Contabilidade e transparência dos mercados bolsistas Fernando Teixeira dos Santos Presidente do Conselho Directivo da CMVM IESC - 18/06/2002
Eficiência dos Mercados Reclama transparência da actuação de todos os seus intervenientes: Emitentes Auditores Agências de rating Intermediários rios Financeiros Supervisores Investidores
Emitentes Captadores de aforro junto do público p investidor em valores mobiliários; Contrapartida accountability Boas práticas de Governo das Sociedades; Transparência de actuação junto dos investidores; Prestação de informação contínua; nua; Prestação de informação periódica Relatórios e Contas.
Boas Práticas do Governo das Sociedades Independência na actuação dos órgãos de administração criação de valor para o accionista; Controlo interno eficaz papel dos administradores não executivos; Comité de Auditoria; Remuneração da administração; Interiorização ão,, na cultura da entidade, do conceito de actuação transparente quer em estado de espírito quer em aparência.
Prestação de Contas - Contabilidade Fundamental sistema de informação dos emitentes para todos os restantes intervenientes que necessita de ser: Tecnicamente evoluído e actualizado; Tempestivamente produzido; Eficaz na satisfação das necessidades dos investidores; Consistentemente aplicado; Seguramente auditado; Convenientemente supervisionado.
As Normas Internacionais de Contabilidade São as normas que reúnem maior consenso internacional capacidade de satisfação das necessidades de cross-border Aplicação directa a Portugal implica: Necessidade de aplicação uniforme às s contas individuais e às s contas consolidadas evitar risco de incorrecta aplicação e menores custos; Separação das normas de relato financeiros vs Normas fiscais maior flexibilidade e independência de fixação de políticas fiscais. Desafios na preparação e formação de todos os intervenientes.
O Papel do Auditor Credibilidade da sua actuação; Transparência das suas funções: dilema de conflito de interesses Nova Recomendação da União Europeia sobre Independência; Actuação assente em padrões internacionalmente harmonizados e que proporcionem uma segurança a aceitável; Adequado controlo de qualidade dos trabalhos de auditoria intervenção apropriada de entidades administrativas independentes como factor de confiança.
Intermediários rios Financeiros Transparência das suas funções: Respeito pelas regras de best execution e do know your customer Conflitos de interesses: Separação clara entre gestão de carteira própria pria e carteira de clientes Análise financeira: Coerência dos modelos de análise e explicitação clara dos pressupostos Utilização de informação financeira de qualidade Explicitação dos interesses
Resposta dos Reguladores a) Governo das Sociedades Implementação de normas sobre divulgação das recomendações sobre governo das sociedades; Divulgação do nível n de remunerações dos órgãos sociais e das transacções de acções emitidas pela sociedade efectuadas por estes; Regulamento da CMVM n.º 7/2001
b) Independência dos Auditores Maior atenção nos aspectos de independência dos auditores (análise de situações de conflito de interesses); Recomendação da Comissão Europeia sobre Independência; Divulgação dos Honorários rios e separação entre auditoria e consultoria com identificação das áreas objecto de consultoria Inquérito sobre os serviços prestados pelos Auditores às s sociedade cotadas em Portugal
c) Enforcement das Normas Contabilísticas Novas medidas de fiscalização do cumprimento das normas contabilísticas evidência dos ajustamentos no âmbito da derrogação das normas e naming and shaming ; Produção de duas listas de sociedades: 1 sem reservas nas contas; 2 com reservas às s contas
d) Transparência e participações accionistas Incremento da transparência das posições accionistas qualificadas Justificação do exercício cio de direito de voto efectuado pelas sociedades gestoras de FIM Revisão do artigo 16º e 17º do Código C dos Valores Mobiliários e revisão do Decreto Lei dos Fundos de Inv. Mobiliário (DL n.º 62/2002, de 20/3)
SÍNTESE Retoma da confiança a dos Investidores quanto à actuação de todos os intervenientes do mercado; Sem transparência não existe confiança a e sem esta não existem mercados eficientes. Sem a existência de informação atempada, fidedigna, completa, clara e objectiva não será possível garantir níveis n adequados de transparência A informação, e em particular a informação financeira, assume-se, se, assim, como condição de desenvolvimento dos mercados de valores mobiliários.