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862 PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PRATICANTES DE CORRIDA DE RUA DA CIDADE DE TERESINA-PI Andreia Ferreira Cardoso 1 Elane de Sena Ferreira 1 Lindinalva Vieira Dos Santos 1 RESUMO A corrida de rua é uma prática esportiva acessível a diferentes indivíduos e nacionalidades, devido a constante busca por essa modalidade esportiva, é observado um grande número de competições e inscritos nesses eventos. Objetivo: Levantar o perfil socioeconômico dos praticantes de corrida de rua da cidade de Teresina-PI. Metodologia: Estudo transversal, de natureza quantitativa e descritiva. Realizado em assessorias de corrida e em locais públicos definidos pela equipe de organização, na cidade de Teresina- PI, constituído por praticantes de corrida categoria amador, adultos de ambos os sexos, com idade entre 20 e 59 anos. Resultados e Discussão: Observou-se que 56% dos praticantes de corrida pertencem ao sexo masculino, 38% com idade entre 31 e 40 anos, 38% possui tempo de prática de 1 a 3 anos, 28% com renda familiar de cinco a dez salários mínimos e 56,8% com escolaridade nível superior. Conclusão: Pôde-se concluir que os praticantes de corrida de rua em sua maioria são do sexo masculino, já praticavam a modalidade esportiva a um tempo significativo, pertencentes a faixa etária mediana à população de adultos jovens, possuem um bom nível de escolaridade e renda, concordando com achados na literatura. Palavras-chave: Corrida de rua. Perfil socioeconômico. Provas de rendimento. ABSTRACT Socioeconomic profile of practitioners of street racing in the city of Teresina-PI The street race is a sports practice accessible to different individuals and nationalities, due to the constant search for this sport, a large number of competitions are observed and enrolled in these events. Objective: To raise the socioeconomic profile of street-racing practitioners from the city of Teresina - PI. Methodology: Cross-sectional, quantitative and descriptive study. Held in race counseling and in public places defined by the organization team, in the city of Teresina-PI, made up of amateur category runners, adults of both sexes, aged between 20 and 59 years. Results and discussion: It was observed that 56% of joggers belong to males, 38% between 31 and 40 years of age, 38% have practice time of 1 to 3 years, 28% with family income of five to ten minimum wages and 56.8% with higher education. Conclusion: It could be concluded that the street race practitioners are mostly male, already practiced the sports modality at a significant time, belonging to the middle age group to the young adult population, have a good level of schooling and income, agreeing with findings in the literature. Key words: Street racing. Socioeconomic profile. Proof of income. E-mail dos autores: andreia.fkardoso@gmail.com lanesena2010@hotmail.com lindinalva.viera@hotmail.com 1-Faculdade Estácio de Teresina, Teresina-PI, Brasil. Endereço para correspondência: Andreia Ferreira Cardoso. Rua Tenente José Vieira n 374, Bairro Água Mineral, Teresina-PI. CEP: 64006-400., São Paulo. v. 12. n. 75. Suplementar 1. p.862-866. Jan./Dez. 2018. ISSN 1981-9927.

863 INTRODUÇÃO A corrida de rua é uma prática esportiva acessível a diferentes indivíduos e nacionalidades, devido a constante busca por essa modalidade esportiva, é observado um grande número de competições e inscritos nesses eventos. A maioria dos praticantes participam regularmente em virtude do seu alto desenvolvimento, na superação de percorrer todo o percurso da prova, no qual participam (Passaglia e colaboradores, 2013). A corrida é uma modalidade muito utilizada para o controle de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade e dislipidemias, entre outras. Tem sido bastante indicada, pois promove um aumento do fluxo sanguíneo no coração e nos músculos, bem como o consumo de oxigênio, gasto energético aumentado, perda de gorduras, principalmente gorduras localizadas favorecendo uma vida sem sedentarismo (Ishida e colaboradores, 2013). Todos estes parâmetros auxiliam no organismo, fazendo com que o mesmo se torne eficiente em relação às funções metabólicas, para atender todas as necessidades requeridas pelo corpo e mente. Dados da Federação Paulista de Atletismo demonstram que a quantidade de corridas aumentou em 218% nos últimos 10 anos, bem como aumentou a quantidade em mais de 275% no número de participantes (Ishida e colaboradores, 2013). A maior parte dos praticantes de atividade aeróbica como corrida e caminhada em estudo realizado em Fortaleza-CE, são pessoas com apenas ensino médio completo. Verificou-se que há uma conscientização da necessidade de cuidar do condicionamento físico para se obter longevidade, porém a maioria dos indivíduos ainda não têm um acompanhamento por profissional da saúde, fato preocupante, visto que a prática inadequada pode causar o efeito contrário, originando lesões ou mesmo doenças cardiovasculares (Brandão e Silva, 2013). O objetivo deste trabalho foi levantar o perfil socioeconômico dos praticantes de corrida de rua da cidade de Teresina-PI. MATERIAIS E MÉTODOS Estudo transversal, de natureza quantitativa e descritiva. O cenário do estudo foi definido de acordo com as competições e treinos ocorridos no período destinado à coleta de dados, uma vez que aconteceram em assessorias de corrida e locais públicos definidos pela equipe de organização, na cidade de Teresina-PI. A amostra foi eleita por conveniência, com adultos de ambos os sexos, com idade entre 20 e 59 anos. A amostra final foi constituída por 155 praticantes de corrida de rua da categoria amador. Foram utilizados como critério de exclusão: Corredores que participam eventualmente de competições. Procedimento de coleta de dados Os praticantes de corrida de rua foram abordados antes e após a realização das competições e treinos, para que participassem voluntariamente do estudo. Foram informados sobre os objetivos da pesquisa e suas etapas, juntamente com os procedimentos adotados durante a coleta dos dados. Após aceitarem, assinaram o Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). O participante ficou com uma cópia do termo e a original com os pesquisadores, a fim de validar o consentimento dos mesmos perante a participação no estudo. O período da coleta de dados ocorreu nos meses de abril a julho de 2017, a entrevista foi aplicada individualmente em locais escolhidos pelos participantes, receberam o questionário e sob supervisão dos pesquisadores responderam ao mesmo. O projeto foi encaminhado para a Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade Estácio de Teresina, para submissão, análise e parecer. Sendo aprovado com o parecer Nº 1172/2017. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido seguiu as normas e diretrizes da Resolução nº. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, por meio do qual foram resguardados os interesses dos participantes envolvidos, considerando as características da pesquisa, asseguramos que os riscos eram mínimos, pois tratavam -se apenas de perguntas sobre o perfil socioeconômico dos praticantes de corrida de rua. Ressalta-se que os pesquisadores tiveram o cuidado de, São Paulo. v. 12. n. 75. Suplementar 1. p.862-866. Jan./Dez. 2018. ISSN 1981-9927.

864 realizar a entrevista no momento mais oportuno e confortável para os participantes. Análise estatística Para a apresentação dos resultados, foi feita análise estatística descritiva dos dados coletados, através do programa Microsoft Excel 2010. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1 - Perfil dos praticantes de corrida de rua em Teresina-PI, 2017. Variáveis n % Sexo Feminino 68 44 Masculino 87 56 Idade 20-30 40 26 31-40 59 38 41-50 32 21 51-59 24 15 Tempo de prática Até 1 ano 29 19 De 1-3 anos 59 38 De 3-6 anos 39 25 De 6-10 anos 16 10 De 10-20 anos 12 8 De acordo com a tabela acima observou-se um maior número de praticantes do sexo masculino (56%), confirmando achados de vários estudos com corredores de rua. Ferreira e colaboradores (2012) realizaram pesquisa com 100 praticantes de corrida, em Belo Horizonte, predominando o sexo masculino com 73%, contra apenas 27% de praticantes do sexo feminino. A faixa etária de idade que demonstrou maior prevalência ficou entre 31 a 40 anos de idade, equivalendo a 38% da amostra. Em concordância com o resultado encontrado, Scheer, Conde e Pastore (2015), encontraram em sua pesquisa com 85 praticantes de atividade física, na cidade de Capão do Leão-RS, média de idade de 33,5 anos e a mínima de 19 anos, onde 55,3% eram do gênero masculino e 44,7% eram do gênero feminino. Ainda Hino e colaboradores (2009) demonstram em seu estudo contendo uma amostra de 295 corredores de rua na Cidade de Curitiba-PR, que a maior parte dos indivíduos (44,7%) se encontrava na faixa etária dos 30,1 a 45 anos. Em relação ao tempo de prática observou-se que a maioria dos corredores já praticam a modalidade entre 1 a 3 anos (38%). Lima e colaboradores (2007) relata em sua pesquisa composta de 43 corredores amadores, na cidade do Rio de Janeiro, que os mesmos treinavam em média de 1-2 anos (30,2%). Ainda Purim e colaboradores (2014) relataram que dos 220 praticantes de corrida avaliados, em Curitiba-PR, 29,5% destes praticavam a modalidade de 1-3 anos, 40% há 4-9 anos e 19,6% há mais de 10 anos. Resultados que corroboram com os achados da presente pesquisa. Prefiro não declarar Mais de dez Salários Mínimos De cinco a dez Salários Mínimos De dois a cinco Salários Mínimos De um a dois Salários Mínimos 15% 22% 28% 19% 14% Menos de 1 Salário Mínimo 2% Gráfico 1 - Distribuição dos praticantes de corrida de rua segundo a renda familiar em Teresina-PI, 2017., São Paulo. v. 12. n. 75. Suplementar 1. p.862-866. Jan./Dez. 2018. ISSN 1981-9927.

865 60 50 40 35% 30 20 23% 17%% 19% 10 0 2,6% 0,6% 0 1,4% 1,4% Gráfico 2 - Distribuição dos praticantes de corrida de rua em relação ao nível de escolaridade em Teresina-PI, 2017. Verificou-se que a maioria dos entrevistados apresentaram renda entre cinco e dez salários mínimos (28%), como também outra parcela significativa dos mesmos apresentou renda acima de dez salários (22%). Nota-se que alguns dos respondentes (15%) não declararam sua renda, podendo-se supor que possuam renda familiar abaixo de um salário mínimo ou renda acima de dez salários mínimos, tornando-se um viés para os resultados obtidos nesta pesquisa. Gratão e Rocha (2016), em estudo com 599 praticantes de corrida de rua, na cidade de Ribeirão Preto- SP, relataram que 63,5% dos mesmos possuíam renda familiar de onze salários mínimos ou mais. Foi observado que mais da metade (56,8%) dos entrevistados possuíam um bom nível de escolaridade, indo de ensino superior completo a doutorado. Destaca-se também como ponto positivo a pequena porcentagem de participantes com baixo nível de escolaridade, apenas 3,2% só haviam cursado até o ensino médio incompleto. Pazin e colaboradores (2008) que realizou sua pesquisa com 604 corredores de rua, em Santa Catarina, relata nos seus resultados que em relação à escolaridade apenas 40% dos corredores possuíam nível superior e 45,2% destes possuíam renda familiar mensal entre dois e sete salários mínimos indo de acordo com os resultados sobre renda desta pesquisa (Gráfico 1). Bernardes, Lucia e Faria (2016), em trabalho com 30 praticantes de musculação, no município de Alegre-ES, verificaram que 30% dos participantes possuíam ensino superior completo, a metade dos indivíduos (50%) estavam cursando ensino superior e uma minoria ensino médio completo (16,66%) e ensino fundamental completo (3,34%). CONCLUSÃO Pôde-se concluir que os praticantes de corrida de rua em sua maioria são do sexo masculino, já praticavam a modalidade esportiva a um tempo significativo, pertencentes a faixa etária mediana à população de adultos jovens, possuem um bom nível de escolaridade e renda, concordando com achados na literatura. REFERÊNCIAS 1-Bernardes, A. L.; Lucia, C. M. D.; Faria, E. R. Consumo alimentar, composição corporal e uso de suplementos nutricionais por praticantes de musculação. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 10. Num. 57. p. 306-318. 2016. <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article /view/639/553>, São Paulo. v. 12. n. 75. Suplementar 1. p.862-866. Jan./Dez. 2018. ISSN 1981-9927.

866 2-Brandão, D. C.; Silva, C. A. B. Perfil dos praticantes de caminhada/corrida em praças públicas de Fortaleza-CE. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 7. Num. 38. p. 167-175. 2013. <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/art icle/view/506/477> 3-Ferreira, A. C.; Dias, J. M. C.; Fernandes, R. M.; Sabino, G. S.; Anjos, M. T. S.; Felício, D. C. Prevalência e fatores associados a lesões em corredores amadores de rua do município de Belo Horizonte-MG. Revista Brasileira de Medicina e Esporte. Vol. 18. Num. 4. 2012. <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v18n4/v18n4a0 7.pdf> Acesso 10/07/17. 4-Gratão, O. A.; Rocha, C. M. Dimensões da motivação para correr e para participar de eventos de corrida. Revista brasileira de Ciência e Movimento. Vol. 24. Num. 2. p. 90-102. 2016. <https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/ article/view/5987> Acesso 17/06/17. 5-Hino, A. A.F.; Reis, R. S.; Añez, C. R. R.; Fermino, R. C. Prevalência de lesões em corredores de rua e fatores associados. Revista Brasileira de Medicina e Esporte. Vol. 15. Num. 1. 2009. 6-Ishida, J. C.; Turi, B. C.; Silva, M. P.; Amaral, S. L. Presença de fatores de risco de doenças cardiovasculares e de lesões em praticantes de corrida de rua. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo. 2013. <https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/ 53218> Acesso 30/10/16. Físico Prolongado: Avaliação Após Ultramaratona de 24 Horas. Arquivos Brasileiros de cardiologia. Vol. 100. Num. 1. p.21-28. 2013. <http://www.scielo.br/pdf/abc/2012nahead/aop 11512.pdf> Acesso 20/10/16. 9-Pazin, J.; Duarte, M. F. S.; Poeta, L. S.; Gomes, M. A.; Corredores de rua: características demográficas, treinamento e prevalência de lesões. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 10. Num. 3. p. 277-282. 2008. 10-Purim, K. S. M.; Kapptitski, A. C.; Bento, P. C. B.; Leite, N. Lesões desportivas e cutâneas em adeptos de corrida de rua. Revista Brasileira de Medicina e Esporte. Vol. 20. Num. 4. 2014. <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v20n4/1517-8692-rbme-20-04-00299.pdf> Acesso 23/06/17. 11-Scheer, B. B.; Conde, C. S.; Pastore, C. A. Avaliação da alimentação pré-treino e da ingestão de líquidos em adultos praticantes de atividade física. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo. Vol. 9. Num. 50. p.67-73. 2015. <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/arti cle/view/359> Recebido para publicação em 07/04/2018 Aceito em 05/08/2018 7-Lima, C. O.; Gropo, D. M.; Marquez, M. S.; Panza, V. Perfil da freqüência de consumo alimentar de atletas amadores (corredores de rua).. São Paulo. Vol. 1. Num. 4. p. 25-31. 2007. <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article /viewfile/35/34> 8-Passaglia, D.G.; Emed, L. G. M.; Barberato, S. H.; Guerios, S. T.; Moser, A. I.; Silva, M. M. F.; Ishie, E.; Souza, L. C. G.; Constantini, C. R. F.; Neto, J. R. F. Efeitos Agudos do Exercício, São Paulo. v. 12. n. 75. Suplementar 1. p.862-866. Jan./Dez. 2018. ISSN 1981-9927.