ANO XXVII ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2016

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ANO XXV ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 45/2014

Transcrição:

ANO XXVII - 2016-4ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2016 ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS SERVIÇO SOCIAL - CONSIDERAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS... Pág.1217 ASSUNTOS TRABALHISTAS REMUNERAÇÃO VARIÁVEL CONSIDERAÇÕES... Pág.1221

ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS Sumário 1. Introdução 2. Assistência Social 2.1 Princípios 3. Serviço Social 3.1 Direitos E Objetivos 3.2 Como Solicitar 4. Ações Do Serviço Social No INSS 5. Recursos Técnicos Utilizados Pelo Assistente Social 6. Parecer Social 7. Pesquisa Social 1. INTRODUÇÃO SERVIÇO SOCIAL Considerações Previdenciárias O Regime Geral de Previdência Social compreende em prestações, expressas em benefícios e serviços. E nesta matéria será tratada sobre o serviço social, conforme trata a IN INSS/PRES nº 77/2015, artigos 407 a 409 e também a Lei nº 8.213/1991, artigo 88. 2. ASSISTÊNCIA SOCIAL Legalmente, a Assistência Social é considerada um dever do Estado e um direito do cidadão, independentemente de contribuição, que será prestada aos hipossuficientes ou necessitados. O Serviço Social é um serviço oferecido prestado pelo INSS. E a Assistência Social é uma política social. Art. 1º Lei n 8.742/1993. A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Conforme o artigo 203 da Constituição Federal, bem como a Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS, relacionam a abrangência desta política social, que tem por finalidade: a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; b) o amparo às crianças e adolescentes carentes; c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; d) a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. A assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social (Artigo 3º, do Decreto nº 3.048/1999). Art. 3º. Decreto nº 3.048/1999. A assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social. Parágrafo único. A organização da assistência social obedecerá às seguintes diretrizes: I - descentralização político-administrativa; e II - participação da população na formulação e controle das ações em todos os níveis. 2.1 Princípios TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1217

A assistência social rege-se pelos seguintes princípios: (Artigo 4º, da Lei n 8.742/1993) a) supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; b) universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; c) respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; d) igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; e) divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. 3. SERVIÇO SOCIAL O Serviço Social do INSS é um serviço previdenciário que proporciona o acesso ao reconhecimento dos direito aos cidadãos. As ações profissionais do Serviço Social do INSS fundamentam-se no art. 88 da Lei nº 8.213, de 1991 (ver abaixo), e no art. 161 do RPS (ver abaixo), na Matriz Teórico - Metodológica do Serviço Social da Previdência Social publicada em 1994, e objetivam esclarecer ao usuário os seus direitos sociais e os meios de exercê-los, estabelecendo, de forma conjunta, o processo de superação das questões previdenciárias, tanto no âmbito interno quanto no da dinâmica da sociedade (Artigo 407 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e fortalecimento da Seguridade Social, especialmente no que tange à política previdenciária e da assistência social, e com as outras áreas do INSS, entidades governamentais e organizações da sociedade civil ( 6º, do artigo 409 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O Serviço Social prestará assessoramento técnico aos Estados, Distrito Federal e Municípios na elaboração de suas respectivas propostas de trabalho relacionadas com a Previdência Social, bem como compor comitês intersetoriais de políticas sociais ( 7º, do artigo 409 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Art. 88. Lei 8.213/1991. Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade. 1º Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas. 2º Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção técnica, assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas e pesquisa social, inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos. 3º O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as associações e entidades de classe. 4º O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social, prestará assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e implantação de suas propostas de trabalho. Art. 161. Decreto 3.408/1999. O serviço social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar ao beneficiário orientação e apoio no que concerne à solução dos problemas pessoais e familiares e à melhoria da sua inter-relação com a previdência social, para a solução de questões referentes a benefícios, bem como, quando necessário, à obtenção de outros recursos sociais da comunidade. 1o Será dada prioridade de atendimento a segurados em benefício por incapacidade temporária e atenção especial a aposentados e pensionistas. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 2o Para assegurar o efetivo atendimento aos beneficiários, poderão ser utilizados mecanismos de intervenção técnica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas, inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos, ou pesquisa social. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1218

3o O serviço social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e fortalecimento da política previdenciária, em articulação com associações e entidades de classes. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 4o O serviço social prestará assessoramento técnico aos estados, Distrito Federal e municípios na elaboração de suas respectivas propostas de trabalho relacionadas com a previdência social. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 5o O Ministro de Estado da Previdência Social editará atos complementares para a aplicação do disposto neste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). 3.1 Direitos E Objetivos O Serviço Social é mais uma possibilidade de atendimento que o cidadão tem para esclarecer quais são os seus direitos sociais e qual o meio adequado para poder exercê-los. A Assistente Social do INSS ajudará no sentido de buscar uma solução para os problemas que surgirem na relação do cidadão com o INSS. Têm direito de acesso ao Serviço Social todos os segurados, dependentes e demais usuários da Previdência Social. O serviço social no INSS tem como objetivo auxiliar segurados da previdência social e seus dependentes a solucionar entraves e dificuldades de acesso a seus direitos. Observação: As informações foram extraídas do site da Previdência Social (http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/servico-social/). 3.2 Como Solicitar As assistentes sociais das agências do INSS atenderão de forma prioritária os cidadãos que estão requerendo benefícios assistenciais da Lei Orgânica da Assistência Social LOAS e também aqueles que estiverem recebendo benefícios por incapacidade e incluídos no programa de reabilitação profissional. Não havendo esses atendimentos prioritários, o atendimento ao cidadão será feito normalmente e sem a necessidade de agendamento, uma vez tratar-se de atendimento comum apenas para esclarecimentos de dúvidas. Observação: As informações foram extraídas do site da Previdência Social (http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/servico-social/). 4. AÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NO INSS As ações do Serviço Social no INSS são realizadas pelos Assistentes Sociais e desenvolvidas em consonância com as diretrizes e objetivos estratégicos adotados pela instituição ( 1º do artigo 407 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A atuação destes profissionais visa colaborar na articulação da política previdenciária com as outras políticas sociais e proporcionar acesso qualificado da população às informações previdenciárias e assistenciais ( 2º do artigo 407 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O Serviço Social executará ações profissionais em conjunto com outras áreas do INSS, com organizações da sociedade civil que favoreçam o acesso da população aos benefícios e aos serviços do RGPS, e com organizações que favoreçam a participação do usuário na implementação e no fortalecimento da política previdenciária e de assistência social, com base nas demandas locais e nas diretrizes estabelecidas pela Diretoria de Saúde do Trabalhador (Artigo 408 da IN INSS/PRES nº 77/2015). 5. RECURSOS TÉCNICOS UTILIZADOS PELO ASSISTENTE SOCIAL Os recursos técnicos utilizados pelo Assistente Social são, entre outros, o parecer social, a pesquisa social, o estudo exploratório dos recursos sociais, a avaliação social da pessoa com deficiência aos requerentes do Benefício de Prestação Continuada - BPC/LOAS (ver abaixo), estabelecida pelo Decreto n 6.214, de 26 de setembro de 2007, e a avaliação social da pessoa com deficiência em cumprimento ao disciplinado na LC n 142, de 2013 (Artigo 409 da IN INSS/PRES nº 77/2015). O LOAS trata dos benefícios e serviços da assistência social, os quais são prestados independentemente de qualquer contribuição à seguridade social. A Lei nº 8.742/1993, com alterações através da Lei nº 12.470, de 31.08.2011, também conhecida como Lei Orgânica de Assistência Social - LOAS dispõem sobre a organização da Assistência Social e prevê, no Capítulo IV, Seção I, Dos Benefícios de Prestação Continuada. TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1219

Art. 1º, da Lei n 8.742/1993. A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que prove os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. 6. PARECER SOCIAL O Parecer Social consiste no pronunciamento profissional do Assistente Social, com base no estudo de determinada situação, podendo ser emitido na fase de concessão, manutenção, recurso de benefícios ou para embasar decisão médico-pericial, por solicitação do setor respectivo ou por iniciativa do próprio Assistente Social, observado que: ( 1º do artigo 409, da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) a elaboração do Parecer Social pautar-se-á em estudo social, de caráter sigiloso, constante de prontuário do Serviço Social; b) a escolha do instrumento a ser utilizado para elaboração do parecer (visitas, entrevistas colaterais ou outros) é de responsabilidade do assistente social; c) o parecer social não se constituirá em instrumento de constatação de veracidade de provas ou das informações prestadas pelo usuário; d) nas intercorrências sociais que interfiram na origem, na evolução e no agravamento de patologias, o parecer social objetivará subsidiar decisão médico-pericial; e e) deverá ser apresentado aos setores solicitantes por formulário específico denominado Parecer Social, conforme Anexo II. ANEXO II PARECER SOCIAL Nota: O anexo acima na IN INSS/PRES nº 77/2015. 7. PESQUISA SOCIAL A pesquisa social constitui-se recurso técnico fundamental para a realimentação do saber e do fazer profissional, voltado para a busca do conhecimento crítico e interpretativo da realidade, favorecendo a identificação e a melhor caracterização das demandas do INSS e do perfil socioeconômico-cultural dos beneficiários como recursos para a qualificação dos serviços prestados, o que propiciará: ( 2º, do artigo 409 da IN INSS/PRES nº 77/2015) a) o conhecimento da realidade social na qual se inserem os usuários da política de seguridade social, considerando o seu contexto político, cultural e socioeconômico, em sua relação com a Previdência Social; b) a elaboração de planos, programas e projetos vinculados com a proposta teórico-metodológica que embasa as ações do Serviço Social; c) a produção e divulgação de novos conhecimentos que possam contribuir para a ampliação da proteção social e melhoria dos serviços prestados. O Estudo Exploratório dos Recursos Sociais constitui instrumento que facilita a necessária articulação da política previdenciária com a rede socioassistencial para o desenvolvimento do trabalho do Serviço Social e atendimento aos usuários da Previdência Social ( 3º, do artigo 409 da IN INSS/PRES nº 77/2015). A avaliação social, em conjunto com a avaliação médica da pessoa com deficiência, consiste num instrumento destinado à caracterização da deficiência, e considerará os fatores ambientais, sociais, pessoais, a limitação do desempenho de atividades e a restrição da participação social dos requerentes do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social ( 4º, do artigo 409 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Para assegurar o efetivo atendimento aos beneficiários poderão ser utilizados mecanismos de intervenção técnica, ajuda material, articulação com a rede socioassistencial, intercâmbio com empresas, instituições públicas e entidades da sociedade civil, inclusive, mediante celebração de convênios, acordos ou termos de cooperação técnica, conforme regulamentos do INSS ( 5º, do artigo 409 da IN INSS/PRES nº 77/2015). Fundamento legal: Citados no texto. TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1220

ASSUNTOS TRABALHISTAS Sumário 1. Introdução 2. Remuneração 3. Remuneração Variável 3.1 Garantia 3.1.1 Salário Mínimo 3.1.2 Piso Salarial Da Categoria 3.2 - Compensação Vedação 4. Efeitos Legais E Reflexos 4.1 - Décimo Terceiro Salário Ou Gratificação Natalina 4.2 Férias 4.3 - Aviso Prévio 4.4 - Médias Para Cálculo Das Verbas Rescisórias 1. INTRODUÇÃO REMUNERAÇÃO VARIÁVEL Considerações O vínculo empregatício caracteriza-se pela prestação de serviço de forma habitual por pessoa física a empregador (pessoa física ou jurídica), ao qual o empregado está subordinado e recebe remuneração como contraprestação dos serviços realizados. E o salário é a remuneração que um trabalhador recebe pelo serviço que ele executa, que pode ser variável de acordo com o contrato firmado entre o empregador e o empregado. A Lei nº 8.716/1993 disciplinou a garantia do salário- mínimo para os trabalhadores com remuneração variável, o que já estava garantido pela Constituição Federal no artigo 7º, inciso VII, assim como a garantia do piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável. Nesta matéria será tratada sobre a remuneração variável, com suas considerações e procedimentos, conforme determina legislação vigente. 2. REMUNERAÇÃO Conforme o artigo 457 da CLT, compreende-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. Remuneração equivale ao total de ganhos do empregado em virtude do seu trabalho, ou seja, da relação de emprego, recebido com habitualidade, que pode ser diretamente do empregador, ou por terceiros, no caso das gorjetas. Conforme a legislação, remuneração compreende: o valor fixo, comissões, percentagens, gratificações e diárias pagas para viagens. A remuneração pode consistir no pagamento de uma quantia fixa mais quantia variável, ou só da variável. Inúmeras verbas pode compor o holerite do empregado, como: salário base, adicionais (insalubridade, periculosidade, noturno, entre outros), horas extras, de transferências, anuências, abonos participação nos lucros, etc.). São verbas que são consideradas como remuneração, as quais são valores fontes para cálculo de 13º salário, férias, rescisões, etc. (Base legal: Artigos 475, 458 da CLT e Lei nº 10.101/2001): a) Horas-Extras; b) Adicional Noturno; c) Adicional de Periculosidade; d) Adicional de Insalubridade; e) Adicional de Transferência; f) DSR; TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1221

g) Comissões; h) Gratificação; i) Quinquênios, triênios, anuênios, biênios; j) Prêmios de assiduidade; k) Quebra-caixa; l) Gorjetas; m) Ajudas de Custo; n) Salário in Natura - fornecimento habitual de qualquer vantagem concedida ao empregado (aluguel de casa, alimentação, carros, escola, etc.); o) Entre outros. Observação: Matéria completa sobre remuneração, verificar o Boletim INFORMARE nº 25/2014 REMUNERAÇÃO Considerações, em assuntos trabalhistas. 3. REMUNERAÇÃO VARIÁVEL É uma retribuição fornecida pelo empregador; em dinheiro ou in natura, podendo ocorrer em previsão contratual ou pela prática habitualmente adotada, podendo ser em percentagem, meta, prêmio, comissão, etc. A Constituição Federal garante àqueles que recebem exclusivamente o salário variável, remuneração nunca inferior ao mínimo - inciso VII, art. 7º. VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável. Salário variável é aquele em que se pagam parcelas suplementares como comissões, porcentagens, prêmios, gratificações ajustadas, diárias para viagens que excedam a 50% (cinquenta por cento) do salário, os adicionais, as gorjetas, etc. (Ver o item 2 desta matéria). Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador (Artigo 475, 1º, da CLT). 3.1 Garantia 3.1.1 Salário Mínimo Aos trabalhadores que perceberem remuneração variável, fixada por comissão, peça, tarefa e outras modalidades, será garantido um salário mensal nunca inferior ao salário-mínimo, conforme as legislações abaixo: Constituição Federal - Artigo 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:... V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;... VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável. Lei nº 8.716/1993 - Dispõe sobre a garantia do salário-mínimo, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1222

Art. 1º - Aos trabalhadores que perceberem remuneração variável, fixada por comissão, peça, tarefa, ou outras modalidades, será garantido um salário mensal nunca inferior ao salário-mínimo. Art. 2º - A garantia assegurada pelo artigo anterior estende-se também aos trabalhadores que perceberem salário misto, integrado por parte fixa e parte variável. Art. 3º - É vedado ao empregador fazer qualquer tipo de desconto em mês subsequente a título de compensação de eventuais complementações feitas em meses anteriores para cumprimento do disposto nos artigos 1º e 2º. Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário. Itamar Franco Presidente da República Walter Barelli Esta garantia estende-se também aos trabalhadores que percebem salário misto, integrado por parte fixa e parte variável. Jurisprudência: EMPREGADO COMISSIONISTA PURO. SALÁRIO VARIÁVEL. GARANTIA CONSTITUCIONAL DE SALÁRIO MÍNIMO. Ao empregado que percebe salário variável - e comissão é modalidade deste -, seja comissionista puro ou não, aplica-se a garantia constitucional de salário não inferior ao mínimo (art. 7º, inciso VII). ACORDAM os Magistrados da 3ª TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em: por unanimidade de votos, dar provimento parcial ao apelo para: 1) determinar que as reclamadas efetuem o pagamento de diferenças salariais nos meses em que o valor pago a título de comissões for inferior ao salário normativo da categoria; 2) reconhecer que subsistem diferenças de comissões, nos valores apontados pelo sr. Perito no laudo pericial de 510/565, que deverão ser pagas com os acréscimos de correção monetária e juros moratórios, em montante a ser apurado em regular liquidação de sentença; 3) determinar que as reclamadas paguem a multa de 10% prevista nos instrumentos coletivos; e 4) determinar que seja excluída da sentença recorrida a determinação de compensação, nos termos da fundamentação do voto da Desembargadora Relatora. Mantém-se o valor arbitrado à condenação. (Processo: TRT/SP Nº: 03297199905402000 - São Paulo, 25 de Novembro de 2008. Maria Doralice Novaes Presidente - Mercia Tomazinho Relatora) 3.1.2 Piso Salarial Da Categoria A citada garantia será o valor do piso salarial da categoria do empregado quando for maior que o salário-mínimo vigente, uma vez que é garantido o piso salarial conforme determina o artigo 7º, inciso V, da Constituição Federal. V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. O artigo 620 da CLT estabelece que as condições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo. 3.2 - Compensação Vedação É vedado ao empregador fazer qualquer tipo de desconto em mês subsequente a título de compensações de eventuais complementações feitas em meses anteriores para cumprimento da garantia estabelecida. Exemplo: Empregado comissionista, sendo o piso da categoria profissional R$ 1.000,00 e no mês de janeiro obteve R$ 750,00 de comissões. No mês de fevereiro R$ 1.200,00. - no mês de janeiro a empresa pagou de salário R$ 1.000,00, ou seja, houve um complemento de R$ 250,00. - no mês de fevereiro a empresa pagou de R$ 1.200,00, sem qualquer desconto referente a compensação do mês anterior. 4. EFEITOS LEGAIS E REFLEXOS TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1223

São verbas que são consideradas como remuneração, as quais são valores fontes para cálculo de 13º salário, férias, rescisões, etc. (Base legal: Artigos 475, 458 da CLT e Lei nº 10.101/2001) Extraído das jurisprudências abaixo: a)... a verba percebida pela empregada denominada "Sistema de Remuneração Variável" possui natureza salarial, a mesma deverá ser integrada à remuneração da autora, para todos efeitos legais. b) Remuneração Variável, por força da disposição contida no 1º do art. 457 da CLT, assim como na Súmula 93- TST, deve ser computada para todos os efeitos legais. Jurisprudências: SISTEMA DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL. O Sistema de Remuneração Variável (SRV) instituído pela reclamada tem natureza de prêmio (parcela condicionada ao atingimento de metas), com nítido caráter salarial, não somente pela habitualidade com que é paga, de tal forma que justifica sua incorporação, nos termos do julgado primevo. Isso porque, ao contrário da tese recursal, restou incontroverso nos autos que a reclamante se ativou em cargo (Subgerente) beneficiado pela parcela SRV e, sendo-lhe sonegado pagamento. Mantenho a condenação e seus reflexos em FGTS com 40%, férias com 1/3, décimo terceiro. Nego Provimento. (Processo: RO 00018853020135020061 SP 00018853020135020061 A28 Relator(a): Ivani Contini Bramante Julgamento: 01.09.2015) INTEGRAÇÃO DA VERBA "SISTEMA DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL". NATUREZA SALARIAL. DIFERENÇAS DEVIDAS. Restando claro pela prova dos autos que a verba percebida pela empregada denominada "Sistema de Remuneração Variável" possui natureza salarial, a mesma deverá ser integrada à remuneração da autora, para todos efeitos legais. Apelo da trabalhadora a que se dá parcial provimento. (Processo: RO 00117912720135010205 RJ Relator(a): Leonardo Dias Borges Julgamento: 10.06.2015) AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. INTEGRAÇÃO DA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL 1. REFLEXOS. Inquestionável a natureza salarial da Remuneração Variável 1, porquanto tratar-se de vantagem instituída pelo empregador com o intuito de incentivar o trabalho de seus empregados, ao que representa vantagem paga pela prestação de trabalho. Assim, por força da disposição contida no 1º do art. 457 da CLT, assim como na Súmula 93- TST, deve ser computada para todos os efeitos legais. Agravo de Instrumento conhecido e desprovido. (Processo: AIRR 12970220125040029 Relator(a): Vania Maria da Rocha Abensur Julgamento: 20.08.2014) 4.1 - Décimo Terceiro Salário Ou Gratificação Natalina A gratificação de Natal, ou gratificação natalina, conhecida como décimo terceiro salário (13º Salário), é uma gratificação instituída no Brasil, que deve ser paga ao empregado em 2 (duas) parcelas, até o final do ano, no valor corresponde a 1/12 da remuneração para cada mês trabalhado. O pagamento da gratificação salarial, instituída pela Lei n 4.090, de 13 de julho de 1962, com as alterações constantes da Lei n 4.749, de 12.08.1965, será efetuado pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, tomando-se por base a remuneração devida nesse mês de acordo com o tempo de serviço do empregado no ano em curso (artigo 1º, do Decreto n 57.155, de 3.11.1965). O Decreto nº 57.155/1965 regulamentou a inclusão das parcelas variáveis no cálculo do 13º salário, pela média duodecimal (divisão por 12). A empresa deve sempre observar outras médias por força de convenção coletiva de trabalho. Segue abaixo observações importantes: A média das importâncias variáveis será feita com base nos meses estipulados pela Legislação (12 (doze) meses) ou em número inferior, conforme convenção coletiva da categoria profissional. O decreto também dispôs que, quando parte da remuneração for paga em forma de salário utilidade, o valor correspondente a essa parcela (salário utilidade) será computado para fixação da gratificação natalina. Os tribunais têm entendido que para o cálculo do reflexo das horas extraordinárias no 13º Salário, deve-se tomar a média correspondente aos meses trabalhados. 4.2 Férias TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1224

Durante as férias o empregado perceberá a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão (Artigo 142 da CLT). Integra-se para todos os efeitos no cálculo de férias: horas extras, prêmios, gratificações, comissões e todos os adicionais agregados ao salário do empregado ( 5º, artigo 142 da CLT). Para os empregados que recebem o salário por comissões ou percentagem sobre vendas, a remuneração base para o cálculo das férias é a obtida pela média aritmética dos valores recebidos nos 12 (doze) meses anteriores à concessão das férias (Artigo 142 da CLT, 3º). Artigo 142, 3º da CLT - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. Quando o empregado percebe salário fixo mais comissões, na média das comissões será adicionado o valor do salário. Os adicionais por trabalho extraordinário (horas extras), noturno, insalubre ou perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração de férias, aplicados sobre o salário do momento da concessão das férias (Artigo 142 da CLT, 5 ). Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes ( 6º, do artigo 142, da CLT). 4.3 - Aviso Prévio No caso do Aviso Prévio trabalhado, tanto concedido pelo empregador ou pelo empregado, a remuneração corresponderá à que o empregado fizer jus durante o respectivo prazo. O Aviso Prévio sendo indenizado, a base de cálculo é o último salário percebido pelo empregado. E percebendo o empregado salário fixo mais parcelas variáveis ou somente salário variável, o valor do Aviso Prévio corresponderá ao salário fixo acrescido da média das parcelas variáveis dos últimos 12 (doze) meses, ou período inferior, no caso de empregado com menos de um 1 (ano) de serviço dispensado com Aviso Prévio indenizado (Artigo 487 da CLT). Ressalta-se, porém, que normas coletivas de trabalho podem estabelecer período inferior para cálculo da média das parcelas variáveis, as quais deverão ser obedecidas desde que sejam mais vantajosas ao empregado, então a empresa deverá proceder aos 2 (dois) cálculos, para fazer a devida verificação. 4.4 - Médias Para Cálculo Das Verbas Rescisórias TABELA DE MÉDIAS PARA CÁLCULO DAS VERBAS RESCISÓRIAS NOTURNO HORAS EXTRAS COMISSÕES Férias Média do período aquisitivo. Média do período aquisitivo. Média dos últimos 12 meses. Vencidas (CLT, art. 142, 2º) (CLT, art. 142, 2º) (CLT, art 142, 3º) Férias Proporcionais Média do período correspondente à Média do período correspondente à Média do período correspondente à proporção, excluindo o mês da proporção, excluindo o mês da saída. proporção, excluindo o mês da saída. saída. (CLT, art. 142, 2º) (CLT, art. 142, 2º) (CLT, art. 142, 3º) 13º Salário Média de janeiro até o mês anterior Média de janeiro até o mês anterior ao Média de janeiro até o mês anterior ao ao da rescisão. da rescisão. da rescisão. (Dec. 57.155/65, art. 2º e Enunciado (Enunciado TST 45) (Dec. 57.155/65, art. 2º) TST 60) Aviso Prévio Média dos últimos 12 meses. Média dos últimos 12 meses. Média dos últimos 12 meses. Indenizado (Enunciado TST 60) (CLT, art. 487, 5º - interpretação) (CLT, art. 487, 3º - analogia) Jurisprudência: AGRAVO DE PETIÇÃO. REMUNERAÇÃO VARIÁVEL. INTEGRAÇÃO. Tratando-se de parcela de natureza salarial que integrava a remuneração do obreiro quando da sua dispensa, deverá ser considerada para o cálculo dos valores devidos ao reclamante. (Processo: AP 01692002020005010012 RJ Relator(a): Monica Batista Vieira Puglia Julgamento: 24.06.2014) Fundamentos Legais: Os citados no texto e Boletim INFORMARE nº 37/2009. TRABALHO E PREVIDÊNCIA NOVEMBRO 47/2016 1225