B O L E T I M OFERECIMENTO QUINTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2015 NÚMERO DO DIA 600 atletas irá enviar o Brasil para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, que será em julho EDIÇÃO 277 Por popularidade, rúgbi terá campo na praia de Copacabana POR ADALBERTO LEISTER FILHO Em ação para popularizar a modalidade no Brasil, a CBRu (Confederação Brasileira de Rúgbi) e o World Rugby (federação internacional) irão lançar um campo na praia de Copacabana. A estrutura ficará na altura do número 1130 da Avenida Atlântica pelo menos até a Olimpíada do Rio de Janeiro-2016. Os Jogos marcam o retorno do esporte ao programa olímpico após 92 anos. A estrutura estará disponível para o público a partir da próxima quarta-feira (dia 24). O lançamento terá uma partida amistosa entre brasileiros e contará com a presença de dirigentes de confederação brasileira e federação internacional da modalidade. A iniciativa tem apoio de Bradesco e Unilever, dois dos patrocinadores da entidade nacional. O objetivo é disseminar e popularizar o esporte na cidade-sede dos Jogos Olímpicos, afirmou Agustin Danza, CEO da CBRu, em entrevista à Máquina do Esporte. Segundo o dirigente, o Brasil é um dos países-chave para o projeto de expansão da modalidade pelo mundo. A entrada no programa olímpico a partir dos Jogos do Rio-2016 demanda maior interesse pelo rúgbi, mas também desafios. O esporte já está garantido até os Jogos de Tóquio-2020. Temos que aproveitar essa oportunidade incrível para divulgar o esporte no Brasil. Sabemos que o torneio de rúgbi irá atrair muitos torcedores estrangeiros. Queremos que haja também engajamento entre o público brasileiro, ponderou Danza. No mesmo dia, a entidade também lança o projeto Impact Beyond, que tem como principal objetivo colocar o rúgbi em 1.000 escolas das redes pública e privada da cidade do Rio de Janeiro, gerando um legado olímpico para a cidade. No lançamento, haverá uma clínica para cerca de 500 crianças na zona militar de Deodoro (zona oeste do Rio), local onde serão disputadas as partidas de rúgbi dos Jogos Olímpicos. 1
Crise de imagem da Fifa não afasta patrocinador do futebol DA REDAÇÃO POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de conteúdo da Máquina do Esporte A crise de imagem que assola a Fifa, Conmebol e Concacaf, pelo menos por enquanto, ainda não manchou a camisa da Uefa. A entidade que comanda o futebol europeu só deu boas notícias desde que o escândalo sem precedentes nos bastidores do futebol fez com que sete dirigentes da federação internacional fossem presos em ação da polícia em Zurique sob as ordens do FBI, a polícia federal dos EUA. A situação fez com que os patrocinadores da Copa América fizessem ações mais discretas de ativação no torneio que está sendo disputado no Chile. Segundo a Folha de S.Paulo, a Conmebol decidiu que a joint-venture formada por Traffic, Torneos y Competencias e Full Play irá perder o contrato de gestão comercial da competição por falta de pagamento. As empresas já haviam iniciado a negociação de patrocínios e direitos de transmissão da Copa América do Centenário, marcada para 2016, nos Estados Unidos. A saída da empresa de marketing geraria uma grave crise de gestão no relacionamento com seus parceiros comerciais. A Uefa, por sua vez, vive outra realidade. Nos últimos dias, já anunciou o patrocínio de FedEx, Rent-A- -Car e Hankook para a Liga Europa, segundo maior torneio de clubes do continente. Já a Interoute, companhia londrina de TIC, continuará cuidando do setor para a entidade. O que parece claro é que associar os valores do gramado às empresas continua sendo um grande negócio. Quando à parte administrativa, não atrapalha. Patrocinar e realizar ações com o futebol - em campo - permanece um grande negócio. Ponte Preta promove amistoso internacional com foco em novo público POR REDAÇÃO A Ponte Preta irá interromper a boa campanha no Brasileirão para realizar um amistoso internacional, sábado. O time enfrentará o Fort Lauderdale Strikers, que tem como sócio Ronaldo, em seu estádio, em Campinas. E, para encher as arquibancadas, o clube busca um público diferente daquele que frequenta o Moisés Lucarelli. A agência Noblu Sports foi contratada para fazer as ativações. O plano é fazer um clima mais amistoso do que uma partida convencional em Campinas. O foco será na presença do público infantil. Estamos planejando um evento bastante tranquilo, com foco na participação das famílias, resumiu Guto D Ottaviano, sócio da Nublu. Um dos trunfos da equipe é a presença da televisão. A partida amistosa terá transmissão do BandSports. O evento também servirá como comemoração aos 115 anos de vida da Ponte Preta. Os ingressos para a partida já estão à venda. Eles serão comercializados com preços entre R$ 20 e R$ 60, com direito à meia-entrada. Esse será o segundo amistoso internacional da Ponte em menos de dois meses. Em maio, o time viajou aos Estados Unidos para enfrentar o Orlando City, equipe que conta com o brasileiro Kaká. Recentemente, a Ponte criou até uma comissão para internacionalização, focada em eventos que promovam a marca do time mundialmente. 2
MasterCard ativa Copa América com aplicativo de pagamento POR REDAÇÃO Depois do período turbulento provocado pela crise de corrupção no futebol, as empresas retomam suas ações promocionais para a Copa América do Chile, iniciada na semana passada. A MasterCard anunciou parceria com o Qkr!, aplicativo que permite ao torcedor comprar comida e fazer pagamentos sem ter de sair do lugar durante os jogos. A tecnologia - pioneira na América Latina - já é utilizada em eventos esportivos nos Estados Unidos, na Austrália e no Canadá. Os primeiros estádios a experimentarem a nova ferramenta serão Nacional, Monumental, na capital Santiago, e La Portada, na cidade de La Serena. É uma forma inovadora de fazer pagamentos e temos orgulho de trazê-la para o Chile. O aplicativo já está funcionando perfeitamente e conta com ótimo tempo de resposta, explicou Patricio Sandoval, gerente geral da MasterCard Chile. O Okr! funciona nos sistemas operacionais Android ou IOS, é gratuito e oferece 20% de desconto nos produtos da Vive Snack, empresa de alimentação oficial do torneio, com tempo médio de entrega de 20 minutos. Inicialmente, o serviço está restrito às cadeiras numeradas da categoria 1 durante as partidas da Copa América, mas a empresa de cartões de crédito já negocia sua expansão para cadeias de fast food e cinemas no país. A ação da MasterCard acontece três semanas após o escândalo de corrupção que atingiu Fifa, Conmebol, Concacaf e CBF. A empresa lançou comunicado oficial sendo uma das mais incisivas na cobrança por transparência e ética na gestão do futebol. 4
Final da NBA é materialização do conceito de sportainement POR RENATO MENDES* Um torcedor desavisado que entrasse na loja oficial do San Francisco Giants durante os últimos dias talvez se surpreendesse com uma parede de produtos azuis e amarelos logo na entrada. Não, o time de beisebol mais famoso da Califórnia não tinha trocado o tradicional laranja e preto de seu uniforme. A fama súbita de seu vizinho menos conhecido, o Golden State Warriors, e um olhar atento para oportunidades de negócio estavam por trás daquela novidade. Nos EUA é assim. Quando o time de basquete de Oakland chegou às finais da NBA pela primeira vez na história da franquia, os gestores da loja dos Giants não hesitaram em fazer o cross de produtos e acrescentaram ao portfólio uma linha bastante completa de Stephen Curry e cia. A julgar pelo número de torcedores interessados, eles acertaram em cheio. A paixão de San Francisco pelos Warriors, no entanto, parece se restringir às lojas de esporte e à meia dúzia de torcedores com camisas do time nas ruas. Seria exagero dizer que a cidade abraçou o campeão da NBA. No sábado (15), uma multidão assistia sim ao jogo do Giants - que perderia para o Arizona por 4 x 2. Cerca de 15 quilômetros separam os estádios dos dois times, mas a diferença entre eles é abissal. A AT&T Arena do Giants fica na parte mais nobre e turística de San Francisco. A Oracle Arena do Warriors, por sua vez, fica no meio do nada. O acesso, porém, é ótimo e pode ser feito facilmente por transporte público. Em 30 minutos por uma espécie de trem local, chega-se ao estádio do Golden State. Aos estádios, na verdade, porque ali fica também a arena do Oakland Raiders e do Athletics. O plano era almoçar em algum bar de esportes e comer um hambúrguer enquanto assistia ao aquecimento do jogo. Mas não existem restaurantes ali. Há um grande estacionamento, largas avenidas e muitos, muitos carros. A sensação é estranha. Na hora, veio a associação com a Arena Corinthians. Até porque uma vez do lado de dentro, o local é incrível e aí que começa a NBA experience. Tive a incrível sorte de descer ao nível da quadra e ficar num dos camarotes. Vi tudo de muito perto. Foi incrível! A vibração da torcida amarela é algo indescritível, uma final de NBA é definitivamente a materialização do conceito de sportainement. Ou onde mais você vê o Metálica tocando o hino americano antes do jogo? A capacidade de tornar tudo patrocinável parece não ter limites. Existe até empresa que paga para ter o nome exibido no call review. Seria como o Tira-Teima ser oferecido por alguém. E não é genial? Quantas vezes isso acontece por partida? Ninguém parece se importar. É bem verdade que a ativação dos patrocinadores em si deixou a desejar. Esperava muito e não vi nada digno de registro. Mas nem isso tirou o brilho daquela noite. *Renato Mendes foi executivo da Netshoes, onde liderou os times de Marketing & Comunicação para a AL. É professor de E-commerce e Social Media nos principais cursos do país. 5