Convertendo resultados Correlação de Fatores de Ranqueamento A correlação nada mais é do que notar um fato que ocorre e inferir que o resultado depende daquele fato. Por exemplo, posso dizer que toda vez que chove, as pessoas usam botas. Isto parece uma verdade, mas as pessoas podem usar botas sem estar chovendo, ou ainda, usar outro tipo de calçado enquanto chove. O ponto é que notei um fato, que ocorre várias vezes e normalmente acontece quando chove. Desta forma, eu crio uma verdade e assumo ela como sendo um ponto importante. Na mesma lógica funcionam os estudos dos fatores de rankeamento de SEO mas com um lado muito mais científico. Um exemplo simples é analisar quantos sites que estão nas primeiras posições, possuem o título com a palavra-chave alvo. Digamos que ao ver o comportamento em 20.000 palavras-chave, notamos que 95% dos sites no 1º lugar possuem a palavra-chave alvo no título. Assim, posso dizer que ter a palavra-chave alvo no título é bem correlacionada com bom posicionamento. É exatamente isto o que os estudos apontam. Fatores Importantes para 2015 Ambos os estudos apontam diversos fatores de rankeamento, mas sempre alguns se destacam. Presença do termo na página Nesta parte do estudo, analisa-se se a presença o termo ou frase no HTML da página, seja ele no título, em H1s, alt tag, etc., assim como relevância semântica e modelagem de linguagem para estas palavras.
Ano após ano, o que se vê é uma baixa correlação relação (no máximo 0,13) no uso de palavras-chave na página: Fatores na página não relacionados com termos Também analisou-se se o tamanho da página, uso de tag hreflang, número total de links presentes na página (apontando para fora), os quais mostram uma associação moderada com rankings no Google. O curioso foi encontrar uma baixa correlação entre o uso de HTTPs nos sites, algo que o Google reforça ao longo dos últimos meses, mencionando que seria um ponto positivo para melhorar nos rankings:
O estudo da SearchMetrics também mostra que o uso de HTTPs não possui tanta correlação com rankings, quanto o Google menciona através dos seus funcionários: Velocidade de Páginas O estudo da SearchMetrics mostra uma boa correlação entre páginas que carregam mais rápido com seus rankings. Basicamente páginas posicionadas nos primeiros lugares, tanto no desktop quanto no mobile, tendem a carregar rapidamente:
Backlinks ainda contam, e muito! Apesar de vir caindo ao longo dos anos de estudo, os backlinks continuam com uma correlação muito grande quando falamos em posicionamento no Google.
Domínios exatos Talvez uma das perguntas que eu mais receba é se possuir um domínio exato ajuda. Uma das coisas que o estudo mostra é que existe sim uma boa correlação de bons rankings com o domínio exato (por exemplo hoteis.com ou comprecasas.com.br ). Apesar disto, esta correlação alta está mais ligada aos backlinks que este tipo de domínio recebem, com texto âncora exato, tornando o domínio mais forte:
Links para o Site/Domínio Um dos fatores que também possui uma alta correlação com rankings é a quantidade de links que apontam para o domínio. Todas as variações desta afirmação também são bem correlacionadas no estudo, tal como receber links de sites diferentes, que estejam em IPs diferentes, entes, para páginas diferentes do seu domínio e/ou de páginas diferentes. Também há a menção de autoridade do site que linka para você, mostrando que tudo, conectado a backlinks correlaciona muito bem com posicionamento:
Uso de Texto-Âncora Uma das coisas que sempre menciono em nosso curso de SEO é que o Google realmente presta atenção no texto âncora dos seus backlinks. O estudo mostra que receber links com o texto âncora do termo alvo que você deseja rankear, possui um alto valor de correlação com bons rankings:
E o Social? Ajuda? Uma das coisas também que escuto bastante como pergunta é se as mídias sociais ajudam a posicionar no Google. O estudo mostra que a correlação é alta entre páginas com um número alto de compartilhamentos, likes, retweets e +1 s. Contudo, acredita-se que o Google não utilize a contagem diretamente em seu algoritmo, mas sim que as páginas que estão bem posicionadas tendem a ser mais vistas pelas pessoas e por isto elas são bem compartilhadas. Ao meu ver é mais um cause e efeito, no sentido de que as melhores páginas tendem a ser mais compartilhadas nas mídias sociais. Conclusões e entendimentos finais Quando falamos em SEO, muitas das vezes estamos condicionados à nossa experiência ao longo do tempo ou de estudos como este, para inferir que uma ação tende a surtir efeito. Não podemos fugir desta verdade, pois não temos o controle do algoritmo do Google (ou outros buscadores) e este vive recebendo novos e melhores sinais. Estudos como o da Moz ou SearchMetrics são ótimos para o mercado tentar acompanhar a tendência ao longo dos anos, mas não devem ser utilizados como verdade suprema. É importante discernir entre um fator com alta correlação e o bom senso. Gosto de usar o exemplo das mídias sociais aqui. Não é por que os estudos mostram um grande valor de correlação entre compartilhamentos no Facebook e rankings no Google que você precisa se concentrar em ganhar mais compartilhamentos no Facebook. Não é por aí. Você precisa analisar cada um dos dados e o por que eles ocorrem, principalmente quando forem efeito de interações de usuários.
Assim, o foco dos estudos é lhe dar mais experiência para testar e começar a notar padrões em seus projetos. É assim que eu utilizo este conhecimento.