A Implementação do Processo de Bolonha em Portugal e os Relatórios Institucionais da sua Concretização uma Análise Exploratória



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Transcrição:

A Implementação do Processo de Bolonha em Portugal e os Relatórios Institucionais da sua Concretização uma Análise Exploratória António M. Magalhães CIPES/FPCEUP Apresentação: 1. A implementação do Processo de Bolonha 2. A implementação de Bolonha em Portugal 2.1. O inquérito à fase inicial de implementação 2.2. Uma análise exploratória dos relatórios de concretização do PB 1

1. A Implementação do Processo de Bolonha Os instrumentos de implementação do PB como soft law (MAC). Se é discutível o nível de coordenação que está a ser conseguido na construção da AEES, é indiscutível que tem havido alterações significativas nos sistemas de ensino superior dos Estados membros. Os procedimentos de soft law produzem efeitos bem visíveis: 46 países europeus, 4000 IES e cerca de 16 milhões de estudantes envolvidos no projecto mais ambicioso alguma vez empreendido neste âmbito de actuação educativa e política. 3 Os relatórios de consecução do PB eram inicialmente, em geral, triunfalistas, menosprezando as dificuldades de implementação a nível local. Implementação na forma baseada em regra na publicação de leis nacionais versus implementação de facto. O tempo político a meta de 2010 não coincide com o tempo académico necessário à implementação de facto do PB (sobretudo a mudança para um paradigma centrado na aprendizagem e no estudante). A implementação de facto, pode ser demorada, mas, nessa demora, poderá a vir a garantir-se a existência da diversidade de institucional e programática do ensino superior europeu. 4 2

2. A implementação de Bolonha em Portugal A alteração do quadro legislativo [Lei 49/2005 (alterações à LB) e o Decreto-Lei 74/2006)] e o atraso na implementação do PB em Portugal. A adequação dos cursos existentes contendo o número de ciclos de estudo oferecidos. A clarificação da natureza binária do sistema de ensino superior português. 5 Em 2006 foram apresentadas pelas IES: 1464 propostas (33% novos cursos; 67% adequação) Universidades públicas: 28% Politécnicos públicos: 27% Sector privado: 45% 6 3

2.1. Um inquérito à fase inicial de implementação A Comissão de Acompanhamento do Processo de Bolonha promoveu um inquérito a todas as instituições que submeteram propostas à DGES: 30 de universidades públicas 38 de universidades privadas 46 de politécnicos públicos 26 de politécnicos privados 7 As respostas às questões fechadas mostraram uma avaliação positiva e concordância em relação a aspectos como: - introdução de mudanças significativas na estrutura curricular dos planos de estudo; - introdução de mudanças significativas no processo de ensino aprendizagem (regime de avaliação, formas de contacto e metodologias de ensino); - visão muito positiva do processo e da definição de competências de formação associadas a cada curso e às unidades curriculares; - reconhecimento de falhas de formação pedagógica do corpo docente; - percepção de como a adequação dos cursos pode vir a influenciar o sucesso escolar. - expectativas muito optimistas das IES em relação à fidelização dos estudantes na transição do primeiro para o segundo ciclo [o sector politécnico privado mais optimista (4,47 numa esclara de 1 a 5)]. 8 4

2.2. Uma análise exploratória dos relatórios de concretização do PB...é sempre difícil mudar as pessoas e as instituições. Tais mudanças, para serem profundas e significativas, requerem recursos financeiros e humanos, requerem tempo para serem interiorizadas na cultura e na prática institucional... a meta de 2010 para terminus da implementação deste processo [Bolonha] terá forçosamente que ser contextualizada em face da abrangência de objectivos. Aquela meta representa um horizonte temporal demasiado curto para se implementar e amadurecer as mudanças, mormente quando estas incidem sobre práticas e atitudes secularmente instaladas... Relatório UM 10 5

Análise exploratória: as IES foram capazes de implementar a estrutura de Bolonha, no sentido da adequação integral dos ciclos de estudo à estrutura de 3 ciclos; As IES foram capazes de utilizar os instrumentos de Bolonha como o ECTS e o Suplemento ao Diploma; a limitação imposta por lei quanto à forma de adequação dos cursos existentes teve efeito, nomeadamente ao limitar a criação de novos cursos de 1º ciclo nas universidades públicas; as exigências de qualificação do pessoal docente para a leccionação de pós-graduações vieram concentrar os mestrados e os doutoramentos nas universidades públicas, que apresentam um corpo docente mais qualificado; 11 a generalidade das IES considera a mudança de paradigma do ensino para a aprendizagem como o grande desafio a resolver nos próximos anos; as IES reconhecem que o corpo docente das instituições necessita de formação significativa nas novas metodologias de ensino para implementação do paradigma centrado na aprendizagem dos estudantes; de registar um conjunto de actividades desenvolvido pelas IES em áreas como a garantia da qualidade, os inquéritos aos estudantes as novas modalidades de ensino, o aumento da internacionalização, etc. 12 6

1. UNIVERSIDADE DE AVEIRO Oferta formativa (2007/08 ): 48 cursos de 1.º ciclo e apenas 1 resultou da criação de um novo curso; 67 cursos de 2.º ciclo (38 foram criados de novo e 29 adequações) 25 cursos de 3º ciclo (9 em parceria) Estes dados dão consistência à conclusão de que houve grande contenção na criação de cursos de 1.º ciclo, tendo as instituições optado por concentrar esforços na pós-graduação com um aumento significativo da oferta. Boas práticas introduzidas: - descentralização dos serviços académicos - desenvolvimento do sistema interno de garantia da qualidade - definição dos standards de qualidade do ensino - procedimentos de diagnóstico apoiados numa bateria de inquéritos aos estudantes, aos docentes e aos ex-estudantes - identificação de aspectos críticos no ensino/aprendizagem, na investigação, nos processos administrativos, nas acções de formação pedagógica para os docentes e nos programas de apoio à inserção na vida activa. 13 As novas licenciaturas e mestrados integrados tiveram entre os candidatos ao ensino superior excelente aceitação. Houve por parte de docentes e estudantes uma adesão empenhada e participativa às alterações introduzidas nas metodologias de ensino/aprendizagem. Nos inquéritos aos estudantes as respostas reflectem o problema (também referido pelos docentes) da escassa participação nas orientações tutoriais, componente importante desenvolvimento de um paradigma de ensino/aprendizagem centrado no estudante. 14 7

2. UNIVERSIDADE DO MINHO Oferta formativa (2007/08): 31 licenciaturas 60 Mestrados; 12 Mestrados Integrados; 12 3.ºs ciclos A expansão da oferta deu-se, no essencial, na oferta da pós-graduação, com contenção ao nível da graduação. A UM tem um passado de forte envolvimento na implementação do processo de Bolonha: generalizou o uso do ECTS às licenciaturas em 2003 e aos mestrados em 2006. A UM é uma das três universidades europeias às quais foram concedidos em simultâneo o ECTS Label e o Diploma Supplement Label. Em 2003 lançou um Programa de Qualidade para a promoção de programas piloto em determinados cursos de acordo com o modelo de Bolonha e foram destinadas verbas para investimento em equipamento e adaptação de instalações. A partir de 2004 o Programa para a Qualidade iniciou a implementação de cursos de formação pedagógica para docentes, estando previstas para o futuro a criação de Centros de Apoio Pedagógico. 15 Em 2005 todos os programas de curso foram estruturados em termos de resultados de aprendizagem, sendo oferecida formação diversa aos docentes sobre esta matéria. Desde 2008/09 procura consolidar um sistema permanente de recolha e análise da opinião dos estudantes e dos docentes sobre as condições de ensino/aprendizagem nos cursos de Graduação e Pós- Graduação. Programas de promoção da mobilidade e da internacionalização. O Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino promove um estudo anual sobre o sucesso escolar, sinalizando as unidades curriculares consideradas criticas. Em 2008 foi feita uma avaliação sobre a evolução e o impacto de Bolonha no processo de ensino/aprendizagem usando um questionário que foi preenchido por 41 Directores de Curso e 49 representantes dos estudantes. 16 8

3- UNIVERSIDADE DE COIMBRA: Oferta formativa (2007/08 ): 46 1ºs ciclos; 74 2ºs ciclos 22 3ºs ciclos Contenção ao nível do 1.º ciclo e um grande aumento da pós-graduação. Grande aposta na internacionalização (a UC está entre as 100 universidades mais internacionais da Europa). As alterações incidiram sobre a constituição do estudante como centro e agente do processo educativo: no estabelecimento de modalidades de aprendizagem activa, no desenvolvimento de competências. A UC decidiu criar um Sistema de Gestão de Qualidade Pedagógica e organizar um Plano de Apoio à Transição para combate ao insucesso escolar e criar mecanismos de apoio à inserção na vida activa. 17 Pontos fortes: Maior envolvimento da comunidade educativa no processo de ensino/aprendizagem; Carga de esforço a desenvolver pelos estudantes mais equilibrada e mais bem distribuída ao longo do semestre/ano lectivo; Conhecimento mais profundo do funcionamento institucional e maior consciência das deficiências associadas ao funcionamento dos cursos e das instituições, nomeadamente nos planos pedagógico, científico e da gestão; Definição mais clara e articulada do perfil de conhecimentos e de competências a adquirir pelos estudantes ao longo do seu percurso formativo; Criação de uma Regulamentação interna clara e adequada, em matérias pedagógicas Pontos fracos: Dificuldades no acolhimento dos novos estudantes devido ao calendário de colocação dos candidatos ao Ensino Superior e de coordenação do acolhimento dos novos estudantes nomeadamente PALOPS, transferências, mudanças de curso e outros regimes especiais. Dificuldades na conciliação das tarefas docentes com a realização das tarefas da investigação, em virtude das actividades lectivas e de gestão pedagógica e ausência de mudanças significativas na organização lectiva e de contagem da carga horária dos docentes, bem como na aplicação correcta do sistema de créditos ECTS; A falta de adequação do material informático existente; Alguma rigidez no funcionamento institucional, sobretudo do ponto de vista administrativo; A falta de adaptação do espaço físico; O insuficiente financiamento. 18 9

4 - UNIVERSIDADE LUSÓFONA Oferta formativa (2007/08 ): 43 1ºs ciclos (6 novos); 56 2ºs ciclos (35 novos) 22 3ºs ciclos Pontos fortes da implementação do PB: Adequação de toda a oferta de cursos à organização de Bolonha; Total adopção do ECTS; Objectivos dos cursos definidos em função das competências a adquirir pelos estudantes; Implementação Suplemento ao Diploma; Maior interacção entre a Universidade e as organizações do seu meio envolvente. 19 Pontos fracos: Dificuldade de adaptação do novo modelo de organização aos estudantes/trabalhadores; Dificuldade de interiorização, por parte de alguns estudantes, da necessidade de maior autonomia no trabalho. Complexidade de gestão logística processo de inscrição estudantes em UC optativas. 20 10

5- INSTITUTOS POLITÉCNICO DE PORTALEGRE: 6- INSTITUTOS POLITÉCNICO DE SANTARÉM: I.P. Portalegre Cada Unidade Orgânica realiza inquéritos aos estudantes e docentes, através de questionários em cada UC Medidas destinadas a promover o sucesso escolar, a desenvolver competências extra-curriculares e a inserção na vida activa. 22 11

I.P. Santarém Para a adequação ao PB foram adoptadas pelas escolas medidas como: - Reajustamento nas horas de contacto, de modo a respeitar o disposto na alínea c) do nº 2 do artigo 66º do Decreto-Lei nº 74/2006. - Criação de unidades curriculares de opção; -Criação ou reforço de tutorias quer de natureza presencial quer online, através da plataforma Moodle; - Constituição de comissões de creditação, no âmbito dos conselhos científicos, com o objectivo de creditarem as formações certificadas e as competências profissionais dos estudantes. 23 Do tempo da implementação ao tempo da consolidação do PB 12