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Transcrição:

ANO 18 Nº 197 Jan/12 Pistas intransitáveis, perigo em toda parte. As estradas estaduais que cortam o Oeste da Bahia não condizem em nada com a posição de grande pólo agrícola baiano e brasileiro que a região conquistou. As chuvas da estação complicam ainda mais a situação, que tem exigido esforços até de estados vizinhos, como o Tocantins. Em reuniões e através de cartas à Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia e ao Departamento de Infraestrutura e Transportes - Derba, a Aiba tem chamado atenção para o problema e proposto soluções, como uma Parceria Público Privada (PPP) para a recuperação e manutenção das rodovias estaduais, em caráter emergencial, além da construção, em médio prazo, da Rodoagro. Esta última terá um percurso aproximado de 222 quilômetros, e interligará os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto, ligando a BA - 459 (Anel da Soja) à BA - 225 (Coaceral), passando pela região Oeste dos municípios de Barreiras e Riachão das Neves. A parceria envolve Governo do Estado, produtores, prefeituras locais e Banco do Nordeste. O cerrado da Bahia deve colher em torno de sete milhões de toneladas nesta safra, que precisam ser escoados, mas, sem estradas, não dá. Acompanhe a matéria na página 03. Páginas 08 e 09 Meio ambiente Novas leis ambientais aprovadas, quase simultaneamente, na Bahia e em São Paulo, e a revisão do Código Florestal Brasileiro, que avança no Congresso, chamam atenção para uma tendência positiva: o entendimento de que é preciso sistematizar e simplificar os procedimentos legais ambientais para balizar a atividade produtiva com a conservação da natureza e promover o desenvolvimento social. Em São Paulo, atividades agrícolas de pequeno potencial poluidor, que não impliquem em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, ou supressão de vegetação nativa, estão dispensadas do licenciamento. Veja a matéria completa na página 08. Ainda nesta edição: - Pistas de test drive prometem emoção na Bahia Farm Show! Página 07 - Duas das mais tradicionais entidades sociais do Oeste, contempladas pelo Fundesis, são exemplo de perseverança e competência no atendimento a quem mais precisa. Páginas 04 e 05 - Acriagri promove modificações no atendimento e na estrutura das centrais e postos de recolhimento de embalagens para otimizar o serviço. Página 06

ANO 18 Nº 197 Jan/12 2 Aiba e Seinfra discutem obras de infraestrutura para o Oeste da Bahia Aeródromo de LEM, recuperação asfáltica do Anel da Soja e construção de novo trecho de estrada foram tema de reunião em Salvador No dia 22 de dezembro, o vicepresidente da Aiba, Sérgio Pitt, participou Jornalista Responsável: Catarina Guedes - DRT 2370-BA Aprovação Final: Alex Rasia Editoração Eletrônica: Eduardo Lena (77) 3611-8811 Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro (77) 3614-1201 Obras do trecho de 18 km (Centro Industrial): O Derba fez licide uma reunião na Secretaria de Infra Estrutura do Estado da Bahia (Seinfra), com o secretário Otto Alencar, o chefe de gabinete Marcos Cavalcanti e o diretor do Derba, Saulo ANO 19 - Nº 197 - Jan/12 Publicação mensal editada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba Pontes de Souza. A Aiba protocolou uma carta da Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães, solicitando um caminhãobombeiro para atender ao aeródromo. Tanto o secretário como o chefe de gabinete confirmaram que será repassado pela Seinfra um veículo para atender aeronaves de até 50 passageiros. A previsão é até junho/2012. Estamos condicionando isso para a Bahia Farm Show. A estrutura física para abrigar o corpo de bombeiros vai ficar por conta da iniciativa privada. Precisamos tratar disso com urgência. O orçamento da obra gira em torno de R$300 milhões, disse Pitt. De acordo com o vice-presidente da Aiba, Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através de e-mail para: catarinaguedes@agripress.com.br Matérias da Abapa, Fundeagro e Fundação Bahia são de responsabilidade das referidas entidades. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é permitida e até recomendada, desde que citada a fonte. existe uma preocupação da Secretaria com a gestão do aeródromo e foi sugerido, como referência, a análise do modelo adotado pelo aeródromo de Maringá (PR), entre outros. Sobre a conclusão das obras do asfaltamento, foi informado que o Derba, através do Processo n 15.334/2011, fez a tomada de preços, e estima o serviço deve ser contratado ainda no mês de jan/2012. Outros tópicos abordados: tação, com abertura de preços, na última semana de dezembro. Saulo Pontes de Souza se comprometeu a efetuar o empenho ainda em 2011. Anel da Soja: O Derba fez uma carta convite de R$94 mil para os serviços de aplicação do material para tapa-buracos. O material será fornecido pelo próprio Derba. Construção de 49 km da BR - 242 até a divisa: O projeto executivo está concluído e foi devidamente aprovado pelo DENIT. Faz parte do PAC 2. O desafio agora é conseguir força política para a licitação da obra. Tiragem: 2.500 exemplares www.aiba.org.br Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180 - Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020

ANO 18 Nº 197 Jan/12 3 Chuvas agravam precariedade das estradas estaduais e ameaçam escoamento da safra do Oeste da Bahia Os recordes de produção que fizeram do Oeste da Bahia a maior fronteira agrícola do Brasil e despertaram o interesse do mundo para esta região são, agora, uma ameaça para a sua própria viabilidade. Isto porque a precariedade da estrutura logística regional atravanca a produção crescente, comprometendo o escoamento da safra. Esta situação aumenta os custos para o produtor e tira sua competitividade, em um mercado de commodities, onde cada real economizado na produção tem grande peso na remuneração do agricultor. O Oeste deve colher, na safra 2011/12, sete milhões de toneladas de grãos, segundo a estimativa do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Dentre as principais culturas estão a soja, o milho e o algodão. O transporte rodoviário, praticamente o único modal de escoamento dos grãos, é comprometido pelas péssimas condições das rodovias estaduais. Não bastasse a falta de manu- Sérgio Pitt tenção da grande malha viária vicinal, as chuvas sazonais prejudicaram ainda mais o pouco asfalto remanescente, e tornam intrafegáveis muitos dos trechos. Ameaçados pelo problema, os agricultores, representados pela Aiba, propõem a instituição de uma Parceria Público Privada (PPP) para a recuperação e manutenção das rodovias. A entidade formalizou o pleito no início do ano, com cartas protocoladas em audiência com o secretário de Infraestrutura do Estado da Bahia, Otto Alencar, e ao Departamento de Infraestrutura e Transportes da Bahia, Derba. De acordo com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, a proposta é uma ação emergencial para minimizar os problemas no escoamento da safra atual. Pela proposta, o Derba participa com as máquinas e equipamentos, e os produtores entram com o transporte do cascalho e assistência nas frentes de trabalho. Trata-se de uma solução paliativa para não inviabilizar esta safra. Em médio prazo, esperamos a pavimentação de alguns trechos estratégicos para o que contratamos projetos executivos no âmbito do Programa de Rodovias Estaduais do Oeste Baiano, para uma parceria entre Aiba, Governo da Bahia e Banco do Nordeste, diz Pitt. Intransitável A situação é crítica em muitos trechos, segundo o vice-presidente da Aiba. Ele lista como principais: - BA 458 que liga a BA 459 (Anel da Soja) à região da Garganta, até o Km 135 (Panambí); - BA 461 que escoa toda a produção da região de Bela Vista, fazendo a interligação entre a BA 460 e a BR 242, trecho que totaliza 56 quilômetros, sem pavimentação; - BA 462 que escoa a produção das Regiões de Novo Paraná e Alto Horizonte, fazendo a interligação entre a BR 020 e a BR 242 com 58 quilômetros de extensão, sem pavimentação; - BR 242 via fundamental para escoamento da produção agrícola do município de Luis Eduardo Magalhães, no trecho entre a interseção com a BA 460 até a divisa com o estado do Tocantins, equivalente a 49 quilômetros sem pavimentação; - Estrada Timbaúba, braço da BR 020 no sentido da Serra, em 45 quilômetros; - Estrada da Soja, braço da BR 020, sentido da Serra, em 33 quilômetros. - Anel da Soja (BAs 458, 459 e 460), vias pavimentadas, com extensão de 200 quilômetros, em péssimo estado de conservação. - Trecho da BR 135 (Barreiras até São Desidério) e BA 463 (São Desidério até Roda Velha, entroncamento com a BR 020). A situação é vergonhosa. Há estradas intransitáveis. Várias delas são BAs sem pavimentação, de chão batido, que se acabaram com as chuvas. Isso é inconcebível em uma região pujante como o cerrado da Bahia, diz Pitt. Ele complementa, ainda, informando que a manutenção de boa parte da BA 458, que liga a BA 459 (Anel da Soja) à região da Garganta, até o Km 135 (Panambí), está sendo executada com máquinas fornecidas pelo Estado do Tocantins, abrindo corredores estratégicos para o escoamento da produção para aquele estado. Rodoagro Em médio prazo, a Aiba espera incrementar a logística regional através de uma PPP entre Governo do Estado, produtores, prefeituras locais e Banco do Nordeste, para a construção e pavimentação de uma rodovia estratégica, batizada de Rodoagro. Esta estrada terá um percurso aproximado de 222 quilômetros, e interligará os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto, ligando a BA - 459 (Anel da Soja) à BA - 225 (Coaceral), passando pela região Oeste dos municípios de Barreiras e Riachão das Neves. O trecho foi dividido em três lotes, dos quais o Derba já está analisando os primeiros dois trechos entregues pela empresa ATP Engenharia Ltda, contratada pela AIBA. O projeto executivo será concluído ainda no mês de fevereiro próximo. A rodovia beneficiará a mais importante fronteira agrícola do estado. São hoje aproximadamente 600 mil hectares de lavoura já explorados e proporcionará a incorporação de mais 400 mil, perfazendo uma área de um milhão de hectares de lavoura, fomentando um impacto econômico superior a dois bilhões de reais, gerando empregos, renda e impostos. A Rodoagro tem um traçado estratégico, e irá proporcionar o escoamento da produção agrícola pela Bahia. Hoje, parte desta produção é escoada pelo estado do Tocantins. Com a rodovia o Estado irá recuperar uma grande parcela de impostos perdidos, argumenta Sergio Pitt. Também estão na fase conclusiva, os projetos executivos para pavimentação das Estradas da Soja com extensão de 33 quilômetros e a estrada Timbaúba, com extensão 45 quilômetros, com o propósito de asfaltamento em parceria do Governo com os produtores.

ANO 18 Nº 197 Jan/12 4 Associação de Proteção a Crianças Pobres de Barreiras inaugura obras com recursos do Fundesis Com seriedade de propósitos e gestão, instituição é exemplo de longevidade na missão de fazer o bem peso da idade não O tirou de Dona Clarice e de Dona Vandinha a altivez e o brilho. De pé, andando com ajuda de apoios, elas assistiram, no dia 15 de dezembro, à inauguração das obras do Fundesis na Associação de Proteção às Crianças Pobres de Barreiras, contemplada pela segunda vez com os recursos do Fundo, uma iniciativa de responsabilidade social da Aiba e do Banco do Nordeste. Mais que espectadoras na solenidade que contou com a presença de representantes da associação de produtores e do BNB, essas senhoras são testemunhos vivos de uma obra social, cuja trajetória já contabiliza 61 anos de existência. Esse trabalho social começou em 1950, como um lactário, e hoje garante educação, alimentação e segurança a 100 crianças de Barreiras, enquanto suas mães, trabalhadoras de baixa renda, lutam. Vanda Luz, a Dona Vandinha, aos 91 anos de idade, é a única representante que sobrevive, dentre as 10 mulheres da primeira diretoria da instituição, também conhecida como Creche Tia Clarice, homengem à guerreira que foi presidente por três vezes. Com os recursos do Fundesis, de R$45 mil reais, para os quais a Creche Tia Clarice se habilitou através do edital 2010, a entidade pode promover uma grande reforma, que incluiu novos revestimentos, troca de piso, de telhados e forros, dentre outras melhorias. Foi a segunda vez que a instituição foi contemplada com recursos do Fundesis. Da primeira, o montante não reenbolsável se converteu em estrutura de lazer e pedagógica, como a construção de um playground infantil, brinquedoteca, Vanda Ligouri da Luz (em destaque na foto) ao lado das outras fundadoras da creche salas de música e de leitura, equipamentos eletrônicos, contratação de pedagogos. Não é fácil manter uma estrutura dessas. Os custos são altos, a demanda é grande e o incentivo para esse trabalho vem do nosso dom de servir e amar ao próximo, porque as pessoas que estão à frente dessa obra não são remuneradas, e nem podem ser. Mas os profissionais que trabalham o são, e precisamos garantir a folha de pagamento e a manutenção da estrutura, explica Maria Quitéria Guimarães Mariane Wanderley, atual presidente da instituição. Os recursos do Fundesis nos permitem feitos que de outra maneira seriam muito difíceis de ser realizados, explica Maria Quitéria, que também ressalta a importância da parceria da Prefeitura Municipal de Barreiras, na área pedagógica, com coordenadora, professoras, monitoras e merendeira, assim como de programas como o Sua Nota é um Show, do Governo do Estado. Contamos milhares de notinhas por mês para garantir meios de aquisição de material, equipamentos e manutenção. Mas, jamais conseguiríamos tudo isso sem o apoio e doações dos Amigos da Creche, lembra a presidente. Segundo o diretor executivo da Aiba, Alex Rasia, que compareceu à solenidade de inauguração das obras, as melhorias implementadas na creche da Associação de Proteção às Crianças Pobres representam para a Aiba e o BNB, idealizadores do Fundesis, motivo de grande satisfação e a certeza de que o objetivo maior do fundo, de contribuir para diminuir as distâncias sociais de nossa região, está sendo alcançado. Parabenizamos os dirigentes e colaboradores da instituição pela obra. São ações como estas que servem de estímulo à Aiba e ao BNB para que possamos continuar trabalhando na captação de recursos para que o Fundesis possa beneficiar cada vez mais instituições, afirmou Rasia. Desde 2007, o Fundesis já investiu mais de R%1,5 milhão em projetos de 19 instituições da região Oeste da Bahia, que trabalham, entre outros públicos, com crianças, jovens, idosos e pessoas com necessidades especiais. Só em 2011, foram alocados para este fim R$555 mil. Veteranas do Bem Vanda Ligouri da Luz nasceu em 21 de novembro de 1920, reside em Barreiras e fez parte da primeira diretoria da Associação de Proteção às Crianças Pobres, em 26 de abril de 1950. Em destaque na foto, Vanda é a única das fundadoras da creche ainda viva. Clarice Fernandes Borges nasceu em 04 de abril de 1933, reside em Barreiras. Começou a fazer parte da Associação em 1972, e, aos poucos, foi se envolvendo. Foi eleita presidente de 1985 a 1987, de 1991 a 1993, e de 2000 a 2002. Promoveu eventos para angariar fundos em favor da entidade e buscou amigos para se associar. Continua visitando com frequência a Associação.

ANO 18 Nº 197 Jan/12 5 Janela para o mundo Lar Batista David Gomes aplica recursos do Fundesis em Biblioteca e sala de Informática Internet e livros. Uma receita de sucesso para elevar dezenas de crianças à dimensão do conhecimento. E, com o repasse de R$20 mil, de um total de R$50 mil a ser destinado, proporcionados pelo Fundesis, o Lar Batista David Gomes está conseguindo transformar este projeto em realidade. Os recursos serão aplicados na construção e montagem de uma sala de informática, integrada a uma sala de leitura. A obra anda a passos largos, e os equipamentos e materiais já estão sendo comprados. A entidade estima que até março deste ano, estará tudo pronto para as crianças desfrutarem. No Lar, um abrigo institucional, moram ao todo 35 crianças e adolescentes. Meninos e meninas com faixa etária variando dos dois aos 18 anos. Mas as portas da instituição também estão abertas para os jovens da comunidade, especialmente os do Loteamento Antônio Geraldo, que freqüentam diariamente a quadra poliesportiva e participam das atividades recreativas. Com a implantação das novas salas, a instituição pretende destinar um curso de informática gratuito para este público também. Esta é a primeira vez que o Lar Batista David Gomes se habilita ao Fundesis. E, segundo o coordenador Eliel Pinho, não será a última. Quando abrir o próximo edital, estaremos juntos, afirma. Com uma estrutura de quatro casas, sede administrativa, além de horta, pomar e aprisco, que garantem alimentos para a cozinha, o Lar Batista David Gomes precisa de toda ajuda possível para manter a estrutura. As casas operam em sistema de lares sociais, e em cada uma delas há uma mãe, contratada para a função de cuidar das crianças. São 46 anos de história de serviços prestados à comunidade de Barreiras e muitos planos de seguir adiante e ampliar o projeto, que faz parte da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira. O Fundesis é uma iniciativa fantástica. Ele é funcional, eficaz, e, ao mesmo tempo, é simples em seu acesso. Às vezes tentamos nos habilitar para outras iniciativas de responsabilidade social, de grandes empresas nacionais, mas as exigências burocráticas são tantas, que uma instituição de menor porte não consegue cumpri-las. Outra característica louvável do Fundesis é que ele não discrimina entidades de cunho religioso, que são justamente as que mais têm tradição em trabalhar com o social, sejam elas católicas, protestantes, espíritas ou de qualquer outra religião. Isso se adéqua perfeitamente à época em que vivemos, de No Lar, um abrigo institucional, moram ao todo 35 crianças e adolescentes. Meninos e meninas com faixa etária variando dos dois aos 18 anos respeito à diversidade, acrescenta Eliel Pinho. Para o vice-presidente da Aiba, Sergio Pitt, conhecimento é o ativo mais valioso que o Fundesis pode proporcionar, tanto para as pessoas atendidas pelo Fundo, quanto para aquelas que trabalham nas instituições. Den- tro em breve estaremos dando novos passos em direção a parcerias para ampliar o nosso leque de atuação, investindo no aperfeiçoamento das pessoas que administram entidades como esta, e ajudando a pavimentar a sua sustentabilidade, afirma Pitt. Início das obras Estágio atual das obras

ANO 18 Nº 197 Jan/12 6 Aiba questiona Aciagri/Central Campo Limpo sobre demora no agendamento da devolução de embalagens vazias devolução das embalagens vazias de A defensivos agrícolas é um dos pontos-chave da sustentabilidade da agricultura do Oeste da Bahia. A região tem o maior índice de recolhimento dessas embalagens, entre os estados produtores do país. As embalagens são entregues pelos agricultores, após realizada a tríplice lavagem, processo necessário para evitar a contaminação do meio ambiente pelo princípio ativo do produto. Na Central Campo Limpo, elas são prensadas e têm a destinação correta. Com o desenvolvimento do agronegócio na região e o aumento significativo de área de plantio na safra 2010/11, as estruturas de recolhimento começaram a ficar insuficientes para atender toda a demanda. Por conta disso, a Aiba recebeu alguns relatos de produtores que, para agendar o recolhimento em suas propriedades, tinham de esperar de 30 a 90 dias. A Aiba relatou, através de carta, o problema para o presidente da Associação Comercial de Insumos Agrícolas ACIAGRI, que administra a Central, Adilson Gonçalves de Campos. Na carta, a Aiba perguntou sobre a existência, ou não, de previsão de investimentos para a ampliação da capacidade de atendimento do sistema Campo Limpo no Oeste da Bahia. Além disso, a entidade representante dos produtores pleiteou a reabertura da unidade da Coaceral, e a instalação de um posto em Placas ou Ouro Verde. De acordo com a resposta da Aciagri, a Central Campo Limpo Barreiras, que tem capacidade de receber 1500 toneladas de embalagens vazias por ano, estava sobrecarregada. Por causa disso, a Aciagri e o INPEV construíram a Central Rosário, há dois anos, além da Central roda Velha, do Posto de Recebimento da Panambi e o da Coaceral. Em 2011, todas essas estruturas foram ampliadas. Segundo Adilson de Campos, a meta da Aciagri é incrementar e fazer modificações estratégicas nas estruturas existentes e criar novas. A primeira delas é transformar o posto da Coaceral, que entrou em funcionamento em junho de 2011, em uma Central. Para isso, serão realizadas algumas adequações previstas já para o inicio de 2012. Também estão na programação da Aciagri, construir uma Central Campo Limpo em Placas, que começaria com capacidade de 500 mil toneladas ao ano, passando para 800 mil toneladas ao ano em três anos. A previsão é dar inicio a esta obra em novembro de 2012. A Central Campo Limpo Barreiras tem capacidade de receber 1500 toneladas de embalagens vazias por ano Construir um posto de recebimento de embalagens na microrregião de Campo Grande (São Desidério), com capacidade para 150 mil toneladas ao ano, previsto para o primeiro semestre deste ano. Construir um posto semelhante e no mesmo período, na microrregião da Vereda, para atender aos produtores de Cocos e Jaborandi e transformar o Posto da Colonização Panambi numa Central, com os devidos investimentos, em 2013. Para agilizar o agendamento, a Aciagri/Central Campo Limpo está ligando para os produtores e gerentes de fazendas na véspera da data agendada para lembrar o compromisso. Segundo o presidente da Aciagri, cerca de 30% dos agendamentos não eram cumpridos, por esquecimento. A entidade também adotou novos procedimentos internos para melhorar os processos de recebimento e prensagem, e sugere que os produtores aproveitem os meses de menor demanda para garantir os seus agendamentos. Neste caso, uma alternativa apresentada foi reorientar os agendamentos para as unidades de Rosário e Roda Velha, que têm trabalhado com menos demanda nos últimos meses. O interessado deve procurar a Aciagri.

ANO 18 Nº 197 Jan/12 7 Bahia Farm Show 2012 Revendas e montadoras capricham nos desafios para demonstrar capacidade dos veículos Lama, pirambeira, ladeira, cascalho. Para os super utilitários da Bahia Farm Show 2012, estrada boa é luxo. E para testar a raça dessas verdadeiras máquinas de guerra, as pistas de test drive estão ficando cada vez mais arrojadas no Complexo Bahia Farm Show. São ao todo oito mil metros quadrados em pistas, nos quais as montadoras e revendas projetam as piores condições possíveis para o carro, mas com toda a segurança para os motoristas e para o público. A Bahia Farm Show está na nona edição e acontecerá de 29 de maio a 02 de junho, em Luís Eduardo Magalhães. Além dos interessados em conhecer até onde vão os limites dos veículos - em geral, pessoas comuns -, as empresas trazem para a feira seus pilotos de teste que executam performances acrobáticas para delírio do público. Tudo isso é minuciosamente planejado para garantir a segurança de quem assiste e de quem dirige as máquinas, explica Pablo Manoppela, responsável pela comercialização dos estandes da feira. Com 16 anos de Oeste da Bahia, o Grupo Primavia já garantiu sua pista de test drive. O Grupo, que detém a concessão de vendas da marca Nissan na região, vai demonstrar na pista as habilidades da camionete Frontier, mas guarda segredo da estratégia de apresentação. Posso dizer que tem atoleiro, teste de 4X4, de caçamba e várias outras situações-limite. Nossa expectativa é dobrar a participação da Nissan na feira, adianta o gerente Márcio Andrade. O Grupo Primavia representa, ainda, a Renault e a Fiat no evento. Já a Sanave Veículos, concessionária Volkswagen, aposta na Amarok. A pickup, lançada há um ano, já estreou na feira do ano passado, e promete uma bela performance para a edição 2012 da Bahia Farm Show. Vamos mostrar a versão com câmbio automático e submeter o carro a inclinações muito elevadas e curvas acentuadas. A idéia é mostrar que em qualquer inclinação, é possível abrir a porta do veículo, porque o chassis não torce. Ela sobe qualquer rampa sozinha, sem qualquer interferência do motorista, diz o diretor Rubens Darzé. A Sanave, cujo grupo também inclui a concessionária Campo Verde, levará para a pista quatro pilotos de teste. Vendas a jato O ritmo das vendas da Bahia Farm Show 2012 bate o recorde de todas as edições. Fechamos 2011 tendo em torno de 90% da feira comercializados. Isso, seis meses antes do evento, diz o coordenador geral do evento, Alex Rasia. Para ele, o sucesso na venda de estandes reflete a consolidação da feira no calendário de grandes eventos do agronegócio brasileiro, a credibilidade junto aos expositores, e ao bom momento vivenciado pela agropecuária, com mercado favorável para as commodities. A Bahia Farm Show é promovida pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Associação dos Revendedores de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado da Bahia (Assomiba), Fundação Bahia, Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães.

ANO 18 Nº 197 Jan/12 8 Governador em exercício sanciona Lei Ambiental Em 28 de dezembro de 2011, o então governador em exercício, Otto Alencar, sancionou a Lei nº 12.377/2011. Foi o fechamento esperado, em grande estilo, para um ano que figurará para sempre como um marco definidor dos novos rumos da produção brasileira, sobretudo a agrícola, no que diz respeito ao balizamento legal entre a atividade produtiva e a conservação do meio ambiente. No plano nacional, a revisão do Código Florestal Brasileiro, que avançou no Congresso, e, na Bahia, a nova lei ambiental sancionada no final de 2011, foram os momentos maiores de um longo período de diálogos e discussões no exercício pleno da Democracia. Em todas estas esferas, a Aiba atuou vigorosamente, como protagonista ou coadjuvante da construção dos novos arcabouços legais. A lei estadual surge como forma de institucionalizar a integração das Políticas Estruturantes de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos e a qualificação do processo de gestão ambiental na Bahia, com a implementação dos instrumentos de controle ambiental (licença, fiscalização e monitoramento). A construção do projeto de lei priorizou uma metodologia participativa e foi discutida com os Conselhos Estaduais de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (Cepram e Conerh), com segmentos da sociedade civil, ONGs, poder público e setor empresarial. A aprovação da Lei 12.337/2011 criou, por exemplo, outras duas modalidades de licenciamento: a Licença de Regulamentação (LR), concedida para regularizar atividades ou empreendimentos em instalação ou funcionamento, mediante recuperação ambiental. A segunda é a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC) concedida eletronicamente para empreendimentos de pequeno impacto ambiental. Tendência Um dia depois da lei baiana ser sancionada, o estado de São Paulo publicava em seu Diário Oficial a Resolução Conjunta n 01, de 27 de dezembro de 2011, assinada pelas secretarias de Meio Ambiente, de Agricultura e Abastecimento, e de Justiça e Defesa da Cidadania, que dispensa as atividades agrícolas de pequeno potencial poluidor do licenciamento ambiental. Bastando, para isso, que o interessando preencha e apresente a Secretaria de Agricultura do Estado a Declaração de Conformidade da Atividade Agropecuária, desde que não implique intervenção em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, ou em supressão de vegetação nativa. Essa sincronicidade de acontecimentos legais no que tange ao meio ambiente, não é mera coincidência, ela representa uma tendência, com o entendimento que é preciso simplificar os trâmites burocráticos, viabilizando a implantação dos empreendimentos. No caso da legislação de São Paulo, cada secretaria envolvida, no âmbito da sua atuação, participou e convalidou o processo, com resultado bastante satisfatório para os três lados, ambiental, produtivo e social. Se a lei baiana foi um avanço, a paulista foi além, desburocratizando ainda mais os procedimentos. Essa simplificação e sistematização dá capacidade aos órgãos ambientais de fazer o licenciamento e a fiscalização, garantindo desenvolvimento com qualidade ambiental, disse o vice-presidente da Aiba, Sergio Pitt.