Pulso Económico De 26 dezembro de 2018 a 6 de janeiro de 2019

Documentos relacionados
Pulso Económico De 30 de abril a 6 de maio de 2018

Pulso Económico De 4 a 10 de fevereiro de 2019

Pulso Económico De 3 a 8 de Abril de 2018

Pulso Económico De 3 a 9 dezembro de 2018

Pulso Económico De 14 a 20 de maio de 2018

Pulso Económico De 2 a 7 de Janeiro de 2018

Pulso Económico De 5 a 11 de Fevereiro de 2018

Pulso Económico De 11 a 17 de Junho de 2018

Pulso Económico De 18 Dezembro de 2017 a 1 de Janeiro de 2018

Pulso Económico. Economia portuguesa. Economia espanhola. Portugal: Evolução do emprego. Espanha: indicadores de actividade

Pulso Económico De 26 de Fevereiro a 4 de Março de 2018

Pulso Económico De 13 a 19 de maio de 2019

Pulso Económico De 12 a 18 de Fevereiro de 2018

Pulso Económico De 24 a 30 de setembro de 2018

Pulso Económico De 2 a 8 de Julho de 2018

Pulso Económico De 3 a 7 de junho de 2019*

Pulso Económico De 4 a 10 de Junho de 2018

Pulso Económico De 15 a 22 de abril de 2019

Pulso Económico De 25 de Junho a 1 de Julho de 2018

Pulso Económico De 30 de julho a 26 de agosto de 2018

Pulso Económico De 28 de Maio a 3 de Junho de 2018

Pulso Económico De 29 de outubro a 4 de novembro de 2018

Pulso Económico De 23 a 29 de Abril de 2018

Pulso Económico De 1 a 7 de abril de 2019

Pulso Económico De 19 a 25 de novembro de 2018

Pulso Económico De 29 de abril a 5 de maio de 2019

Pulso Económico De 26 de novembro a 2 dezembro de 2018

Pulso Económico De 25 de fevereiro a 3 de março de 2019

Pulso Económico De 29 de Janeiro a 4 de Fevereiro de 2018

Pulso Económico De 13 a 19 de Novembro de 2017

Pulso Económico De 7 a 13 de janeiro de 2019

Pulso Económico De 12 a 18 de Março de 2018

Pulso Económico De 27 de maio a 2 de junho de 2019

Pulso Económico De 9 a 15 de Abril de 2018

Comentário Semanal. 31 de Agosto de Vânia Duarte. Segunda-feira negra nos mercados bolsistas mundiais. Estudos Económicos e Financeiros

Pulso Económico De 20 a 26 novembro de 2017

Pulso Económico De 25 a 31 de março de 2019

Pulso Económico De 22 a 30 de junho de 2019

Pulso Económico De 19 a 25 de fevereiro de 2018

Pulso Económico De 8 a 14 de abril de 2019

Pulso Económico De 4 a 10 Dezembro de 2017

Pulso Económico De 16 a 22 de Julho de 2018

Pulso Económico De 15 a 21 de Janeiro de 2018

Pulso Económico De 18 a 24 de março de 2019

Pulso Económico De 11 a 17 Dezembro de 2017

Pulso Económico De 14 a 20 de janeiro de 2019

Pulso Económico De 23 a 29 de julho de 2018

Pulso Económico De 5 a 11 de Março de 2018

Pulso Económico De 12 a 18 de novembro de 2018

Pulso Económico. Economia portuguesa. Economia espanhola. Portugal: Novas operações de crédito. Portugal: IPC. Espanha: IPC

Pulso Económico De 10 a 16 dezembro de 2018

Comentário Semanal Estudos Económicos e Financeiros

Pulso Económico De 23 a 28 de abril de 2019

Pulso Económico De 22 a 28 de Janeiro de 2018

Comentário Semanal. 27 de Fevereiro de Vânia Duarte. Indicadores PMI sinalizam um contexto económico favorável

Pulso Económico De 15 a 21 de outubro de 2018

Pulso Económico De 26 de Março a 2 de Abril de 2018

Comentário Semanal. 01 de Agosto de Teresa Gil Pinheiro. Resumo da semana e política monetária

Pulso Económico De 18 a 24 de fevereiro de 2019

(mil milhões USD) 60,0 30,0 20,0 10,0 0, , ,6 6,5 6,4

Pulso Económico De 17 a 23 de setembro de 2018

Comentário Semanal. 14 de Agosto de Vânia Duarte. Estudos Económicos e Financeiros. Inflação estabiliza na Zona Euro

Comentário Semanal Dep. Estudos Económicos e Financeiros

Pulso Económico De 16 a 22 de Abril de 2018

Pulso Económico De 8 a 14 de outubro de 2018

Comentário Semanal. 05 de Setembro de Agostinho Leal Alves. Emprego norte-americano chega para subir taxas? Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 25 de Julho de Vânia Duarte. FMI revê em baixa ligeira o crescimento económico mundial. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal Dep. Estudos Económicos e Financeiros. Agostinho Leal Alves

Pulso Económico De 18 a 24 de Junho de 2018

Comentário Semanal. 17 de Abril de Vânia Duarte. Estudos Económicos e Financeiros. Semana de confirmações

Comentário Semanal Dep. Estudos Económicos e Financeiros

Pulso Económico De 21 a 27 de janeiro de 2019

Em Portugal, a actividade da hotelaria aumentou em Agosto, embora esteja com tendência de desaceleração.

Comentário Semanal. A Reserva Federal em 2016

Comentário Semanal. 10 de Julho de Agostinho Leal Alves. Indiscutível a robustez do mercado de trabalho norte-americano

Comentário Semanal. Fed: menor optimismo. 21 de Março de Agostinho Leal Alves. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 21 de Agosto de Agostinho Leal Alves. BCE preocupado com o euro. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 20 de Fevereiro de Teresa Gil Pinheiro. Crescimento nos EUA será forte no primeiro trimestre

Comentário Semanal. 2 de Maio de José Miguel Cerdeira. Mercado de trabalho aumenta dinamismo. Estudos Económicos e Financeiros

BPI. Comentário Semanal. 02 de Fevereiro de Vânia Duarte. Indicadores de confiança favoráveis na Zona Euro. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. Economia mundial em desaceleração. 16 de Novembro de Agostinho Leal Alves. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 31 de Julho de Teresa Gil Pinheiro. Mais um passo na normalização da política monetária. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 16 Janeiro de Teresa Gil Pinheiro. Portugal: aumentam custos de financiamento

Comentário Semanal. 24 de Outubro de Vânia Duarte. Reunião do BCE de Dezembro trará novidades

Comentário Semanal. 8 de Maio de Teresa Gil Pinheiro. Crescem expectativas de crescimento sólido na zona euro. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 17 de Julho de José Miguel Cerdeira. EUR/USD robusto a semana passada. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 19 de Dezembro de José Miguel Cerdeira. Inflação a acelerar nos Estados Unidos cumprirá o alvo em 2017

Câmbios dependentes das reuniões dos bancos centrais e das eleições presidenciais nos EUA

BPI. Comentário Semanal. 19 de Janeiro de Agostinho Leal Alves. Banco central da Suíça alterou estratégia. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 22 de Junho de Luísa Felino. Fed mantém taxas em mínimos históricos. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 30 Janeiro de Vânia Duarte. Início de 2017 com nota positiva para a Zona Euro

Comentário Semanal. 17 de Agosto de Agostinho Leal Alves. A China move-se. Banco BPI - Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 27 de Junho de Vânia Duarte. Receios do Brexit tornaram-se realidade. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 28 de Agosto de Agostinho Leal Alves. EUR/USD cristalizado entre 1.17 e 1.19; EUR/GBP acentua tendência ascendente

Comentário Semanal. 26 de Junho de Agostinho Leal Alves. Banco de Portugal alinha projecções na versão optimista

Comentário Semanal. 21 de Novembro de Vânia Duarte. Yields da dívida soberana em trajectória ascendente

BPI. Comentário Semanal. 24 de Novembro de Teresa Gil Pinheiro. Japão reforça medidas de suporte à economia. Estudos Económicos e Financeiros

Comentário Semanal. 03 de Julho de Agostinho Leal Alves. A inflação core na Europa mantém-se resiliente. Estudos Económicos e Financeiros

(v.a. %) China EUA. Zona Euro. Japão. (v.a. %)

Transcrição:

1 Economia portuguesa As contas públicas mantiveram a tendência de melhoria face ao período homólogo. Em concreto, o saldo orçamental registou um défice de 624 milhões de euros no acumulado de janeiro a novembro. Este saldo equivale a -,3% do PIB, substancialmente inferior a -1,1% do PIB alcançado em novembro 217. Esta melhoria explica-se pelo considerável aumento das receitas (+5,4% homólogo), que continuam a beneficiar do robusto ambiente económico. Do lado das despesas (+3,3% homólogo) destaca-se o pagamento da totalidade do subsídio de Natal aos funcionários públicos em novembro. A confiança dos consumidores voltou a diminuir, mas permanece em níveis favoráveis. O indicador de confiança caiu para -2,2 pontos em dezembro (média dos últimos três meses), mas manteve-se em níveis consideravelmente acima da média histórica (-22,2 pontos). No mesmo período, o indicador de clima económico caiu para 2,2 pontos (2,3 em novembro), devido à redução da confiança no comércio e serviços. O rácio de NPLs diminuiu para 11,3% no 3T, um total de 31.171 milhões de euros. Isto representa uma diminuição de,5 p.p. face ao registado no 2T. Esta redução deveu-se, em larga medida, ao segmento de crédito à habitação e empresas. Economia espanhola Confirma-se o dado positivo do PIB do 3T. Na segunda revisão do indicador, o INE manteve o crescimento da economia em,6% em cadeia, embora tenha descido uma décima o crescimento homólogo, de 2,5% para 2,4%. Esta revisão não altera a nossa previsão de crescimento do PIB para a totalidade do ano de 218, que se mantém em 2,5%. Relativamente aos recentes indicadores de atividade do 4T, o índice PMI para o setor industrial de dezembro cedeu 1,5 pontos até alcançar os 51,1 pontos, enquanto que o análogo para o setor dos serviços se manteve nuns confortáveis 54, pontos pelo terceiro mês consecutivo. Por sua vez, o setor do turismo manteve um bom desempenho em novembro: chegaram 4,5 milhões de turistas internacionais, mais 3,6% do que em 217, que gastaram mais 5,3%. Maior robustez do mercado de trabalho no fecho de 218. O número de inscritos na Segurança Social aumentou em 55.872 pessoas em dezembro em termos ajustados de sazonalidade, o maior aumento mensal desde a existência de dados e muito acima do registo do ano anterior (+2.39). Nos últimos 12 meses, o número de inscritos aumentou em 563.965 pessoas (+3,1%), situando-se o total de inscritos acima dos 19 milhões pela primeira vez desde 28. Em relação ao próximo ano, espera-se que a boa evolução do mercado de trabalho perdure e o emprego cresça a uma taxa de 2,6%, novamente a um ritmo superior ao do crescimento da economia (com uma previsão de 2,1% para 219). A taxa de poupança caiu ligeiramente no 3T e situou-se em 4,7% do rendimento bruto disponível (acumulado de quatro trimestres),,2 p. p. abaixo do registo do trimestre anterior. O comportamento da poupança reflete a evolução sólida do consumo privado que, em termos nominais, cresceu 4,% homólogo no 3T. Contudo, a recuperação paulatina dos rendimentos, que cresceram 2,7% em termos homólogos (,6 p. p. acima do registo do 2T), permitiu que a queda da taxa de poupança fosse menor do que nos trimestres anteriores. Para os próximos trimestres, prevemos que as famílias 4 2-2 -4 Pulso Económico De 26 dezembro de 218 a 6 de janeiro de 219 Portugal: Execução Orçamental 217 vs. 218* Acumulado no ano (% do PIB) 6 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 217 218 Nota: * Contabilidade Pública. Fonte: BPI Research, com base nos dados da DGO. Portugal: Confiança do Consumidor e Clima Económico 4 2 Nível -2 Indicador de Clima Económico (ELE) -2-4 Confiança do Consumidor (ELD) -4 1-15 1-16 1-17 1-18 1-19 Fonte: BPI Research, a partir dos dados do INE. Espanha: PIB Contributo para o crescimento homólogo (p. p.) 5 4 3 2 1 Nível -1 3T 214 3T 215 3T 216 3T 217 3T 218 Procura Externa Procura Interna PIB* Nota: *Variação homóloga, %. Fonte: BPI Research, a partir dos dados do INE de Espanha. Espanha: Inscritos na Segurança Social* Variação mensal (milhares) 12 1 8 6 4 2-2 12-14 12-15 12-16 12-17 12-18 Nota: *Série ajustada de sazonalidade. Fonte: BPI Research, a partir dos dados do MEeSS. 4 2

comecem a recompor as suas poupanças, face a uma certa contensão do consumo e à contínua melhoria das receitas. A nova concessão de crédito cresceu a um ritmo positivo em novembro. Especificamente, no acumulado de janeiro a novembro, o novo crédito às famílias teve um crescimento em termos homólogos de 14,9% e o das empresas de 9,5%. Apesar dos dados positivos, o crescimento da nova produção de crédito não foi suficiente para compensar as saídas da carteira de crédito, sobretudo devido às vendas de crédito de cobrança duvidosa, fator que afetou a carteira do setor privado com uma contração de 2,1%. Economia europeia Os índices de sentimento confirmam que a preocupação provocada pela desaceleração do crescimento na Zona Euro é fundamentada. Assim, o índice PMI composto na Zona Euro desceu para 51,1 pontos em dezembro (52,7 em novembro), o registo mais baixo dos últimos 4 anos. O dado fica marcado pelo efeito dos protestos dos coletes amarelos em França (que esperamos que seja temporário), sendo que a queda significativa do PMI da Alemanha é também um foco de preocupação (para 51,6 pontos). A taxa de inflação na Zona Euro manteve-se em valores baixos em dezembro, e situou-se em 1,6%, menos 3 décimas do que o registo do mês anterior. Em parte, esta situação deveu-se à estabilização da componente energia (que cresceu 5,5% em cadeia, 3,6 p. p. abaixo do registo de novembro). Por sua vez, a taxa de inflação subjacente manteve-se estável em 1,1%. Por países foi possível observar uma tendência negativa generalizada, causada principalmente pelos preços da energia. Assim, a taxa de inflação geral (não harmonizada) em Espanha caiu 5 décimas para 1,2%, enquanto em Portugal desceu 2 décimas para,7%. Economia internacional Alguns dos indicadores económicos dos EUA mostram um certo abrandamento no período final de 218. Assim, em dezembro, o índice de sentimento empresarial (ISM) das indústrias caiu substancialmente para 54,1 pontos (59,3 em novembro). Contudo, este dado situa-se confortavelmente na zona de expansão (acima dos 5 pontos). Neste sentido, e em termos de mercado de trabalho, foram criados 312. postos de trabalho, um valor muito elevado, especialmente numa situação de praticamente pleno emprego; a taxa de desemprego aumentou ligeiramente para 3,9%; e os salários registaram um crescimento homólogo de 3,2% homólogo (o maior aumento do atual ciclo de expansão). Por sua vez, manteve-se o fecho parcial do Governo federal iniciado a 22 de dezembro face ao veto do presidente às medidas orçamentais temporárias aprovadas pela Câmara Baixa do Congresso. China: pressentem-se sinais de desaceleração. O índice de sentimento empresarial das indústrias (PMI), elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística da China, desceu novamente em dezembro e situou-se abaixo dos 5 pontos (49,4), o registo mais baixo em quase 3 anos. O índice industrial elaborado pela Caixin, com um maior peso das pequenas e médias empresas, também se situou na zona de contração (49,7 pontos). Estes dados sugerem que a desaceleração da economia chinesa foi significativa no último período de 218. Assim, esperamos que as autoridades chinesas apliquem políticas de apoio nos âmbitos fiscal e monetário no início de 219 para evitar um abrandamento excessivo da atividade económica. Zona Euro: PMI compósito 62 59 56 53 5 Expansão Contração 47 12-14 12-15 12-16 12-17 12-18 Portugal, Espanha e Zona Euro*: IPC Variação homóloga (%) 3.5.5 -.5-12-14 12-15 12-16 12-17 12-18 Portugal Espanha Zona Euro Nota: *Os dados para a Zona Euro correspondem ao IPCA. Fonte: BPI Research, a partir de dados do INE e Eurostat. EUA: ISM Indústria Transformadora 62 59 56 53 Expansão 5 Contração 47 12-14 12-15 12-16 12-17 12-18 China: indicadores de actividade Nível 56 54 52 5 Nível Zona Euro França Alemanha Fonte: BPI Research, a partir de dados da Markit. Nível Fonte: BPI Research, a partir dos dados do ISM. Expansão Contração 48 12-14 12-15 12-16 12-17 12-18 PMI Ind. Transformadora PMI serviços Fonte: BPI Research, a partir de dados do Gab. Estatísticas da China. www.bancobpi.pt Pulso Económico De 26 dezembro de 218 a 6 de janeiro de 219

Mercados financeiros Os mercados financeiros encerraram o ano de 218 com elevada volatilidade. Durante os últimos dez dias do ano, as bolsas internacionais mostraram uma certa estabilização ao travarem as perdas das semanas anteriores e, nos EUA, o índice S&P 5 chegou mesmo a recuperar mais de 3%. Não obstante, na sua totalidade, 218 foi um ano convulso com diversas tensões geopolíticas e comerciais, aperto das condições monetárias norte-americanas e globais, e o consequente fortalecimento do dólar. Este contexto de volatilidade fez-se notar especialmente nas ações, onde os principais índices bolsistas fecharam 218 com perdas acumuladas entre 6% (EUA) e 25% (China), naquele que foi o pior ano desde o agitado período de 28-211. Mas o contexto também foi exigente no mercado de rendimento fixo, onde em 218 se destacou o aumento dos prémios de risco, tanto devido ao aumento gradual das taxas de juro da dívida das empresas, como ao recrudescimento dos prémios de risco soberanos da Zona Euro. Além disso, também ocorreram fortes oscilações nas taxas de juro soberanas norte-americanas (a taxa de juro a 1 anos aumentou mais de 8 p. b. entre janeiro e novembro, para posteriormente cair perto de 4 p. b. até finais de dezembro) tendo a sua curva nivelado consideravelmente (o diferencial entre as taxas de juro a 1 anos e 3 meses terminou o ano em torno de 3 p. b., o nível mais baixo desde a inversão da curva em 27). Em último lugar, a volatilidade também reinou no mercado das matérias-primas, onde o petróleo passou de um máximo de 85 dólares por barril (Brent) em outubro para fechar o ano perto dos 55 dólares. 219 arranca sem tendência. Na primeira semana do ano, os principais índices bolsistas alternaram sessões de perdas e ganhos e terminaram com resultados díspares. Assim, nos EUA, o S&P 5 terminou com um crescimento de 1,9%, enquanto que os índices bolsistas europeus também registaram ganhos claros, embora com grandes diferenças entre países (CAC +,1%, DAX +2,%, Ibex 35 +2,3%). Por sua vez, as bolsas das economias emergentes mostraram um comportamento misto (MSCI Ásia -1,6%, MSCI América Latina +6,7%) e o índice MSCI para o conjunto das economias emergentes fechou com uma perda de,1%. Por outro lado, a aversão ao risco manifestou-se no mercado de rendimento fixo, com uma redução significativa das taxas de juro norte-americanas e alemãs e um aumento dos prémios de risco periféricos. Finalmente, no mercado das matériasprimas, o preço do petróleo (Brent) aumentou mais de 6%, após os últimos dados terem mostrado um corte acentuado na produção da OPEP em dezembro. Dados previstos de 7 a 13 de Janeiro 4-1-19 21-12-18 Var. semanal Acumulado 219 Var. Homóloga Taxas (pontos base) Taxas 3 meses Taxas 12 meses Zona Euro (Euribor) Zona Euro (Euribor) -,31 -,12 -,31 -,12 + 2 7 2 7 EUA (Libor) EUA (Libor) 2,8 2,96 2,82 3,7-2 -11 111 85 11 81 Alemanha,21,25-4 -22-23 Taxas 1 anos EUA 2,67 2,79-12 26 19 Espanha 1,47 1,4 7-9 -5 Portugal 1,81 1,69 12-14 -13 Prémio de risco Espanha 127 115 12 13 18 (1 anos) Portugal 16 144 16 8 1 Mercado de Acções S&P 5 32 2.417 4,8% (percentagem) -5,3% -7,7% Euro Stoxx 5 3.42 3.1 1,4% -13,2% -15,7% IBEX 35 8.738 8.557 2,1% -13,% -16,1% PSI 2 4.88 4.65 4,9% -9,4% -13,1% MSCI emergentes 965 957,8% -16,7% -19,7% Câmbios EUR/USD dólares por euro 1,14 1,137,2% (percentagem) -5,1% -5,3% EUR/GBP libras por euro,895,9 -,5%,8% 1,% USD/CNY yuan por dólar 6,869 6,97 -,5% 5,6% 5,9% USD/MXN pesos por dólar 19,417 19,939-2,6% -1,2% 1,2% Matérias-Primas Índice global 78,3 78,7 -,5% (percentagem) -11,2% -1,9% Brent a um mês $/barril 57,1 53,8 6,% -14,7% -15,6% Fonte: BPI Research, a partir de dados da Bloomberg. 7 Zona Euro Vendas a retalho (Nov.) 1 França Produção Industrial (Nov.) EUA ISM Serviços (Dez.) China IPC (Dez.) 8 Portugal Emprego e desemprego (Nov.) 11 Espanha Compra e venda de casas (Nov.) Alemanha Produção Industrial (Nov.) Espanha Produção Industrial (Nov.) 9 Portugal Comércio Internacional (Nov.) Portugal IPC (Dez.) Zona Euro Desemprego (Nov.) Itália Produção Industrial (Nov.) EUA Minutas da Fed EUA IPC (Dez.) PULSO ECONÓMICO é uma publicação do Banco BPI preparada pela sua Área de Estudos Económicos e Financeiros que contém informações e opiniões provenientes de fontes consideradas confiáveis, mas o Banco BPI não garante a precisão do mesmo e não é responsável por erros ou omissões neles contidos. Este documento tem um objetivo puramente informativo, razão pela qual o Banco BPI não é responsável, em qualquer caso, pelo uso que dele se faz. Opiniões e estimativas são propriedade da área e podem estar sujeitas a alterações sem aviso prévio. www.bancobpi.pt Pulso Económico De 26 dezembro de 218 a 6 de janeiro de 219

Quadros Semanais Política Monetária e Taxas de Curto Prazo Dívida Pública Mercado Cambial Commodities Mercado de Acções

Pulso Económico 4 de janeiro de 219 Política Monetária e Taxas de Curto Prazo Quadro de política monetária Nível Próxima reunião Previsões BPI (final de período) Última alteração actual Data Previsão 4ºT 18 1ºT 19 2ºT 19 3ºT 19 BCE.% 14 Dez 16 ( 5 bp) 24 jan.%.%.%.%.% Fed* 2.25% 26 Set 18 (+25/+25 bp) 3 jan % % % 2.75% 3.% BoJ**.1% 19 Dez 8 ( 2 bp) 23 jan.1%.1%.%.%.% BoE.5% 2 Ago 18 (+25 bp) 7 fev.75%.75%.75% 1.% 1.% BNS***.75% 15 Jan 15 ( 5 bp) 21 mar * Limite superior do intervalo. ** A partir de Abril de 213, o Banco do Japão passou a adoptar como principal instrumento de política monetária o controlo da base monetária em vez da taxa de juro. *** O nível actual refere se ao valor médio do objectivo do SNB para a Libor 3 meses do CHF. Taxas de curto prazo Taxas a 3 meses (%) 3. 2. 1..5. -.5 Euribor Libor USD Libor GBP Libor JPY 3.5 3. 2. 1..5. -.5-1. Estrutura das taxas de curto prazo (%) O/N 1W 1M 3M 6M 12M Euribor Libor USD Libor GBP Libor JPY Nota: a Libor do JPY no prazo overnight, devido à ausência de informação, refere se ao prazo spot next (contratos com entrega no dia seguinte) Futuros Taxas a 3 meses Futuros de taxas a 3 meses (%) 3 Euribor Libor USD Libor GBP 4 jan 19.31% 2.8%.91% #REF! #REF! #REF! #REF! 2 18 set 28 #VALUE! #VALUE! #REF! 18 dez 28 #VALUE! #VALUE! #VALUE! 18 mar 19 1.3% 2.71% #VALUE! 17 jun 19.28% 2.68%.92%.5 16 set 19.27% 2.63%.97% 16 dez 19.23% 2.61% 1.% 16 mar 2.2% 2.49% 1.6% 15 jun 2mar-19.17% 2.43% 1.9% -.5 Libor USD Euribor Libor GBP Evolução histórica dos futuros a 3 meses (%) 3. 2. 1..5. -.5 dez-16 ago-17 abr-18 dez-18 Euribor Libor USD Libor GBP Fonte: Bloomberg, BPI

Pulso Económico 4 de janeiro de 219 Dívida Pública Taxas de juro: economias avançadas Taxas a 5 anos (%) 3.5 3. 2. 1..5. -.5-1. Taxas a 1 anos (%) 3.5 3. 2. 1..5. -.5 Alemanha EUA Reino Unido Japão Alemanha EUA Reino Unido Japão 3.5 3. 2. 1..5. -.5-1. Curvas de rendimento 1) (%) O/N 1W 1M 3M 6M 12M 2Y 3Y 5Y 7Y 1Y 3Y Alemanha EUA Japão Reino Unido Alemanha EUA Reino Unido Portugal Actual Var. 1 mês Var. 1 mês Var. 1 mês Var. 1 mês Actual Actual Actual (p.b.) (p.b.) (p.b.) (p.b.) 2 anos.6% 1.6 2.48% 31.9.75% 1.7.26% 1.6 5 anos.35% 4.7 2.47% 31.8.89% 1.2.54% 4.1 1 anos.2% 5.9 2.65% 26.5 1.27% 1.3 1.81%.6 3 anos.85% 6. 2.98% 19.7 1.8% 12.2 2.99% 3.2 Spreads 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Periféricos da Zona Euro (face à Alemanha 1-yr; pontos base) Portugal Espanha Itália Irlanda 5 4 3 2 1 Mercados emergentes JP Morgan EMBI (face aos EUA; pontos base) jan-17 jul-17 jan-18 jul-18 jan-19 EMBI Plus Brasil México Argentina (ELD) 9 6 3 Fonte: Bloomberg

Pulso Económico 4 de janeiro de 219 Mercado Cambial Taxas de câmbio EUR vs USD vs Emergentes Variação (%) Últimos 12 meses spot 1 semana 1 mês YTD Homóloga Máx. Min. USD E.U.A. 1.1414.24%.63%.33% 5.47% 1.26 1.12 GBP R.U..897.5%.54%.26%.68%.91.86 CHF Suiça 1.13.1%.58%.2% 4.34% 1.2 1.12 GBP R.U. 1.27.24%.11%.13% 6.2% 1.44 1.24 JPY Japão 18.31 1.9% 3.96% 1.23% 3.96% 114.58 14.56 CNY China 6.87.13%.48%.13% 5.74% 6.98 6.24 BRL Brasil 3.72 3.97% 3.48% 4.2% 15.23% 4.23 2.98 Taxas de câmbio efectivas nominais Variação (%) Últimos 12 meses spot 1 semana 1 mês YTD Homóloga Máx. Min. EUR 11.7.51%.1%.27% 8% 15.96 1.77 USD 128.1.4%.72% 7.61% 7.19% 129.13 115.19 Taxa de câmbio EUR vs... 1.3.95 1.25.9 1.2 1.15.85 1.1.8 1..75 Taxa de câmbio USD vs... 1.45 13 1.4 12 1.35 11 1.3 1 1.25 9 1.2 8 1.15 7 1.1 6 EUR/USD EUR/GBP (ELD) USD/GBP USD/JPY (ELD) Taxa de câmbio USD vs Emergentes... (base móvel 2 anos = 1) 215 2 185 17 155 14 125 11 95 8 65 dez-16 fev-17 abr-17 jun-17 ago-17 out-17 dez-17 fev-18 abr-18 jun-18 ago-18 out-18 dez-18 Brasil Índia Rússia Turquia China Taxas de câmbio forward EUR vs USD vs GBP vs.. USD GBP DKK NOK CHF JPY CHF USD Taxa spot 1.141.897 7.468 9.831 1.125 18.31.986 1.273 Tx. forward 1M 1.144.898 7.466 9.843 1.125 18.43.983 1.275 Tx. forward 3M 1.15.9 7.464 9.868 1.124 17.53.977 1.279 Tx. forward 12M 1.178.91 7.456 9.991 1.121 15.24.952 1.295 Tx. forward 5Y 1.296.958 1.681 1.98 93.7.843 Fonte: Bloomberg

Pulso Económico 4 de janeiro de 219 Commodities Energia & metais Preços de referência: energia 9 85 8 75 7 65 6 55 5 45 4 jan-17 jul-17 jan-18 jul-18 jan-19 Preços de referência: metais 1,4 35 1,35 1,3 3 1,25 25 1,2 1,15 2 1,1 15 1,5 1, 1 jan-17 jul-17 jan-18 jul-18 jan-19 WTI (USD/bbl.) Brent (USD/bbl.) Ouro (USD/onça troy) Cobre (ELD: USD/onça troy) 4 jan Variação (%) Futuros 7 dias 1 mês 6 meses 1 mês 1 ano 2 anos Energia WTI (USD/bbl.) 48.2 7.9% 9.9% 27.5% 48.5 5 5 Brent (USD/bbl.) 57.2 8.5% 8.1% 24.7% 57.4 57.4 58.2 Gás natural (USD/MMBtu) 3. 15.5% 3.4% 2.1% 3. 3. 2.9 Metais Ouro (USD/ onça troy) 1,285..5% 3.6% 2.6% 1,285. 1,316.1 1,349.2 Prata (USD/ onça troy) 15.7 2.9% 8.3% 8.7% 16.2 16.4 Cobre (USD/MT) 264. 1.1% 4.3% 1.9% 263.6 264.1 262.4 Agricultura 65 Preços de referência: trigo e milho 45 17 Preços de referência: café e soja 11 6 55 425 4 16 15 14 15 1 5 375 13 95 45 4 35 325 12 11 1 9 85 35 dez-17 mar-18 jun-18 set-18 dez-18 3 9 dez-17 mar-18 jun-18 set-18 dez-18 8 Trigo Milho Soja USD/bu.(ELD) Café USD/lb 4 jan Variação (%) Futuros 7 dias 1 mês 6 mês 1 mês 1 ano 2 anos Milho (USD/bu.) 382.8 2.2%.5% 2.2% 382.8 43.5 417.5 Trigo (USD/bu.) 518.5 1.6%.7%.5% 518.5 554.5 585.5 Soja (USD/bu.) 98. 4.4%.5% 7.5% 9 965.8 98. Café (USD/lb.) 11.6.1% 5.% 14.5% 11.6 114.1 128.6 Açúcar (USD/lb.) 11.9 3.2% 7.% 2.1% 12.4 13.3 Algodão (USD/lb.) 72.9 1.2% 8.6% 11.6% 73.9 71.2 Fonte: Bloomberg

Pulso Económico 4 de janeiro de 219 Mercado de Acções Principais índices bolsistas País Índice Valor Máximo 12 meses Mínimo 12 meses Variação Actual Data Nível Data Nível Semanal Homóloga YTD Europa Alemanha DAX 1,756 23 jan 13,597 27 dez 1,279 1.1% 18.3% 1.9% França CAC 4 4,732 21 mai 5,657 27 dez 4,556 2.9% 12.6%.% Portugal PSI 2 4,874 22 mai 5,81 27 dez 4,552 6.3% 13.3% 3.% Espanha IBEX 35 8,733 23 jan 1,643 27 dez 8,286 4.4% 15.3% 2.3% R. Unido FTSE 1 6,838 22 mai 7,94 27 dez 6,537 3.9% 11.1% 1.6% Zona Euro DJ EURO STOXX 5 3,39 23 jan 3,687 27 dez 2,99 3.5% 14.8% 1.3% EUA S&P 5 2,515 21 set 2,941 26 dez 2,347 1.% 7.7%.3% Nasdaq Comp. 6,74 3 ago 8,133 24 dez 6,19 1.9% 5.3% 1.% Dow Jones 23,317 3 out 26,952 26 dez 21,713.8% 7.%.% Ásia Japão Nikkei 225 19,562 2 out 24,448 26 dez 18,949 3.% 14.1% 2.3% Singapura Straits Times 2,1 29 jan 2,67 4 jan 1,985.9% 18.5% % Hong Kong Hang Seng 25,626 29 jan 33,484 3 out 24,541.6% 16.6%.8% Emergentes México Mexbol 42,355 29 jan 51,121 26 nov 39,272 2.3% 14.9% 1.7% Argentina Merval 32,9 1 fev 35,462 28 ago 24,618 12.7%.4% 5.9% Brasil Bovespa 92,316 4 jan 92,71 19 jun 69,69 8.4% 17.4% 5.% Russia RTSC Index 1,118 26 fev 1,339 25 dez 1,33 6.2% 7.9% 4.9% Turquia SE1 88,831 29 jan 121,532 17 ago 84,655 2.4% 23.1% 2.7% EUA 16 (base móvel 2 anos = 1) 15 14 13 12 11 1 9 8 Dow Jones IA S&P 5 NASDAQ 13 12 11 1 9 8 Europa (base móvel 2 anos = 1) 7 DAX CAC UKX Ibéria (base móvel 2 anos = 1) 13 125 12 115 11 15 1 95 9 85 8 225 2 175 15 125 1 75 Mercados emergentes (base móvel 2 anos = 1) 5 PSI2 IBEX MEXBOL BOVESPA WIG MERVAL Fonte: Bloomberg

Esta publicação destina-se exclusivamente a circulação privada. A informação nela contida foi obtida de fontes consideradas fiáveis, mas a sua precisão não pode ser totalmente garantida. As recomendações destinam-se exclusivamente a uso interno, podendo ser alteradas sem aviso prévio. As opiniões expressas são da inteira responsabilidade dos seus autores, reflectindo apenas os seus pontos de vista e podendo não coincidir com a posição do BPI nos mercados referidos. O BPI, ou qualquer afiliada, na pessoa dos seus colaboradores, não se responsabiliza por qualquer perda, directa ou potencial, resultante da utilização desta publicação ou seus conteúdos. O BPI e seus colaboradores poderão deter posições em qualquer activo mencionado nesta publicação. A reprodução de parte ou totalidade desta publicação é permitida, sujeita a indicação da fonte. BANCO BPI S.A. Rua Tenente Valadim, 284 41-476 PORTO Telef.: (+351) 22 27 5 ; Telefax: (+351) 22 27 58 88 Largo Jean Monnet, 1-9º 1269-67 LISBOA Telef.: (+351) 21 724 17 ; Telefax: (+351) 21 353 56 94