Gestão Ambiental do TJRS Compras públicas como instrumento de desenvolvimento sustentável
Introdução: Apresentação do Sistema de Gestão Ambiental do TJRS I As licitações sustentáveis no Direito Brasileiro e Francês II As compras públicas como instrumentos de gestão ambiental
SGA-JUS ECOJUS Programa que iniciou em 2000, por iniciativa de servidores voluntários, com autorização da Presidência. SGA Programa de Gestão Ambiental do TJRS (2008) Incluído no Planejamento Estratégico Vinculado à 3ª Vice-Presidência e Corregedoria Ecojus é o braço gestor do programa.
Recomendação nº 11 do CNJ Meta 06 Adoção de políticas públicas visando recuperação do MA e conscientização dos servidores. Criação de comissões ambientais. Reduzir em pelo menos 2% o consumo per capita (magistrados, servidores, terceirizados e estagiários) com energia, telefone, papel, água e combustível. (referência 2009)
SGA-Jus Principais iniciativas - Educação ambiental (EAD e Treinamentos) - Gestão de resíduos sólidos (incluindo bens apreendidos) - Compras Públicas Sustentáveis
Licitações sustentáveis Poder de mercado das compras públicas: Brasil 10% do PIB França 9% do PIB União Europeia 16% do PIB
Evolução Global Rio 92 e Agenda 21 Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, Johanesburgo, 2002. Plano de Implementac ão, capítulo III : Mudando padrões insustentáveis de consumo e produc ão
Evolução Global Marrakech Process - 2003 Programa desenvolvido pelas Nac ões Unidas. Apoio a iniciativas nacionais e regionais de produc ão e consumo sustentável. Dentro do programa, estão sendo realizados diversos eventos relacionados às compras públicas sustentáveis.
França A inclusão de critérios ambientais nas compras públicas foi impulsionada pelo direito comunitário Conseil d'état não admitia qualquer espécie de critério acessório (CE, 10 maio de 1996, n 159.979)
França CJCE: Commission de France, 26 de setembro de 2000. Legalidade da inclusão de critério social (luta contra o desemprego). Concórdia Bus Finland, 17 de setembro de 2002. Legalidade da inclusão de critério ambiental (níveis emissão de gazes por empresa de transporte público).
França Novo Code des Marchés Publics Decreto de 1 de Agosto de 2006 transposição da Diretiva n 2004/18 CE. Artigo 5 Os objetivos do desenvolvimento sustentável devem ser considerados nos processos de compras públicas.
Brasil Lei 8.666/93 modificada pela Lei 12.349/10 Art. 3 : A licitação destina-se a garantir (...) a promoção ao desenvolvimento nacional sustentável... ) Art. 12, VII: impacto ambiental como um dos requisitos a serem considerados no processo licitatório referente a projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços.
Brasil O artigo 7, XI, da Lei 12.305/10 inclui dentre os objetivos da PNRS a inclusão do impacto ambiental como requisito das aquisições e contratações governamentais.
Brasil Instrução Normativa n 1/2010 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
CONDIÇÕES CJCE Wienstrom, 04 de dezembro de 2003. a) que sejam critérios relacionados com o objeto do contrato; b) que não outorguem liberdade incondicional de escolha ao contratante (critérios objetivos e precisos); c) que estejam expressamente mencionados no cahier de charge (termo de referência) d) que respeitem os princípios fundamentais das licitações, principalmente a publicidade e não discriminação.
CONDIÇÕES Instrução Normativa n 01/2010 Art. 2 Para o cumprimento do disposto nesta Instruc ão Normativa, o instrumento convocatório deverá formular as exige ncias de natureza ambiental de forma a não frustrar a competitividade. Art. 3 Nas licitac ões que utilizem como critério de julgamento o tipo melhor técnica ou técnica e prec o, deverão ser estabelecidos no edital critérios objetivos de sustentabilidade ambiental para a avaliac ão e classificac ão das propostas.
Peculiaridade do Sistema Francês Écolabel. Exigências de performance ou funcionais podem ser definidas com referência a certificações ambientais. Também produtos detentores de certificados ambientais podem gozar de uma presunção de sustentabilidade.
Licitações Sustentáveis instrumentos de gestão ambiental Mudança de paradigma. O menor preço não é mais visto como o único requisito. Conceitos novos, como custo ambiental, pegada ecológica e ciclo de vida do produto, passam a integrar a noção de custo final do produto ou serviço. Inclusão de exigências de caráter ambiental, como licenciamento ambiental, certificados e outros. Garantias aos contratantes e fomento ao respeito às normas ambientais. Inclusão de obrigações relativas ao descarte adequado de resíduos.
Principais Dificuldades Resistência por parte dos setores problema cultural necessário trabalho de convencimento Ausência de licitantes criação de novos mercados mudança de paradigmas
Trata-se de obrigação legal. Agravo de Instrumento nº 70046239760 21ª Câmara TJRS. Ilegal processo licitatório que não exigiu dos licitantes apresentação de licenciamento ambiental, por afronta ao art. 3º da Lei de Licitações.
Critérios a serem observados Qualidade dos licitantes licença ambiental, autorizações e certificados específicos Características dos produtos impacto ambiental reduzido, processo produtivo limpo, material certificado. Exigências quanto ao descarte adequado dos produtos utilizados no processo produtivo.
Logística Reversa Art. 33 da Lei 12.305/2010 (PNRS). Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de Pilhas e baterias Pneus Óleos lubrificantes Lâmpadas fluorescentes Produtos eletroeletrônicos Obrigação de retorno dos produtos e manejo dos resíduos sólidos
Logística Reversa - Efetiva implementação depende da organização do setor, por meio de regulamentos, acordos e termos de compromisso, segundo cronograma a ser definido pelo Comitê Orientador para Implementação da Logística Reversa.
Licitações e logística reversa Inclusão da logística reversa nos contratos firmados pela Administração Obrigação contratual Possibilidade de extensão para produtos não incluídos no rol do art. 33.
Vantagens na inclusão da logística reversa nos processos licitatórios Solução antecipada para o problema do descarte Evita despesas futuras Pressão sobre o mercado produtivo e sobre o Comitê Orientador para a implementação imediata da logística.
Muito obrigada. Patricia Antunes Laydner Gestora do SGA-JUS TJRS