GUIA DE MELHORES PRÁTICAS EM SUSTENTABILIDADE - CTNS. Guilherme Velloso Leão Diretor Executivo ABRAPP Área de Sustentabilidade
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- Iasmin Casqueira
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1 GUIA DE MELHORES PRÁTICAS EM SUSTENTABILIDADE - CTNS Guilherme Velloso Leão Diretor Executivo ABRAPP Área de Sustentabilidade
2 Principles for Responsible Investment (PRI): Investidores institucionais têm o dever de atuar de acordo com os melhores interesses daqueles cujos ativos são responsáveis. Esse dever envolve destinar consideração adequada a qualquer fator, incluindo temas ESG (Environmental, Social and Governance), que afetem materialmente o desempenho dos investimentos PRI (Principles for Responsible Investment): representa o compromisso dos grandes investidores institucionais do mundo de investir em negócios sustentáveis.
3 Sustentabilidade: um tema crescente entre os fundos de pensão e investidores, tanto no Brasil, quanto no mundo. Estados Unidos (Thomson Reuters): em 2012 quase US$ 4 trilhões em investimentos engajados em sustentabilidade e práticas de gestão responsáveis (11% dos ativos financeiros totais). Europa¹: investimentos ESG somavam 6,8 trilhões em 2011, cerca de 50% dos recursos geridos na região. No Brasil, são 65 signatários do PRI, sendo 17 Fundos de Pensão associados da ABRAPP que juntos possuem quase R$ 400 bilhões em ativos sob gestão (62% dos ativos totais das EFPC). (1) Fonte: Efama European Fund and Asset Management Association
4 Porque critérios ESG - ambiental, social e de governança corporativa devem ser considerados nas estratégias de investimentos? Índices Variação % Acumulada ( /2014) Volatilidade (média período ) IBOVESPA 91,77% 27,17% IBX 113,65% 25,62% ISE 126,12% 23,93% IGC 129,43% 23,81% Há indicativos de que o mercado premia as boas práticas de sustentabilidade e governança corporativa. Estudos indicam causalidade positiva entre boas práticas de sustentabilidade e governança com menores riscos corporativos e maiores retornos. Fonte: Quantum (dados)
5 Além da melhor relação risco/retorno, a forma como as EFPC atuam e alocam seus recursos financeiros possui capacidade clara de influenciar aspectos sociais, ambientais e de governança corporativa dos diversos setores econômicos.
6 A ABRAPP reconhece que aspectos sociais e ambientais trazem oportunidades e riscos aos investimentos do setor, portanto atua pela conscientização e mobilização das entidades nesse tema. Este é o campo de atuação da Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade da ABRAPP: Fomenta a implementação nas associadas das melhores práticas de RSE, por meio da sensibilização e do treinamento de conselheiros, dirigentes e profissionais. - Guia para elaboração de Relatórios de Sustentabilidade para as EFPCs - Relatório Social das Entidades Fechadas de Previdência Complementar - Participação em projetos de RSE, como o CDP, PRI, ISE Bovespa - Guia de Melhores Práticas em Sustentabilidade
7 O que temos observado no comportamento das Fundações em práticas ESG nas estratégias de investimentos EFPCs que consideram temas ambientais, sociais e de governança corporativa em sua estratégia de investimentos 67% Temas inseridos na Política de Investimentos Incluem critérios em suas análises de investimentos Legenda: Fundações Grupo A: Grupo B: Porte > 15 bilhões De 2bi. a 15bi. 44% 50% 53% 50% Grupo C: Grupo D: Grupo E: De 0,5bi a 2bi. De 100mi. a 500mi. Até 100 mi. (Amostra: 46 entidades) 22% 24% 25% 13% 17% Total Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E 0% Fonte: Relatório de Sustentabilidade ABRAPP 2013
8 É neste contexto que se insere o Guia de Melhores Práticas em Sustentabilidade da ABRAPP O objetivo é educar, aculturar e orientar as Fundações na adoção de princípios e práticas ESG (Enviromental; Social, Corporate Governance) na gestão dos seus recursos e nas práticas de gestão da própria Fundação.
9 Guia de Melhores Práticas em Sustentabilidade Sumário
10 I- Desenvolver e aplicar análises ESG - ambiental, social e de governança corporativa - em estratégias de investimentos I. Incluir critérios ESG nas análises de investimentos para todas as classes de ativos Contemplar temas ESG nas políticas de investimento Definir procedimentos aplicáveis ao dia a dia dos analistas de investimento Promover a revisão e o acompanhamento sistemático dos critérios adotados. II. Promover o constante treinamento de todos os colaboradores envolvidos nas análises de investimento acerca dos critérios ESG adotados III. Expandir temas ambientais e sociais nas políticas de investimento Por exemplo, questões relacionadas a recursos naturais, mudanças climáticas, direitos humanos e produtos ou serviços controversos.
11 I- Desenvolver e aplicar análises ESG - ambiental, social e de governança corporativa - em estratégias de investimentos IV. Estimular a interação das EFPCs com as empresas de sua carteira de investimentos em relação às questões socioambientais V. Estimular investimentos em produtos com adicionalidades socioambientais Por exemplo, fundos de renda variável com foco em governança corporativa ou sustentabilidade e FIPs temáticos como energias renováveis.
12 I- Desenvolver e aplicar análises ESG - ambiental, social e de governança corporativa - em estratégias de investimentos VI. Gerenciar aspectos ESG na cadeia de fornecedores Avaliar fornecedores em aspectos de direitos humanos e conformidade com as legislações ambientais. VII. Incluir cláusulas em contratos com fornecedores que estabeleçam a possibilidade de encerramento de parcerias em situações de desrespeito aos direitos humanos Situações de ocorrência de trabalho escravo, por exemplo, colocam em risco a cadeia de valor das empresas acusadas, portanto, geram riscos para os investidores.
13 O que temos observado no comportamento das Fundações em práticas ESG na política de investimentos Principais temas adotados pelas EFPCs na política de investimentos Direitos trabalhistas Mudanças climáticas Respeito à diversidade Trabalho infantil Recursos naturais Resíduos, efluentes e emissões 39% 39% 39% 39% 44% 44% Direitos humanos Trabalho forçado ou análogo ao escravo 50% 50% Transparência de informações 67% Fonte: Relatório de Sustentabilidade ABRAPP 2013
14 O que temos observado no comportamento das Fundações em práticas ESG na gestão dos investimentos Percentual das EFPCs que investem em produtos específicos com adicionalidades socioambientais Grupo A 67% Grupo B Grupo C 35% 33% Grupo D Grupo E 0% 0% Exemplos de produtos financeiros com adicionalidades socioambientais: Fundos Renda Variável que espelham o ISE ou o IGC. Fonte: Relatório de Sustentabilidade ABRAPP 2013
15 II- Aprimorar constantemente as Estruturas e Práticas que garantem a boa governança corporativa das EFPCs I. Identificar, avaliar e mensurar impactos econômicos indiretos, positivos ou negativos, relacionados à gestão das Entidades. II. Instituir canais formais para tratar casos de discriminação com base em cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou origem social. III. Expandir os compromissos formais relacionados ao combate à corrupção ou desrespeitos a conduta ética e criar procedimentos para monitorar estes riscos.
16 II- Aprimorar constantemente as Estruturas e Práticas que garantem a boa governança corporativa das EFPCs IV. Atuar em total conformidade com regulamentos nacionais ou tratados internacionais em temas ambiental, saúde e segurança de beneficiários e assistidos, entre outros aspectos. V. Continuar promovendo o alinhamento das EFPCs frente às iniciativas voluntárias relacionadas à promoção da sustentabilidade nos negócios. Com ênfase aos Principles for Responsible Investment PRI, Carbon Disclosure Project - CDP e Global Reporting Initiative - GRI. VI. Avançar na instituição de comitês ou outras instâncias que garantam as boas práticas de governança corporativa das entidades, principalmente com relação aos aspectos ESG.
17 O que temos observado no comportamento das Fundações em práticas de governança corporativa Comitês instituídos pelas EFPCs da pesquisa Comitê de Sustentabilidade 10,87% Comitê de Auditoria 17,39% Comitê de Planejamento Estratégico 19,57% Comitê de Gestão de Ativos 21,74% Comitê de Risco Financeiro 26,09% Comitê de Investimentos 78,26% Fonte: Relatório de Sustentabilidade ABRAPP 2013
18 III- Promover o diálogo transparente e engajamento das partes interessadas - patrocinadores, colaboradores, instituidores, participantes, assistidos, governo, sociedade e outros públicos que impactam ou são impactados pelas ações do setor I. Avançar nas práticas de reporte e transparência por meio da publicação de Relatórios de Sustentabilidade II. Estruturar mecanismos de diálogo com os públicos de interesse III. Expandir as iniciativas que removem barreiras na comunicação as partes interessadas Fornecimento de informações em Braille Atendimento especial para clientes com deficiência auditiva.
19 IV- Desenvolver iniciativas relacionadas à implantação de práticas ambiental e socialmente sustentáveis nas EFPC IV. Incentivar o consumo de insumos reciclados e a diminuição de geração de resíduos V. Adotar esforços proativos para reduzir o consumo de energia e água ou iniciativas para reutilizar a água nas Entidades VI. Apoiar fornecedores locais a partir de ações de compras ou qualquer outro tipo de suporte que contribua para o desenvolvimento igualitário e inclusivo. VII. Promover ações de voluntariado entre empregados
20 V- Prezar pelo desenvolvimento de melhores práticas de trabalho I. Avançar nas iniciativas de gestão de carreira, envolvendo programas de retenção de talentos, transição de empregados aposentando, etc.. II. Contribuir para o desenvolvimento humano, sempre levando em conta a valorização da diversidade. III. Garantir aos trabalhadores terceirizados tratamento igualitário aos oferecidos aos colaboradores diretos das Entidades, promovendo práticas trabalhistas justas e inclusivas. IV. Conduzir ações de assistência aos empregados quanto à saúde e segurança e qualidade de vida.
21 PARA NOSSA REFLEXÃO Considerando o comportamento atual das pessoas e empresas, cálculos da ONU indicam que em 2030 a demanda de água no mundo deverá exceder em 40% a oferta, por causa das mudanças climáticas e o crescimento da população. Em paralelo, o mundo precisará de ao menos 50% a mais de alimentos e 45% a mais de energia. Obrigado
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