TÍTULO: AVALIAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL E AUTOESTIMA EM ADOLESCENTES ESCOLARES CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO AUTOR(ES): YNGRID CAMPANARO GOMES DE SOUZA ORIENTADOR(ES): GABRIELA SALIM XAVIER
RESUMO A imagem corporal pode ser definida como o conjunto de percepções, sentimentos, de um indivíduo sobre seu corpo, podendo influenciar, e ser influenciada pela forma como o indivíduo percebe o ambiente a sua volta. Problemas no desenvolvimento da imagem corporal podem ocorrer devido ao fato de os adolescentes não aceitarem algumas transformações que ocorrem nessa fase, e acabam fazendo uso de substâncias ou estabelecendo dietas restritas para alcançarem seus objetivos. A imagem corporal positiva é uma variável importante para a saúde física e mental. O presente estudo teve como objetivo avaliar a imagem corporal positiva e autoestima em adolescentes escolares brasileiros, com idade aproximada entre 10 e 13 anos. O trabalho foi realizado com 140 crianças de ambos os sexos, matriculados no 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, com 10 a 13 anos. Primeiramente foram aplicados questionários na escola, dentre eles: Escala de Autoestima de Rosenberg, Critério de Classificação Econômica Brasil e Escala de Apreciação do Corpo, para as crianças responderem, em seguida, foram avaliados o peso e altura dos indivíduos. Em relação ao estado nutricional, os sexos feminino e masculino apresentaram IMC médio próximos, sendo respectivamente iguais a 20,08 (3,83) kg/m² e 21,94 (3,92) kg/m². As médias das meninas e dos meninos em relação à Escala de Rosenberg, foram de 29,34 para meninas (5,15) e 29,75(5,06) para meninos. Na Escala de Apreciação do Corpo (BAS), as médias de ambos os sexos foram de 48,42 (10,57) para as meninas e 47,98 (9,88). Em relação às médias do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) a média foi de 46,67 (9,97) para o sexo feminino e 43,91 (8,76) para o sexo masculino. Conclui-se que os valores médios obtidos na presente amostra são semelhantes aos dados de outros estudos com populações adultas e adolescentes. 1-Introdução: A imagem corporal pode ser definida como o conjunto de percepções, sentimentos, de um indivíduo sobre seu corpo. Nos últimos 20 anos, pesquisadores estão aprofundando as investigações na área de imagem corporal na adolescência, pois a insatisfação com a imagem corporal tem início em idades mais jovens. Quando o individuo é muito preocupado com seu corpo, tende a subestimar ou superestimar seu tamanho e, mesmo apresentando Índice de Massa Corporal (IMC) dentro da normalidade, se percebe de forma negativa. A imagem corporal
positiva é uma variável importante para a saúde física e mental, deve-se inicialmente verificar sua frequência e variáveis a ela associadas nas populações. 2-Objetivo: Avaliar a imagem corporal positiva e autoestima em adolescentes escolares brasileiros, com idade aproximada entre dez e 13 anos. 3-Justificativa: Já que a imagem corporal positiva e a autoestima são variáveis importantes para a saúde física e mental, deve-se inicialmente verificar a frequência dessas variáveis, sobretudo em adolescentes, pois é um grupo de risco para o desenvolvimento de TA e comportamentos de risco a saúde e não há muitos estudos sobre imagem corporal positiva. 4-Metodologia: O trabalho foi realizado com 140 crianças de ambos os sexos, matriculados no 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, com 10 a 13 anos. 5-Desenvolvimento: Para o recrutamento dos participantes, os pais dos alunos receberam o convite para participação de seu(s) filho(s) na pesquisa, sendo que somente os pais que preencheram o TCLE autorizando a participação dos seus filhos que participaram do estudo. A coleta foi iniciada com os dados sócio demográficos dos pais das crianças, tais como idade, estado civil e escolaridade, seguidos da aplicação do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB). Foram aplicados questionários na escola, para as crianças responderem, em seguida, foram avaliados o peso e altura dos indivíduos. A classificação do estado nutricional foi realizada segunda a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2007), para a faixa etária de adolescentes: Magreza grave: < -3 desvio padrão, magreza: <-2 desvio padrão, eutrofia: < -2 DP a < + 1 desvio padrão, excesso de peso: > +1 desvio padrão, obesidade: > +2 desvio padrão 6-Resultado: O estudo teve participação de 140 adolescentes, sendo 78 do sexo feminino e 62 do sexo masculino. Em relação ao estado nutricional, os sexos feminino e masculino apresentaram IMC médio próximos, sendo respectivamente iguais a 20,08 (3,83) kg/m² e 21,94 (3,92) kg/m². Os resultados mostram que as médias das meninas e dos meninos em relação à Escala de Rosenberg parecem ser semelhantes, com valores de 29,34 para meninas (5,15) e 29,75(5,06) para meninos. Na Escala de
Apreciação do Corpo (BAS), as médias de ambos os sexos também parecem semelhantes, sendo 48,42 (10,57) para as meninas e 47,98 (9,88). Em relação às médias do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) a média foi de 46,67 (9,97) para o sexo feminino e 43,91 (8,76) para o sexo masculino, como mostra a tabela 1. Tabela 1- Média, Desvio Padrão (DP) e valores mínimos e máximos da Escala de Autoestima de Rosenberg, Escala de Apreciação do Corpo e Critério de Classificação Econômica Brasil de adolescentes do sexo feminino (N=78) e masculino (N=62), matriculados em escolas particulares do município de Ribeirão Preto. N Média DP Mínimo Máximo CCEB Meninas 78 46,67 9,97 23,00 71,00 Meninos 62 43,91 8,76 26,00 67,00 Rosenberg Meninas 78 29,34 5,15 15,00 40,00 Meninos 62 29,75 5,06 18,00 39,00 IMC Meninos 62 21,94 3,92 13,78 32,97 Meninas 78 20,08 3,83 11,65 30,87 BAS Meninas 78 48,42 10,57 23,00 65,00 Meninos 62 47,98 9,88 25,00 65,00 Fonte: Próprio Autor 7-Discussão e Conclusão: Parece não haver diferenças entre os sexos para as duas varáveis estudadas (imagem corporal positiva e autoestima). Referências: ALBANO, R.D.; SOUZA, S.B.; Estado nutricional de adolescentes: Risco de sobrepeso e sobrepeso em uma escola pública do Município de São Paulo. Caderno de Saúde Pública. São Paulo, v.17, n.4, p.941-947, jul/ago. 2001. CANPOLAT, B.I.; ORSEL, S.; AKDEMIR, A.; OZBAY,M.H. The relationship between dieting and body image, body ideal, self-percepetion, and body mass index in Turkish adolescents, EUA, Revista internacional de transtornos alimentares, Ancara, v. 37, n. 2, p. 150-155, mar, 2005. CONTI, M. A.; COSTA, L.S.; PERES, S.V.; TORAL, N. A insatisfação corporal de jovens: Um estudo exploratório. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n.2, p.509-528, 2009.