MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR



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Transcrição:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR

Lei nº 11.487/2007: Problema: produção científica crescente SEM reflexo no setor produtivo e industrial

Produção Científica de todas as áreas no Período de 1981 a 2006 (Austria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Finlandia, Israel, Noruega, Polônia, Escócia) 18000 16000 14000 AUSTRIA BELGICA 1 BRASIL 10000 8000 6000 4000 0 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Nº de Artigos DINAMARCA FINLANDIA ISRAEL NORUEGA POLÔNIA ESCÓCIA Ano

Produção Científica de todas as áreas no Período de 1981 a 2006 (Brasil, Canada, China, Inglaterra, França, Alemanha, Japão, Suécia) 80000 70000 60000 50000 40000 30000 0 10000 0 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Ano BRASIL CANADA CHINA INGLATERRA FRANÇA ALEMANHA JAPÃO SUÉCIA Nº de Artigos

80000 70000 60000 50000 40000 30000 0 10000 0 Produção Científica de todas as áreas no Período de 1981 a 2006 (Brasil, China, India, Singapura, Coréia do Sul, Espanha e Taiwan) 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Ano BRASIL CHINA INDIA SINGAPURA CORÉIA DO SUL ESPANHA TAIWAN Nº de Artigos

18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 Evolução da Produção Científica (ISI) da América Latina por país 1981 a 2006 (6 mais produtivos) 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Ano BRAZIL ARGENTINA CHILE MEXICO VENEZUELA COLOMBIA Nº de Artigos

2001 2002 2003 2004 2005 2006 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Scientific Production: Brazil and World: 1981-2006 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 1986 Mundo Brasil Ano 1984 1985 1983 1982 1981 Crescimento

18000 Ph.D. Degrees Granted X Published Articles (ISI): 1987-2006 10000 16000 9000 14000 8000 1 7000 10000 8000 6000 5000 4000 6000 3000 4000 1000 0 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 0 ARTIGOS PUBLICADOS (ISI) TITULAÇÃO DOUTORES NO BRASIL

Desenvolvimento Científico 1981: produção de 1.913 artigos científicos = 0,4% da produção mundial. 2006: produção de 16.958 artigos científicos = 1,92% da produção mundial (crescimento de 8,9 vezes no período; 4,5 vezes maior do que o crescimento mundial). Suficiente para manter o desempenho atual, porém insuficiente para a competição com os países desenvolvidos e os concorrentes diretos (Coréia do Sul, China, Índia, Taiwan e Espanha), especialmente nas áreas tecnológicas.

Desenvolvimento tecnológico Investimento em C&T&I / PIB: três a cinco vezes menor do que o de qualquer dos países situados à nossa frente Desenvolvimento científico: concentrado nas universidades Mas: sofrível registro de patentes Causa: baixa interação universidade / empresa

Produção de Patentes Universidades: 26% das patentes em 2003 (cerca de dez vezes superior à contribuição acadêmica nos países desenvolvidos) Das 20 maiores depositárias de patentes no Brasil, 5 são universidades (1º lugar: UNICAMP)

Vinte maiores instituições residentes depositárias de patentes no Brasil 1999-2003 Depositante 1999 2001 2002 2003 total 1- Unicamp 17 39 22 60 53 191 2- Petrobrás 30 25 30 43 49 177 3- Arno S A 26 37 14 28 43 148 4- Multibrás Eletr. S. A 12 12 27 28 31 110 5- Semeato S A Ind e Co. 14 13 16 16 41 100 6- Vale do Rio Doce Co 16 06 15 27 25 89 7- FAPESP 01 01 10 36 35 83 8- Brasil Compressores 14 13 29 09 16 81 9- DANA Ind Ltda 01 20 23 21 06 71 10- UFMG 02 09 17 23 15 66 Fonte: INPI, patentes BR publicadas, Banco de Dados EPOQUE. In Press: Guimarães, J. A; Oliveira, J.F.G;Prata, A. T. Engenharia e Desenvolvimento no Brasil: Desafios e Perspectivas

Vinte maiores instituições residentes depositárias de patentes no Brasil 1999-2003 Depositante 1999 2001 2002 2003 total 11- Johnson & Johnson 12 16 11 12 05 56 12- USP 07 07 08 13 20 55 13- JACTO Máquinas Agrícolas 15 23 04 07 05 54 14-USIMINAS 07 14 11 06 10 48 15- ELETROLUX do Brasil S A 19 06 08 09 03 45 16- EMBRAPA 09 09 10 11 03 42 17- CNPq 06 08 03 10 15 42 18- UFRJ 02 04 02 17 13 38 19- UNESP 03 02 03 13 13 34 20- DIXIE TOGAS S. A 00 04 09 16 02 31 Fonte: INPI, patentes BR publicadas, Banco de Dados EPOQUE. In Press: Guimarães, J. A; Oliveira, J.F.G;Prata, A. T. Engenharia e Desenvolvimento no Brasil: Desafios e Perspectivas

1983 1986 1989 1992 1995 1998 3500 3000 2500 1500 1000 500 0 10,0 3500 7,5 Brasil 5,0 2,5 3000 2500 Coréia 1500 1000 500 0,0 1980 Patentes nos EUA Investim. P. empresas (US$ bilhões) Patentes nos EUA 0 10,0 Investim. P. empresas (US$ bilhões) 7,5 5,0 2,5 0,0 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 Patentes depositadas nos EUA e investimento das empresas em P&D para o Brasil e a Coréia. (C. H. Brito Cruz, palestra 3a CNCTI 2005, www.cgee.org.br/cncti3/)

Brasil Coréia Canadá Itália Univ. e outros Governo Indústria Inglaterra França Alemanha Japão EUA 0 20 40 60 80 Cientistas (%)

Desenvolvimento científico & tecnológico Pós-graduação inovação patentes setor produtivo e industrial Vantagens no competitivo mercado internacional.

Lei nº 11.487/2007: Art. 19-A. A pessoa jurídica poderá excluir do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, os dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação tecnológica a ser executado por Instituição Científica e Tecnológica - ICT, a que se refere o inciso V do caput do art. 2 o da Lei n o 10.973, de 2 de dezembro de 2004. 1 o A exclusão de que trata o caput deste artigo: I - corresponderá, à opção da pessoa jurídica, a no mínimo a metade e no máximo duas vezes e meia o valor dos dispêndios efetuados, observado o disposto nos 6 o, 7 o e 8 o deste artigo 6 o A participação da pessoa jurídica na titularidade dos direitos sobre a criação e a propriedade industrial e intelectual gerada por um projeto corresponderá à razão entre a diferença do valor despendido (dispêndios) pela pessoa jurídica e do valor do efetivo benefício fiscal utilizado (exclusão), de um lado, e o valor total do projeto, de outro, cabendo à ICT a parte remanescente.

Lei nº 11.487/2007: Não é um benefício fiscal puro A empresa sempre assume parte do risco do projeto A ICT (universidade) sempre fica com parte da propriedade intelectual

Exemplo Dispêndios: R$100,00 Carga tributária incidente: 34% IR sobre os dispêndios: R$34,00 Exclusão: entre R$17,00 e R$85,00 Propriedade Intelectual: entre 83% e 15%

PROCEDIMENTOS Edital: seleção de projetos Financiamento pelas Empresas Pactuação direitos de propriedade intelectual

PITCE Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior: Modernização do setor industrial; Ampliação do comércio exterior; Geração e absorção de tecnologias. Tecnologias portadoras de futuro: Nanotecnologia e Microeletrônica [Nanometrologia]; Biotecnologia; Biomassa. Setores prioritários: Semicondutores; Softwares Fármacos e Medicamentos; Bens de capital e equipamentos. Atualização marco 2007