PRONUNCIAMENTO DE ORIENTAÇÃO Nº xx, de XX de XXXXXXX de 2012.

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Transcrição:

CODIM COMITÊ DE ORIENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES AO MERCADO (ABRAPP ABRASCA AMEC ANBIMA ANCORD ANEFAC APIMEC BM&FBOVESPA CFC IBGC IBRACON IBRI) Ref. Audiência Pública pelo CODIM do tema " Melhores Práticas de Divulgação de Informações sobre Sustentabilidade " Prazo: de 23 de julho a 24 de agosto de 2012 PRONUNCIAMENTO DE ORIENTAÇÃO Nº xx, de XX de XXXXXXX de 2012. EMENTA: MELHORES PRÁTICAS DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE SUSTENTABILIDADE. NECESSIDADE DE INFORMAR SOBRE O PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DO TEMA SUSTENTABILIDADE NO COTIDIANO DAS COMPANHIAS COMO FORMA DE CRIAÇÃO DE VALOR PARA A COMPANHIA, A SOCIEDADE E DEMAIS PÚBLICOS ESTRATÉGICOS. O Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado CODIM, com base em sua competência, torna público que, após submeter a matéria em audiência pública, aprovou, por decisão de seus membros em reunião realizada no dia XX de XXXXXXX de 2012, o presente Pronunciamento de Orientação, o que faz mediante os seguintes termos: Conceituação Os conceitos de sustentabilidade, responsabilidade social, ambiental partem da premissa de que, além do retorno dos acionistas, as companhias devem divulgar o seu comprometimento com o desenvolvimento sustentável, a defesa dos direitos humanos, as causas sociais, os investimentos responsáveis, e o uso eficiente e consciente dos recursos naturais. Tais princípios, além de estarem alinhados com a Lei das S/A, consolidam-se gradativamente nas companhias, de todos os portes, que inserem esses temas em sua estratégia integrada aos aspectos econômicos e financeiros de longo prazo visando a preservação e criação de valor duradouro para a sociedade e seus outros públicos estratégicos que a influenciam ou são influenciados por ela. Do Objetivo 1. O propósito deste Pronunciamento de Orientação é de induzir as companhias a divulgar, as estratégias, as ações e os fatos decorrentes da interação e de seus compromissos com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável, envolvendo os seus colaboradores, investidores, acionistas, clientes, fornecedores e demais públicos estratégicos, de forma ampla e transparente, colaborando para uma melhor percepção do futuro dessas companhias. Da Divulgação das Informações sobre Sustentabilidade de Forma Geral 2. Prestar contas aos públicos estratégicos sobre as informações sócio-ambientais de forma transparente, clara e de preferência integrada às informações econômico-financeiras, principalmente no Relatório Anual (vide PO Nº 13 do CODIM) e seguindo, por exemplo, as diretrizes da GRI Global Reporting Initiative e o IR Integrated Reporting, do International Reporting Council - IIRC 3. As informações integradas de todas as áreas de uma companhia, além de tornar a análise mais completa e realista, e o entendimento dos seus negócios, riscos e oportunidades, proporciona um alinhamento, sendo ainda um importante teste de consistência entre as várias fontes de divulgação de suas informações. Esta integração significa mesclar de forma coerente o sócio-ambiental com o econômico-financeiro. O importante é a qualidade e a consistência das informações divulgadas em um relatório integrado.

5. Conforme a companhia vai desenvolvendo o processo de inserção da sustentabilidade na sua estratégia, ela deve agregar voluntariamente informações sobre o assunto nos seus informes regulares. 6. As informações devem refletir o atual estágio e posicionamento da companhia em relação ao tema, seja positivo ou não e sugere-se que aquelas que não divulgarem essas informações expliquem no Formulário de Referência os motivos pelos quais não o fazem. 7. As companhias devem dar ampla divulgação dessas informações, principalmente através de um website especifico ou no de Relações com Investidores, bem como no IPE (Informações Periódicas e Eventuais). 8. É recomendável a utilização de um Auditor Externo para assegurar as informações divulgadas pela companhia em seus relatórios. Dos Benefícios da Prática e da Divulgação de Informações sobre a Sustentabilidade 9. A adoção de uma agenda de sustentabilidade mitiga riscos e cria oportunidades de negócios, sendo um diferencial nas companhias; pois produz vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes, cada vez mais percebidas por toda a sociedade. A seguir listamos alguns dos principais benefícios das companhias que adotaram uma agenda sustentável: Possibilidade de maior atratividade e retenção de talentos para a empresa; Possibilidade de redução de custos e/ou incremento de receita com novos produtos e serviços; Valorização, por parte dos consumidores, dos produtos; Melhoria substancial da compreensão dos valores e cultura da própria companhia, proporcionando novas reflexões e oportunidades de negócio; Os produtos e serviços com foco em sustentabilidade vêm sendo cada vez mais procurados e valorizados pelos consumidores, impactando no valor da marca da companhia; Os profissionais de investimentos passam a avaliar de forma mais completa e eficiente os ativos e passivos envolvidos, a rentabilidade e os resultados da companhia considerando as informações sócio-ambientais do negócio; As ações dessas companhias passam também a ter a possibilidade de serem incluídas em índices do mercado de capitais ligados à sustentabilidade, adicionando mais valor para a companhia e para o acionista; Instituições financeiras privilegiam financiamentos voltados a este tipo de companhias e, em alguns casos, restringem o atendimento à companhias que não possuem práticas sustentáveis; O valor das marcas dessas companhias se fortalece e ganha visibilidade nacional e internacional; e As companhias passam também a exigir de sua cadeia de valor práticas sustentáveis, o que pode influenciar na escolha de seus fornecedores e parceiros de negócios, gerando valor para a cadeia com um todo. As demonstrações contábeis devem refletir a real situação da companhia e serem elaboradas de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o que inspira confiabilidade nas demais informações divulgadas. Dos Princípios do Investimento Responsável 10. As companhias devem estar alinhadas com os Princípios para o Investimento Responsável (PRI - Principles for Responsible Investment) desenvolvidos por representantes de uma rede internacional composta por investidores institucionais, apoiados pela Organização das Nações Unidas, que acreditam que as questões ambientais, sociais e a governança corporativa (ESG

Environmental, Social and Corporate Governance) são relevantes e podem impactar o desempenho de suas carteiras de investimentos. O PRI estimula a adoção de ações de ESG pelas companhias, motivando também que as companhias sejam transparentes em relação a tais práticas, principalmente em relação aos progressos, já que essas informações são utilizadas nas análises e processos de tomada de decisão de investimentos. Da Alta Administração 11. O envolvimento da alta administração na definição e disseminação da estratégia de sustentabilidade é fundamental para garantir a efetiva integração do tema nos processos de tomada de decisão e no dia a dia do negócio. São as lideranças empresariais que inserem o tema na estratégia de negócios e nas decisões das companhias, influenciando diretamente na forma, conteúdo e principalmente, na força e credibilidade da divulgação dessas informações. O comprometimento dos executivos e dos conselheiros de administração é essencial para o aprimoramento da cultura empresarial. Dos acionistas 12. É fundamental envolver os acionistas, visto que são responsáveis, dentre outros aspectos, pela eleição do Conselho de Administração e pela aprovação dos valores e critérios para a remuneração dos administradores. Para tanto sugere-se a criação de canais de comunicação (vide abaixo Das Estruturas para a Sustentabilidade ). Do Diagnóstico da Sustentabilidade 13. A avaliação das práticas de sustentabilidade é fundamental para identificar as lacunas e traçar um plano de ação. Esse diagnóstico deve ser realizado, periodicamente, e divulgado juntamente com as ações que serão tomadas para se atingir as metas traçadas. Cabe destacar que o diagnóstico deve considerar as características da companhia, do setor e do país, onde deve ser destacado o foco da companhia em relação à sustentabilidade. 14. Após o diagnóstico, estabelecer prioridades conforme a relevância identificada para as atividades e impactos na companhia. 15. O diagnóstico também deve levar em consideração: a) a eco-eficiência uso eficiente de recursos naturais e redução dos impactos ambientais por meio da melhoria contínua nos processos produtivos que geram ganhos econômico-financeiros ao reduzir seus custos; b) relacionamentos com seus públicos estratégicos, incluindo acionistas e cadeia de valor; c) as oportunidades de negócios sustentáveis; d) os riscos e os impactos de práticas de sustentabilidade; e e) a vinculação entre as práticas e os registros contábeis evidenciando a sua efetiva implementação na companhia. Dos Compromissos Públicos 16. A companhia deve ser signatária de compromissos gerais ou setoriais para estar inserida em uma rede de aprendizado e interação, incluindo compromissos com a sociedade e específicos para suas áreas de atuação (ex.: Pacto Global/ONU; Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo; Carbon Disclosure Project; Forest Footprint Disclosure; Protocolo Verde, etc.). 16.1. A participação em índices do mercado de capitais como Dow Jones Sustainability World Index, Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE ou Índice Carbono Eficiente - ICO2, entre

outros, reflete o compromisso público com o tema auxiliando fortemente na disseminação dessas informações. Cabe destacar que o simples preenchimento, de forma adequada, dos questionários desses índices contribui para uma análise comparativa do patamar em que a companhia se encontra em relação a seu setor de atuação, possibilitando gerar base de conhecimento para novas iniciativas sustentáveis. Das Estruturas para a Sustentabilidade 17. É importante que a companhia crie uma estrutura integrada de governança para a sustentabilidade, que deve alcançar os diversos níveis organizacionais, com um canal direto com as áreas de comunicação da companhia, principalmente a de Contabilidade (visando, quando possível, vincular as divulgações com os registros e evidenciações realizados), Relações com Investidores, Relações Institucionais e de Assessoria de Imprensa. 17.1. A quantidade de instâncias depende do tamanho da companhia e de sua estrutura (ex.: Comitê vinculado ao Conselho de Administração; Comissões compostas por colaboradores, etc.) e contribuirá para credibilidade das informações apresentadas 18.2. A disponibilização de um canal de comunicação (telefone, email, website e/ou profissional) com os públicos estratégicos é recomendado para garantir o fluxo de informações sobre as estratégias e práticas da empresa, recebendo sugestões, comentários, considerações ou criticas. Da Identidade Corporativa 20. A divulgação das práticas de sustentabilidade terá influência sobre os objetivos e o relacionamento da companhia com seus públicos estratégicos. Por isso, tais práticas devem sempre ser revisadas em relação à missão e a visão da companhia, bem como verificado se os valores da companhia refletem seu compromisso com a sustentabilidade para um adequado entendimento de todos os colaboradores da companhia, gerando uma divulgação coerente e consistente. 20.1 Para a efetiva implantação de uma agenda sustentável é fundamental que toda a organização trabalhe alinhada em torno do mesmo objetivo, por meio de uma comunicação corporativa contínua que estimule o envolvimento de todos os colaboradores, que são a base da disseminação da cultura sustentável. Do Envolvimento dos Públicos Estratégicos 21. O primeiro passo deve ser o de mapear os públicos estratégicos e envolver, sempre que possível, toda a cadeia de relacionamentos da companhia, desde fornecedores até os clientes, garantindo uma comunicação e um engajamento eficientes. 22. A seguir deve-se estabelecer uma forma estruturada de dialogar e capturar as demandas e receber feedback dos públicos estratégicos (ex.: reuniões, pesquisas, negociações, grupos focais, painéis de públicos estratégicos, etc.). Da Política de Sustentabilidade 23. Uma companhia deve confeccionar e divulgar publicamente a sua Política de Sustentabilidade, contendo princípios e diretrizes que orientem as áreas no planejamento e na execução de suas iniciativas.

24. A companhia deve se posicionar sobre os denominados assuntos mais sensíveis pertinentes ao setor em que atua, como: testes em animais, mudanças climáticas, relacionamentos com países com regime de exceção, corrupção e demais práticas ilegais, direitos humanos, trabalho decente, proteção ambiental, dentre outros. Esse posicionamente deve ser compatível com as atividades da companhia, afim de que haja credibilidade nas suas manifestações. Da Definição, Acompanhamento e Divulgação de Indicadores 25. A companhia deve criar, monitorar e acompanhar indicadores nas áreas e unidades operacionais, verificando quais e de que forma eles devem ser divulgados ao público. 25.1 As companhias devem possuir metas sócio-ambientais claras e objetivas, que sejam transparentes e de conhecimento público, além de passíveis de monitoramento para demonstrar o seu compromisso. São Paulo, xx de xxxxxxxxxx de 2012. Geraldo Soares Relatores Haroldo R Levy Neto Geraldo Soares Haroldo R Levy Neto Coordenadores