ANO XXII - 2011-2ª SEMANA DE JULHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 28/2011 ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS



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Comentário: OPÇÃO CORRETA. Está de acordo com os precitos da NR 06.

O presente resumo não dispensa a leitura atenta do Parecer anexo.

Transcrição:

ANO XXII - 2011-2ª SEMANA DE JULHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 28/2011 ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS RECOLHIMENTO EM ATRASO - TABELA - JULHO/2011 Introdução - Texto Explicativo Sobre Aplicação de Multas Divulgado no Site da Previdência Social - Multas Vigentes Por Competência... PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - NORMA REGULAMENTADORA - NR-7 Conceito - Obrigatoriedade - Objetivo - Abrangência do PCMSO - PCMSO e PPRA - Empresa Contratante de Mão-de-Obra - Responsabilidades - Empregador - Desobrigação - Médico Coordenador - Exames Médicos - Obrigatórios - Complementares - Exposição a Agentes Químicos e Físicos - Periodicidade Dos Exames - Exame Médico Admissional - Exame Médico Periódico - Exame Médico de Retorno - Exame Médico de Mudança de Função - Exame Médico Demissional - Validade Dos Exames - Atestado de Saúde Ocupacional/ASO - Conteúdo - Prontuário Médico - Relatório Anual - Exposição Excessiva/Afastamento do Empregado - Doenças Profissionais/Procedimento Médico - Primeiros-Socorros - Quadros e Anexos... PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - NORMA REGULAMENTADORA - NR-9 Introdução - Conceitos - PPRA - PCMSO - Objetivo - Obrigatoriedade - Substituição do LTCAT - Responsabilidade do Empregador - Responsabilidade Dos Trabalhadores - Desenvolvimento do PPRA - Elaboração - Locais Sem Riscos Ambientais - Riscos Ambientais - Agentes Físicos - Agentes Químicos - Agentes Biológicos - Reconhecimento Dos Riscos Ambientais - Estrutura do PPRA - Desenvolvimento do PPRA - Avaliação Quantitativa - Medidas de Controle - Medidas de Caráter Coletivo - Utilização de EPI - Nível de Ação - Monitoramento - Registro de Dados - Guarda Dos Dados - Informações Aos Trabalhadores - Situação Grave e de Iminente Risco/Suspensão Das Atividades - Análise Anual do PPRA - Fiscalização do Ministério do Trabalho... Pág. 433 Pág. 435 Pág. 440

JULHO - Nº 28/2011 TRABALHO E PREVIDÊNCIA ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS Sumário RECOLHIMENTO EM ATRASO Tabela - Julho/2011 1. Introdução 2. Texto Explicativo Sobre Aplicação de Multas Divulgado no Site da Previdência Social 2.1 - Multas Vigentes Por Competência 1. INTRODUÇÃO A partir da competência dezembro de 2008, as regras para aplicação dos juros e multa foram alteradas. Atualmente, os recolhimentos são feitos da mesma forma que o recolhimento em atraso para os tributos administrados pela Receita Federal do Brasil para competências a partir de dezembro de 2008. Abaixo transcrevemos as regras definidas pelo INSS para recolhimento em atraso das contribuições previdenciárias. 2. TEXTO EXPLICATIVO SOBRE APLICAÇÃO DE MULTAS DIVULGADO NO SITE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL O recolhimento em atraso das contribuições previdenciárias urbanas e rurais acarreta multa de mora variável, correspondente àquela estabelecida pela Legislação vigente à época de ocorrência do fato gerador da contribuição. 2.1 - Multas Vigentes Por Competência I - Competências de janeiro de 1995 até março de 1997 (Leis nº s 8.383, de 1991, e 8.620, de 1993): a) 10% (dez por cento) sobre os valores das contribuições em atraso que até a data do pagamento não tenham sido incluídas em notificação de débito; b) 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recebimento da correspondente notificação de débito; c) 30% (trinta por cento) sobre os valores pagos mediante parcelamento, desde que requerido no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recebimento da correspondente notificação de débito; d) 30% (trinta por cento) sobre os valores não incluídos em notificação de débito e que sejam objeto de parcelamento. e) 60% (sessenta por cento) sobre os valores pagos em quaisquer outros casos, inclusive por falta de cumprimento de acordo para parcelamento e reparcelamento. II - Competências de abril de 1997 até outubro de 1999: a) para pagamento após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento: a.1) 4% (quatro por cento) dentro do mês de vencimento da obrigação; a.2) 7% (sete por cento) no mês seguinte; a.3) 10% (dez por cento) a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da obrigação; b) para pagamento de débitos incluídos em notificação fiscal de lançamento: b.1) 12% (doze por cento) se o pagamento for realizado em até 15 (quinze) dias do recebimento da notificação; b.2) 15% (quinze por cento) após o 15º dia do recebimento da notificação; b.3) 20% (vinte por cento), após apresentação de recurso desde que antecedido de defesa, sendo ambos tempestivos, até 15 (quinze) dias da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS); b.4) 25% (vinte e cinco por cento) se o pagamento for realizado após o 15º dia da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), enquanto o débito não for inscrito em Dívida Ativa; c) para pagamento de débito inscrito em Dívida Ativa: c.1) 30% (trinta por cento) quando não tenha sido objeto de parcelamento; c.2) 35% (trinta e cinco por cento) se houve parcelamento; c.3) 40% (quarenta por cento) após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o débito não foi objeto de parcelamento; c.4) 50% (cinquenta por cento) após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o débito foi objeto de parcelamento. III - A partir da competência novembro de 1999 (Lei nº 9.876, de 1999): a) contribuição devida, declarada na GFIP, aplicar o previsto no item II; b) contribuição devida, não declarada na GFIP, aplicar o previsto no item II, em dobro. IV - A partir da competência dezembro de 2008 (Medida Provisória nº 449, de 03 de dezembro de 2008, convertida na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009): Os débitos para com a União serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso, de acordo com a tabela abaixo: 433

TRABALHO E PREVIDÊNCIA JULHO - Nº 28/2011 Observações: TABELA DE MULTA A PARTIR DA COMPETÊNCIA 12/2008 DIAS DE DIAS DE DIAS DE DIAS DE DIAS DE MULTA (%) MULTA (%) MULTA (%) MULTA (%) ATRASO ATRASO ATRASO ATRASO ATRASO MULTA (%) 01 0,33 13 4,29 25 8,25 37 12,21 49 16,17 02 0,66 14 4,62 26 8,58 38 12,54 50 16,50 03 0,99 15 4,95 27 8,91 39 12,87 51 16,83 04 1,32 16 5,28 28 9,24 40 13,20 52 17,16 05 1,65 17 5,61 29 9,57 41 13,53 53 17,49 06 1,98 18 5,94 30 9,90 42 13,86 54 17,82 07 2,31 19 6,27 31 10,23 43 14,19 55 18,15 08 2,64 20 6,60 32 10,56 44 14,52 56 18,48 09 2,97 21 6,93 33 10,89 45 14,85 57 18,81 10 3,30 22 7,26 34 11,22 46 15,18 58 19,14 11 3,63 23 7,59 35 11,55 47 15,51 59 19,47 12 3,96 24 7,92 36 11,88 48 15,84 60 19,80 61 DIAS OU MAIS - MULTA DE 20% a) A multa será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento. b) O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a 20% (vinte por cento). TABELA DE JUROS Multiplicar o valor originário da contribuição previdenciária pelo percentual de juros correspondente ao mês devido na Tabela Prática abaixo transcrita: Competência Juros % Competência Juros % Competência Juros % Competência Juros % Competência Juros % Competência Juros % jan/96 258,29 jan/99 186,26 jan/02 132,75 jan/05 78,97 jan/08 36,37 jan/11 4,71 fev/96 256,07 fev/99 182,93 fev/02 131,38 fev/05 77,44 fev/08 35,53 fev/11 3,79 mar/96 254,00 mar/99 180,58 mar/02 129,90 mar/05 76,03 mar/08 34,63 mar/11 2,95 abr/96 251,99 abr/99 178,56 abr/02 128,49 abr/05 74,53 abr/08 33,75 abr/11 1,96 mai/96 250,01 mai/99 176,89 mai/02 127,16 mai/05 72,94 mai/08 32,79 mai/11 1,00 jun/96 248,08 jun/99 175,23 jun/02 125,62 jun/05 71,43 jun/08 31,72 jun/11 0,00 jul/96 246,11 jul/99 173,66 jul/02 124,18 jul/05 69,77 jul/08 30,70 jul/11 0,00 ago/96 244,21 ago/99 172,17 ago/02 122,80 ago/05 68,27 ago/08 29,60 set/96 242,35 set/99 170,79 set/02 121,15 set/05 66,86 set/08 28,42 out/96 240,55 out/99 169,40 out/02 119,61 out/05 65,48 out/08 27,40 nov/96 238,75 nov/99 167,80 nov/02 117,87 nov/05 64,01 nov/08 26,28 dez/96 237,02 dez/99 166,34 dez/02 115,90 dez/05 62,58 dez/08 24,23 jan/97 235,35 jan/00 164,89 jan/03 114,07 jan/06 61,43 jan/09 23,37 fev/97 233,71 fev/00 163,44 fev/03 112,29 fev/06 60,01 fev/09 22,40 mar/97 232,05 mar/00 162,14 mar/03 110,42 mar/06 58,93 mar/09 21,56 abr/97 230,47 abr/00 160,65 abr/03 108,45 abr/06 57,65 abr/09 20,79 mai/97 228,86 mai/00 159,26 mai/03 106,59 mai/06 56,47 mai/09 20,03 jun/97 227,26 jun/00 157,95 jun/03 104,51 jun/06 55,30 jun/09 19,24 jul/97 225,67 jul/00 156,54 jul/03 102,74 jul/06 54,04 jul/09 18,55 ago/97 224,08 ago/00 155,32 ago/03 101,06 ago/06 52,98 ago/09 17,86 set/97 222,41 set/00 154,03 set/03 99,42 set/06 51,89 set/09 17,17 out/97 219,37 out/00 152,81 out/03 98,08 out/06 50,87 out/09 16,51 nov/97 216,40 nov/00 151,61 nov/03 96,71 nov/06 49,87 nov/09 15,78 dez/97 213,73 dez/00 150,34 dez/03 95,44 dez/06 48,79 dez/09 15,12 jan/98 211,60 jan/01 149,32 jan/04 94,36 jan/07 47,79 jan/10 14,53 fev/98 209,40 fev/01 148,06 fev/04 92,98 fev/07 46,74 fev/10 13,77 mar/98 207,69 mar/01 146,87 mar/04 91,80 mar/07 45,74 mar/10 13,10 abr/98 206,06 abr/01 145,53 abr/04 90,57 abr/07 44,71 abr/10 12,35 mai/98 204,46 mai/01 144,26 mai/04 89,34 mai/07 43,71 mai/10 11,56 jun/98 202,76 jun/01 142,76 jun/04 88,05 jun/07 42,71 jun/10 10,70 jul/98 201,28 jul/01 141,16 jul/04 86,76 jul/07 41,71 jul/10 9,81 ago/98 198,79 ago/01 139,84 ago/04 85,51 ago/07 40,71 ago/10 8,96 set/98 195,85 set/01 138,31 set/04 84,30 set/07 39,78 set/10 8,15 out/98 193,22 out/01 136,92 out/04 83,05 out/07 38,94 out/10 7,34 nov/98 190,82 nov/01 135,53 nov/04 81,57 nov/07 38,10 nov/10 6,41 dez/98 188,64 dez/01 134,00 dez/04 80,19 dez/07 37,17 dez/10 5,55 Observação: Não utilizar esta tabela para calcular contribuições em atraso de Segurados Empresário, Autônomo e Equiparado e Empregador Rural, para fatos geradores ocorridos até a competência abril de1995. Fundamentos Legais: Os citados no texto e a Lei nº 11.941, de 27.05.2009. 434

JULHO - Nº 28/2011 Sumário PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL Norma Regulamentadora - NR-7 1. Conceito 2. Obrigatoriedade 3. Objetivo 4. Abrangência do PCMSO 5. PCMSO e PPRA 6. Empresa Contratante de Mão-de-Obra 7. Responsabilidades 7.1 - Empregador 7.1.1 - Desobrigação 7.2 - Médico Coordenador 8. Exames Médicos 8.1 - Obrigatórios 8.2 - Complementares 8.2.1 - Exposição a Agentes Químicos e Físicos 9. Periodicidade Dos Exames 9.1 - Exame Médico Admissional 9.2 - Exame Médico Periódico 9.3 - Exame Médico de Retorno 9.4 - Exame Médico de Mudança de Função 9.5 - Exame Médico Demissional 10. Validade Dos Exames 11. Atestado de Saúde Ocupacional - ASO 11.1 - Conteúdo 12. Prontuário Médico 13. Relatório Anual 14. Exposição Excessiva - Afastamento do Empregado 15. Doenças Profissionais - Procedimento Médico 16. Primeiros-Socorros 17. Quadros e Anexos 1. CONCEITO O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) é um programa regulamentado pela NR-07 (Norma Regulamentadora) e tem como objetivo por meio de Exames Ocupacionais a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores através de medidas prevencionistas, diagnosticando precocemente os agravos à saúde relacionados ou não ao trabalho. 2. OBRIGATORIEDADE A Norma Regulamentadora nº 7 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A mencionada norma estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os mesmos serem ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. 3. OBJETIVO TRABALHO E PREVIDÊNCIA O PCMSO é um programa que tem por objetivo a promoção e a preservação da saúde dos trabalhadores, bem como prevenção e diagnóstico precoce de doenças relacionadas às funções desempenhadas e ao ambiente de trabalho. 4. ABRANGÊNCIA DO PCMSO O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras. O PCMSO deve: a) considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho; b) ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores; c) ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais normas regulamentadoras. 5. PCMSO E PPRA O objetivo do PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais) é levantar os riscos existentes e propor mecanismos de controle. Os riscos não eliminados são objetos de controle pelo PCMSO, então, sem o PPRA não existe PCMSO, devendo ambos estar permanentemente ativos. Os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. O PCMSO e o PPRA devem ser integrados, pois o PPRA trata dos agentes ambientais e o PCMSO dos trabalhadores expostos a estes agentes. 6. EMPRESA CONTRATANTE DE MÃO-DE-OBRA Cabe à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços informar a empresa contratada dos riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho em que os serviços estão sendo prestados. 435

TRABALHO E PREVIDÊNCIA 7. RESPONSABILIDADES 7.1 - Empregador Compete ao empregador: a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. 7.1.1 - Desobrigação Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo Quadro I da NR- 4, com até 25 (vinte e cinco) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4, com até 10 (dez) empregados. As empresas com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e até 50 (cinquenta) empregados, enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR-4, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva. As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados, enquadrados no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I na NR-4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas elencadas neste subitem poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores. 7.2 - Médico Coordenador A empresa necessitará contratar um médico para JULHO - Nº 28/2011 coordenar o programa dependendo de seu risco e do número de funcionários. Compete ao médico coordenador: a) realizar os exames médicos previstos neste trabalho, ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; b) encarregar dos exames complementares previstos na NR-7, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. 8. EXAMES MÉDICOS 8.1 - Obrigatórios O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. Os exames compreendem: a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; b) exames complementares, conforme determinado pelo médico do trabalho de acordo com a atividade do empregado. 8.2 - Complementares Poderá haver a necessidade da realização de exames complementares, dependendo dos riscos específicos referentes a cada atividade, como Hemograma completo ou RX de Tórax. Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho. 8.2.1 - Exposição a Agentes Químicos e Físicos Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II, os exames médicos 436

JULHO - Nº 28/2011 complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coodernador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho. Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não constantes dos Quadros I e II, outros indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores. 9. PERIODICIDADE DOS EXAMES A avaliação clínica como parte integrante dos exames médicos deverá obedecer prazos e periodicidade, conforme veremos a seguir (Item 7.4.1 da NR-7). 9.1 - Exame Médico Admissional O exame médico admissional deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades (Item 7.4.3.1 da NR-7). 9.2 - Exame Médico Periódico O exame médico periódico deverá ser realizado de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados (Item 7.4.3.2 da NR-7): a) para trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; a.2) de acordo com a periodicidade especificada no Anexo 6 da NR-15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas; b) para os demais trabalhadores: b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; b.2) a cada 2 (dois) anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade. 9.3 - Exame Médico de Retorno O exame médico de retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior TRABALHO E PREVIDÊNCIA a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto (Item 7.4.3.3 da NR-7). 9.4 - Exame Médico de Mudança de Função O exame médico de mudança de função será obrigatoriamente realizado antes da data da mudança. Entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique na exposição de trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança (Item 7.4.3.4 da NR-7). 9.5 - Exame Médico Demissional O exame médico demissional será obrigatoriamente realizado até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de (Item 7.4.3.5 da NR-7): a) 135 (cento e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR-4; b) 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4. 10. VALIDADE DOS EXAMES As empresas enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR-4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 135 (cento e trinta e cinco) dias, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho. As empresas enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I da NR-4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 90 (noventa) dias em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde do trabalho. Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional independentemente da época de realização de qualquer outro exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores. 11. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL - ASO Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias: 437

TRABALHO E PREVIDÊNCIA a) a 1ª via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho; b) a 2ª via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na 1ª via. 11.1 - Conteúdo O ASO deverá conter, no mínimo: a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função; b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST; c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; d) o nome do médico coordenador quando houver, com respectivo CRM; e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. 12. PRONTUÁRIO MÉDICO Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico coordenador do PCMSO. Observação: Havendo substituição do médico responsável, os arquivos deverão ser transferidos para seu sucessor. 13. RELATÓRIO ANUAL O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual. O relatório anual deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, tomando como base o modelo no Quadro III. JULHO - Nº 28/2011 O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR- 5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela Comissão. O relatório anual do PCMSO poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado, desde que este seja mantido de modo a proporcionar o imediato acesso por parte do agente da inspeção do trabalho. 14. EXPOSIÇÃO EXCESSIVA - AFASTAMENTO DO EMPREGADO Sendo verificada, através da avaliação clínica do trabalhador e/ou dos exames constantes do Quadro I, apenas exposição excessiva (EE ou SC) ao risco, mesmo sem qualquer sintomatogia ou sinal clínico, deverá o trabalhador ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico de exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido adotadas. 15. DOENÇAS PROFISSIONAIS - PROCEDIMENTO MÉDICO Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, através de exames médicos que incluem os definidos na NR-7, ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, através dos exames constantes dos Quadros I (apenas aqueles com interpretação SC) e II, e complementares, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico coordenador ou encarregado: a) solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT; b) indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho; c) encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo casual, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho; d) orientar o empregador quanto à necessidade da adoção de medidas de controle no ambiente de trabalho. 16. PRIMEIROS-SOCORROS Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de primeiros-socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, e manter esse material guardado em local adequado, e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim (Item 7.5 da NR-7). 17. QUADROS E ANEXOS 438

JULHO - Nº 28/2011 QUADRO I PARÂMETROS PARA CONTROLE BIOLÓGICO DA EXPOSIÇÃO A ALGUNS AGENTES QUÍMICOS Agente Químico Anilina Indicador Biológico Mat. Análise Biológico Urina Sangue paminofen ol e/ou Metahemo -globina VR IBMP Método Amostragem Interpretação Vigência Analítico Até 2% 50mg/g 5% Arsênio Urina Arsênio Até 50mg/g 10mg/g creat Cádmio Urina Cádmio Até 2mg/g Chumbo Sangue Chumbo e Até Inorgânico 40mg/10 0ml Chumbo Tetraetila Cromo Hexavalen te Dicloromet ano Dimetilfor mamida Dissulfeto de Carbono Ésteres Organofos -forados e Carbamat os Urina Ác. Delta amino levulníco, ou Até 4,5mg/g creat Sangue Zincoproto Até -porfirina 40mg/10 0ml Urina Chumbo Até 50mg/g 5mg/g 60 mg/100 ml 10 mg/g creat 100mg/ 100ml 100mg/ g creat Urina Cromo Até 30mg/g 50mg/g creat Sangue Carboxihe r- moglobina Urina N- metilforma -mida Urina Ác. 2-Tio Tiazolidina Sangue Acetilcolinestera se Eritrocitári a ou Colinester ase Plasmátic a ou Çolinester ase Eritrocitári a e plasmática (sangue total) Até 1% NF Determi nar a atividad e préocupacional Estireno Urina Ác. Mandélico e/ou Urina Ác. Fenilglioxílico Etilbenzeno Urina Ác. Mandélico Fenol Urina Fenol 20mg/g Flúor e fluoretos Mercúrio Inorgânico Urina Fluoreto Até 0,5 mg/g Urina Mercúrio Até 5mg/g 3,5% NF 40mg/g 5mg/g 30% de depress ão da atividad e inicial 50% de depress ão da atividad e inicial 25% de depress ão da atividad e inicial 0,8g/g 24 mg/g 1,5g/g 250mg/ g creat 3mg/g No início da jornada e 10mg/g No final da fornada 35mg/g CG E FJ FJ-01 EE SC, E ou EAA FS,T-6 EE - EAA NC T-6 SC - EAA NCT-I SC - E NCT-I SC - Iif Nct-i sc - EAA FJO-1 EE - EAA FS EE - E FJO-1 SC, - CG ou CG ou FJ EE P-18 Fj Ee P-24 NC SC - - NC SC - - - CG ou NC SC - FJ EE - CG ou FJ EE - CG ou FS EE - CG ou FJO-1 EE - RS PP, EE - EAA PUT-12 EE - Metanol Urina Metanol Até 15mg/l CG FJO-1 EE - 5mg/l CG Metil-etilcetoncetona Urina Metil-etil- - 2mg/l CG FJ EE P-12 Monóxido Sangue Carboxihe Até 1% 3,5% E FJO-1 SC, - de Carbono moglobina NF NF N-hexano Urina 2.5 hexanodio a Nitrobenze Sangue Netahemo no -globina Pentacloro Urina Pentacloro fenol -fenol Tetracloro etileno Urina Tolueno Urina Ác. Hipúrico Tricloroeta no Tricloroetil eno Urina Urina Ác. Tricloroacético Triclorocompostos totais Tricloroco mpostos totais Xileno Urina Ác. Metilhipúrico - 5mg/g CG FJ EE P-18 Até 2% 5% E Fjo-1 Sc, - - 2mg/g CG ou ES, EE - - 3,5mg/l E FS, EE - Até 1,5g/g 2,5g/g creat - 40mg/g creat - 300mg/ g - 1,5g/g CG ou FJO-1 EE - E FS EE - E FS EE - CG ou FJ EE - - TRABALHO E PREVIDÊNCIA ANEXO DO QUADRO I ABREVIATURAS IBMP índice Biológico Máximo Permitido é o valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas acupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva. VR Valor de Referência da Normalidade; valor possível de ser encontrado em populações não expostas ocupacionalmente. NF Não fumantes MÉTODO ANALÍTICO RECOMENDADO: E Espectrofotometria ultravioleta/visível EAA Espectrofotometria de absorção atômica. CG Cromatografia em fase gasosa Cromatografia líquida de alto desempenho. IS Eletrodo íon seletivo HF Hematofluorômico CONDIÇÕES DE AMOSTRAGEM FJ Final do último dia de jornada de trabalho (recomenda-se evitar a primeira jornada da semana). FS Final do último dia da jornada da semana. FS Início da última jornada da semana PP Pré a pós a 4ª jornada de trabalho da semana PU Primeira urina da manhã NC Momento de amostragem "não crítico": pode ser feita em qualquer dia e horário+ desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. T-1 Recomenda-se iniciar a monitorização após 1 mês de exposição. T-6 Recomenda-se iniciar a monitorização após 6 meses de exposição T-12 Recomenda-se iniciar a monitorização após 12 meses de exposição O-1 Pode-se fazer a diferença entra pré e pós-jornada EE SC SC INTERPRETAÇÃO O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite de Tolerância+ mas não possui+ isoladamente+ significado clínico ou toxicológico próprio+ ou seja+ não indica doença+ nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico. Além de mostrar uma exposição excessiva+ o Indicador Biológico tem também siginificado clínico ou toxicológico próprio+ ou seja+ pode indicar doença+ estar associado a um efeito ou uma disfunção do sistema biológico avaliado. O indicador Biológico possui significado clínico ou toxicológico próprio+ mas+ na prática+ devido à sua curta mea-vida biológica deve ser considerado como EE VIGÊNCIA P-12 A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 12 meses após publicação desta norma. P-18 A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 18 meses após a publicação desta norma. P-24 A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 24 meses após a publicação desta norma. RECOMENDAÇÃO Recomenda-se executar a monitorização biológica no coletivo, ou seja, monitorizando os resultados de grupos de trabalhadores expostos a riscos quantitativamente semelhantes. QUADRO II (Alterado pela Portaria SIT nº 223, de 06 de maio de 2011) 439

TRABALHO E PREVIDÊNCIA PARÂMETROS PARA MONITORIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A ALGUNS RISCOS À SAÚDE Risco Exame Periodicidade Método de Critério de Observação Complementar Execução Interpretação Ruído Vide Anexo I - Quadro II Aerodispersóides Telerradiografia Admissional e Vide Anexo Classificação - FIBROGÊNICOS do tórax anual II do internacional Espirometria Quadro II da OIT para radiografias Admissional e Técnica bienal bienal preconizada pela American Thoracic Society, 1987 Aerodispersóides NÃO- FIBROGÊNICOS Espirometria Condições Hiperbáricas Radiações ionizantes Hormônios sexuais femininos Benzeno Telerradiografia Admissional e do tórax trienal, se exposição < 15 anos Bienal, se exposição > 15 Anos Admissional e Bienal Vide Anexo II do Quadro II Técnica preconizada pela American Thoracic Society, 1987 ANEXO I DO QUADRO II (Ver na NR-7) QUADRO III PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL RELATÓRIO ANUAL Responsável: Setor Natureza do Exame Radiografias de Admissional e articulações anual coxo-femorais e espáculoumerais Hemograma Admissional e completo e semestral contagem de plaquetas Apenas em Admissional e homens, semestral Testosterona total ou plasmática livre LH e FSH Hemograma completo e plaquetas Nº anual de exames realizados Admissional e semestral ANEXO II DO QUADRO II (Ver NR-9, incluído Pela Portaria SIT nº 223, de 06 de maio de 2011) 18. GUARDA DA DOCUMENTAÇÃO Classificação internacional da OIT para radiografias Data: Assinatura: Nº de Nº de resultados resultados anormais X.100 anormais Nº anual de exames Os registros constantes em prontuário médico, assim - Ver anexo "B" do anexo nº 6 da NR- 15 -- -- -- Nº de exames para o ano seguinte JULHO - Nº 28/2011 como os respectivos exames, deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após desligamento do trabalhador. 19. FISCALIZAÇÃO/PENALIDADES/MULTAS A empresa ou empregador que não realizar o PCMSO acarreta MULTA de 1.324 UFIR e a não realização dos Exames Ocupacionais (admissional, periódico, etc.) acarreta MULTA de 1.986 UFIR (por exame não realizado). Além das multa,s outro risco a que a empresa está sujeita quando não implementa os Programas de Segurança e Medicina do Trabalho Ações na Justiça no futuro movidas por funcionários que podem alegar que os danos à saúde que eles apresentam foram adquiridos no período em que trabalharam nesta empresa. Fundamentos Legais: Norma Regulamentadora - NR-7 e Ministério do Trabalho e Emprego. PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS Norma Regulamentadora - NR-9 Sumário 1. Introdução 2. Conceitos 2.1 - PPRA 2.2 - PCMSO 3. Objetivo 4. Obrigatoriedade 5. Substituição do LTCAT 6. Responsabilidade do Empregador 7. Responsabilidade Dos Trabalhadores 8. Desenvolvimento do PPRA 8.1 - Elaboração 9. Locais Sem Riscos Ambientais 10. Riscos Ambientais 10.1 - Agentes Físicos 10.2 - Agentes Químicos 10.3 - Agentes Biológicos 11. Reconhecimento Dos Riscos Ambientais 12. Estrutura do PPRA 13. Desenvolvimento do PPRA 13.1 - Avaliação Quantitativa 14. Medidas de Controle 14.1 - Medidas de Caráter Coletivo 15. Utilização de EPI 16. Nível de Ação 17. Monitoramento 18. Registro de Dados 18.1 - Guarda Dos Dados 19. Informações Aos Trabalhadores 20. Situação Grave e de Iminente Risco - Suspensão Das Atividades 21. Análise Anual do PPRA 22. Fiscalização do Ministério do Trabalho 440

JULHO - Nº 28/2011 1. INTRODUÇÃO O PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deve ser elaborado pelos empregadores, tendo como objetivo a preservação da saúde dos trabalhadores, através da avaliação dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho. O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo de preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas Normas Regulamentadoras, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO (NR-7). A NR-9 estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observadas no cumprimento do PPRA, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. 2. CONCEITOS 2.1 - PPRA PPRA é a sigla de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. E esse programa está fundamentado na Norma Regulamentadora (NR-9) da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, sendo a sua redação inicial dada pela Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho. O PPRA é um programa de ação contínua, não é apenas um documento. 2.2 - PCMSO PCMSO é a sigla de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Está regulamentado pela Norma Regulamentadora (NR-7), emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994. 3. OBJETIVO O PPRA tem como objetivo estabelecer uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, frente aos riscos dos ambientes de trabalho, ou seja, levantar os riscos existentes e propor mecanismos de controle. O PPRA visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (NR-9, item 9.1.1 ). Já os riscos não eliminados é objeto de controle pelo PCMSO, consequentemente, sem o PPRA não existe PCMSO, devendo ambos estar permanentes ativos. TRABALHO E PREVIDÊNCIA O PPRA é um instrumento dinâmico que visa proteger a saúde do trabalhador e, portanto deve ser simples prático, objetivo e acima de tudo facilmente compreendido e utilizado. 4. OBRIGATORIEDADE A Norma Regulamentadora 9 (NR-9) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (NR-9, item 9.1.1.). 5. SUBSTITUIÇÃO DO LTCAT Conforme determina o artigo 186 da Instrução Normativa INSS n 11/2006, o LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, para períodos laborados a partir de 10.12.2003, pode ser substituído pelo PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos e PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (somente para indústria da construção civil). 6. RESPNSABILIDADE DO EMPREGADOR O empregador deverá estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição. 7. RESPONSABILIDADE DOS TRABALHADORES Os trabalhadores deverão: a) colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; b) seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; c) informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores. 8. DESENVOLVIMENTO DO PPRA As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. 8.1 - Elaboração As opções para elaboração, desenvolvimento e 441

TRABALHO E PREVIDÊNCIA JULHO - Nº 28/2011 implementação do PPRA são: a) Empresas com SESMT (Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho): O pessoal especializado do SESMT será responsável pelas diversas etapas do programa em conjunto com a direção da empresa; b) Empresas sem SESMT (Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho): A empresa deverá contratar uma firma especializada ou um Engenheiro de Segurança do Trabalho para desenvolvimento das diversas etapas do programa em conjunto com a direção da empresa. 9. LOCAIS SEM RISCOS AMBIENTAIS Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas letras a e f do item 11. 10. RISCOS AMBIENTAIS Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos, existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. 10.1 - Agentes Físicos Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações não-ionizantes, radiações ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. 10.2 - Agentes Químicos Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. 10.3 - Agentes Biológicos Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. 11. RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens quando aplicáveis: a) a sua identificação; b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; f) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; g) a descrição das medidas de controle já existentes. 12. ESTRUTURA DO PPRA O Programa de Prevenção de Riscos ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura (NR-9, item 9.2.1): a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; Observação: O cronograma deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA. b) estratégia e metodologia de ação; c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais. O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão. O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis de modo a proporcionar o imediato acesso às autoridades competentes. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos 1 (uma) vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. 442

JULHO - Nº 28/2011 13. DESENVOLVIMENTO DO PPRA O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas: a) antecipação e reconhecimentos dos riscos; b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; e) monitoramento da exposição aos riscos; f) registro e divulgação dos dados. Observações: A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitos pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoa que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver. 13.1 - Avaliação Quantitativa A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para: a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle. 14. MEDIDAS DE CONTROLE Deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações: a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; b) constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde; TRABALHO E PREVIDÊNCIA c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governamental Industria Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos; d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia: a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. 14.1 - Medidas de Caráter Coletivo A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia: a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; b) utilização de Equipamento de Proteção Individual - EPI. 15. UTILIZAÇÃO DE EPI A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver, no mínimo: a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo 443

TRABALHO E PREVIDÊNCIA avaliação do trabalhador usuário; b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece; c) estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas; d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI utilizados para os riscos ambientais. 16. NÍVEL DE AÇÃO Considera-se nível da ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probalidade de que as exposições. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico (NR-9, item 9.3.6.1). Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas letras que seguem (NR-9, item 9.3.6.2): a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de acordo com a alínea c do subitem 9.3.5.1; b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, anexo 1, item 6. 17. MONITORAMENTO Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando a introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário. 18. REGISTRO DE DADOS Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA. O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes. 18.1 - Guarda Dos Dados Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos. 19. INFORMAÇÕES AOS TRABALHADORES JULHO - Nº 28/2011 Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA. Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos. 20. SITUAÇÃO GRAVE E DE IMINENTE RISCO - SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho, que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências (NR-9, item 9.6.3). 21. ANÁLISE ANUAL DO PPRA Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos 1 (uma) vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. 22. FISCALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO O documento-base, previsto na estrutura do PPRA deve estar à disposição da fiscalização, pois trata de um roteiro das ações a serem empreendidas para atingir as metas do Programa, ou seja, se houver um excelente documentobase, mas as medidas não estiverem sendo implementadas e avaliadas, o PPRA, na verdade, não existirá. O PPRA é um programa de ação contínua, não é um documento. Já o documento-base gerado quando de sua elaboração e as ações que compõem o programa podem ser solicitados pelo Fiscal. Caso a empresa possua o documento-base e não existam evidencias de que esteja sendo praticado, o Fiscal entenderá que o programa não existe. Toda atividade laboral em que houver vínculo empregatício está obrigada a implementar o programa PPRA, tais como: indústrias; comércios; hotéis; condomínios; drogarias; supermercados; hospitais; clubes; escolas; fornecedores de serviços; transportadoras; etc. E aqueles que não cumprirem com as exigências estarão sujeitos a penalidades que variam de multas e ou mesmo interdições do estabelecimento. Fundamentos Legais: Os citados no texto e Ministério do Trabalho e Emprego. 444