ANEXO II TERMO DE REFERÊNCIA TÉCNICA E FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS (PROJETOS BÁSICOS) TERMO DE REFERÊNCIA TÉCNICA



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Transcrição:

ANEXO II TERMO DE REFERÊNCIA TÉCNICA E FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS (PROJETOS BÁSICOS) TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS ESPECIALIZADAS PARA ELABORAÇÃO de ESTUDOS AMBIENTAIS, EM MODELO DE PROJETO BÁSICO (PB), BASEADO NO ANEXO III DA RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 387 DE 27.12.06, COM O OBJETIVO DE SOLICITAR O LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE PROJETOS DE ASSENTAMENTO DA JURISDIÇÃO DA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO SUL ESTADO DO PARÁ. TERMO DE REFERÊNCIA TÉCNICA 1. OBJETIVO O presente Termo de Referência tem por finalidade definir os aspectos técnicos a serem seguidos e observados na elaboração dos Estudos Ambientais, de acordo com o Anexo III da Resolução CONAMA 387/06, em Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária do INCRA, situados na área de abrangência do INCRA SR (27). 2. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Os procedimentos técnicos, administrativos e jurídicos para este Termo de Referência Técnica são fundamentados nos seguintes atos: Resolução CONAMA 387, de 27/12/2006; Lei no. 8.666, de 21 de junho de 1993 e alterações; Termo de Ajustamento de Conduta, INCRA SR-27/ SR-01/ SR-30 e SEMA, de 27/05/2008; Norma de Execução INCRA nº. 71/2008; 3. CONTEXTUALIZAÇÃO A grande demanda de licença ambiental para projetos de assentamento de reforma agrária implantados pelo INCRA no Estado do Pará, é sem dúvida um dos grandes entraves que esta Autarquia precisa superar nos próximos anos. A Superintendência Regional do Sul do Pará, SR-27, no interesse em regularizar a questão ambiental nos assentamentos do Sul e Sudeste do Estado, pretende promover os estudos ambientais exigidos para o licenciamento. 41

INCRA e a SEMA (Secretaria do Estado do Meio Ambiente) celebraram um Termo de Ajustamento de Conduta, de 27 de maio de 2008, referente à execução do licenciamento ambiental dos projetos de assentamento de reforma agrária localizados no Estado do Pará. Com vigência de 05 (cinco) anos, tem por objetivo ajustar a conduta do INCRA, efetivando o licenciamento ambiental dos projetos de assentamento enquanto instrumento de defesa, conservação e preservação do meio ambiente, observando o cumprimento das exigências legais referidas na Lei nº. 6.938/81, art. 10, na Resolução CONAMA nº. 387/06 e no Decreto Estadual nº. 857/04. A Resolução CONAMA nº. 387, de 27/12/06, é o atual instrumento regulamentador que estabelece procedimentos para o Licenciamento Ambiental de Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária. Os requisitos básicos para obtenção das Licenças Ambientais são os estudos quais sejam o Relatório de Viabilidade Ambiental - RVA (ou o Laudo Agronômico) para a Licença Prévia LP, e o Projeto Básico PB ou Plano de Desenvolvimento do Assentamento PDA. Já se tem adotado, quando da criação dos Projetos de Assentamento, o pedido de Licença Prévia junto ao órgão licenciador, utilizando-se como estudos ambientais os Laudos Agronômicos ou Relatórios de Viabilidade Ambiental R.V.A., elaborados por técnicos desta Superintendência. No entanto, os projetos já criados necessitam da expedição da Licença de Instalação e Operação LIO, que requer o Projeto Básico ou o Plano de Recuperação do Assentamento P.R.A. O Projeto Básico PB é definido como um conjunto de dados e informações apresentadas ao órgão ambiental licenciador para subsidiar a análise de viabilidade técnica da solicitação da LIO para implantação e desenvolvimento de Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária, sendo que as informações apresentadas deverão ter nível de precisão adequada para caracterizar as atividades a serem desenvolvidas a assegurar a viabilidade técnica e o tratamento pertinente dos impactos ambientais, devendo conter, no mínimo, o estabelecimento no Anexo III desta Resolução (inciso IV do Art. 2º). Assim sendo, é inquestionável a necessidade da obtenção das licenças ambientais dos projetos de assentamentos vinculados ao INCRA SR (27), sendo que, para isso, é exigido a realização dos devidos estudos ambientais. Nos casos dos projetos já implantados é imprescindível os Projetos Básicos PB ou os Planos de Recuperação de Assentamentos PRA. Este Termo de Referência Técnica vem estabelecer os parâmetros técnicos para a elaboração dos PB por empresas que sejam eventualmente sejam contratadas por esta Autarquia. 4. REQUISITOS (ITENS) QUE DEVEM CONSTAR NO PROJETO BÁSICO (PROPOSTA TÉCNICA) 4.1 - CONSTITUIÇÃO DA EQUIPE: O Projeto Básico de Assentamento deve ser elaborado por equipe multidisciplinar composta por profissionais cujo espectro de habilitações envolva os campos dos meios físico, biótico e socioeconômico, entre eles, ao menos um Engenheiro Agrônomo, além da participação efetiva do (s) representantes(s) da associação dos assentados, a serem beneficiados pelo projeto. A equipe multidisciplinar poderá fazer-se assessorar por especialistas de perfis ajustados a características peculiares da área de implantação e do grupo beneficiado. 42

A equipe deverá envolver a participação efetiva dos técnicos que prestam serviços de ATES (Assessoria Técnica Social e Ambiental, de acordo com a NE/INCRA nº. 71 de 12/05/2008). 4.2 - IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO: a) Denominação do assentamento; b) Data da Portaria de criação; c) Área total; d) Localização e acesso; e) Número de famílias assentadas; f) Área média por família; g) Entidade representativa dos Assentados (nome, CNPJ, endereço, telefax, etc.). 4.3 - DIAGNÓSTICO DAS ÁREAS DOS ASSENTAMENTOS 4.3.1 - Diagnóstico do Meio Natural: 4.3.1.1 Solos; Classificar as terras no Sistema de Classes de Capacidade de Uso (segundo classificação americana aprovada pela ABNT), com aferição em campo para cada assentamento. 4.3.1.2 Relevo; Levantamento planialtimétrico em escala compatível para determinação do melhor tipo de ocupação a ser realizado em cada parte do imóvel, bem como para a identificação das áreas de preservação permanente, locação das áreas de reserva legal e da estrutura viária. 4.3.1.3 Recursos Hídricos; Disponibilidade de águas superficiais (fazer constar no mapa básico os rios, córregos, barragens, lagos, etc.) e subterrânea, uso atual e potencial para exploração econômico, estado de conservação e principais problemas de degradação e respectivas causas. 4.3.1.4 Fauna; Realizar levantamento da fauna, com base em dados secundários e em levantamentos expeditos por meio de entrevistas, com destaque às espécies ameaçadas e às espécies sinatrópicas (que vivem próximas às habitações humanas), identificando possíveis conflitos entre a fauna e as atividades dos assentamentos, incluindo os criadouros de espécies nativas ou exóticos. 4.3.1.5 Uso do Solo e Cobertura Vegetal; a) Ressaltar em mapa os tipos de vegetação existentes, incluindo a situação atual da cobertura vegetal nativa; espécies vegetais predominantes, estados de conservação e principais problemas de degradação com respectivas causas. Ressaltar as espécies endêmicas e as protegidas por regras jurídicas. 43

b) Nesse mapa temático de uso atual da terra, serão identificadas: b.1) áreas de cultivo, anuais e perenes, de pastagens, florestais, etc.; b.2) áreas de vegetação autóctone, primária, secundária ou em fases inicial ou intermediária de regeneração, especificando a fitofisionomia; b.3) rede viária e elétrica existentes; b.4) recursos hídricos existentes; b.5) edificações e instalações; e b.6) florestas públicas, áreas de preservação permanente e de reserva legal, identificadas, quantificadas e classificadas conforme o seu estado (conservado, degradado, etc.); confrontar a realidade dessas áreas com as exigências da legislação ambiental. Relacionar os problemas de degradação das áreas de reserva legal e preservação permanente e apontar as causas do eventual descumprimento da legislação ambiental. 4.3.1.6 Estratificação Ambiental dos Agroecossistemas: Identificar, de acordo com os itens anteriores, as unidades agroambientais. (ou unidades da paisagem), de forma a sintetizar as relações solo/relevo/água/vegetação que as caracterizam, relacionando-as com seu potencial e sua limitação produtiva. 4.3.1.7 Clima e dados meteorológicos: 4.3.2 - Diagnóstico do meio sócio-econômico e cultural: 4.3.2.1 Histórico do Projeto de Assentamento. Descrever a trajetória de criação do assentamento, a origem dos assentados e a situação sócio-econômica, se estavam acampamentos, as regiões de onde vieram, como estavam organizados até serem assentados definitivamente. 4.3.2.2 População e Organização Social. Através de dados disponíveis, contatos com as lideranças comunitárias dos assentamentos e com técnicos do programa de ATES, obter e/ou descrever: a) O número de famílias, frente à capacidade dos assentamentos e estimar o tamanho da população, se possível por faixa etária, gênero, nível de escolaridade; b) As formas de organização dos assentados (movimentos sociais, associações, cooperativas, etc.) desde a efetivação dos PA s até o momento e identificar as possíveis causas de desmobilização. Observar também o nível de participação das mulheres e dos jovens; c) As principais atividades econômicas exercidas pelas famílias e como estas estão se mantendo, estimando e percentual de mão-de-obra com renda extra-assentamento (pensões, trabalhos fora dos assentamentos, etc.). 4.3.2.3 Infra-estrutura Física, Social e Econômica. 44

a) Identificar os equipamentos e instalações de uso comunitário tais como: escolas, centros comunitários, postos de saúde e edificações produtivas existentes (paióis, armazéns, agro-indústrias, etc.); b) Identificar os equipamentos existentes nos lotes familiares com implicações produtivas e socioambientais (fornos de carvão, pocilgas, serrarias, bodegas, etc.); c) Descrever as carências de infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento dos assentamentos (reformas, construções, financiamentos, convênios, parcerias, etc.); d) Avaliar a abrangência e a freqüência dos serviços de assessoria técnica social e ambiental do programa de ATES do INCRA, apontando as eventuais carências; 4.3.2.4 Sistema Produtivo. e) Analisar os sistemas produtivos e suas articulações internas e externas (no contexto local, regional, etc.), com visão ampliada da dinâmica e da lógica produtiva predominante; f) Descrever a base produtiva e de sustentação atual das famílias assentadas e as perspectivas futuras das famílias ao nível produtivo, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável. 4.3.2.5 Saúde. a) Diagnosticar o histórico de possíveis epidemias e/ou casos de doenças mais freqüentes, com base em dados disponíveis, avaliando, na medida do possível, suas causas (p.ex. água contaminada), de maneira a subsidiar futuras ações preventivas; b) Avaliar as condições físicas e sistêmicas de atendimento da população dos assentamentos, apontando a existência de postos de saúde e atendimento médico odontológico, de agentes de saúde e medicina popular, apontando as eventuais carências do contexto. 4.3.2.6 Educação. g) Averiguar e avaliar as condições físicas e sistêmicas de atendimento educacional da população dos assentamentos, incluindo programa de alfabetização de adultos, apontando as eventuais carências; h) Averiguar se há nas escolas locais e/ou nas comunidades abordagens e iniciativas relacionadas à educação ambiental. 4.3.2.7 Cultura: contexto cultural 4.4 - PROGRAMAS TEMÁTICOS: Os programas temáticos deverão ser elaborados buscando o desenvolvimento dos assentamentos, observando as condições socioambientais diagnosticadas e a participação dos assentados, de maneira a suprir deficiências e corrigir eventuais desvios nos âmbitos socioeconômico, ambiental e legal, dentro de uma percepção voltada para o desenvolvimento sustentável. 4.4.1 - Programa de Organização Territorial. 45

O programa de Organização Territorial deverá obedecerá à legislação agrária e ambiental, especificando: a) Perímetro e área total; b) Parcelas de exploração individuais e as áreas de exploração coletiva (agrícola, pecuária, florestal, etc.), especificando a área de cada parcela ou de exploração comunitária; c) As áreas urbanas (centro comunitário ou núcleos urbanos, quando forem previstos lotes urbanos para os assentados), especificando as áreas totais, cujas edificações e instalações serão dimensionadas em função das necessidades e de acordo com o número de famílias do projeto e do sistema de aldeamento; d) Reserva legal (existente ou projetada), especificando as áreas totais; e) Locação das áreas de preservação permanente, com respectivos tamanhos; f) Recursos hídricos (rede hidrográfica, barragens, cacimbas, açudes, poços artesianos, etc.); g) Estradas existentes, a recuperar e projetadas (alimentadoras e de penetração), bem como as estradas municipais, estaduais e federais, especificando a sua extensão total; h) Rede elétrica tronco, projetada ou existente; i) As áreas não aproveitáveis para exploração agrossilvopastoril, não classificadas em outras categorias (áreas de domínio de redes elétricas, passagens de oleodutos, etc.). 4.4.2 - Programa Produtivo: a) Especificar as atividades produtivas previstas no espaço temporal, identificando: o tipo de atividade, a base tecnológica, a infra-estrutura necessária, as metas produtivas e as medidas de controle ambiental necessárias. b) De acordo com o item anterior avaliar se os serviços de ATES suprem as necessidades de assessoria dos assentamentos, na perspectiva de atendimento das medidas corretivas previstas; c) Avaliar a necessidade de crédito (PRONAF e outros) bem como de infra-estrutura, para viabilizar a sustentabilidade produtiva e ambiental dos assentamentos; d) Prever possíveis alternativas, econômica e ambientalmente mais viáveis, com suas respectivas medidas de controle ambiental pertinentes, com base no diagnóstico realizado e na elaboração de planos de negócios para grupos de assentamentos de características mais similares entre eles, considerando o contexto socioeconômico municipal e regional; 4.4.3 - Programa Social: Apresentação do projeto integrado de saúde, educação, cultura, habitação, saneamento e convívio social. 4.4.4 - Programa Ambiental: a) O Programa Ambiental deverá estar integrado à lógica da organização territorial, com ênfase na sustentabilidade do plano produtivo, viabilidade da agricultura familiar, conservação e uso sustentável dos recursos naturais, proteção e preservação dos remanescentes florestais (incêndios florestais) e das áreas protegidas por lei, adoção de 46

medidas recuperadoras ou mitigadoras (quando for o caso), qualidade de vida e desenvolvimento de uma consciência ambiental mais global e consistente (educação ambiental), destinação final de resíduos sólidos e embalagens de agrotóxicos e destinação de esgotos. b) Serão definidas claramente as atividades com maior potencial de impacto, como a supressão de vegetação nativa, uso e outorga de água para irrigação, movimentação de solo, bem como apresentadas às medidas necessárias ao enfrentamento dos problemas ambientais diagnosticados, podendo ser ações de educação ambiental, investimentos em recuperação de áreas degradadas, formas sustentadas de manejo dos recursos e outras. 4.5 DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DO PROJETO. a) Diagnóstico ambiental; b) Descrição dos prováveis impactos ambientais e socioeconômico da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios para sua identificação, quantificação e interpretação; c) Caracterização da qualidade ambiental futura da área de influencia, considerando a interação dos diferentes fatores ambientais. 4.6 - MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS. a) Medidas mitigadoras e compensatórios, identificando os impactos que não possam ser evitados; b) Recomendação quanta a alternativa mais favorável; c) Programa de acompanhamento, monitoramento e controle ambiental; d) Projeto de recuperação de áreas degradadas (Reserva Legal e APP). 47

FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS (PROJETOS BÁSICOS). Além das formas de apresentação dos trabalhos constantes no Termo de Referência Técnica, os Projetos Básicos deverão ser entregues conforme as especificações técnicas estipuladas abaixo: 1 Quantidade de Cópias: Os Projetos Básicos deverão ser entregues em 03 (três) volumes de igual teor e forma, junto com seus anexos (Mapas Temáticos Coloridos) na forma impressa e na forma digital em CD ou DVD, constando à parte impressa e os anexos (Mapas Temáticos Coloridos); 2 Os Mapas Temáticos Coloridos Os Mapas Temáticos Coloridos com as respectivas escalas e georreferenciados devem vir no formato shapefiles, dxf ou dwg, preferencialmente em forma de shp. conforme exigência da SEMA-PA; A empresa deve se utilizar de imagens satélites atualizadas, com resolução adequada ao tipo de trabalho proposto, referentes ao ano de execução e elaboração dos Projetos Básicos dos Projetos de Assentamento correspondentes, de forma que as informações colhidas sejam as mais atuais e de grande precisão em sua interpretação. 4 Apresentação dos Projetos Básicos na Forma Impressa. 4.1 Tamanho do papel: Papel tamanho A4 5.2 Ítens da Capa a) Logomarca do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do INCRA e do Governo Federal. b) Logomarca da empresa que executou e elaborou os Projetos Básicos. c) Título do Trabalho: Projeto Básico em conformidade com o Anexo III da Resolução CONAMA nº. 387 de 27 de dezembro de 2063. Licença de Instalação e Operação do Projeto de Assentamento... Município de... Mês e data da elaboração do Projeto Básico. 5.3 Primeira Página: a) Nome do Projeto de Assentamento b) Referências ao contrato da licitação: nome do contratante e da contratada, validade do contrato e objeto do mesmo. c) Mês e data da elaboração do Projeto Básico. 5.4 Segunda Página: a) Quadro de referências bibliográficas do Projeto Básico para consultas, de acordo com as normas da ABNT. 48

5.5 Terceira Página: Nome do Superintendente Regional do INCRA SR (27) Raimundo Oliveira Filho Nome do Chefe da Divisão de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamentos do INCRA SR (27) José Victor Torres Alves Costa Nome do Assegurador Ambiental do INCRA SR (27) Jovenilson Araujo Corrêa Nome do Coordenador do Núcleo de ATES do INCRA SR (27) José Alves Rodrigues Filho 5.6 Quarta Página: a) Nome e endereço da empresa que elaborou os Projetos Básicos. b) Nome e qualificação da Diretoria da empresa que elaborou os Projetos Básicos. c) Nome da Equipe Técnica que participou da execução e elaboração do Projeto Básico, com as respectivas qualificações profissionais. d) Nome e qualificação profissional dos servidores do INCRA SR (27) que participaram dos trabalhos. e) Nome e qualificação técnica dos técnicos que prestam serviços de ATES no Projeto de Assentamento e que participaram dos trabalhos. f) Nome do Presidente da Associação ou da organização do Projeto de Assentamento que participaram dos trabalhos. Observação: Se for necessário, este conteúdo poderá vir em mais de uma página. 5.7 Quinta Página: Apresentação: Fazer um relato sobre os objetivos do contrato, sobre o conteúdo do Projeto Básico e outras informações pertinentes, com data no final e nome do diretor da empresa contratada. 6 TÓPICOS PARA APRESENTAÇÃO DO CORPO DOS PROJETOS BÁSICOS. 1 - INTRODUÇÃO Básico. Fazer um relato do histórico do Projeto de Assentamento objeto de execução e elaboração do Projeto 2- METODOLOGIA DE TRABALHO Descrever a metodologia científica de trabalho utilizada na execução e elaboração do Projeto Básico. 3 - CONSTITUIÇÃO DA EQUIPE 49

4- IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO 5 - DIAGNÓSTICO DA ÁREA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO 5.1 - Diagnóstico do Meio Natural 5. 1.1 Caracterização do relevo 5.1.2 Caracterização dos tipos de solos 5.1.3 Recursos Hídricos 5.1.4 Fauna 5.1.5 Uso atual do Solo e Cobertura Vegetal 5.1.6 Estratificação Ambiental dos Agroecossistemas 5.2 - Diagnóstico do Meio Sócio-Econômico e Cultural 5.2.1 Histórico dos Assentamentos 5.2.2 População e Organização Social 5.2.3 Infra-estrutura Física, Social e Econômica 5.2.4 Sistema Produtivo 5.2.5 Saúde 5.2.6 Educação 6 - PROGRAMAS TEMÁTICOS 6.1 - Programa de Reorganização Territorial 6.2 - Programa de Sustentabilidade Produtiva 6.3 - Programa Social 6.4 - Programa Ambiental 7 - PROGNÓSTICO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DO PROJETO. 8 - MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS. 9 PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (RESERVA LEGAL E APP) 10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 10 BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS 11 - ANEXOS 50