DIRETRIZES PARA O MANEJO DA DOR EM UROLOGIA



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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Transcrição:

DIRETRIZES PR O MNEJO D DOR EM UROLOGI (Texto atualizado em bril de 2010) P. ader (presidente), D. Echtle, V. Fonteyne, K. Livadas, G. De Meerleer,. Paez orda, E.G. Papaioannou, J.H. Vranken Princípios gerais do manejo da dor em câncer estratégia terapêutica depende de 4 objetivos: 1. Prolongar a sobrevida 2. Otimizar o conforto 3. Otimizar a função 4. liviar a dor. Tabela 1: Hierarquia dos princípios gerais do manejo da dor neoplásica 1. Tratamento individualizado para cada paciente. 2. O tratamento da causa da dor tem preferência em relação ao tratamento do sintoma. 3. terapia local tem preferência em relação à sistêmica. 4. Terapia sistêmica com invasividade crescente: escala da World Health Organization (WHO). 5. Conformidade com diretrizes de tratamento paliativo. 6. conselhamento psicológico e fisioterápico desde o início do tratamento. Manejo da Dor em Urologia 311 7

Farmacoterapia analgésica sistêmica: escala analgésica farmacoterapia analgésica é a pedra angular no manejo da dor oncológica. Embora o uso concomitante de outras formas terapêuticas seja proveitoso em alguns pacientes e essencial em outros, drogas analgésicas são necessárias em quase todos os casos. nalgésicos podem ser divididos em três grupos: nalgésicos não opioides; nalgésicos opioides; nalgésicos adjuvantes. nalgésicos adjuvantes são drogas com outras indicações primárias, mas que podem ser efetivas no alívio da dor em circunstâncias específicas. Existem três grupos: corticosteroides; neurolépticos; benzodiazepínicos. WHO propõe uma abordagem na seleção da droga para tratamento da dor oncológica conhecida como escala analgésica. Quando combinada com parâmetros de dosagem adequada, esta abordagem é efetiva em aliviar adequadamente a dor em 70-90% dos pacientes. (Figura 1) (LE: 1a). 312 8 Manejo da Dor em Urologia

Figura 1: escala analgésica da World Health Organization Passo 1 Não opioides + adjuvantes Passo 2 Não opioides + Opioides fracos + adjuvantes Passo 3 Não opioides + opioides fortes + adjuvantes Tabela 2: Tratamento da dor neuropática Droga mitriptilina (nortriptilina) Dose Frequência (máxima) 25-75 mg 1 X ao dia Gabapentina 600-1200 mg 3 X ao dia Pregabalina 75-300 mg 2 X ao dia Tramadol 50-100 mg 4 X ao dia Manejo da Dor em Urologia 3139

Recomendações mitriptilina e nortriptilina são a primeira linha de tratamento para dor neuropática. Nortriptilina tem menos efeitos colaterais. ntidepressivos tricíclicos (TC) devem ser usados cuidadosamente em pacientes com história de doença cardiovascular, glaucoma e retenção urinária Gabapentina e pregabalina são primeira linha de tratamento para dor neuropática, especialmente se TCs são contraindicados GR = Grau de recomendação. GR Manejo da dor em neoplasias urológicas Tabela 3: Quimioterapia baseada em Docetaxel versus mitoxantrona em câncer de próstata Resposta Terapia Resposta Frequência agente adicional Dor (%) QoL (%) Docetaxel Prednisona cada 3 35 22 semanas Docetaxel Prednisona semanas 31 23 Mitoxantrona Prednisona a cada 3 semanas 22 13 Recomendação: Tratamento Oncológico Hormonioterapia (orchiectomia, LHRH análogos, dietilestilbestrol ou equivalente) NE GR 1a 314 Manejo da Dor em Urologia 10 Manejo da Dor em Urologia

loqueio androgênico total: prevenção do flare, segunda linha 2b Supressão androgênica intermitente: experimental 3 Monoterapia antiandrogênica: atualmente não recomendada 1b Tratamento de primeira linha controla a doença por 12-18 meses; segunda linha individualizado Cuidados de suporte 1b Glicocorticóides em baixa dose 1b Quimioterapia Mitoxantrona mais prednisolona Ib Estramustina + vinblastina ou etoposide ou paclitaxel 2b Docetaxel Ib biraterone Ib Cabazitaxel Ib Manejo da dor valiação da dor (localização, tipo, severidade, comprometimento geral) Dor causada por metastases ósseas estáveis (lesões únicas) Radioterapia externa Ib Manejo da Dor em Urologia 315 11

Dor causada por metastases ósseas (disseminadas) Hormonioterapia primária Ib Radioisótopos (strontium-89 ou samarium-153) 2 isfosfonados Ib Manejo da dor sistêmica Escala analgésica da Organização Mundial da Saúde 1: INEs ou paracetamol 1a Titulação de dose 2 cesso a drogas mais potentes 1b ntidepressivos tricíclicos e/ou anticonvulsivantes em caso de dor neuropática INEs = nti-inflamatórios não esteroides. 1a Radioterapia externa Radioterapia externa é um excelente tratamento paliativo para metástases ósseas sintomáticas, resultando em alívio completo ou parcial da dor em 20-50% e em 50-80% dos pacientes, respectivamente. Compressão medular metastática é uma complicação grave, necessitando tratamento urgente. Descompressão cirúrgica é superior à radioterapia isoladamente. Radioterapia primária está indicada em pacientes que não são candidatos à cirurgia. 316 Manejo da Dor em Urologia 12 Manejo da Dor em Urologia

Para fraturas patológicas iminentes, um procedimento cirúrgico ortopédico deve ser considerado. Tabela 4: Critérios de seleção de pacientes para terapia primária para compressão medular Critérios absolutos Cirurgia Radioterapia Operabilidade Duração da paraplegia Clinicamente operáveis Expectativa de vida > 3 meses Radiosensibilidade Critérios relativos Clinicamente inoperáveis < 48 horas > 48 horas < 3 meses ltamente radiosensíveis Diagnóstico do tumor primário Fragmentos ósseos com compressão Desconhecido Presente Conhecido usente Número de sítios de compressão 1 sítio > 1 sítio Radioisótopos Os mais importantes radiofármacos são: 89Sr (strontium-89); 153Sm (samarium-153) e, em menor escala, 186Re (renium-186). Manejo da Dor em Urologia 317 13

Não existe uma diferença clara na resposta ao tratamento entre 89Sr, 153Sm and 186Re. Entretanto, existe uma diferença no início da resposta, na duração desta e toxicidade. Para 153Sm e 186Re, o início da resposta é rápido, porém a duração é mais curta do que para o 89Sr. 89Sr e 153Sm são indicados para o tratamento de dor óssea, resultante de metástases envolvendo mais de um sítio e associadas com resposta osteoblástica na cintilografia óssea, mas sem compressão medular (LE: 2, GR: ). No geral, o índice de resposta é de 60-80%. Entretanto, a redução da dor dificilmente ocorre na primeira semana, e pode ocorrer até 1 mês após a injeção. nalgésicos devem continuar a ser prescritos até o alívio da dor. Se a dor responde ao tratamento inicial, a administração de 153Sm pode ser repetida em intervalos de 8-12 semanas, na presença de dor recorrente (LE: 2, GR: ). Radiofármacos não devem ser administrados se a filtração glomerular for < 30 ml/min e em pacientes gestantes ou que estão amamentando. Devido à mielosupressão, uma contagem de leucócitos > 3500/μL e uma contagem de plaquetas > 100,000/μL é desejável. Manejo da dor pós-operatória Recomendações dor pós-operatória deve ser tratada adequadamente para evitar complicações e o desenvolvimento de dor crônica. GR 318 14 Manejo da Dor em Urologia

valiação pré-operatória e preparação do paciente resultam em um manejo mais efetivo da dor. dequada avaliação da dor pós-operatória pode levar a um controle mais eficaz da dor e a menores complicações Tratamento da dor durante a LECO Tabela 5: Drogas usadas na analgesia durante Litotripsia extracorpórea (LECO) Droga lfentanil Fentanil (ou sufentanil ou remifentanil) Dosagem 0.5-1.0 mg/70 kg Via de administração Intravenosa Frequência (máxima) Se necessário 1 μg/kg Intravenosa Se necessário (risco de depressão respiratória) Recomendações nalgésicos devem ser dados sob demanda durante e após a LECO, pois nem todos os pacientes necessitam. Pré-medicação com INEs ou midazolam podem diminuir a necessidade de opioides durante a LECO. Opioides EV e sedação podem ser combinados durante a LECO. dosagem é limitada pela possibilidade de depressão respiratória. GR C Manejo da Dor em Urologia 319 15

nalgésicos com efeito espasmolítico são preferíveis para uso pós-leco. C LECO =Litotripsia extra-corpórea; INEs= nti-inflamatórios não esteróides. Tratamento da dor após diferentes cirurgias urológicas Tabela 6: Opções de drogas analgésicas para uso após procedimentos transuretrais Droga Dosagem (mg) Via de administração Frequencia (máxima) 50 Oral 3 x ao dia Diclofenaco 100 Retal cada 16 horas Dipirona 500-1000 Oral ou EV 4 x ao dia Paracetamol 500-1000 Oral ou EV 4 x ao dia Tramadol 50-100 Oral, IM, SC ou EV 4 x ao dia Piritramida 15 EV ou SC 4 x ao dia 25-100 Oral, IM, SC 4 a 6 x ao Petidina dia EV = endovenoso; IM = intramuscular; SC = subcutâneo. Recomendações nalgésicos pós-operatórios com efeito espasmolítico ou opioides leves são preferíveis. GR C 320 Manejo da Dor em Urologia 16 Manejo da Dor em Urologia

Drogas antimuscarínicas podem ser efetivas na redução do desconforto resultante da sonda vesical. Drogas antimuscarínicas podem reduzir a necessidade do uso de opioides. Tabela 7: Opções de drogas analgésicas após cirurgia laparoscópica, cirurgias do escroto, pênis e região inguinal ou cirurgia urológica vaginal Via de Frequência Droga Dosagem administração (máxima) (mg) Dipirona 500-1000 Oral ou EV 4 x ao dia Paracetamol 500-1000 Oral ou EV 4 x ao dia Tramadol 50-100 Oral, IM, SC 4 x ao dia ou EV 10 IM intermitente 8x ao dia Morfina 1 mg em EV CP, 5 minutos de intervalo bolo 50 Oral 3X ao dia Diclofenaco 100 Retal cada 16 horas EV = endovenosa; IM = intramuscular; SC = subcutânea; CP = analgesia controlada pelo paciente. Manejo da Dor em Urologia 321 17

Tabela 8: Opções de drogas analgésicas após cirurgias perineais, cirurgias abertas, cirurgias suprapúbicas extraperitoneais, retroperitoneais ou laparotomia transperitoneal Droga upivacaina 0.25% + fentanil 2 µg/ml Via de Dosagem administração 5-15 ml/ hora Infusão epidural contínua Frequência (máxima) Não aplicável Morfina 1 mg em bolo EV CP, 5 minutos de intervalo Dipirona 500-1000 mg Oral ou EV 4x ao dia Paracetamol 500-1000 mg Oral ou EV 4x ao dia 50-100 mg Oral, IM, SC 4x ao dia Tramadol ou EV Piritramide 15 mg EV ou SC 4x ao dia 50 mg Oral 3x ao dia 100 mg Retal cada 16 horas EV = endovenosa; IM = intramuscular; SC =subcutânea; PC = analgesia controlada pelo paciente. 322 Manejo da Dor em Urologia 18 Manejo da Dor em Urologia

Recomendações O método mais efetivo para administração sistêmica de opioides é PC, que aumenta a satisfação do paciente e diminui o risco de complicações respiratórias. nalgesia peridural, especialmente ECP, reduz complicações e melhora a satisfação dos pacientes. GR CP = analgesia controlada pelo paciente;ecp = nalgesia peridural controlada pelo paciente. nalgésicos Recomendações Paracetamol pode ser útil no manejo da dor pósoperatória reduzindo o consumo de opioides. Paracetamol pode aliviar a dor pós-operatória leve como terapia isolada, sem efeitos adversos importantes. INEs não são suficientes como agentes analgésicos únicos após cirurgias grandes. GR INEs são, geralmente, efetivos após cirurgias de pequeno e médio porte. INEs frequentemente diminuem a necessidade de opioides. Manejo da Dor em Urologia 323 19

Uso prolongado de inibidores da COX em pacientes com arterosclerose e doença cardiovascular deve ser evitado. INEs = nti-inflamatórios não esteroides. Metamizole (dipirona) Dipirona é um antitérmico e analgésico efetivo, usado para dor pós-operatória leve a moderada e para cólica renal. Seu uso é proibido nos EU e em alguns países da Europa em virtude de relatos de casos de neutropenia e agranulocitose. dosagem diária é 500-1000 mg quatro vezes ao dia (oral, EV ou retal). Se usado IV, dipirona deve ser administrada diluída e lenta (1 g in 100 ml de soro fisiológico). Tabela 9: Droga, administração e dosagem Droga Via de administração Dosagem (mg) Frequência (máxima) ntipiréticos Paracetamol Oral 500-1000 4 vezes ao dia Dosagem máxima (mg/24 horas) 4000 (50mg/ kg) EV 1000 4 vezes ao dia 4000 (50mg/ kg) 324 20 Manejo da Dor em Urologia

Dipirona Retal 1000 4 vezes ao dia Oral 500-1000 4 vezes ao dia EV 1000 4 vezes ao dia 4000 (50mg/ kg) 4000 4000 INEs Convencionais (i.e. Inibidores da COX não seletivos) Cetorolaco Ibuprofeno Cetoprofeno Diclofenaco Oral ou EV 10-30 4 vezes ao dia Oral 200-800 3 vezes ao dia Oral ou EV Oral ou EV 50 4 vezes ao dia 75 2 vezes ao dia 40 oral 90 EV ou IM 60 EV ou IM(idosos) 2400 200 150 Oral ou EV 50 3 vezes ao dia 150 Retal 100 cada 16 horas 150 Manejo da Dor em Urologia 325 21

Meloxicam Inibidores seletivos da COX 2 Oral 15 1 vez por dia 15 Lornoxicam Oral ou EV 4 3 vez por dia 12 Celecoxib Oral 100-200 1 vez por dia EV 40 1 ou 2 Parecoxib apenas vezes ao dia Opioides Opioides potentes Oral ou Iniciar 6 a 8 vezes Morfina** retal com 10 ao dia mg 400 80 Sem dose máxima Morfina** Petidina (meperidina) SC ou IM Oral, SC ou IM Iniciar com 5 mg 6 a 12 vezes ao dia 25-150 4 vezes ao dia Sem dose máxima 500 Petidina (meperidina) Retal 100 4 vezes ao dia 500 326 Manejo da Dor em Urologia 22 Manejo da Dor em Urologia

Petidina (meperidina) EV 25-100 4 vezes ao dia 500 Oxycodona Oral, EV ou SC 5-10 4 a 6 vezes ao dia 400 Opióides fracos Tramadol Oral, EV 50 100 4 a 6 vezes ao dia 400-600 Codeina Oral ou retal 30-60 (mais paracetamol) 4 vezes ao dia 30 ** Uma forma simples de calcular a dosagem diária de morfina para adultos(20-75 anos) é: 100 idade do paciente = morfina por dia em mg. INEs = anti-inflamatório não-esteróide; SC = subcutâneo; IM = intramuscular; EV = endovenosa. Tabela 10: Dosagens isoanalgésicas orais e parenterais de administração de opioides Droga Parenteral (mg) Oral (mg) Morfina 10 30 Fentanil 0.1 Petidina 75 300 Oxycodona 15 20-30 Manejo da Dor em Urologia 327 23

Dextropropoxifeno 50 Tramadol 37.5 150 Codeína 130 200 *Todos os opióides listados têm doses equivalentes a 10 mg de morfina parenteral. dose de opioide intratecal é 1/100, e a dose epidural é 1/10 da dose sistêmica. Tabela 11: Esquema típico de dosagem analgésica controlada pelo paciente Droga (concentração) Morfina (1 mg/ml) Fentanil (0.01 mg/ml) Dosagem Intervalos Infusão contínua 0.5-2.5 mg 5-10 0.01-0.03 mg/kg/hora 10-20 μg 5-10 0.5-0.1 μg/ kg/hora Petidina (10 mg/ml) 5-25 mg 5-10 ----- Recomendações CP Endovenosa promove analgesia pós-operatória superior, aumentando a satisfação dos pacientes e diminuindo o risco de complicações respiratórias. GR 24 328 Manejo da Dor em Urologia

Tabela 12: Esquemas de dosagem típica de analgesia epidural* Droga Morfina Fentanil Sufentanil Petidina upivacaina 0.125% ou ropivacaina 0.2% + fentanil 2 μg/ml Dosagem Infusão contínua 1-5 mg 0.1-1 mg/ hora 50-100 μg 25-100 μg/ hora 10-50 μg 10-20 μg/ hora 10-30 mg 10-60 mg/ hora 10-15 ml 2-6 ml/ hora * dose de L-bupivacaina é equivalente à da bupivacaina. Tabela 13: Esquema de dosagem típica de analgesia epidural controlada pelo paciente (ECP) Droga (concentração) Dose por demanda Intervalo (min) Infusão contínua Morfina 100-200 μg 10-15 300-600 μg/ hora Manejo da Dor em Urologia 329 25

Fentanil 10-15 μg 6 80-120 μg/ hora Petidina 30 mg 30 upivacaina 0.125% + fentanil 4 μg/ml Ropivacaina 0.2% + fentanil 5 μg/ ml 2 ml 10 4 ml/hora 2 ml 20 5 ml/hora Recomendações nalgesia epidural, especialmente ECP, produz uma analgesia pós-operatória superior, reduzindo complicações e aumentando a satisfação dos pacientes. É técnica de preferência em relação às sistêmicas. GR Tabela 14: Exemplos de bloqueios Procedimento Dosagem Droga Infiltração dos nervos ilio- -hipogástrico ou ilio-inguinal após correção de hérnia 10-20 ml upivacaina ou ropivacaina 0.25-0.5% 330 26 Manejo da Dor em Urologia

Infiltração de nervo intercostal Infusão intrapleural 5-10 ml upivacaina ou ropivacaina 0.25-0.5% 10 ml/h upivacaina ou ropivacaina 0.1-0.2% Recomendações Manejo multimodal da dor deve ser empregado sempre que possível, visto que auxilia na melhora da eficácia enquanto minimiza efeitos adversos. GR Para controle da dor pós-operatória em pacientes ambulatoriais, analgesia multi-modal com uma combinação de INEs ou paracetamol mais anestésicos locais deve ser usada. nalgesia epidural e multimodal são a escolha para o manejo da dor pós-operatória em pacientes idosos porque estas técnicas são associadas a menores índices de complicações. Uso pós-operatório de opioides deve ser evitado em pacientes obesos, a menos seja que absolutamente necessário. Manejo da Dor em Urologia 331 27

Uma combinação de anestésicos locais ou epidurais e INEs ou paracetamol é preferível em obesos. Não existem dados suficientes que apoiem um plano específico de manejo da dor perioperatória em pacientes criticamente doentes ou com déficit cognitivo. C INEs =nti-inflamatórios não esteroides. Manejo da dor peri-operatória em crianças Tabela 15: nalgesia e sedação pré-operatória em crianças Dosagem e via ção Droga de administração Sulfato de morfina 0.1mg/kg Pode prevenir choro que, portanto, reduz o consumo de oxigênio e a vasoconstrição pulmonar tropina 0.01-0.02 mg/kg EV, IM, oral, ou retal Previne bradicardia durante a indução anestésica 332 Manejo da Dor em Urologia 28 Manejo da Dor em Urologia

Fenobarbital 4-6 mg/kg IM Ketamina 6 mg/kg oral ou intranasal Midazolam Dexmedetomidina 0.5 mg/kg oral, intranasal, ou retal 4 μg/kg oral ou intranasal Sedação pré-operatória e ansiedade da separação em Clonidina 4μg/kg oral crianças. Hidrato de cloral 50-100mg/kg oral Metoexital 25-30mg/kg retal Manejo da Dor em Urologia 333 29

EML Lidocaina 2.5%; prilocaina 2.5% plicação local diminui a dor na punção venosa EV = endovenosa; IM = intramuscular. Tabela 16: nalgesia pós-operatória em crianças Droga Dosagem dministração Severidade do procedimento cirúrgico Paracetamol 10-15 mg/kg a cada 4 horas 20-30 mg/kg a cada 6 horas Oral, retal menor Ibuprofeno 10-15 mg/kg a cada 6 horas Oral, EV, retal menor, médio Naproxeno 6-8 mg/kg a cada 8-12 Oral, EV, retal menor, médio horas 334 30 Manejo da Dor em Urologia

Codeína 0.5-1 mg/ kg a cada 3-4 Oral menor, médio horas Morfina 0.1 mg/kg a cada 2-4 horas Infusão: 0.03 mg/kg/hora 0.3 mg/kg a cada 3-4 horas EV, SC Oral médio, maior Oxycodona 0.1-0.2 mg/kg a cada 3-4h Oral médio Hydromorfona 0.04-0.08 mg/ kg a cada 3-4 horas Oral médio Tramadol 1 mg/kg a cada 4-6 horas EV médio, maior Petidina 2-3 mg/kg a cada 3-4 horas EV EV = endovenosa; SC = subcutaneo. médio, maior Manejo da Dor em Urologia 335 31

nalgesia controlada pelo paciente pode ser usada com segurança em crianças com mais de 6 anos de idade. Em crianças incapazes de usar CP, analgesia controlada pela enfermagem é efetiva. Técnicas locorregionais, como infiltração da ferida operatória, bloqueio de nervos e analgesia peridural ou epidural analgesia, são também utilizadas com sucesso. Dor aguda lombar não traumática Causas urológicas: Cálculos renais ou ureterais Infecção do trato urinário (pielonefrite, pionefrose, ou abscesso renal) Obstrução da junção uretero-pélvica Doença vascular renal (infarto renal, trombose da veia renal) Necrose papilar Sangramento intra- ou perirrenal Torção testicular valiação laboratorial Todos os pacientes com dor aguda lombar necessitam de uma análise de urina (hemáceas, leucócitos, bactérias ou nitrito urinário), hemograma e creatinina. inda, pacientes febris necessitam de proteína C-reativa (CRP) e cultura de urina. Pielonefrite, com ou sem uropatia obstrutiva, deve ser suspeitada quando o leucograma excede 15,000/mm 3. 336 32 Manejo da Dor em Urologia

Recomendações no diagnóstico por imagem Pacientes febris (> 38ºC) com dor aguda lombar ou com um rim solitário necessitam de avaliação por método de imagem urgente. GR TC helicoidal sem contraste (TCHSC) é o exame de imagem com maior sensibilidade e especificidade para avaliação da dor aguda não traumática no flanco. Ultrassonografia pode ser uma alternativa à TCHSC na avaliação inicial da dor aguda não traumática lombar. Para um rápido diagnóstico diferencial e manejo da dor, a sequência de opções (figura 2) é sugerida: Manejo da Dor em Urologia 337

Figura Figure 2: bordagem Diagnostic approach diagnóstica to non-traumatic da dor aguda não-traumática lombar pain acute flank Dor cute guda Flank Lombar Pain História, History, Physical exame físico, examination, temperatura, Temperature, urina Urinalysis I Tratamento Pain treatment da dor Se não If not conclusivo conclusive Ultrasonography Ultrassonografia and/or e/ou unenhanced TC sem contraste CT scan Normal + Urina normal I urinalysis normal Dor lombar Non-urologic Não urológica flank pain Normal + abnormal Urina I anormal urinalysis (Leucocitúria, (Leukocyturia, hematúria ou haematuria ou bacteriúria) or bacteriuria) normalidade Genitourinary genitourinária abnormality bnormal normal Non-Genitourinary normalidade Não-genitourinária abnormality Encaminhar Refer patient o paciente Investigação Further investigation adicional e tratamento and apropriado appropriate treatment Encaminhar Refer patient o paciente Sem No hydronephrosis hidronefrose Hydronephrosis Hidronefrose Sem No cálculo stone Cálculo Stone Sem No cálculo stone Cálculo Stone Check Pesquisar: for : Infarto Renal infarct renal bscesso Renal abscess renal Trombose Renal vein da veia thrombosis renal Tumor Cisto Tumour Hematoma Cyst Urinoma Haematoma Massa Urinoma extrarenal Extrarenal mass Sem No ITU UTI Manejo do Stone management cálculo TC CT = Tomografia computed tomography; computadorizada; UTI UTI = urinary = Infecção tract do trato infection. urinário 338 34 Manejo da Dor em Urologia ITU UTI Tratar Treat a infecção infection Obstrução Ureteral obstruction ureteral Pesquisar: Check Tumor for: ureteral Ureteral tumour No Sem UTI Necrose papilar ITU Papillary necrosis Obstrução UPJ obstruction da JUP Fibrose Retroperitoneal retroperitoneal fibrosis Manejo Management do alívio relieve da dor pain e or da to obstruction obstrução ITU UTI Drenagem Urinary drainage urinária and e tratamento infection da treatment infecção Manejo Stone do management cálculo Pain Management in Urology 301

Tratamento inicial de emergência nalgesia sistêmica O alívio da dor é o primeiro e mais urgente passo terapêutico: Infusão lenta EV de dipirona, 1g ou 2 g, é apenas tão efetiva quanto o diclofenaco (75mg em bolo) (LE: 1a). Papaverina EV (120 mg) pode aliviar de forma efetiva e segura a dor de pacientes que não respondem a medicações convencionais e podem ser uma alternativa ao diclofenaco em pacientes com contraindicações aos INEs (LE: 1b). combinação de morfina + Cetorolaco EV parece ser superior ao uso destas drogas isoladas e parece estar associada a uma menor necessidade de analgesia de resgate. Recomendações no diagnóstico por imagem INEs, como o diclofenaco (75 mg, em bolo) e dipirona (1-2 g, EV lenta), são muito efetivos para dor lombar aguda. GR Indicações para implante de catéter para alívio urgente da obstrução Infecção urinária com obstrução do trato urinário Urosepse Dor intratável e/ou vômito Obstrução de um rim único ou transplantado Obstrução litiásica bilateral Obstrução por cálculo ureteral na gestação Manejo da Dor em Urologia 339 35

Tratamento etiológico Urolitíase deve ser tratada como definida nos guidelines da EU em Urolithiasis. Condições infecciosas não complicadas (i.e. pielonefrite aguda em pacientes saudáveis) devem ser tratadas com antibióticos apropriados e analgésicos. Quando um diagnóstico de estenose da JUP, necrose papilar, infarto renal, trombose da veia renal, hemorragia renal espontânea ou torção do cordão espermático é feito, os pacientes devem ter sua patologia tratada adequadamente (Veja versão final). 340 Manejo da Dor em Urologia 36 Manejo da Dor em Urologia

Tradução autorizada para língua portuguesa: lexandre Fornari TiSU - Mestre em Ciências Médicas pela FFFCMP Revisão: Dr. Márcio ugusto verbeck - TISU O processo de tradução para a Língua Portuguesa foi realizado sob supervisão da Sociedade rasileira de Urologia. European ssociation of Urology - EU, juntamente com a Guidelines Office, não se responsabiliza pela correção das traduções disponibilizadas. Este folheto é baseado nas diretrizes da EU mais abrangentes (ISN 978-90-79754-70-0), disponível a todos os membros da European ssociation of Urology no seu website, http://www.uroweb.org. Manejo da Dor em Urologia 341 37