CHAMADA N O 014/2012 PROJETO ESTRATÉGICO: ARRANJOS TÉCNICOS E COMERCIAIS PARA INSERÇÃO



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Transcrição:

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética SPE CHAMADA N O 014/2012 PROJETO ESTRATÉGICO: ARRANJOS TÉCNICOS E COMERCIAIS PARA INSERÇÃO DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DE BIOGÁS ORIUNDO DE RESÍDUOS E EFLUENTES LÍQUIDOS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA Brasília, DF Julho de 2012

Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Diretor-Geral Nelson José Hübner Moreira Diretores Edvaldo Alves de Santana Julião Silveira Coelho Romeu Donizete Rufino André Pepitone da Nóbrega Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética Máximo Luiz Pompermayer Superintendente de Regulação dos Serviços de Geração Rui Guilherme Altieri Silva Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição Carlos Alberto Calixto Mattar Superintendente de Regulação dos Serviços de Comercialização de Eletricidade Marcos Bragatto Superintendente de Concessões e Autorizações de Geração Hélvio Neves Guerra Equipe Técnica Aurélio Calheiros de Melo Júnior Fabio Stacke Silva Johannes Michael Kissel Kátia Resende Chaves Costa Pinto Sheyla Maria das Neves Damasceno Carlos Eduardo Barreira Firmeza de Brito Gabriel de Jesus Azevedo Barja Jorge Augusto Lima Valente Victor Bustani Valente Tito Ângelo Lobão Cruz

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO...4 2. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO...7 2.1. Premissas Básicas...7 2.2. Resultados do Projeto Estratégico...8 2.3. Prazo para Execução do Projeto... 10 2.4. Entidades Intervenientes... 10 3. CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO... 10 3.1. Entidades Participantes do Projeto... 10 3.2. Composição da Equipe do Projeto... 11 3.3. Contratação do Projeto Estratégico... 13 4. PROCEDIMENTOS... 13 4.1. Apresentação da Proposta... 13 4.2. Avaliação Inicial da Proposta... 14 4.3. Execução do Projeto... 15 4.4. Avaliação Final do Projeto... 15 4.5. Cronograma de Execução... 15 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 16 5.1. Publicações... 16 5.2. Informações Adicionais... 16 6. REFERÊNCIAS... 16 iii

1. APRESENTAÇÃO De acordo com o Manual do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, aprovado pela Resolução Normativa nº 316, de 13.05.08 (Manual de P&D, versão 2008), um projeto estratégico compreende pesquisas e desenvolvimentos que coordenem e integrem a geração de novo conhecimento tecnológico em subtema de grande relevância para o setor elétrico brasileiro, exigindo um esforço conjunto e coordenado de várias empresas de energia elétrica e entidades executoras. No Brasil o setor de saneamento ainda apresenta um déficit significativo no tratamento de resíduos e esgotos. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) de 2008, apenas 28% das unidades de destino final de resíduos são classificadas como aterro sanitário, implicando que 72% destes destinos finais seriam inadequados (IBGE, 2008). No setor de tratamento de esgotos, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, apenas 37,9% do esgoto gerado é tratado (SNIS, 2009). Contudo, essa realidade está mudando. Em 2010, o Brasil aprovou a sua primeira Lei Nacional de Resíduos Sólidos (Política Nacional de Resíduos Sólidos). A partir de 2014, portanto, apenas os resíduos sem viabilidade econômica para a recuperação devem ser depositados em aterros sanitários, enquanto lixões à céu aberto e aterros controlados devem ser fechados (PNRS, 2010). Além disso, existe uma previsão de investimento de aproximadamente 45 bilhões de reais do PAC 2 para o setor de saneamento básico no período de 2011 a 2014. Este dinheiro será investido principalmente para garantir a coleta e tratamento adequado de esgotos nos municípios do país (PLANSAB, 2011). Segundo o Balanço Energético Nacional de 2008, o setor de água e esgoto representa 2,6% do consumo de eletricidade de todo o país (BEN, 2008). Esse é um dos motivos pelo qual o Plano Nacional de Eficiência Energética PNEF 2010-2030 tem como uma de suas áreas prioritárias o setor de saneamento (PNEF, 2010). Pode-se concluir a partir dos dados supracitados que nos próximos anos haverá um aumento significativo dos investimentos no setor de saneamento e uma maior fiscalização para garantir que as políticas e planos sejam implantados, consequentemente, haverá necessidade de mão de obra qualificada, entrada de novas tecnologias e uma priorização da eficiência energética e aproveitamento energético no setor. Até o presente momento, a recuperação energética de resíduos no Brasil está concentrada quase que em sua totalidade (mais de 98%) no setor sucroalcooleiro, a partir da queima do bagaço. A participação de outros resíduos na matriz energética, apesar da sua magnitude, é praticamente inexistente. 4

Entre as usinas termelétricas à biomassa em operação, além do bagaço, praticamente todos os 2% restantes são oriundos do biogás de quatro aterros sanitários instalados em grandes municípios (ANEEL, 2012). Se considerada a parcela de materiais que poderiam ser energeticamente aproveitados antes de serem encaminhados para os aterros e a digestão anaeróbia da fração orgânica dos resíduos, poderia haver um ganho significativo no balanço energético do setor. A utilização de biodigestores aumentaria a produção de biogás e a vida útil dos aterros, enquanto que a utilização de materiais reciclados acarretaria numa diminuição do consumo energético. Além desses benefícios, existem ainda aqueles de cunho socioambiental, fruto do aumento de renda para os catadores e da diminuição da produção de e- fluentes nos aterros (chorume). Existe, portanto, um grande potencial ainda pouco explorado no setor de saneamento para o desenvolvimento de novas opções de valorização dos resíduos e efluentes, com um maior ganho do ponto de vista ambiental, social e energético. Neste sentido, a proposição de arranjos técnicos e comerciais para inserção da geração de energia elétrica a partir de biogás oriundo de resíduos e efluentes líquidos na matriz energética brasileira constitui questão de grande relevância e de complexidade, tendo em vista as seguintes perspectivas: Facilitar a inserção da geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos e efluentes líquidos na matriz energética brasileira; Viabilizar economicamente a geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos e efluentes líquidos para abatimento do consumo elétrico e/ou térmico e/ou injeção de energia elétrica nos sistemas de distribuição ou transmissão; Incentivar o desenvolvimento no país de toda a cadeia produtiva da indústria de biogás com o desenvolvimento e/ou a nacionalização da tecnologia empregada; Fomentar o treinamento e a capacitação de técnicos neste tema em universidades, escolas técnicas e empresas; Propiciar a capacitação laboratorial em universidades, escolas técnicas e empresas nacionais; Identificar possibilidades de otimização dos recursos energéticos, considerando o planejamento integrado dos recursos e a geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos e efluentes líquidos como, por exemplo, a geração no horário de ponta; Estimular a redução de custos da geração de energia elétrica a partir do biogás, oriundo de resíduos e efluentes líquidos com vistas a promover a viabilidade econômica do a- proveitamento energético desta fonte. 5

Propor e justificar aperfeiçoamentos regulatórios e/ou desonerar tributos que favoreçam a viabilidade econômica da geração de energia elétrica por biogás de resíduos e efluentes líquidos, assim como o aumento da eficiência energética, segurança e da confiabilidade do suprimento de energia. O Plano Nacional de Energia PNE 2030, pela primeira vez na história do planejamento e- nergético do país, considerou a contribuição das ações de eficiência energética, prevendo uma redução de 10% do consumo de energia elétrica em 2030 com ações voltadas à eficiência energética, ou seja uma redução de consumo de energia elétrica de 106.623 GWh. O Plano Decenal de Expansão de E- nergia - PDE 2011-2019 detalhou as metas de eficiência energética do PNE 2030. Para atingir as metas estabelecidas pelo planejamento, em 19 de outubro de 2011, foi publicado no Diário Oficial da União o Plano Nacional de Eficiência energética PNEf,, por meio da Portaria do MME n o 594. Visando facilitar a implementação das ações foram divididas nas seguintes áreas: Saneamento, Prédios Públicos, Edificações, Programa Brasileiro de Etiquetagem PBE,, Indústria, Oferta e Aquecimento Solar. Destaca-se que este projeto estratégico de P&D está alinhado ao planejamento do Setor, pois representa uma das ações definidas no PNEf para a área de Saneamento e, portanto, deve contribuir para as metas de eficiência energética definidas pelo PNE 2030. Com base no exposto, a Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética - SPE, em parceria com a Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração - SRG, a Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração SCG, Superintendência de Regulação da Distribuição SRD e a Superintendência de Regulação dos Serviços da Comercialização - SRC, todas integrantes da ANEEL, torna público, nesta Chamada, as características do projeto, os critérios para participação e os procedimentos para a elaboração de proposta de projeto estratégico sobre Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração de Energia Elétrica a partir do Biogás oriundo de Resíduos e Efluentes Líquidos na Matriz Energética Brasileira e convoca os interessados a apresentarem proposta nos termos aqui estabelecidos. Ressalta-se que, embora não se exclua a possibilidade de projetos isolados, dar-se-á preferência a projetos cooperativos, buscando uniformizar critérios, somar esforços e evitar possíveis redundâncias e lacunas no desenvolvimento dos projetos. 6

2. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO As características do projeto são apresentadas neste item, por meio da exposição das premissas básicas, dos resultados esperados e do prazo de execução do projeto. Também são apresentadas as entidades intervenientes consideradas aptas a acompanhar e avaliar a execução e resultados do projeto. 2.1. PREMISSAS BÁSICAS O principal objetivo deste projeto é a proposição de arranjos técnicos e comerciais para projetos de geração de energia elétrica a partir do biogás de resíduos/efluentes líquidos, de forma integrada e sustentável, buscando criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura técnica e tecnológica para inserção da geração utilizando biogás na matriz energética nacional. A concepção e o desenvolvimento de cada projeto deverão observar os seguintes requisitos: O projeto deverá incluir: a. a instalação de uma usina de aproveitamento do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos para geração de energia elétrica com capacidade instalada mínima de 200 kw, conectada direta ou indiretamente por meio de unidades consumidoras à rede de distribuição e/ou transmissão de energia elétrica, podendo estar representada por conjunto de geradores reunidos por comunhão de interesses de fato ou de direito. Ressalta-se que a capacidade instalada deverá ser justificada quanto a sua originalidade, aplicabilidade e viabilidade econômica; b. a instalação de um sistema de aquisição, monitoração e análise de dados capaz de fornecer dados indispensáveis à avaliação do desempenho técnico-econômico do projeto, tais como, no mínimo, dados de quantidade de resíduos/efluentes líquidos tratados, população atendida, quantidade de gás produzido, qualidade do gás, eficiência do gerador, entre outros. Para projetos que objetivam a comercialização de energia elétrica, parte dos custos do projeto deverá ter contrapartida de recursos financeiros externos ao programa de P&D regulado pela Aneel ou equivalentes, os quais poderão ser compensados por meio dos benefícios econômicos resultantes do projeto. Ressalta-se que o montante da contrapartida de terceiros deverá ser proporcional aos benefícios econômicos da comercialização de energia elétrica e será objeto de avaliação da razoabilidade de custos; 7

Análise das tecnologias atuais e levantamento dos dados básicos para geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos, incluindo o estado da arte desse tipo de geração de energia elétrica; Análise dos impactos na rede elétrica decorrentes da interligação com geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos; Análise da legislação pertinente do setor elétrico, incluindo geração, conexão e uso da rede e comercialização de energia gerada, e compatibilização com a legislação ambiental local, bem como análise das implicações socioeconômicas; Intercâmbio com especialistas de notório conhecimento técnico-científico em geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos; Adequação e/ou adaptação de tecnologias existentes às condições de operação de plantas de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos localizadas em território nacional; Inventário de locais mais adequados à instalação de usinas de aproveitamento energético de biogás nas diversas regiões brasileiras, considerando produção de resíduos/efluentes líquidos, ponto de conexão na rede, condições climáticas, entre outros; Análise dos custos dos componentes de uma planta de geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos, considerando todos os encargos de fabricação em território nacional, do Mercosul, e de importação de outros países; Análise dos custos de formação de tecnologia nacional para geração de energia elétrica a partir do biogás com treinamento e capacitação de técnicos em universidades e empresas nacionais; Análise das alternativas de receita, com venda ou comercialização de energia, ou de redução de despesas, com consumo ou intercâmbio de energia, para compensação dos gastos com o investimento em geração de energia elétrica a partir do biogás; Prospecção dos locais para geração de energia elétrica produzida a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos até o ano de 2020 no Brasil; Análise/estimativa das emissões de gases de efeito estufa evitadas com o projeto. 2.2. RESULTADOS DO PROJETO ESTRATÉGICO Espera-se que os resultados desse(s) projeto(s) piloto(s) contribuam para a demonstração e a melhoria da viabilidade técnico-econômica da geração de energia elétrica a partir de biogás oriundo de 8

resíduos/efluentes líquidos em território nacional. Espera-se, também, que os resultados contribuam para a diversificação da matriz energética brasileira, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias importantes para o setor, a formação de parcerias e alianças estratégicas, a otimização de recursos energéticos e o desenvolvimento de negócios sustentáveis e de grande relevância para o País. Esse projeto deverá dar suporte e base para a formatação de atos normativos, com identificação dos pontos de melhoria, a fim de garantir e respaldar o funcionamento efetivo da geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos. Portanto, deverão constar dos resultados deste projeto os seguintes produtos ou itens, a serem apresentados na forma de relatório técnico: a) projeto básico e executivo da planta de geração de energia elétrica a partir do biogás o- riundo de resíduos/efluentes líquidos; b) estudo de viabilidade técnico-econômica e financeira do projeto de geração de energia elétrica a partir do biogás de resíduos /efluentes líquidos, incluindo o detalhamento de todos os custos de equipamentos, mão-de-obra, tecnologia, conexão, com apresentação do custo alcançado da energia produzida em R$/MWh, informando montante de energia a ser comercializada ou economizada, vida útil do projeto considerado e outros possíveis benefícios econômicos; c) estudo de melhorias e aperfeiçoamentos de cunho construtivo para aumento do potencial de geração/captação do biogás em tecnologias para tratamento de resíduos/efluentes líquidos em território nacional; d) estudo de vida útil dos componentes e desempenho da usina de geração de energia elétrica a partir do biogás, bem como da eficiência do processo de produção do biogás ao longo da execução do projeto; e) proposta(s) de arranjos técnicos e comerciais para viabilizar a geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos em território nacional; e f) proposta(s) de transferência e/ou nacionalização/produção local de tecnologia. Poderão constar como resultados os seguintes itens: g) capacitação de laboratórios para dar assessoria a estabelecimentos públicos e privados em todos os aspectos da produção de energia a partir do biogás; h) proposta(s) de alterações devidamente justificadas de atos normativos e tributários para a viabilização de projetos de geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos com a análise comparativa sobre a regulamentação vigente; 9

i) técnicas e/ou tecnologias para monitoramento, caracterização e gerenciamento dos resíduos/efluentes líquidos e do biogás, afim de dar o suporte necessário à realização dos inventários e prospecções do potencial de geração de eletricidade oriundos de resíduos/efluentes líquidos. 2.3. PRAZO PARA EXECUÇÃO DO PROJETO O prazo para execução do(s) projeto(s) deverá ser de até 36 (trinta e seis) meses. A duração decorrerá após o cadastro da data de início de execução do projeto no Sistema de Gestão de P&D A- neel, conforme item 6.3 do Manual de P&D, versão 2008. Esse prazo poderá ser prorrogado, conforme previsto no item 3.1 do Manual de P&D, versão 2008, desde que a necessidade seja devidamente justificada. 2.4. ENTIDADES INTERVENIENTES Dadas as características do projeto, MME, MCTI, MMA, MDES, MCidades, EPE, Eletrobrás PROCEL, BNDES, FINEP e GIZ poderão acompanhar e avaliar os resultados obtidos durante sua execução, como entidades intervenientes. 3. CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO Os critérios para participação no desenvolvimento do projeto são apresentados neste item, incluindo entidades elegíveis, composição dos membros da equipe e forma para contratação do projeto entre as entidades participantes. 3.1. ENTIDADES PARTICIPANTES DO PROJETO 3.1.1. Empresas Proponente e Cooperadas Poderá participar da elaboração deste projeto qualquer empresa de geração, transmissão ou distribuição de energia elétrica que tenha contrato de concessão, permissão ou ato autorizativo para atuar em tais segmentos do setor. No entanto, vale destacar, que as empresas distribuidoras de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN, devido aos dispositivos preconizados nas Leis nº 10

9.074/1995 e nº 10.848/2004, entre outras, deverão respeitar as restrições quanto a atividade de geração e comercialização de energia elétrica oriunda da unidade geradora resultante da execução deste projeto de pesquisa. 3.1.2. Entidades Executoras Os projetos podem ser desenvolvidos pelas próprias empresas de energia elétrica, cooperativamente entre duas ou mais empresas, com instituições públicas ou privadas de ensino e/ou de pesquisa, bem como empresas de consultoria ou de base tecnológica. 3.2. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO PROJETO Todos os membros da equipe do projeto deverão ter seu currículo cadastrado no Sistema Eletrônico de currículos da Plataforma Lattes do CNPq, que pode ser acessado no endereço eletrônico http://lattes.cnpq.br/index.htm. Estes currículos deverão ser enviados para a ANEEL, por meio magnético em formato PDF, para serem analisados. Ressalta-se que por área temática deste projeto, entende-se fontes alternativas de geração de energia elétrica os projetos destinados ao desenvolvimento ou aprimoramento de tecnologias ou sistemas de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis e/ou alternativas e por subtema, especificamente, geração de energia elétrica a partir do biogás oriundo de resíduos/efluentes líquidos. 3.2.1. Coordenador do Projeto Além do que consta no Manual de P&D, versão 2008, o coordenador deste projeto estratégico deverá atender aos seguintes requisitos: a) ter obtido título de doutor há, pelo menos, 4 (quatro) anos no Subtema do projeto; b) ter experiência mínima de 4 (quatro) anos no Subtema do projeto; c) ser autor de pelo menos um artigo completo publicado nos últimos 5 (cinco) anos em periódico científico indexado ou ser autor de livro editado ou de capítulo de livro editado, cujo assunto esteja vinculado às áreas temáticas deste projeto; d) estar vinculado a uma entidade executora deste projeto; e 11

e) não participar, simultaneamente, como coordenador, de outro projeto estratégico proposto pela ANEEL no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica. O nível de qualificação técnica exigido justifica-se pela complexidade e relevância do tema para o setor de energia elétrica. A limitação de participação como coordenador em apenas um projeto estratégico busca assegurar tratamento prioritário para o projeto, de modo a não comprometer os objetivos e resultados propostos dentro do prazo estabelecido. 3.2.2. Gerente do Projeto Além do que consta no Manual de P&D, versão 2008, o Gerente deste projeto estratégico deverá atender aos seguintes requisitos: a) Possuir formação de nível superior com experiência profissional comprovada em alguma das áreas temáticas deste projeto; b) Estar vinculado, profissionalmente, à empresa proponente ou a uma empresa cooperada; O nível de qualificação técnica exigido justifica-se pela complexidade e relevância do tema para o setor de energia elétrica. 3.2.3. Demais Membros da Equipe do Projeto Além do que consta no Manual de P&D, versão 2008, os demais membros da equipe deste projeto estratégico deverão atender ao seguinte requisito: a) Ter a função de Pesquisador, Auxiliar Técnico Bolsista ou Auxiliar Administrativo; O Pesquisador deverá estar vinculado, profissionalmente, à entidade executora do projeto, à Empresa proponente ou à Empresa cooperada e atender a um dos seguintes requisitos: a) Possuir formação de nível superior com pós-graduação (mestrado ou doutorado) em alguma das áreas temáticas deste projeto; b) Possuir formação de nível superior, com experiência profissional comprovada em alguma das áreas temáticas deste projeto de pelo menos 3 (três) anos; c) Possuir formação de nível superior e estar vinculado a curso de pós-graduação (mestrado ou doutorado), com tema de pesquisa em alguma das áreas temáticas deste projeto. 12

O nível de qualificação técnica exigido justifica-se pela complexidade e relevância do tema para o setor de energia elétrica. Caso sejam incluídos na equipe do projeto, recursos humanos com a função de Auxiliar Técnico Bolsista ou Auxiliar Administrativo, estes deverão estar vinculados à entidade executora do projeto. 3.3. CONTRATAÇÃO DO PROJETO ESTRATÉGICO O contrato a ser firmado entre a empresa proponente, as empresas cooperadas e as entidades executoras deverá definir a forma de participação de cada entidade no projeto. 4. PROCEDIMENTOS 4.1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA As Empresas interessadas em investir neste projeto estratégico deverão manifestar o interesse por meio de e-mail ao endereço eletrônico pedestrategico@aneel.gov.br. A ANEEL divulgará os nomes destas Empresas no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Temas para Investimentos em P&D. Decorrido o prazo para manifestação de interesse em financiar o projeto, as Empresas interessadas deverão definir qual delas será a proponente do projeto e quais serão as entidades executoras do projeto. A proposta de projeto estratégico deverá ser elaborada utilizando-se o Arquivo Eletrônico de Projeto de P&D (XML), conforme disposto no documento Instruções para Elaboração e Envio de Arquivos para Cadastro no Sistema de Gestão de P&D ANEEL, disponibilizado no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Arquivos e Formulários Eletrônicos. Deverão ser considerados, além dos critérios estabelecidos no Manual de P&D, versão 2008, os critérios estabelecidos nesta Chamada. O projeto estratégico deverá ser submetido para avaliação da ANEEL, sendo o cadastro da proposta de projeto estratégico no Sistema de Gestão de P&D ANEEL realizado pela Empresa proponente. O projeto deverá ser enquadrado nos seguintes aspectos: a) Segmento do projeto: Geração; 13

b) Tema: Fontes Alternativas de Geração de Energia Elétrica; c) Subtema principal: Geração de Energia Elétrica a Partir do Biogás Oriundo de Resíduos/Efluentes Líquidos; d) Fase da cadeia da inovação: Pesquisa Aplicada; e) Tipo de produto: Conceito ou Metodologia e Máquina ou Equipamento. Após isso, a proposta de projeto estratégico deverá ser elaborada de forma detalhada utilizando-se o Formulário de Projeto (prj), disponibilizado no portal da ANEEL (www.aneel.gov.br), no vínculo Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Arquivos e Formulários Eletrônicos e enviado por meio de e-mail ao endereço eletrônico pedestrategico@aneel.gov.br, para servir de subsídio à avaliação inicial. 4.2. AVALIAÇÃO INICIAL DA PROPOSTA A avaliação inicial do projeto estratégico será obrigatória e presencial, realizada nas dependências da ANEEL ou em local acordado entre a ANEEL e a Empresa proponente. A Empresa proponente será convocada para apresentação do projeto à banca de avaliação, que será composta por pesquisadores pós-graduados com qualificação no tema desta Chamada e por representantes das entidades intervenientes e da ANEEL. A apresentação do projeto deverá ser feita pelo Coordenador do projeto. Caso não seja possível a presença do Coordenador do projeto, a Empresa deverá indicar um substituto, que deverá ser integrante da equipe do projeto e da entidade executora. Os parâmetros e critérios de avaliação estão apresentados no item 6.2 do Manual de P&D, versão 2008. O resultado da avaliação inicial será comunicado à Empresa proponente por meio Ofício emitido pela Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética - SPE. Ao receber o Ofício, a Empresa proponente deverá cadastrar, no Sistema de Gestão de P&D ANEEL, sua intenção em executar ou não o projeto. Caso não haja interesse, o projeto será cancelado no Sistema de Gestão de P&D ANEEL. Caso haja interesse, a Empresa proponente deverá cadastrar, no Sistema de Gestão de P&D ANEEL, a data de início de execução do projeto, a qual deverá corresponder à data de abertura de sua respectiva Ordem de Serviço (ODS), e a forma de compartilhamento dos resultados do projeto. Requere-se a ampla divulgação dos resultados deste projeto, dessa forma o tipo de compartilhamento dos resultados deste projeto deverá ser cadastrado como Domínio Público, sendo preservada a autoria dos resultados. 14

4.3. EXECUÇÃO DO PROJETO A execução do projeto deverá ocorrer conforme estabelecido no item 6.4 do Manual de P&D, versão 2008. Os produtos previstos das etapas do projeto estabelecidas no termo de contrato firmado entre a Empresa proponente, as Empresas cooperadas e as entidades executoras deverão ser apresentados às entidades intervenientes e ANEEL nas reuniões técnicas de acompanhamento da execução do projeto. Os relatórios deverão ser encaminhados em prazo de até 5 (cinco) dias antes da data agendada para a reunião. Poderá haver prorrogação de prazo, conforme previsto no item 3.1 do Manual de P&D, versão 2008, a depender das justificativas apontadas durante tais reuniões. Ressalta-se que a ANEEL poderá, a qualquer momento, solicitar informações sobre a execução do projeto. 4.4. AVALIAÇÃO FINAL DO PROJETO A avaliação final do projeto ocorrerá conforme estabelecido no Capítulo 7 do Manual de P&D, versão 2008. 4.5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO A Tabela 1 apresenta os prazos envolvidos no cronograma de execução do projeto estratégico, a contar da data de publicação do Aviso que deu publicidade a esta Chamada. Tabela 1: Cronograma de execução do projeto estratégico. Fase Prazo Demonstração de interesse das Empresas em financiar o projeto + 15 dias Divulgação das Empresas interessadas em financiar o projeto + 5 dias Envio de proposta de projeto à ANEEL + 90 dias Divulgação do resultado da avaliação inicial da proposta + 60 dias Demonstração de interesse na execução do projeto + 10 dias Limite para início da execução do projeto + 180 dias Término de execução do projeto + 36 meses 15

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1. PUBLICAÇÕES As publicações científicas e qualquer outro meio de divulgação dos dados resultantes do projeto estratégico ao qual se refere esta Chamada devem conter menção ao Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica regulado pela ANEEL e às empresas de energia elétrica que deram suporte financeiro ao projeto. A ANEEL se reserva o direito de publicar os resultados deste projeto, preservando a autoria dos trabalhos. 5.2. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Esclarecimentos e informações adicionais acerca desta Chamada deverão ser enviados por meio de e-mail ao endereço eletrônico pedestrategico@aneel.gov.br. 6. REFERÊNCIAS [1] ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica, Banco de Geração de Informações - Capacidade de Geração do Brasil Usinas Termelétricas. Disponível em (26/03/2012): http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/geracaotipofase.asp?tipo=2&fase=3 [2] Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Economia e Mercado Energético. Disponível em http://www.epe.gov.br/mercado/paginas/default.aspx. Acessado em 21 de julho, 2010; [3] IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico- PNSB, 2008. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1691&id_pag ina=1 [4] MME - Ministério de Minas e Energia, BEN Balanço Energético Balanço Energético Nacional, 2008. [5] MME - Ministério de Minas e Energia, Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Departamento de Planejamento Energético, Plano Nacional de Eficiência Energética PNEF, 2010. 16

[6] Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental: Plano Nacional de Saneamento Básico PLANSAB (Proposta de Plano), Brasília, abril 2011. [7] Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental: Diagnóstico dos serviços de Água e Esgotos, 2009. Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento SNIS 2009. 17

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA Endereço: SGAN 603 - Módulos "I" e "J" Brasília, DF - CEP 70.830-030 Tel.: 55(61)2192-8600 www.aneel.gov.br