4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO

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Transcrição:

DE FERREIRA DO ALENTEJO 4. MODELOS DE ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E DE ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DO TERRITÓRIO ABRIL 2010 4.12.1 O PATRIMÓNIO NO PDM 4.12.2 QUADRO DE REFERÊNCIA: PROT A 4.12.3 INVENTÁRIO MUNICIPAL DO PATRIMÓNIO 4.12.4 ORIENTAÇÕES NORMATIVAS 4.12.4.1 VALORES CLASSIFICADOS OU A CLASSIFICAR 4.12.4.2 PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO 4.12.4.3 PATRIMÓNIO URBANO: CONJUNTOS EDIFICADOS SINGULARES 4.12.4.4 PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO 4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO

4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO ABRIL 2010 4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO 4.12.1 O PATRIMÓNIO NO PDM A preservação das memórias do passado constitui uma responsabilidade colectiva, essencial para a sustentação da identidade da comunidade e recurso inestimável para o próprio desenvolvimento concelhio que se deve valorizar. O parimónio concelhio, nas suas vertentes edificadas e naturais, reflexo do processo de humanização do território e, como tal, componente complementar da Estrutura Ecológica Municipal ( contínuo cultural complementar do contínuo natural ), deve ser encarada como factor estruturante do Território Verifica-se que o Plano Director Municipal actual é bastante omisso nas questões de património, não considerando valores patrimoniais, classificados ou em vias de classificação existentes no Concelho. Pode-se ainda referir, que o PDM de Ferreira do Alentejo não procedeu a uma inventariação de outro património que, embora não classificado, poderia ser objecto de medidas proteccionistas no âmbito do seu dispositivo regulamentar. A revisão do PDM de Ferreira do Alentejo deve inverter esta situação através da introdução de novos critérios e metodologias de inventariação, classificação e intervenção que contribuam para a salvaguarda dos valores patrimoniais concelhios. 4.12.1

4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO 4.12.2 QUADRO DE REFERÊNCIA: PROT A O PROT do Alentejo determina, entre outras orientações normativas relativas ao Património, que competirá à Administração Local: - Identificar, actualizar e caracterizar, nos PMOT, os valores patrimoniais, com base em levantamentos de campo e estabelecer medidas de protecção e salvaguarda dos valores patrimoniais identificados; - Garantir, a nível de PDMs, que os PU e PP venham a integrar as medidas de protecção e valorização do património arquitectónico e arqueológico, tendo em particular atenção o património arqueológico, o património rural e os conjuntos urbanos de relevância patrimonial. - Nos aglomerados urbanos relevantes em termos patrimoniais, as intervenções de regeneração urbana devem preferencialmente incorporar projectos de requalificação do espaço público e da imagem urbana, dando importância à qualidade do desenho urbano, enquadrando valorativamente o património existente e promovendo a criação de novos valores patrimoniais, tanto nas áreas urbanas consolidadas como nas zonas de expansão. - No âmbito do licenciamento das operações urbanísticas os projectos devem avaliar os impactes sobre o Património. - Incentivar a recuperação de imóveis de interesse patrimonial, com recurso à diminuição do IMI (Imposto Municipal de Imóveis), à agilização dos licenciamentos e/ou redução das taxas de licenciamento. - Procurar criar gabinetes municipais específicos para a gestão das áreas dos aglomerados e conjuntos urbanos com valor patrimonial regional, sobretudo nos municípios com aglomerados urbanos de relevância patrimonial No Anexo 1 das orientações Normativas classifica, também, os principais aglomerados e conjuntos urbanos de relevância patrimonial arquitectónica e arqueológica, que em Ferreira do Alentejo são: I. Relevância Patrimonial Arquitectónica NÍVEL 3 Ferreira do Alentejo 3 4.12.2

4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO II. Relevância Patrimonial Arqueológica NÍVEL 3 Alfundão 3 Peroguarda 3 S. Margarida do Sado 3 4.12.3 INVENTÁRIO MUNICIPAL DO PATRIMÓNIO A previsão de um Inventário Municipal do Património ou mesmo de uma Carta Municipal de Património, no quadro dos PDM s tornou-se uma boa prática a que não se deverá fugir neste processo de revisão Inventário necessariamente aberto, permitindo a sua actualização em função da dinâmica da investigação sobre o Património no Concelho de Ferreira do Alentejo. Para além da referenciação dos Imóveis classificados e em vias de classificação existentes no Concelho, a abordagem do património deve ser realizada de forma sistémica da qual resulte uma inventariação adicional de outros valores que interessa proteger: - O património arqueológico e as áreas e/ou sítios de potencial valor arqueológico, reflectindo o conhecimento que hoje se possui da sua arqueologia e história. - O património urbano, constituído pelos núcleos antigos, com características tradicionais ou históricas dos aglomerados, para os quais se pretende estabelecer medidas de salvaguarda e reabilitação que obstem ao seu desaparecimento e/ou degradação. - O património arquitectónico, constituído por edifícios ou conjuntos edificados representativos da época e da cultura, popular ou erudita, que envolveram a sua construção No Relatório 3, Caracterização do Território Municipal procedeu-se a diversas análises convergentes para estes objectivos: No capítulo 3.10, a abordagem à estrutura urbana e à caracterização dos lugares do Concelho já identificou e pré-delimitou espaços cuja salvaguarda deve ser acautelada pelo PDM 4.12.3

4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO No capítulo 3.11, a caracterização do Património Concelhio, tendo como documento de referência o Levantamento Arqueológico de Ferreira do Alentejo 1, para além da inventariação dos imóveis classificados ou em vias de classificação e de trabalho de campo adicional realizado pela Equipa do Plano. A Planta 3.11.1 constitui uma primeira espacialização do Património Concelhio, identificando, localizando e delimitando, quando a escala de trabalho o permita: Imóveis classificados e em vias de classificação de acordo com a lista oficial do IGESPAR Outros imóveis susceptíveis de classificação, considerados na lista da CMFA, mas não homologados pelo IGESPAR. Conjuntos urbanos singulares a serem objecto de intervenção de salvaguarda Alguns imóveis de valia patrimonial, nomeadamente os correlacionados com a arquitectura popular ou tradicional. Sítios arqueológicos identificados no Levantamento Arqueológico do Concelho Sectores arqueológicos delimitados no mesmo Levantamento Estes levantamentos e estudos devem ser aprofundados quer na fase seguinte do PDM, finalizando a proposta de Inventário Municipal do Património enquanto documento de acompanhamento do PDM, quer posteriormente, seja na proposição de classificação oficial de imóveis, seja na adição de novos valores que, porventura, não tenham sido objecto de inventariação. 4.12.4 ORIENTAÇÕES NORMATIVAS Como grande desígnio, a defesa do património do Concelho vai passar pela incorporação no dispositivo do PDM, de mecanismos operacionais que garantam, de forma sistemática, os objectivos de salvaguarda pretendidos para os valores identificados no Concelho, articuladamente com os objectivos traçados para os espaços rurais e urbanos, de que são indissociáveis, com incidência sobre: 1 Levantamento Arqueológico do Concelho de Ferreira do Alentejo realizado no âmbito do Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, por Maria João Pina e Sara Isabel Ramos, descrito no ponto 4.3.3.7 deste relatório 4.12.4

4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO - Valores Classificados ou a Classificar - Património Arqueológico - Património Urbano - Património Arquitectónico 4.12.4.1 VALORES CLASSIFICADOS OU A CLASSIFICAR Os valores classificados e ou em vias de classificação regem-se pela legislação aplicável, sendo incorporados no conjunto das Condicionantes a considerar pelo PDM. 4.12.4.2 PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO O Património Arqueológico do Concelho foi objecto de levantamento que é transposto para os instrumentos do PDM. A identificação de sectores de concentração de Sítios Arqueológicos permite estabelecer, desde já, áreas onde seja obrigatório o acompanhamento das intervenções a levar a cabo por equipas de arqueólogos, nomeadamente através do Museu municipal. Aos sectores identificados no Levantamento Arqueológico, transpostos para a Planta 3.11.1, acrescenta-se o casco histórico de ferreira do Alentejo, na presunção de que se formou pela sobreposição de camadas de edificação. 4.12.4.3 PATRIMÓNIO URBANO: CONJUNTOS EDIFICADOS SINGULARES No âmbito da caracterização realizada nos capítulos 3.10 e 3.11 do Relatório 3, em relação aos Espaços Urbanos identificaram-se troço dos aglomerados urbanos ou conjuntos edificados rurais, em especial montes tradicionais, que pela sua natureza devem ser objecto de medidas cautelares no regulamento do PDM, identificados na Planta 3.11.1: - Centro Histórico Ferreira do Alentejo - Aldeia TradicionaL Peroguarda - Núcleos em Figueira dos Cavaleiros, Odivelas e Alfundão, tomando como referência o espaço público e a cintura envolvente de edifícios notáveis ou classificados (en geral a Igreja ou a Escola) 4.12.5

4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO - Montes, como sejam o da Herdade de S. Vicente (classificado), da Malhada Velha ou da Panasqueira. Estes troços de tecido urbano que apresentam maior significado do ponto de vista da imagem tradicional do aglomerado alentejano e onde se concentram as suas principais memórias edificadas, conforme referido no ponto 4.9.5.2a deste Relatório, são incorporados numa Categoria de Espaço Espaços Residenciais Tradicionais (ERT) subordinada a regras visando a preservação dessa imagem e dos valores arquitectónicos em presença, Mostra-se importante a realização de projectos de intervenção no espaço público ou de reabilitação de edifícios, neste caso sendo determinante encontrar formas de rentabilização da operação, com realce para o turismo. 4.12.3.4 PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO Não existe um levantamento sistematizado do património arquitectónico do Concelho, mas apenas a identificação de edifícios que pelo seu valor já foram classificados ou objecto de proposição de classificação. O Levantamento Arqueológico do Concelho por vezes vai mais além da arqueologia e regista valores contemporâneos ou modernos, bem como valores de arquitectura popular. O Inventário Municipal do Património deve avançar nesse sentido identificando formas de arquitectura: Popular ou tradicional como sejam habitações, moinhos, antigas fábricas (o lagar do Alfundão é um exemplo), etc. Urbana, nobre ou burguesa da Vila, mas também de algumas aldeias (palacetes, vivendas, etc) Civil recente, como sejam as Escolas dos Centenários, urbanas ou rurais, postos de correio, ou outros. Moderna ou assumidamente contemporânea, com alguns exemplares a merecerem atenção, caso do lagar da Herdade do Marmelo ou o Palácio de Justiça de Ferreira. 4.12.6

4.12 VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO A nível de regulamentação, terá de ser dada atenção aos problemas de irrecuperabilidade de alguns exemplares, sendo fundamental a obrigatoriedade de vistoria prévia para recolha de elementos que mereçam ser preservados. 4.12.7