ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS II

Documentos relacionados
ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS I

ANÁLISE FINANCEIRA DA EMPRESA CHOCOLATES GAROTO S/A

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Análise econômico- financeira da empresa Videolar

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO BAIXO TOCANTINS

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS II

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULADADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Universidade Federal do Pará. Disciplina: Análise dos Demonstrativos Contábeis I ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA EMPRESA FOSFERTIL S/A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE FINANCEIRA DA EMPRESA GRÁFICA E EDITORA FERNANDES LTDA.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. INSTITUTO DE CIÊNCIAIS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Kelly Cristina dos Anjos Monteiro

ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS II

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Carla Almeida Neves de Oliveira Luiz Alberto dos Santos Medeiros

Análise Econômico-Financeira

RESPOSTAS CTB03MA - 1 NPC

VIVIANY VALENTE FONSECA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS I

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PROFESSOR: HEBER LAVOR MOREIRA ANÁLISE DE BALANÇO

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 9- Unidade II - A análise tradicional das demonstrações contábeis. Prof.

Análise Vertical Cia Foot S/A

DIAGNÓSTICO DE GESTÃO

Sumário. Capítulo 1. Demonstrações Contábeis...1

LIQUIDEZ. O ESTADO DE SOLVÊNCIA DAS EMPRESAS

Analise Contábil I. Analise Econômico-Financeira da Empresa Makro

GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO. Envolve a administração dos elementos de giro da empresa.

ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS II

CQH. 2ª Reunião do Grupo de Indicadores Financeiros Hospitalares

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS KARINA HELENA DE ASSIS RABELO ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SOCIOECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE. Disciplina: Análise dos Demonstrativos Contábeis II

GUIA DE EXERCÍCIOS. Análises e Índices de Empresas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

UM ESTUDO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS QUOCIENTES DE LIQUIDEZ PARA AS EMPRESAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Organização da Aula. Análise de Investimentos e Financiamentos. Aula 5. Contextualização. Análise de Investimentos

ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS I

Prof. Ronaldo Frederico

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA VALE S/A NOS ANOS DE 2009 E 2010.

Prof. Eduardo Alexandre Mendes UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO ADELSON PACHECO MODESTO LUIZA ARAÚJO LOUREIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS LUCIANE DOS REMÉDIOS PANTOJA

ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA Companhia Buettner S/A Indústria e Comércio

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA COPESUL EMPRESA PETROQUÍMICA DO SUL

MA NUA L OPERA CIONA L AUTOR DATA PÁGINA. Carine Husein Lena 23/02/2017 1/13 ÍNDICES PEG

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS FELIPE RABELO DE AGUIAR GISELLE DAMASCENO DA SILVA

ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ALBRAS-ALUMINIO BRASILEIRO SA

UFPA. Prof : Aluna : Tatiane Nascimento de Carvalho : Héber Lavor Moreira

Análise das Demonstrações Contábeis Aplicações Práticas

Análise de Demonstrativos Contábeis II Análise Econômico Financeira Ouro Branco S/A

Demonstrações Contábeis

VIVIANY VALENTE FONSECA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS II

Diagnóstico de Gestão

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MARGARETH AMANDA MATOS VIANA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ALUNO: JULIANA PINHEIRO DE MATOS

LES 0800 ORÇAMENTO EMPRESARIAL. SEMINÁRIO 1: Análise Econômica. Fernanda Trombim, Gabriel Ramos Gomes, Isabella Fray

Unidade II ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES. Profa. Rachel Brandão

ELDELENA FERREIRA MACEDO-MATR. ( ) GEISA LÚCIA VASCONCELOS-MATR. ( ) ADC II

ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS DA EMPRESA GLOBEX UTILIDADES S.A

Resumo Aula-tema 05: Gestão Contábil

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. Faculdade de Ciências Contábeis

ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS II

FUNDAMENTOS DE CAPITAL DE GIRO. João Victor

ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS DA ITAUTEC S/A

A UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DE LIQUIDEZ COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE FINANCEIRA

ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 2

Fundamentos da Gestão do Capital de Giro. Paulo Diogo Remo Willame

Alfredo Preto Neto Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos

EMPRESA MODELO S.A. A N Á L I S E F I N A N C E I R A. Analista Adm. Luiz Carlos de Araújo CRA 5671 / ES

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1

ÍNDICES DE LIQUIDEZ MÚLTIPLA ESCOLHA

Mineração Rio do Norte MRN

UTILIZAÇÃO DE INDICADORES FINANCEIROS NA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS QUE SERVEM DE SUPORTE À TOMADA DE DECISÕES 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

Análise de Demonstrativos Contábeis CITROPAR - Cítricos do Pará S/A. Elisangela Freitas Cardoso

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS II PROFESSOR: HÉBER LAVOR

Diagnóstico de Gestão

ANÁLISE DAS DEMONTRAÇÕES CONTÁBEIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS GEYSILENE ARAÚJO RODRIGUES

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO SUL Autarquia Federal Lei n 5.905/73 RELATÓRIO PRESTAÇÃO DE CONTAS DO 1º SEMESTRE/2016

Capítulo 12. Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais. Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111

1.1.3 Indicadores Financeiros

Análise das Demonstrações Contábeis Best Expressão Social e Editora Ltda.

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO

GST0071- Administração Financeira

Os índices de Liquidez como orientadores na tomada de decisões.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO ECONÔMICO CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Stanley Jordão Bastos Sylvia Andreza de Souza Cerqueira

Análise Econômico-Financeira UNIVESIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO SÓCIO ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO GABRIEL MODESTO ALMEIDA PRISCILA PEREIRA DOS SANTOS

Análise dos indicadores econômicos e financeiros de um projeto de investimento

TÍTULO: ANÁLISE DA EFICIÊNCIA FINANCEIRA POR MEIO DE ÍNDICES E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ UFPA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MICHELE OLIVEIRA DAMASCENO TIZA CARDOSO PINHEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOC. APLICADAS CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: ANÁLISE DOS DEMONS.

DEMONSTRAÇÃO S/A Análise Econômico-Financeira do Balanço 2016 / 2017

ANALISE DAS DEMONSGTRAÇÕES CONTÁBEIS

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO BAIXO TOCANTINS ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS II ANTONIO EDSON ALVES DA SILVA Matrícula: 05155003202 IVANILZA BARBOSA PANTOJA Matrícula: 05155000902 Abaetetuba-Pará 2009

Tema: Análise Econômico Financeira Conteúdo RESUMO... 3 INTRODUÇÃO:... 4 QUOCIENTE DE LIQUIDEZ... 5 QUOCIENTE DE ENDIVIDAMENTO... 6 QUOCIENTE DE ATIVIDADE... 7 RENTABILIDADE... 9 FATOR DE INSOLVÊNCIA E TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA... 10 OVERTRADING... 10 EBITDA... 11 PONTOS POSITIVOS IDENTIFICADOS... 12 PONTOS NEGATIVOS IDENTIFICADOS... 12 SUGESTÕES... 12

RESUMO A partir das demonstrações contábeis (balanço patrimonial e DRE) dos anos de 2007 e 2008, faremos uma análise da empresa Y.YAMADA, abordando através dos indicadores de liquidez, endividamento, atividade, rentabilidade, termômetro de solvência, estudo de overtrading, buscaremos verificar a atual situação em que a empresa se encontra, bem como sugerir soluções para os problemas identificados.

INTRODUÇÃO: A empresa Y. YAMADA S/A COMÉRCIO E INDÚSTRIA têm sua matriz na cidade de Belém PA. Atuam no ramo do comércio de eletrodomésticos, móveis, calçados, gêneros alimentícios e etc. São grandes lojas, divididos em vários departamentos. As lojas Y. YAMADA tem política de facilidade de crédito para os clientes, trabalhando com cartão de crédito próprio, que permite fazer compras nas lojas do grupo, bem como também, em lojas conveniadas. Possui uma ampla clientela de todas as classes de aproximadamente mais de um milhão de clientes que tem cartão YAMADA - O Cartão da Gente Boa - logomarca do cartão. Convém ressaltar, que as lojas YAMADA, são uma das maiores redes de lojas do norte do país e nos últimos anos vem instalando várias lojas nas principais cidades do Estado Pará, mantendo o mesmo padrão.

QUOCIENTE DE LIQUIDEZ São indicadores que verificam e medem a capacidade de pagamento da empresa (honrar com suas obrigações). Quociente de Liquidez Comum QLC = AC/PC Este indicador demonstrar a capacidade da empresa de honrar com seus compromissos de curto prazo. No ano de 2007, a empresa mostra-se capaz de honrar com total de suas obrigações de curto prazo, uma vez, que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa dispõe de R$ 1,01. No ano de 2008, a empresa permaneceu com mesmo valor (R$ 1,01) para saldar com suas dívidas. O ideal é que o valor do QLC seja maior que 1. Quociente de Liquidez Seca QLS = AC Est/PC Quando se divide o valor do ativo circulante, com exclusão do estoque pelo passivo circulante, resulta numa liquidez seca de R$ 0,27 (2007) e R$ 0,34 (2008). Embora tenha ocorrido acréscimo de 2007 para 2008 de R$ 0,07, porém ainda é insuficiente para honrar com as obrigações, ou seja, no ano de 2008, para cada R$ 1,00 de dívida, a empresa possui apenas R$ 0,34 Em 2007, esse valor era ainda menor R$ 0,27. Isso demonstra a dependência da empresa para com o estoque. Quociente de Liquidez Imediata QLI = Disponibilidade/PC Indica o valor que a empresa possui de imediato (caixa, bancos e aplicações financeiras de rápido resgate), para pagar as obrigações. Nos de 2007 e 2008, a empresa mostra-se incapaz de honrar com seus compromissos, uma vez que, apresenta QLI de R$ 0,05 ( 2007) e R$ 0,04 (2008), ou seja, a empresa dispõe de baixa disponibilidade, tornando dependente de outras contas do ativo circulante, principalmente da conta Estoques e Clientes a Receber.

Quociente de Liquidez Geral QLG = AC + Real. L. P./ PC + Exg. L. P. Este índice revela quanto à empresa possui em valores disponíveis e a receber em todos os prazos (curto e longo) para pagar todas as obrigações (curto e longo prazo). O ideal é que a empresa apresente resultado maior que R$ 1,00 No ano de 2007, a empresa apresentou QLG de R$ 0,98 e em 2008, R$ 0,97, ou seja, a empresa YAMADA não detém recursos suficientes para honrar com suas dívidas. Em outras palavras, em 2007 para cada R$ 1,00 de divida só possui R$ 0,98, restando um saldo em aberto R$ 0,02. Em 2008, esse saldo em aberto aumentou para R$ 0,03. Assim como ocorreu no QLI, no ano de 2008 o QLG diminuiu R$ 0,01, comparando-se com o ano anterior. QUOCIENTE DE ENDIVIDAMENTO alheio) Mostra como está organizado e estruturado o capital da empresa (próprio e Quociente das Participações das dívidas de Curto Prazo Sobre o Endividamento QPD/End. Total = PC/ PC + Exig. L/P Este coeficiente indica quanto do total das obrigações vencem a curto prazo (Passivo Circulante). Portanto em 2007, para cada R$ 100,00 de dívida, R$ 93,00 tem que ser pagas a curto prazo. No ano de 2008, houve diminuição desse valor para R$ 91,00, isso se deve principalmente pelo aumento do ativo circulante em detrimento do crescimento da conta clientes a receber e diminuição de outras contas a pagar (passivo circulante). Totais Quociente de Participação de Capitais de Terceiros Sobre os Recursos QPC = QPC3º/RT

Esse índice demonstra quanto por cento do capital total (próprio + terceiros) é patrocinado por capital de terceiros. Dessa forma, em 2007 e 2008, o QPC permaneceu constante em 92%, ou seja, nos dois anos consecutivos, para cada R$ 100,00 de capital apenas R$ 8,00 correspondia à capital próprio e a outra grande parte pertencia a capital de terceiros (R$ 92,00), ficando nítido o predomínio de capital de terceiro sobre o capital próprio e a dependência do capital próprio para com o de terceiros. Garantia de Capital de Terceiros GC3º = PL/PC+Exig. L/P Nos anos de 2007 e 2008, o GC3º permaneceu constante em 9%, mostrando que o PL da empresa R$ 40.164.555,94 (2007) e 44.337.957,68 (2008), não tem capacidade de manter a integridade do montante de capital de terceiros, ou seja, nos dois anos analisados o patrimônio líquido só resguarda 9% da dívida. Portanto o total das obrigações é superior ao PL, não sendo capaz de resguardar o capital alheio. QUOCIENTE DE ATIVIDADE Rotatividade de Estoque RE = CPV/EM Representa o número de vezes que o estoque se renovou no exercício. Este giro se dá no momento que ocorre a venda. Dessa forma, quanto maior a rotação, melhor, pois o capital é refeito em decorrência da venda. A empresa YAMADA, no ano de 2007, renovou o estoque 2,04 vezes, ou seja, a cada 6 meses ou 176 dias o estoque era renovado. Em 2008, a renovação do estoque aumentou para 2,32, ou seja, cada 5 meses ou 155 dias, o estoque da empresa se refaz.

É necessária a diminuição do estoque principalmente no que refere a tecnologia, para não correr o risco de cair no obsoleto, haja vista a rápida renovação (atualização) tecnológica. Margem M = LL/VL Demonstra a margem de lucro auferida por cada unidade de produto vendida. Na empresa analisada, a margem permaneceu constante em 1%. Essa margem é um valor muito baixo, é necessário rever o custo da mercadoria e preço de venda. Rotação de Ativo RA = VL/AM Indica a quantidade de vezes que ativo se renova em função das vendas. Quanto maior a rotação, melhor. Na empresa analisada, observamos que no ano de 2007 a rotação foi de 1,61 ao ano ou aproximadamente a cada 222 dias. Já no ano de 2008, houve acréscimo nesse índice para 1,73 ao ano, ou seja, a cada 7 meses ocorrem à rotação do ativo. Prazo Médio de recebimento Compreende o tempo entre o ato da realização da venda até o momento do recebimento dessa venda, ou seja, mostra qual período em média que a empresa aguarda para receber o resultado de suas vendas. Dessa forma, a empresa no ano de 2007, demorou 31 dias para receber o fruto de suas vendas, em 2008 esse prazo foi prolongado para 40 dias, ou seja, houve uma variação de 9 dias, não favorável para empresa, pois o ideal é que tempo de recebimento fosse mais rápido. Prazo Médio de Pagamento

Este prazo compreende o tempo entre o ato da realização das compras até a data da efetivação do pagamento das referidas compras. Em outras palavras, indica quanto tempo, em média a empresa possui para pagar suas dividas. Na empresa YAMADA, o PMP em 2007 foi de 144 dias e decresceu para 127 dias. No último ano, o resultado do PMP foi inversamente proporcional ao PMR. Uma situação que requer certos cuidados, pois o prazo de pagamento diminuiu em contrapartida o prazo de recebimento alongou. Podemos observar que, embora tenha ocorrido o fato anteriormente mencionado, a empresa possui bom prazo de recebimento e longo prazo de pagamento, portanto prazos favoráveis para a empresa que tem mais dias para honrar com seus compromissos. A empresa primeiramente recebe e somente depois ocorrem os pagamentos. RENTABILIDADE A rentabilidade da empresa YAMADA permaneceu em 1% nos dois últimos exercícios. Isso ocorreu em decorrência da margem ter permanecido constante e a rotação teve um pequeno aumento. Logo deve-se fazer uma política voltada ao preço de venda para detectar o ocorrido. Taxa de Retorno Em uma empresa o ideal seria que: a taxa de retorno total fosse igual ou maior que a taxa de retorno de terceiros, ou seja, o capital próprio tem ser melhor remunerado, fato que não ocorreu na empresa Y.YAMADA como veremos a seguir: Taxa de Retorno Total 2007: 2% 2008: 2% Taxa de Retorno de Terceiros 2007: 53%

2008: 32% Taxa de Retorno Próprio 2007: 18% 2008: 16% Apesar de a empresa ter diminuído a remuneração do capital de terceiros (de 53% para 32%) a empresa YAMADA ainda remunera melhor o capital de terceiros do que seu capital. FATOR DE INSOLVÊNCIA E TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA Indica-nos a possibilidade de falência ou não da empresa. Segundo termômetro de Kanitz. Se após aplicação da fórmula o resultado for abaixo de -3, indica que a empresa encontra-se em situação ruim, com sérias possibilidades de falência. Se for entre -3 a 0, a situação da empresa requer certos cuidados com tendência para falência, mas se caso o resultado for positivo, mostra-nos que empresa possui solvência, quanto maior o resultado menor será a possibilidade de falência. 2007 2008 FI X1 + X2 +X3 X4 X5-2,17-1,90 Podemos observar que no ano de 2007, a empresa apresentou um fator negativo, estando dentro de margem de risco. Embora tenha ocorrido crescimento no ano de 2008 (-1,90), a empresa permanece em uma situação não confortável, necessitando de certos cuidados para que o fator alcance situação positiva. OVERTRADING A empresa YAMADA, como já anunciado anteriormente, apresenta baixo índice de liquidez e problemas de insolvência. Alguns fatores de desequilíbrio econômico-financeiro (overtrading) justificam as causas dessa situação:

Mais de 90% do capital total da empresa pertencem a terceiros, o que mostra que a mesma encontra-se extremamente endividada, tendo como conseqüência a redução da autonomia da empresa. A empresa não possui capital de giro próprio, ou seja, a empresa está sendo financiada por capitais de terceiros. A margem de lucro além de ser baixa, decresceu de 0,71 para 0,67, isso pode está sendo acarretado pelos altos custos dos produtos e a baixa receptividade do produto no mercado. Outro ponto relevante é o elevado índice do estoque, correspondendo 73,16% (2007) e 66,03% (2008) do ativo circulante, ou seja, não está tendo boa aceitabilidade (saída) dos produtos, ocasionando a diminuição do capital de giro e empatando o capital. Convém salientar que a parcela dos estoques que ainda falta pagar aos fornecedores, corresponde a 82,33% (2008), evidenciando mais uma vez que a empresa está sendo financiada por capitais alheios, pois o ideal é que esse valor não ultrapassasse 75 %. Houve um crescimento nas contas a receber de l9,54% (2007) para 29,53% (2008), ou seja, a empresa está vendendo mais a prazo, enquanto na realidade o ideal seria que vendesse mais a vista. Sendo, que quando há incompatibilidade entre o prazo de recebimento e pagamento, poderá comprometer o pagamento das obrigações. Outro fato observado é que o volume do endividamento (R$ 29.251.828,21) cresce desproporcionalmente ao volume de vendas (R$ 23.202.852,98), ou seja, a empresa está comprando mercadorias além do que vende, conseqüentemente a receita auferida não será suficiente para saldar compromissos integralmente. EBITDA Representa a capacidade da empresa em gerar caixa, ou seja, mostra as movimentações operacionais da empresa (negócios). Quanto maior o valor do ebtida melhor. A empresa apresenta elevado volume operacional. No ano de 2007, o valor do ebitda foi de R$ 9.861.446,35. Em 2008, houve um crescimento de 63% (16.137.051,70), o que corresponde a 2% das receitas com vendas.

PONTOS POSITIVOS IDENTIFICADOS Elevado volume de vendas. Uma grande clientela. Apresenta bom QRP, ou seja, existe boa margem entre o prazo de recebimentos de receitas e prazo de pagamento das dívidas PONTOS NEGATIVOS IDENTIFICADOS Baixa rotatividade do estoque. Dependência do capital de terceiros, esta sendo financiada por capital alheio. Baixo índice de lucratividade (margem). Elevado índice de endividamento. Capacidade insuficiente de liquidez. SUGESTÕES Verificar a formação dos custos, bem como otimizá-los, ou seja, rever os altos custos dos produtos, como também a baixa margem de lucratividade. Incrementar estratégias de vendas, através do marketing, para diminuir o estoque e alavancar as vendas. Sustar com novos endividamentos e tentar sanar os compromissos já efetivados.