Unidade II ESTRUTURA DAS. Prof. Me. Alexandre Saramelli



Documentos relacionados
Unidade II CONTABILIDADE. Prof. Jean Cavaleiro

Unidade II ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Prof. Me. Alexandre Saramelli. Unidade III ESTRUTURA DAS

Contabilidade Empresarial

1º CASO Cia. INVESTIDORA S.A.

Comentários da prova SEFAZ-PI Disciplina: Contabilidade Geral Professor: Feliphe Araújo

EXEMPLO COMPLETO DO CÁLCULO DO FLUXO DE CAIXA COM BASE EM DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS

10. Balanço Patrimonial Plano de Contas

Exercício Elaboração da DOAR e da DFC passo a passo

PLANO DE CONTAS ATIVO - CONTAS DEVEDORAS PASSIVO - CONTAS CREDORAS DESPESAS - CONTAS DEVEDORAS RECEITAS - CONTAS CREDORAS APURAÇÃO DE RESULTADO

Prof. Fernando Oliveira Boechat

ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL. FASF - Faculdade Sagrada Família - Curso de Administração - Disciplina Contabilidade Geral - 3º periodo

Aula 2 Contextualização

Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC. Renato Tognere Ferron

Palestra. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e Demonstração do Valor Adicionado (DVA) - Novas Normas Contábeis. Março 2012.

FUNDAÇÃO DAS ESCOLAS UNIDAS DO PLANALTO CATARINENSE LAGES - SC BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE. Valores expressos em Reais ATIVO

GLOSSÁRIO DE TERMOS CONTÁBEIS

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

ATIVO Notas

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Princípios Fundamentais Contabilidade

IBRACON NPC nº 20 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Obrigações. Fornecedores Salários a pagar Impostos a recolher Patrimônio Líquido. Capital Social Reservas 30.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Contabilidade Geral - Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Aula 10 Demonstração do Fluxo de Caixa. Conteúdo

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010 (Valores expressos em reais)

Prof. Walter Dominas

CURSOS ON-LINE CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS PROFESSOR ANTONIO CÉSAR AULA 11: EXERCÍCIOS (CONTINUAÇÃO)

PLANO DE CONTAS - GÁS NATURAL

Sistema de contas. Capítulo 2 Sistema de contas

ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS.

CNPJ / CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MAIO DE 2015 (Em R$ Mil)

Curso: Ciências Contábeis. Disciplina: ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Entrega dia 30 de Novembro

FCPERJ UCAM Centro. Contabilidade Empresarial DFC. Prof. Mônica Brandão

Professor conteudista: Hildebrando Oliveira

Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada IMPA-OS

CONTABILIDADE BÁSICA

Lista de Exercícios ENADE

Inepar Telecomunicações S.A. Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2008 e 2007

GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA I

Plano de Contas Aplicado ao Setor PúblicoP. Tesouro Nacional

PANATLANTICA SA /

Demonstrações Financeiras Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM


Fundação Amazonas Sustentável Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2008 e parecer dos auditores independentes

Como representar em termos monetários a riqueza de uma organização em determinado momento?

Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Contabilistas e Corretores de Seguros da Grande Belo Horizonte Ltda. SICOOB CREDITÁBIL

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto

18- PLANILHA DOS METODOS DIRETO E INDIRETO DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA MÉTODO DIRETO

QUESTÕES POTENCIAIS DE PROVA TROPA DE ELITE CURSO AEP PROF. ALEXANDRE AMÉRICO

1.1 Demonstração dos Fluxos de Caixa

SUMÁRIO. Prof. Edson de Oliveira Pamplona Universidade Federal de Itajubá

Questão 01 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO. Isabele Cristine e Vivian Vasconcelos

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Pronunciamentos Contábeis (CPCs): esquematizados, resumidos e anotados. CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa

ATIVIDADE ESTRUTURADA

Resultados 3T06 8 de novembro de 2006

Plano de Contas Referencial da Secretaria da Receita Federal 1 de 32

Ecoporto Holding S.A. (Anteriormente Denominada Ecoporto Holding Ltda.)

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - DFC

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS UNIDADE VI - ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Básico Fiscal. Contabilidade Avançada. Módulo Exercícios de Apoio. Prof. Cláudio Cardoso

REGIMES CONTÁBEIS RECEITAS E DESPESAS

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)

Jonilson Lima da Silva Diretor Administrativo CRC/DF 13305/00

Vamos à prova: Analista Administrativo ANEEL 2006 ESAF

DELIBERAÇÃO CVM Nº 547, DE 13 DE AGOSTO DE 2008

ASSOCIAÇÃO PRÓ-HOPE APOIO À CRIANÇA COM CÂNCER CNPJ / BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DEZEMBRO DE 2010 E 2009

O FORMATO NOTA 10 PARA APRESENTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (com base em demonstrações financeiras encerradas)

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade:

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ TOTVS S/A / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

ASPECTOS GERAIS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS EMPRESAS

Anexo 12 - Balanço Orçamentário

Resolução. ALTERNATIVA: c. Comentário

Banrisul Armazéns Gerais S.A.

Logística Prof. Kleber dos Santos Ribeiro. Contabilidade. História. Contabilidade e Balanço Patrimonial

Demonstração dos Resultados

Contabilidade II Licenciatura em Economia Ano Lectivo 2007/2008. Contabilidade II. CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A. 2005

De acordo com a NBC TG16(R1), estoques, seu item número 9 define como os estoques devem ser mensurados, assim transcrito abaixo:

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL - REGRAS APLICÁVEIS PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

1. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)

Fundamentos Decifrados de Contabilidade

Contabilidade Avançada Fluxos de Caixa DFC

mhtml:file://c:\documents and Settings\6009\Meus documentos\glossário DE T...

1 Demonstrações Obrigatórias - Lei das S/A x Pronunciamentos Técnicos CPC

Análise Financeira. Universidade do Porto Faculdade de Engenharia Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Economia e Gestão

Unidade II AVALIAÇÃO DE EMPRESAS. Prof. Rubens Pardini

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos

ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa

4º E 5º PERIODOS CIENCIAS CONTABEIS PROF NEUSA. 1- A empresa Brasil S/A apresenta inicialmente os seguintes saldos contábeis:

Turno/Horário Noturno PROFESSOR: Salomão Dantas Soares AULA Apostila nº

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ENCERRADAS EM 31/12/2014

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012, de 2011 e de 2010

Pessoal, ACE-TCU-2007 Auditoria Governamental - CESPE Resolução da Prova de Contabilidade Geral, Análise e Custos

CONTABILIDADE GERAL. Adquira esta e outras aulas em CONCURSO PÚBLICO PARA TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL

Transcrição:

Unidade II ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Me. Alexandre Saramelli

Estrutura das demonstrações contábeis Relatório Anual Porto Seguro

Introdução Processo de Convergência Contábil Internacional

Estrutura das demonstrações contábeis Dividida em quatro Unidades: Unidade I 1. Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados 2. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Unidade II 3. Demonstração dos Fluxos de Caixa

Estrutura das demonstrações contábeis Dividida em quatro Unidades: Unidade III 4. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Unidade IV 5. Resolução de Um Exercício Completo

3.1 Introdução A DFC substitui a DOAR, em atendimento às Normas Internacionais de Contabilidade A DOAR, em termos de geração de informações é mais abrangente do que a DFC, porém de maior complexidade no entendimentos para administradores e analistas de mercado, em geral

3.1 Introdução A DFC deve ser elaborada com base no Pronunciamento Contábil CPC-3.

3.2 Conceito A DFC é uma demonstração contábil que evidencia o fluxo financeiro da empresa em determinado período, ou seja, os recebimentos e pagamentos ocorridos. De acordo com o CPC-3, temos o fluxo do caixa e do equivalente de caixa: a) recursos disponíveis em caixa; b) contas correntes bancárias; e c) aplicações financeiras conversíveis em moeda.

3.3 Estrutura A DFC deve ser estruturada da seguinte forma: 1. atividades operacionais; 2. atividades de investimentos; e 3. atividades de financiamentos;

1. Atividades Operacionais: São as entradas e saídas financeiras relacionadas diretamente com as operações principais da empresa: Entradas: Recebimento de vendas (à vista e à prazo) Recebimento de outras receitas (aluguéis, juros) Recebimento de indenização por sinistros, sentenças judiciais

1. Atividades Operacionais: São as entradas e saídas financeiras relacionadas diretamente com as operações principais da empresa: Saídas: Pagamentos de compras (fornecedoresem geral) Pagamento de despesas (salários, aluguéis, impostos, juros)

2. Atividades de Investimentos: São as operações que provocam aumentos ou diminuições dos ativos de vida útil longa, utilizados na produção de bens e serviços, bem como aquisição de participação em outras empresas. Entradas: Recebimentos do principal de empréstimo e financiamentos concedidos;

2. Atividades de Investimentos: Entradas: (cont.) Recebimento de alienação e participação societária; Recebimento de alienação de títulos de investimentos; e Recebimentos da venda de imobilizado e outros ativos utilizados na produção de bens e serviços.

2. Atividades de Investimentos: Saídas: Desembolsos dos empréstimos concedidos pela empresa a coligadas/ controladas / acionistas; Pagamentos na compra de títulos de investimentos de outras entidades; Pagamentos na compra de títulos patrimoniais de outras sociedades; e Pagamentos à vista referentes à compra de imóveis, máquinas...

3. Atividades de Financiamentos: São atividades com captação de recursos próprios e de terceiros, bem como o pagamento e a remuneração desses recursos. Entradas: Integralização de capital em dinheiro; Recebimento em dinheiro de reservas de capital; e Recebimentos de empréstimos e financiamentos.

3. Atividades de Financiamentos: Saídas: Pagamentos de empréstimos e financiamentos contraídos; Pagamento de dividendos; e Pagamento de juros e encargos sobre empréstimos e financiamentos.

Transações que não Afetam o Caixa: São operações que não alteram o saldo do caixa e equivalente de caixa, por não representarem entradas ou saídas de numerários. Exemplos: Depreciação, amortização, exaustão: representam reduções de ativo sem afetar o caixa; Provisão para Devedores Duvidosos: eventuais perdas com clientes sem desembolso financeiro;

Transações que não Afetam o Caixa: Exemplos (cont): Reavaliação: proibida pela legislação contábil atual: Lei nº 11.638/07 Ganhos e Perdas com Investimentos (aquisição de participação acionária) por meio da aplicação do método da equivalência patrimonial.

Interatividade De acordo com Lei nº 11.638/07 a DFC substituiu a DOAR, e o principal motivo foi: a) A DOAR não atendia a legislação vigente b) As demonstrações eram iguais c) A DOAR era um demonstrativo contábil de difícil interpretação pelos não contadores d) A DOAR traz menos informações do que a DFC e) As técnicas para elaborar a DOAR estavam ultrapassadas.

Estrutura das demonstrações contábeis Relatório Anual Duratex

3.4 Métodos de Elaboração da DFC Existem 02 Métodos: I. Direto II. Indireto As diferenças entre os métodos estão nos fluxos das atividades operacionais, pois as atividades de investimentos e financiamentos são apresentadas de maneira idêntica nos dois métodos,

I. Método Direto: 1. Fluxos das Atividades Operacionais (+) Recebimentos de clientes (ajuste 1) (+) Recebimentos de dividendos e juros (+) Outros recebtos. provenientes das operações (-) Pagamentos a Fornecedores (ajuste 2) (-) Pagtos. desp. operacionais (ajuste 3) (-) Pagtos. desp. antecipadas (ajuste 4) (-) Pagtos. de impostos e contribuições (-) Outros pagtos. decorrentes operações

I. Método Direto: 2. Fluxos das Atividades de Investimentos (+) Recto. principal empr.financ.concedidos (+) Recto.resgate investº temporário (+) Recto.alienação bens imobilizado (ajuste 5) (+) Recto.alienação investºs permanentes (-) Desembolso empr.financ.concedidos (-) Pagtos. aquis.vista investº permanente (-) Pagtos. aquis.bens imobilizado (ajuste 6) (-) Pagtos. aquis.vista investº temporário

I. Método Direto: 3. Fluxos das Atividades de Financiamentos (+) Recto. realização capital em moeda (+) Recto.empr.financ.obtidosempr obtidos (+) Outros recebtos.financiamentos (-) Pagtos.principal empr.financ.obtidos (-) Outros pagtos.financiamentos 4. Variação do Disponível (1 + 2 + 3)

I. Método Direto: Comprovação da variação do disponível 5. Saldo inicial das disponibilidades 6. ( - ) Saldo final das disponibilidades ( = )Variação do Disponível (5 6) Obs: a variação do disponível a partir dos itens 1 / 2 e 3 deverá ser a mesma entre os itens 5 e 6

1. Método Direto: Ajustes das Atividades Operacionais Recebimento de Clientes (ajuste 1) Vendas do exercício (à vista e a prazo) (+) Sdo inicial dupl. Receber (-) Sdo final dupl. Receber (-) Sdo inicial dupl. Descontadas (+) Sdo final dupl. Descontadas (=) Total Recebimentos de Clientes no exercício

Exemplo: Dupl. Receber sdo. Inicial... 30 Dupl.Descontadas sdo. Inicial.. 20 Dupl. Receber sdo.final... 22 Dupl.Descontadas D sdo. Final... 17 Vendas... 100 Vendas do exercício... 100 (+) Sdo inicial dupl. Receber... 30 (-) Sdo final dupl. Receber... (22) (-) Sdo inicial dupl. Descontadas...(20) (+) Sdo final dupl. Descontadas... 17 (=) Recebimentos de Clientes... 105

1. Método Direto: Ajustes das Atividades Operacionais Recebimento de Clientes (ajuste 1) com Perdas de Crédito a Receber e PDD Vendas do exercício (à vista e a prazo) (+) Sdo inicial dupl. Receber (-) Sdo final dupl. Receber (-) Sdo inicial dupl. Descontadas (+) Sdo final dupl. Descontadas (-) Perdas com dupl.receber (=) Total Recebimentos de Clientes no exercício

Exemplo: Dupl. Receber sdo. Inicial... 40 Dupl. Receber sdo.final... 30 PDD final exercício anterior...10 Reversão de PDD...3 PDD final exercício atual...12 Vendas... 200 Vendas do exercício... 200 (+) Sdo inicial dupl. Receber... 40 (-) Sdo final dupl. Receber... (30) (-) PDD final exercício anterior...(10) (+) Reversão de PDD... 3 (=) Recebimentos de Clientes... 203

1. Método Direto: Ajustes das Atividades Operacionais Pagamentos a Fornecedores (ajuste 2) Compras do exercício (à vista e a prazo) (+) Sdo inicial fornecedores (-) Sdo final fornecedores (=) Total Pagamentos aos Fornecedores no exercício

Como apurar o valor das Compras? Para empresas comerciais: C = CMV EI + EF Exemplo: Sdo. inicial de fornecedores... 100 Sdo. Final de fornecedores... 130 Sdo. Inicial de mercadorias EI... 200 Sdo. Final de mercadorias...ef... 190 Custo mercadorias vendidas.cmv 500

Primeiro vamos calcular o valor das Compras e depois apurar o montante pago aos Fornecedores no exercício: C = CMV EI + EF C = 500 200 + 190 Compras = 490 Valor pago aos Fornecedores: Compras do exercício... 490 (+) Sdo inicial fornecedores...100 (-) Sdo final fornecedores...(130) (=) Pagamentos a Fornecedores.. 460

Apurar o valor Compras: indústrias: Estoque inicial de materiais (+) Compras de materiais (-) Estoque final de materiais (=) Materiais consumidos MAT (+) Mão de obra direta MOD (+) Custos indiretos de fabricação CIF (=) Custo de Produção do Período CPP (+) Estoque inicial produtos elaboração EIPE (-)Estoque final produtos elaboração EFPE (=) Custo da Produção Acabada CPA (+) Estoque inicial produtos acabados EIPA (-) Estoque final produtos acabados EFPA (=) Custo da Produção Vendida CPV

Interatividade A DFC é composta por três tipos de fluxos financeiros, apresentados em: a) Atividades operacionais, realizadas e financiamentos b) Atividades de financiamentos, investimentos e operacionais c) Atividades de investimentos, realizadas e operacionais d) Atividades à prazo, à vista e de investimentos e) Atividades à vista, de financiamentos e de investimentos

Estrutura das demonstrações contábeis Relatório Anual Eletrobrás Retina 78 Design Brasil

1. Método Direto: Ajustes das Atividades Operacionais Pagamentos a Despesas Operacionais (ajuste 3) e Despesas Antecipadas (ajuste 4) Pgtos. Despesas no exercício englobam: 1) pgto. Despesas operacionais incorridas em exercícios anteriores e pagos no exercício corrente; 2) pagto. Despesas operacionais incorridas e pagas no próprio exercícios; e 3) pgto. Despesas operacionais ainda não incorridas Desp.Antecipadas

Os pgtos. citados não englobam: 1) Os valores de despesas incorridas no presente exercício, a serem pagas no exercício seguinte; 2) As transferências de despesas antecipadas pagas em exercícios anteriores e que foram computadas como despesas do exercício seguinte; 3) Os valores de despesas que foram incorridas no período, mas que não representam saídas de caixa: depreciação, exaustão, amortização, perda com equivalência patrimonial...etc

Despesas Operacionais incorridas exercício (+) Saldo inicial de contas a pagar (*) ( -) Saldo final de contas a pagar (*) (-) Despesa que não implicam desembolso (-) Transferências desp.antecipadas p/ DRE (=) Desembolso com desp.operac. já incorridas (+) Transferências desp.antecipadas p/ DRE (-) Saldo inicial de despesas antecipadas (+) Saldo final de despesas antecipadas (=) Pagamento de despesas operacionais e de despesas antecipadas no exercício (*) A conta de Contas a Pagar precisa ser contempladas apenas com Despesas à prazo

Exemplo: Saldo inicial de contas apagar... 300 Saldo final de contas a pagar... 280 Saldo inicial de despesas antecipadas... 60 Saldo final de despesas antecipadas... 70 Despesas operacionais incorridas... 850 Transferências desp.antecipadas p/ DRE. 40 Despesas sem desembolso... 120

Resolução: Despesas Operacionais incorridas... 850 (+)Saldo inicial de contas a pagar... 300 (-)Saldo final de contas a pagar... (280) (-)Despesa que não implicam desembolso...(120) (-)Transferências desp.antecipadas p/ DRE..(40) (=)Desembolso com desp.operacionais... 710 (+)Transferências desp.antecipadas p/ DRE.. 40 (-)Saldo inicial de despesas antecipadas...(60) (+)Saldo final de despesas antecipadas... 70 (=)Pagto.desp. operacionais e antecipadas.. 760

II. Método Indireto: A DFC pelo método Indireto também comporta os três fluxos de Atividades: Operacionais Investimentos Financiamentos Porém a diferença com o método Direto está na formação do fluxo que envolve as Atividades Operacionais.

II. Método Indireto: O fluxo de Atividades Operacionais é formado a partir do resultado líquido da DRE ajustado pelos seguintes itens: a) Somar as despesas sem desembolso: depreciação, amortização, exaustão, constituição de provisão para devedores duvidosos, perda com equivalência patrimonial...etc b) Diminuir as receitas sem ingresso: reversão de provisões, ganhos com equivalência patrimonial..etc

II. Método Indireto: Após o resultado líquido da DRE ajustado serão considerados para a formação do Fluxo de Atividades Operacionais : a) Excluir do resultado líquido ajustado a parcela que foi aplicada no aumento de outros bens e direitos do AC (exceto disponível) ou na diminuição das obrigações do PC b) Somar ao resultado líquido ajustado os recursos advindos da diminuição do AC (exceto disponível) e do aumento do PC

Estrutura da DFC pelo método Indireto: 1. Fluxo de caixa de atividades operacionais Lucro Líquido do exercício (+) Depreciação / amortização / exaustão (+) Despesas com constituição de provisões (+) Transferências de desp.antecipadas p/ DRE (-) Reversões de provisões (-) Despesas antecipadas pagas no exercício (+/-) Perda / Ganho equivalência patrimonial (+/-) Perda / Ganho de capital (+/-) Outras Despesas / Receitas sem numerário (-) Aumento no AC (-) Diminuição no PC (+) Diminuição no AC (+) Aumento no PC

Estrutura da DFC pelo método Indireto: 2. Fluxos das Atividades de Investimentos (+) Recto. principal empr.financ.concedidos (+) Recto.resgate investº temporário (+) Recto.alienação bens imobilizado (+) Recto.alienação investºs permanentes (-) Desembolso empr.financ.concedidos (-) Pagtos. aquis.vista investº permanente (-) Pagtos. aquis.bens imobilizado (-) Pagtos. aquis.vista investº temporário

Estrutura da DFC pelo método Indireto: 3. Fluxos das Atividades de Financiamentos (+) Recto. realização capital em moeda (+) Recto.empr.financ.obtidosempr obtidos (+) Outros recebtos.financiamentos (-) Pagtos.principal empr.financ.obtidos (-) Outros pagtos.financiamentos 4. Variação do Disponível (1 + 2 + 3)

Estrutura da DFC pelo método Indireto: Comprovação da variação do disponível 5. Saldo inicial das disponibilidades 6. ( - ) Saldo final das disponibilidades ( = )Variação do Disponível (5 6) Obs: a variação do disponível a partir dos itens 1 / 2 e 3 deverá ser a mesma entre os itens 5 e 6

Interatividade Para elaboração da DFC são apresentados dois métodos: o direto e o indireto. A diferença básica entre os métodos está: a) Na formação do fluxo das atividades de financiamentos b) Na formação do fluxo das atividades realizadas no exercício c) Na formação do fluxo das atividades de investimentos d) Na formação do fluxo das atividades operacionais e) Na formação do fluxo das atividades não realizadas no exercício

Estrutura das demonstrações contábeis Relatório Anual Braskem

Exemplo: DFC - Indireto Ativo 31.12.x6 31.12.x7 Variação Circulante Disponível 5.000 14.000 9.000 Contas Receber 15.000 25.000 10.000 Estoques 60.000 80.000 20.000 Total Circulante 80.000 119.000 Não Circulante Investimentos 10.000 12.000 2.000 Imobilizado 70.000 100.000 30.000 (-)Depr.Acum. (10.000 ) (15.000 ) 5.000 Total Não Circulante 70.000 97.000 Total Do Ativo 150.000 216.000

Passivo 31.12.x6 31.12.x7 Variação Circulante Fornecedores 15.000 25.000 10.000 Salários Pagar 10.000 12.000 2.000 Empr. Bancários 5.000 10.000 5.000 Contas a Pagar 5.000 7.000 2.000 Total do Circulante 35.000 54.000 Não Circulante Financiamentos 30.000 50.000 20.000 Total Não Circulante 30.000 50.000 Patrimônio Líquido Capital Social 35.000 45.000 10.000 Reservas de Lucros 50.000 67.000 17.000 Total Patr. Líquido 85.000 112.000 Total Do Passivo 150.000 216.000

DRE 31.12.x6 31.12.x7 Receita Líq. Vendas 200.000 210.000 (-) CMV (145.000 ) (125.000 ) (=) Lucro Bruto 55.000 85.000 (-/ +) Desp./ Rec.Operacionais Desp. Comerciais ( 20.000 ) ( 25.000 ) Desp. Administrativas(15.000 ) ( 20.000 ) Desp. Financeiras ( 10.000 ) ( 15.000 ) Outras Despesas ( 5.000 ) ( 2.000) (=)Resultado antes tributos 5.000 23.000 (-) IRRP e CSLL ( 1.250 ) ( 6.000 ) (=) Lucro Líquido 3.750 17.000

Informações Adicionais referentes 20x7: Ganho com Equiv.Patrimonial... 2.000 Provisão Férias e 13º Sal... 1.500 Provisão Juros Empréstimos... 2.000 Aumento Cap.Social em dinheiro. 10.000

Exemplo: DFC 1. Fluxo de caixa de atividades operacionais Lucro Líquido (DRE)... 17.000 ( + ) Depreciação...5.000 ( + ) Prov.Férias e 13º Sal...1.500 ( + ) Juros Prov.Emprést... 2.000 ( - ) Ganho Equiv.Patrimonial 2.000 23.500 ( - )Aumento Contas a Receber...( 10.000 ) ( - ) Aumento nos Estoques...( 20.000000 ) ( + ) Aumento nos Fornecedores... 10.000 ( + ) Aumento nos Salários Pagar.. 500 (+ ) Aumento em Contas Pagar... 2.000 ( = ) Total atividades operacionais.. 6.000

Exemplo: DFC 2. Fluxo de caixa atividades investimentos ( - ) Aumento no Imobilizado...... ( 30.000 ) ( = )Total atividades investimentos.(30.000)

Exemplo: DFC 3. Fluxo de caixa atividades financiamentos De Terceiros: (+) Aumento Emprést. Bancários... 3.000 (+) Aumento Financiamentos...20.000 23.000 Próprios: (+) Aumento Capital Social... 10.000 (=) Total dos financiamentos... 33.000

Exemplo: DFC 4. Variação do Disponível (1 + 2 + 3 ) 1. Total atividades operacionais... 6.000 2. Total atividades investimentos.(30.000) 3. Total dos financiamentos... 33.000 (=) Variação do Disponível... 9.000 5. Saldo inicial das Disponibilidades.. 5.000 6. Saldo final das Disponibilidades...14.000 (=) Variação do Disponível... 9.000

Interatividade Para elaboração da DFC pelo método indireto é necessário ajustar o resultado líquido da DRE pelos seguintes itens: a) Despesas sem desembolso financeiro b) Receitas sem entrada financeira c) Despesas com devedores duvidosos d) Ganho com equivalência patrimonial e) Receitas e despesas sem envolvimento financeiro

ATÉ A PRÓXIMA!