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Transcrição:

Aposentadoria Especial Doutrina Indicada sobre Aposentadoria Especial Livro Aposentadoria Especial - Teoria e Prática da Adriane Bramante Livro Aposentadoria Especial - Regime Geral da Previdência Social da Maria Helena Carreira Alvim Livro Aposentadoria Especial de Diego Schuster Todos da Editora Juruá Definição: a aposentadoria especial é um benefício que visa proteger o segurado que trabalha sujeito a condições prejudiciais à sua saúde ou integridade física, proporcionando-lhe a retirada da atividade nociva antes que efetivamente sofra os efeitos da mencionada exposição. Art. 201, p. 1, da CF: 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. A aposentadoria especial dá direito a aposentadoria em um tempo menor ou caso não consiga atingir o tempo mínimo exigido laborando na atividade especial, dá direito a conversão desse tempo que laborou em atividade especial em tempo comum com uma majoração de tempo. Art. 57 e 58 da Lei 8.213/91. Art. 22, II, da Lei 8.212/91 Previsão da alíquota RAT, antiga SAT, contribuição social de 1, 2 ou 3% de acordo com o grau de risco da atividade, que ajuda no custeio desse benefício. Esse valor vai para um caixa único de custeio da seguridade. Art. 64 a 70 do Decreto 3.048/99.

Decreto ou ato administrativo só podem regulamentar o que a lei determina, nunca podem restringir direitos. Se a lei é omissa ou não restringe, não cabe ao Decreto ou ato administrativo restringir. Art. 84, IV, da CF/1988. Regra de hermenêutica. Exemplo desse conflito: O decreto diz que deve ser entendido como período de contribuição/carência os períodos de afastamento em benefício por incapacidade, desde que intercalado com atividade. A lei 8.213/91 no art. 55, II fala de período intercalado, mas não fala nada sobre ser intercalado entre atividades. O decreto restringiu, e isso ele não pode fazer. Quando restringe ele impede, por exemplo, que quem fez recolhimento como facultativo tenha a contagem desse tempo, mas a lei não traz essa restrição, a lei só fala intercalado. A aposentadoria especial acoberta o risco a saúde, a ideia é a proteção a saúde e a integridade, em um último momento da própria vida do segurado. Quando falamos em agentes prejudiciais à sua saúde, estamos falando de insalubridade. Quando estamos falando em agentes prejudiciais a integridade física, estamos falando de agentes perigosos. A PEC 6/2019 pretende acabar com a proteção do risco a integridade física. A interpretação administrativa do INSS, hoje já não aceita a exposição a agentes perigosos para fins de caracterização do tempo especial. Exemplos de agentes considerados perigosos: Inflamáveis, Explosivos e Eletricidade. Administrativamente, no entendimento de hoje, o INSS não considera esses agentes perigosos como especiais. A autarquia enquadra apenas no período que permitem o enquadramento por função. PPP Perfil Profissiográfico Previdenciário Pergunta: Professor eu tive um processo em que o juiz indeferiu o pedido porque a prova era extemporânea. Resposta: A Súmula 68 da TNU indica que o laudo pericial extemporâneo é apto para provar atividade especial. Atualmente, essa decisão de indeferimento de prova é irrecorrível no JEF e fora do JEF porque o CPC/15 não permite recurso dessa decisão que indefere a produção da prova. No JEF não cabe recurso das decisões interlocutórias. E fora do JEF a decisão que indefere a instrução probatória não é recorrível. Então no seu recurso você precisa fazer uma preliminar de nulidade por cerceamento de defesa caso você tenha a ação julgada improcedente. Mesmo se você ganhar, e o INSS recorrer, faça isso nas suas contrarrazões e peça para que caso seja provido o recurso do INSS, que retornem os autos para a origem para a produção da prova.

PRESSUPOSTOS PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL HOJE Carência de 180 contribuições ou tabela do art. 142, da Lei 8.213/91. Tempo de Exposição ao agente nocivo: * 15 anos (atividade de nocividade máxima) * 20 anos (atividade de nocividade média) * 25 anos (atividade de nocividade mínima) Tempus regit actum Art. 70, p.1 do Decreto 3.048/99. Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum dar-se-á de acordo com a seguinte tabela: Art. 5, XXXVI~ I, da CF Art. 6º, da LINDB Uma concretização do direito adquirido. O direito está incorporado ao patrimônio jurídico do segurado. A norma aplicável para fins de caracterização do tempo como especial é aquela vigente à época da prestação do serviço. Por exemplo, como veremos nas próximas aulas, em determinada época tínhamos lei indicando que era possível o reconhecimento da atividade especial só pela função, sem precisar fazer nenhuma outra prova de que ele estava expostos aos agentes nocivos, enquanto essa lei vigorou se alguém trabalhou e se enquadrou naquelas categorias profissionais, ainda hoje é possível o reconhecimento como tempo especial daquele tempo trabalhado lá no passado quando a lei vigorava.

Temos uma exceção para a aplicação do Tempus regit actum X Lei 3807/60 (LOPS): A jurisprudência admite o reconhecimento como especial de tempo trabalhado antes da edição da LOPS, ou seja, mesmo quando não havia previsão da contagem do tempo como especial. Então se eventualmente o cliente trabalhou antes da edição da Lei 3807/60 em atividade que foi reconhecida depois como especial, é possível o reconhecimento do tempo como especial, mas não havendo previsão à época daquela atividade como especial. Lei 3.807/60 LOPS Lei Orgânica da Previdência Social. Ela trazia a aposentadoria especial em seu artigo 31. Foi a primeira lei que tratou da aposentadoria especial. Segundo ela, quem tinha o direito era o trabalhador com 15, 20 ou 25 anos de atividade especial mais idade mínima de 50 anos, sendo possível o enquadramento do tempo como especial de duas formas: comprovando a exposição à agentes nocivos insalubres, perigosos ou penosos ou pelo enquadramento por categoria profissional, sendo presumida a exposição aos agentes nocivos. Perceba que desde o início já tínhamos essa divisão em nocividade máxima, média ou mínima. A LOPS previa duas formas de comprovar a atividade especial: comprovação de exposição ao agente nocivo ou enquadramento pela categoria profissional. Nessa segunda, se presume que quem exerce aquela atividade tem direito a contagem de tempo especial. Chegando no tempo total de acordo com o agente (15, 20 ou 25 anos) de labor em exposição ao agente nocivo, se aposenta na modalidade de aposentadoria especial. Não chegando nesse tempo, tem a possibilidade de conversão desse tempo em comum. A idade mínima cai logo após a edição da Lei 3.807/60, ou seja, ela não atinge ninguém. Isso porque a idade mínima não combina com a aposentadoria especial, pois se temos tempos máximos estipulados para que o trabalhador, em tese, possa laborar exposto ao agente nocivo sem que efetivamente sua saúde ou sua integridade física sejam agredidas, não tem como exigir que esse alguém continue trabalhando naquela atividade nociva até que atinja determinada idade, porque nesse caso, eu teria um esvaziamento do conteúdo da norma. Existiam formulários que serviam para a comprovação da exposição aos agentes nocivos. Esses formulários eram produzidos pelo INSS e as empresas preenchiam esses formulários e entregavam aos trabalhadores para comprovação desse tempo (veremos nas próximas aulas). Para comprovar a categoria profissional a que pertencia o segurado, eu poderia me utilizar desse formulário, mas a carteira de trabalho também fazia prova.

Decreto 53.831/64 No Quadro Anexo a que se refere o seu art. 2º temos uma listagem de agentes nocivos e também de categorias profissionais que dão a possibilidade de contagem do tempo como especial. Decreto 83.080/79 Traz nos Anexos I e II, listagens de agentes nocivos e categorias profissionais respectivamente. Perceba que vieram dois decretos para regulamentar a questão. Esses decretos são aplicados simultaneamente, ou seja, o Decreto de 79 não revogou a listagem do Decreto de 64. Os rols apresentados nesses decretos são exemplificativos e não taxativos. Mas o INSS defende que eles são taxativos. As listagens tem caráter exemplificativo. Fundamento: Súmula 198 do extinto Tribunal Federal de Recursos e REsp repetitivo 1.306.113/SC. Art. 277, p. 3 da IN 77/2015 diz que o rol de agentes nocivos presentes no anexo IV do Decreto 3.048/99 é meramente exemplificativo. Art. 201 da CF/1988 trata da aposentadoria especial protegendo o risco a saúde e integridade física. Lei 8.213/91 Artigos 57 e 58. A Lei de benefícios recepcionou os decretos de 64 e 79 Lei 9.021 de 29/04/1995 (retira a possibilidade de enquadramento por categoria profissional) altera a lei de benefícios substancialmente quanto a aposentadoria especial. Essa lei é regulamentada pelo Decreto 2.172/97 de 06 de março de 1997. O anexo IV do Decreto 2.172/97 traz uma listagem de agente nocivos nova. Nessa nova listagem, somem os agentes perigosos. Decreto 3.048/99 O anexo IV desse novo decreto traz uma nova listagem que não difere do decreto de 97.

TODAS AS LISTAGENS SÃO EXEMPLIFICATIVAS As listagens do Decreto 53.831/64 e do Decreto 83.080/79 são usadas de forma simultânea, uma não revoga a outra. Resolução 25/2017, do CRPS, a CTPS é prova suficiente para comprovação do enquadramento pela atividade profissional. É possível o enquadramento como especial pela categoria profissional de períodos trabalhados pelo segurado até 28/04/1995. Exceção da data limite para enquadramento por atividade profissional: O STJ no julgamento do REsp 1.410.057/RN fixou que é possível o enquadramento como especial, por categoria profissional do vigilante para períodos trabalhados até 05/03/1997 (no dia seguinte foi publicado o Decreto 2.172/97)