744,00 abr-18 1,85 Vaquilhonas Seleção Angus export. 257 475,45 *Peso destarado - ROU
Conclusão Obter vacas prenhes todos os anos Habilidade de fornecer alimentação adequada no momento certo Atingir as metas propostas Eficácia usufruir dos recursos da melhor maneira possível Aumentar a produção com menor utilização de insumos = Incrementar a produtividade com baixo custo Tecnologia de processos X Tecnologia de Insumos Respeitar o ambiente natural e comercial Intervenções estratégicas e de alto impacto Práticas sustentáveis de alta durabilidade Informação e conhecimento dos Mercados
Kg de carne/ha % campo melhorado Evolucao da carga animal Raças
Referências BERRETA, Elbio J. Producción mensual y estacional de forraje de cuatro comunidades nativas sobre suelos de Basalto. INIA Pasturas y producción animal en áreas de ganadería extensiva. Agosto, 1991. DE NAVA, Guillermo. La IATF como tecnología reproductiva para la cría. INIA. 2015. DE NAVA, G. Monitoreo de Entore. QUINTANS, Graciela. Diagnóstico de actividad ovárica: una herramienta que debemos conocer. Programa Nacional de Producción de Carne y Lana. SIMEONE, Álvaro; ANDREGNETTE, Bernardo; BUFFA, Juan Ignacio. Producción de carne eficiente en sistemas arroz-pasturas. INIA. Julio, 2008.